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Foram encontradas 24925 questões.
Em qual das sentenças abaixo, o pronome lhe(s) substitui adequadamente a expressão entre parênteses?
  • A: Ela lhe jurou que não compraria mais celular. (ao filho)
  • B: Troquei-lhes várias vezes e não dei sorte. (os celulares)
  • C: Os celulares lhe enlouquecem diariamente. (a autora)
  • D: Recebia-lhes e não sabia o que queriam dizer. (as contas telefônicas).
  • E: Ligo-lhe somente quando tenho uma emergência. (o celular).

O conhecimento ___________ se referia o profissional, se faz presente nas pessoas ___________ valores não são materiais.

Assinale a opção que, segundo o registro culto e formal da língua, preenche as lacunas acima.
  • A: que – que
  • B: que – cujos os
  • C: a que – cujos
  • D: o qual – de cujos
  • E: o qual – para quem

O termo destacado na sentença é substituído corretamente pelo pronome da expressão ao lado, de acordo com a norma-padrão em:
  • A: “A Internet não usa papel (...)" (L. 4) – não o usa.
  • B: “(...) faz isso com o imediatismo do telefone." (L. 8) – faz-lo como imediatismo do telefone.
  • C: “(...) permitia às pessoas (...)" (L. 18) – Permita-as.
  • D: “(...) em que reinava a Rainha Vitória (...)" (L. 34) – Em que reinava-a.
  • E: “(...) provocou a maior revolução (...)" (L. 35) – provocou-lhe.


Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904.

Meu caro Nabuco,

Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que possa dizer tudo o que sinto e me acabrunha. Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui estou eu só no mundo. Note que a solidão não me é enfadonha, antes me é grata, porque é um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados que essa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; mas não há imaginação que não acorde, e a vigília aumenta a falta da pessoa amada. Éramos velhos, e eu contava morrer antes dela, o que seria um grande favor; primeiro, porque não acharia a ninguém que melhor me ajudasse a morrer; segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e eu não tenho nenhum. Os meus são os amigos, e verdadeiramente são os melhores; mas a vida os dispersa, no espaço, nas preocupações do espírito e na própria carreira que a cada um cabe. Aqui me fco por ora na mesma casa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo lembra-me a minha meiga Carolina.

Como estou à beira do eterno aposento, não gastarei muito tempo em recordá-la. Irei vê-la, ela me esperará.
Não posso, caro amigo, responder agora à sua carta de 8 de outubro; recebi-a dias depois do falecimento de minha mulher, e você compreende que apenas posso falar deste fundo golpe.
Até outra e breve; então lhe direi o que convém ao assunto daquela carta que, pelo afeto e sinceridade, chegou à hora dos melhores remédios. Aceite este abraço do triste amigo velho

Machado de Assis

Adaptado de http://bagagemclandestina.blogspot.com.br/2008/08/meu- caro-nabuco.html



A linguagem utilizada no texto é
  • A: predominantemente coloquial.
  • B: predominantemente jornalística.
  • C: mistura proporcionalmente linguagem coloquial e formal.
  • D: predominantemente argumentativa.
  • E: predominantemente formal.


     Oh! Minas Gerais
                 O irresistível sotaque dos mineiros me encanta.
      Sei que deveria ir mais a Minas Gerais do que vou, umas duas, três vezes ao ano. Pra rever meus parentes, meus amigos, pra não perder o sotaque.
      Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos, desde aquele 1973, quando abandonei Belo Horizonte pra ir morar a mais de dez mil quilômetros de lá.

Senti isso quando, outro dia, pousei no aeroporto de Uberlândia e fui direto na lanchonete comer um pão de queijo que, fora de brincadeira, é mesmo o mais gostoso do mundo.

- Cê qué qui eu isquento um tiquinho procê?

Foi assim que a mocinha me recebeu, quase de braços abertos, como se fosse uma amiga íntima de longo tempo.

Sei não, mas eu acho que o sotaque mineiro aumentou – e muito – desde que parti. Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade. O trólebus subia a Rua da Bahia, as pessoas tomavam Guarapan, andavam de Opala, ouviam Fagner cantando Manera Fru Fru, Manera, chamavam acidente de trombada e a polícia de Radio Patrulha.

Como pode, meu filho mais velho, que nasceu tão longe de Beagá, e, que hoje mora lá, me ligar e perguntar:

- E ai pai, tudo jóia, tudo massa?

A repórter Helena de Grammont, quando ainda trabalhava no Show da Vida, voltou encantada de lá e veio logo me perguntar se o sotaque mineiro era mesmo assim ou se estavam brincando com ela. Helena estava no carro da Globo, procurando um endereço perto de Belo Horizonte, quando perguntou para um guarda de trânsito se ele poderia ajudá-la. A resposta veio de imediato.

