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É invariável quanto a gênero e a número o termo sublinhado em:
  • A: Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor
  • B: Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância
  • C: Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público
  • D: um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios
  • E: sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão</i>

Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder à questão.

1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desfiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
6. − Vagabundo, não, professor.
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
10. − E por que o senhorrr não está mancando?
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
12. − Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.
13. Foi um precursor de Cantinflas2 e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.

(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)

1bodoquear: atirar pedra com estilingue.
2Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993)

sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso (7º parágrafo)

No contexto em que se insere, o termo sublinhado introduz uma oração
  • A: adversativa.
  • B: concessiva.
  • C: condicional.
  • D: consecutiva.
  • E: causal.

Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder à questão.

Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”

(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)

Depreende-se da leitura da fábula a seguinte moral:
  • A: Uma pessoa sofrer algum desaforo da parte de estranhos não é tão terrível quanto sofrê-lo da parte dos familiares.
  • B: Os homens sensatos, quando se safam de algum perigo, resguardam-se dele no futuro.
  • C: Certos homens que, por inadvertência, não se previnem contra os inimigos rechaçam os amigos, tomando-os por conspiradores.
  • D: Aqueles que costuram maquinações contra os vizinhos são eles próprios os primeiros a cair em desgraças.
  • E: As pessoas insignificantes tentam parecer bem mais do que são de fato.

Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder à questão.

Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”

(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)

Na construção da fábula, Esopo recorre fundamentalmente à seguinte figura de linguagem:
  • A: eufemismo.
  • B: personificação.
  • C: hipérbole.
  • D: antítese.
  • E: pleonasmo.

ele [cão] começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento.

Ao se transpor o trecho acima para o discurso direto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma:
  • A: sacrifica
  • B: sacrificava
  • C: sacrificaria
  • D: sacrifique
  • E: sacrificou

Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento.

Os termos sublinhados constituem, respectivamente,
  • A: um pronome − uma preposição − um artigo.
  • B: um artigo − um pronome − um artigo.
  • C: um pronome − um artigo − um pronome.
  • D: um artigo − um artigo − um pronome.
  • E: um pronome − uma preposição − um pronome.

É a partir de certo momento da história que as cidades passam I se organizar em função do mercado, gerando um tipo de estrutura urbana que não só opera II organização do seu espaço interno, mas também redefine todo o espaço circundante, atraindo para III cidade grandes populações.

(Adaptado de: ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1995)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas I, II e III do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, por:
  • A: à − a − à
  • B: à − a − a
  • C: a − a − a
  • D: a − à − a
  • E: à − à − a

O BRASIL ATUAL RETRATADO POR CHARGES

(Disponível em: https://portalplena.com/vamos-discutir/o-brasil-atual-retrato-por-charges/13/05/2022. Acesso em: 15 nov. 2022.

O chargista, nesse texto, aponta um problema social grave no Brasil: o analfabetismo. Considerando o emprego das linguagens visual e verbal na charge, marque a alternativa correta.
  • A: Fica implícito que apenas o primeiro personagem é analfabeto.
  • B: Fica explícito que apenas o primeiro personagem é analfabeto.
  • C: Fica implícito que o primeiro personagem é analfabeto e explícito que o segundo também é analfabeto.
  • D: Fica explícito que tanto o primeiro personagem, quanto o segundo são analfabetos.

TEXTO II

AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem Na ponta da língua, Tão fácil de falar E de entender. A linguagem Na superfície estrelada de letras, Sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, E vai desmatando O amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, Em que pedia para ir lá fora, Em que levava e dava pontapé, A língua, breve língua entrecortada Do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo II. Rio de Janeiro: Record, 1999.

No texto "Aula de Português", o autor aborda o tema sobre língua e linguagem. Marque a alternativa que apresenta a tipologia textual que predomina nesse poema.
  • A: Injuntiva.
  • B: Argumentativa.
  • C: Narrativa.
  • D: Dialogal.

TEXTO II

AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem Na ponta da língua, Tão fácil de falar E de entender. A linguagem Na superfície estrelada de letras, Sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, E vai desmatando O amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, Em que pedia para ir lá fora, Em que levava e dava pontapé, A língua, breve língua entrecortada Do namoro com a prima. O português são dois; o outro, mistério. Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo II. Rio de Janeiro: Record, 1999.

No verso "sabe lá o que ela quer dizer", o pronome pessoal de terceira pessoa, em destaque, é um elemento de coesão que retoma um termo anteriormente expresso. Marque a alternativa que apresenta esse termo.
  • A: Língua.
  • B: Superfície.
  • C: Linguagem.
  • D: Letras.

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