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Fragmento do texto:  O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

Na frase do último parágrafo – Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão... –, o termo em destaque é antônimo de
  • A: indispensável.
  • B: benévolo.
  • C: implacável.
  • D: malvado.
  • E: contundente.

Fragmento do texto:  Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito. Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a capacidade de pagamento das famílias.

Na passagem do 4º parágrafo – Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores... –, o termo em destaque é sinônimo de
  • A: indignação
  • B: irritação.
  • C: resignação.
  • D: comoção.
  • E: satisfação.

Uma palavra que substitui a expressão destacada em – A iniciativa começou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se expandindo. –, sem alteração de sentido, é:
  • A: subitamente.
  • B: paulatinamente.
  • C: repentinamente.
  • D: provavelmente.
  • E: impreterivelmente.

Uma noite no mar Cáspio

Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um estudo sobre a literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a América Latina. Veio entrevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.

Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Aleguei minha incompetência para titular qualquer coisa.

Mas não quis decepcionar a moça. Pensando na atual crise política, sugeri “Garruchas e punhais” – era o nome da briga entre os meninos da rua Cabuçu contra os meninos da rua Lins de Vasconcelos. Morei nas duas e era considerado um espião a soldo de uma ou de outra. O que no fundo era verdade, considerava idiotas os dois lados.

A moça riu mas não gostou. Todos os países têm garruchas e punhais. Dei outra sugestão: “O mosteiro de tijolos de feltro”. Ela não gostou – nem eu. Parti então para uma terceira via, por sinal, a mais estúpida. Pensou um pouco, inicialmente recusou. Olhou bem para mim e aprovou: “Uma noite no mar Cáspio”. Para meu espanto, ela aceitou.

Acredito que os professores da Sorbonne também gostarão. E eu nem sei onde fica o mar Cáspio, embora também não saiba onde fica o Brasil.

(Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 26.01.2016. Adaptado)

Observe as passagens do texto:

Aleguei minha incompetência para titular qualquer coisa. (2° parágrafo);

Parti então para uma terceira via, por sinal, a mais estúpida. (4° parágrafo);

– Pensou um pouco, inicialmente recusou. (4° parágrafo).

No contexto em que estão empregados, os termos em destaque significam, respectivamente:
  • A: Justifiquei, Optei e acedeu.
  • B: Retorqui, Divergi e opôs-se.
  • C: Objetei, Conclui e obstou.
  • D: Retruquei, Indiquei e furtou-se.
  • E: Citei, Passei e enjeitou.


As frases da personagem mostram-na como uma pessoa
  • A: indiferente.
  • B: resoluta.
  • C: hesitante.
  • D: irredutível.
  • E: intrépida.


Diante do contexto, é correto concluir que a palavra “trivialidades” significa
  • A: excentricidades.
  • B: variedades.
  • C: especialidades.
  • D: atrocidades.
  • E: banalidades.

Fragmento do texto:  O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações no que diz respeito aos refugiados. Trata-se de uma enorme tragédia humana, à qual temos assistido pela TV no conforto de nossas casas.

Imagens dramáticas mostram famílias inteiras, jovens, crianças e idosos chegando à Europa em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver. Embora os refugiados da Síria tenham ganhado maior destaque, existem ainda os refugiados africanos e os latino-americanos.

Dentro da América Latina, vemos grandes migrações, uma marcha de pessoas que buscam o refúgio, mas que terminam em uma espécie de exílio.

O Brasil, que sempre se destacou por sua capacidade de acolher diferentes culturas, apresenta uma das sociedades com maior diversidade. Podemos afirmar nossa capacidade de lidar com o multiculturalismo com bastante naturalidade, embora, muitas vezes, a questão seja tratada de maneira superficial. Por outro lado, o preconceito existente, antes disfarçado, deixou de ser tímido e passou a se manifestar de forma aberta e hostil.

Observe as passagens do texto:

.... O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações... (1º parágrafo); ...

...em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver. (2º parágrafo); ...

....  e passou a se manifestar de forma aberta e hostil. (4º parágrafo).

No contexto em que estão empregados, os termos em destaque significam, respectivamente:
  • A: bonança, provavelmente e manifesta.
  • B: reviravolta, indubitavelmente e transparente.
  • C: serenidade, possivelmente e exposta.
  • D: intensidade, hipoteticamente e latente.
  • E: agitação, pretensamente e declarada.

McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos participar.

Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral da rede de que participam.

O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o sentimento de pânico experimentados por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno para o espírito.

(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP, no 92. Adaptado)

 

As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho / estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos adequados respectivamente em:
  • A: procurar / gostar de / ilustrar
  • B: imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
  • C: interferir / propor / embrutecer
  • D: intrometer-se / prezar / esclarecer
  • E: contrapor-se / consolidar / iluminar

O fato de a beleza aplicar-se a certas coisas e não a outras, o fato de ser um princípio de discriminação constituiu, no passado, a sua força e a sua atração. A beleza pertencia à família de ideias que estabelecem escalas e casava bem com uma ordem social sem remorsos quanto à posição, classe, hierarquia e ao direito de excluir.

O que antes havia sido uma virtude do conceito passou a ser o seu defeito. A discriminação, antes uma faculdade positiva (significava julgamento refinado, padrões elevados, esmero), tornou-se negativa: significava preconceito, intolerância, cegueira para as virtudes daquilo que não era idêntico a quem julgava.

O movimento mais forte e mais bem-sucedido contra a beleza ocorreu nas artes: beleza — e dar importância à beleza — era restritivo; como reza a expressão corrente, elitista. Nossas apreciações, assim sentiam, poderiam ser muito mais inclusivas se disséssemos que algo, em vez de ser belo, era “interessante”.

Claro, quando as pessoas diziam que uma obra de arte era interessante, isso não significava que necessariamente tivessem gostado — muito menos que a achassem bela. Em geral significava apenas que achavam que deviam gostar. Ou que gostavam, mais ou menos, embora não fosse bela. Ou podiam definir algo como interessante a fim de evitar a banalidade de chamá-lo de belo. A fotografia foi a arte em que “o interessante” triunfou primeiro, e bem cedo: a nova maneira fotográfica de ver propunha que tudo era um tema potencial para a câmera. O belo não poderia consentir numa gama tão vasta de temas.

O amplo emprego do “interessante” como critério de valor acabou, inevitavelmente, enfraquecendo o seu gume transgressivo. O que resta da antiga insolência repousa sobretudo no seu desdém pelas consequências das ações e dos julgamentos. O interessante é, agora, sobretudo uma ideia consumista, vergada sob o peso da ampliação do seu domínio: quanto mais coisas se tornam interessantes, mais o mercado se expande.

(Susan Sontag. “Uma discussão sobre a beleza”. In Ao mesmo tempo. Trad. Rubens Figueiredo. São Paulo, Companhia das Letras, 2008. Adaptado)

 
No texto, são empregadas como sinônimas as palavras
  • A: ordem e direito (1º parágrafo).
  • B: família e posição (1º parágrafo).
  • C: restritivo e elitista (3º parágrafo).
  • D: critério e valor (5º parágrafo).
  • E: gume e peso (5º parágrafo).

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)
Na frase – É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso ... (7º parágrafo) – a expressão em destaque tem o sentido de
  • A: mostre-se alterado.
  • B: seja substituído.
  • C: mereça sanção.
  • D: torne-se obsoleto.
  • E: sofra censura.

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