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Leia o texto a seguir para responder a questão.
    Notícias falsas sempre circularam. Sobretudo nos estratos menos expostos ao jornalismo e a outras formas de conhecimento verificável, boatos encontram terreno para se propagar.
    Basta recordar a persistente crença sobre a falsidade das viagens tripuladas à Lua, cujas imagens teriam sido forjadas pela Nasa. No âmbito nacional, murmurou-se durante anos que o presidente Tancredo Neves fora vítima de um atentado que se dissimulara como doença.
    A novidade é que as redes sociais da internet se mostram o veículo ideal para a difusão de notícias falsas. Não apenas estapafúrdias, como seria de esperar, mas às vezes inventadas de modo a favorecer interesses e prejudicar adversários.
    A circulação instantânea, própria desse meio, propicia a formação de ondas de credulidade. Estimuladas pelos algoritmos das empresas que integram o oligopólio da internet, essas ondas conferem escala e ritmo inéditos à tradicional circulação de boatos.
    Dado que as pessoas, nas redes sociais, tendem a se agregar por afinidade de crenças, não é difícil que os rumores se disseminem sem serem confrontados por crítica ou contraponto.
    O melhor antídoto para os males da liberdade de expressão é a própria liberdade de expressão, que tende a encontrar formas de se autocorrigir. E o melhor antídoto contra as falsidades apresentadas como jornalismo é a prática do bom jornalismo, comprometido com a veracidade dos fatos que relata e com a pluralidade de pontos de vista no que concerne às questões controversas.
    Embora haja remédios legais para reparar os excessos, a maioria dos casos passará despercebida no ruído incessante da internet.
(Folha de S.Paulo, 26.02.2017. Adaptado)



Assinale a alternativa em que ocorre termo empregado em sentido figurado.
  • A: Basta recordar a persistente crença sobre a falsidade das viagens tripuladas à Lua... (2º parágrafo)
  • B: ... de modo a favorecer interesses e prejudicar adversários. (3º parágrafo)
  • C: ... não é difícil que os rumores se disseminem sem serem confrontados... (5º parágrafo)
  • D: ... é a prática do bom jornalismo, comprometido com a veracidade dos fatos que relata... (6º parágrafo)
  • E: Embora haja remédios legais para reparar os excessos... (7º parágrafo)

Assinale a opção cujo comentário gramatical ou sintático está INCORRETO.
  • A: O conectivo, marca da relação de sentido entre "...fácil de dizer, difícil de fazer." (l. 1-2) é entretanto.
  • B: Em "e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como companheiro." (l. 8-9), as concordâncias verbal e nominal dos vocábulos destacados são, respectivamente, com "desfiladeiro" e "eco".
  • C: Na passagem "É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior," (l. 10-11), as vírgulas estão empregadas para separar o vocativo.
  • D: Em "...que nos tornemos perdoadores..." (l. 12) e "Estamos vivos..." (l. 30), os verbos são de ligação.
  • E: O diminutivo plural de "coração" (l. 22) é coraçõezinhos.

Assinale a opção cujo comentário gramatical ou sintático está INCORRETO.




  • A: O conectivo, marca da relação de sentido entre "...fácil de dizer, difícil de fazer." (l. 1-2) é entretanto.
  • B: Em "e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como companheiro." (l. 8-9), as concordâncias verbal e nominal dos vocábulos destacados são, respectivamente, com "desfiladeiro" e "eco".
  • C: Na passagem "É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior," (l. 10-11), as vírgulas estão empregadas para separar o vocativo.
  • D: Em "...que nos tornemos perdoadores..." (l. 12) e "Estamos vivos..." (l. 30), os verbos são de ligação.
  • E: O diminutivo plural de "coração" (l. 22) é coraçõezinhos.

Todas as frases abaixo estão corretas quanto à concordância verbal. Uma delas, porém, admite uma outra concordância também correta. Assinale-a.
  • A: Atende a diferentes propósitos o uso do computador.
  • B: Precisa-se urgentemente de um novo computador.
  • C: Nunca se venderam tantos portáteis.
  • D: Malograram todas as suas tentativas.
  • E: Sou eu quem dependo mais dele.

Indique a opção em que a concordância verbal NÃO está feita corretamente.
  • A: Homens, mulheres, guris, ninguém o aceitava.
  • B: Na cidade, haviam mulheres com vassouras.
  • C: Eu e tu não acreditaríamos na história.
  • D: O maior problema daquele grupo são as superstições.
  • E: Os piazinhos têm medo do desconhecido.




É preciso voltar a gostar do Brasil

Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.

BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)



Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo haver em "Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse." (l. 20-21). Indique-a.
  • A: O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais.
  • B: Na época da publicação choveram elogios aos livros.
  • C: Faz muito tempo da publicação de livros como estes.
  • D: No futuro, todos hão de reconhecer o seu valor.
  • E: Não se fazem mais brasileiros como antigamente.

"Acabo de perder..." (l. 1) A locução verbal nos informa que se trata de:
  • A: início da ação.
  • B: ação iminente.
  • C: ação em desenvolvimento.
  • D: repetição da ação.
  • E: término recente da ação.

Não ____________ o que iria acontecer, mas era necessário que ____________ a calma. As formas verbais que preenchem, nesta ordem, as lacunas, são:
  • A: preveu - mantivesse.
  • B: preveu - tivesse mantido.
  • C: preveu - mantesse.
  • D: previu - mantesse.
  • E: previu - mantivesse.

Assinale a opção em que o par de orações NÃO apresenta transformação da voz verbal.
  • A: “ ‘O que eu fiz, nenhum bicho jamais faria.’ ” (L. 14) / O que foi feito por mim não teria sido feito por nenhum bicho.
  • B: “O poeta espanhol Federico Garcia Lorca... ficou assustado com Nova York.” (L. 26-28) / O poeta espanhol Federico Garcia Lorca foi assustado por Nova York.
  • C: “Enquanto os turistas admiram a qualidade da comida nos magníficos restaurantes,” (L. 31-32) / Enquanto a qualidade da comida é admirada pelos turistas nos magníficos restaurantes.
  • D: “Lorca interpela os que se beneficiam com esse sistema,” (L. 39-40) / Os que se beneficiam com esse sistema são interpelados por Lorca.
  • E: (Lorca) “Acusa os detentores do poder e da riqueza de camuflarem a dura realidade social...” (L. 44-45) / Os detentores do poder e da riqueza são acusados por Lorca de camuflarem a realidade social.





KONDER, Leandro. Jornal do Brasil. 26 maio 2005.



Em “Afinal, Nova York também é lugar de cultura,” (L. 50-51), o termo destacado introduz um novo período, atribuindo a este, em relação ao anterior, a noção de:
 
  • A: explicação.
  • B: conclusão.
  • C: finalização.
  • D: oposição.
  • E: condição.

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