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No texto CG1A1AAA, a “satisfação das necessidades próprias da vida” (linhas 18 e 19) relaciona-se
  • A: ao ócio.
  • B: à riqueza.
  • C: ao conhecimento.
  • D: à política.
  • E: ao trabalho.




Em relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A2AAA, julgue os itens a seguir.

I A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse “foi adotada” (linha 1) por se adotou.

II A oração “apertar a tecla branca” (linha 5) exerce, no período em que ocorre, a função de complemento da forma verbal “basta”.

III A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “devem se lembrar” (linhas 14 e 15) fosse reescrito de qualquer uma das seguintes formas: devem-se lembrar ou devem lembrar-se.

Assinale a opção correta.

  • A: Apenas o item I está certo.
  • B: Apenas o item II está certo.
  • C: Apenas o item III está certo.
  • D: Apenas os itens I e II estão certos.
  • E: Apenas os itens II e III estão certos.

A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples  espectador. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você...”. A menininha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. (Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta quanto à ocorrência ou não da crase.
  • A: À compostura da humildade, acrescente-se a presença da menininha pobre.
  • B: A menininha lança o olhar a fatia de bolo enquanto a família obedece à um ritual.
  • C: O pai pôs-se à contar o dinheiro discretamente à fim de verificar se era o suficiente.
  • D: O pai pediu ao garçom a fatia de bolo e ficou a espera para dar início a comemoração.
  • E: A luz das velinhas, ela canta “parabéns pra você” ese junta à eles, discretamente.


No período que inicia o texto CG1A2AAA, a locução “Desde que” (linha 1) introduz uma ideia de
  • A: proporcionalidade.
  • B: tempo.
  • C: causa.
  • D: consequência.
  • E: condição.



Prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto CG1A2AAA a inserção de uma vírgula logo após
  • A: “adotada” (l.1).
  • B: “opção” (l.6).
  • C: “específico” (l.9).
  • D: “carimbados” (l.16).
  • E: “Hoje” (l.20).



De acordo com as ideias do texto CG2A1AAA,
  • A: a participação direta da população na gestão da vida pública constitui prática recente na sociedade brasileira.
  • B: a democracia é uma condição para a existência da cidadania.
  • C: os direitos civis e os direitos políticos merecem destaque entre os direitos dos cidadãos.
  • D: o alargamento da concepção de cidadania nos dias de hoje constitui uma conquista da sociedade atual.
  • E: a conquista do direito à liberdade individual e à propriedade é o objetivo maior de uma sociedade democrática.

 


No texto CG2A1AAA, o termo “que”, empregado na linha 22, remete a
  • A: “prática” (l.21).
  • B: “nível” (l.22).
  • C: “poder local” (l.22).
  • D: “discussão” (l.20).
  • E: “orçamento” (l.21).



A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a forma verbal “tem ajudado” (linha 22) fosse substituída por
  • A: vem ajudando.
  • B: ajudou.
  • C: ajudaria.
  • D: vinha ajudando.
  • E: pode ajudar.



Acerca do papel das conjunções na organização argumentativa do texto CG2A2AAA, julgue os itens subsequentes.

I A conjunção “porque” (linha 3) combina duas orações que mantêm entre si uma relação de causalidade.

II A conjunção “como” (linha 6) indica uma comparação entre as afirmações das orações por ela conectadas.

III A conjunção “Logo” (linha7) introduz um período que explica o raciocínio apresentado em períodos anteriores.

IV A conjunção “entretanto” (linha18) estabelece relação de contraposição entre os conteúdos das orações por ela combinadas.

Estão certos apenas os itens
  • A: I e III.
  • B: I e IV.
  • C: II e III.
  • D: II e IV.
  • E: III e IV.


No segundo parágrafo do texto CG2A2AAA, a forma verbal “fazê-lo” (linha 11) remete a
  • A: “o resultado final” (l.14).
  • B: “embasar tanto a postura dos que votam em branco quanto a dos que votam nulo” (l. 12 e 13).
  • C: “voto em branco ou nulo” (l.11).
  • D: “apresentar voto em branco ou nulo” (l.11)
  • E: “comparecer às urnas no dia das eleições” (l.10).

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