- Cê ségui essa istrada toda vida e quando acabá o piche, cê quebra pra lá e continua siguino toda vida!

Já virou folclore esse negócio de mineiro engolir parte das palavras. Debaixo da cama é badacama, conforme for é confórfô, quilo de carne é kidicarne, muito magro é magrilin, atrás da porta é trádaporta, ponto de ônibus é pôndions, litro de leite é lidileiti, massa de tomate é mastumati e tira isso daí é tirisdaí.

Isso é verdade. Um garoto que mora em São Paulo foi a Minas Gerais e voltou com essa: Lá deve ser muito mais fácil aprender o português porque as palavras são muito mais curtas.

Mineiro quando para num sinal de trânsito, se está vermelho, ele pensa: Péra. Se pisca o amarelo: Prestenção. Quando vem o verde: Podií.

Mas não é só esse sotaque delicioso que o mineiro carrega dentro dele. Carrega também um jeitinho de ser.

A Gabi, amiga nossa mineira, que mora em São Paulo há anos, toda vez que vem, aqui em casa, chega com um balaio de casos de Minas Gerais.

Da última vez que foi a Minas, ela viu na mesa de café da tia Teresa uma capinha de crochê, cobrindo a embalagem do adoçante. Achou aquilo uma graça e comentou com a tia prendada. Pra quê? Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto. Chega a ligar interurbano pra São Paulo:

- Num isquéci de mi falá a marca do seu adoçante não, preu fazê a capinha de crocrê procê...

Coisa de mineiro.

Bastou ela contar essa história que a Catia, outra amiga mineira – e praticante – que estava aqui em casa também, contar a história de um doce de banana divino que comeu na casa da mãe, dona Ita, a última vez que foi lá. Depois de todos elogiarem aquele doce que merecia ser comido de joelhos, ela revelou o segredo:

- Cês criditam que eu vi um cacho de banana madurin, bonzin ainda, no lixo do vizinho, e pensei: Genti, num podêmo dispidiçá não!

Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, o jeito mineiro de ser me encanta e cada vez mais.

Quer saber o que é ser mineiro? No final dos anos 80, quando o meu primeiro casamento se acabou, minha mãe, que era uma mineira cem por cento, queria saber se eu já “tinha outra”, como se diz lá em Minas Gerais. Um dia, cedo ainda, ela me telefonou e, ao invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor, usou seu modo bem mineiro de ser:

- Eu tava pensâno em comprá um jogo de cama procê, mas tô aqui sem sabê. Sua cama nova é di casal ou di soltero?
ADAPTADO. VILLAS, Alberto. Oh! Minas Gerais. In: Carta Capital. Publicado em 10 fev. 2017. Disponível em https://www.cartacapital.com. br/cultura/oh-minas-gerais.  




Considerando o texto Oh! Minas Gerais, em relação à variedade linguística, assinale a alternativa correta. 

  • A: A variedade predominante é a diatópica, que expressa a diversidade linguística-cultural entre regiões geográficas distintas.
  • B: A variedade predominante é a diastrática, em que há a utilização de linguagem escrita e falada.
  • C: A variedade dominante é a diafásica, que representa a diversidade linguística-cultural entre classes sociais.
  • D: A variedade predominante é a diamésica, em que há a redução no padrão morfológico de realização das palavras.
  • E: A variedade dominante é a paramétrica, uma vez que o autor emprega tanto a variedade formal como a informal.

A sentença em que a expressão em negrito está usada de acordo com a norma-padrão é:
  • A: O provedor que comprei o plano demonstra eficiência.
  • B: As pessoas dos quais compareceram desconheciam informática.
  • C: O desejo de que a Internet ficasse mais rápida se realizou.
  • D: O menino, o cujo pai trabalha em informática, virá ajudar-nos.
  • E: A matéria aonde me dei mal foi programação.

Nas passagens apresentadas a seguir, o comentário gramatical está correto em
  • A: “A vida eterna nos trará problemas,” (l. 18) e “...porque nos dá a eternidade sem a perplexidade,” (l. 23-24). Os verbos destacados apresentam o mesmo tipo de re- gência.
  • B: Transpondo a passagem “Cortei o pudim de laranja,” (l. 3-4) da voz ativa para a passiva analítica, teremos a forma verbal fora cortado.
  • C: “...que será para os sistemas previdenciários.” (l. 19-20). O verbo está na 3a pessoa do singular porque o pronome relativo é sujeito, substituindo o antecedente “pesadelo”.
  • D: “...porque nos dá a eternidade...” (l. 23-24) e “...como e por que.” (l. 34). Os vocábulos destacados pertencem à mesma classe gramatical.
  • E: “...como essa da célula-mãe...” (l. 11-12). O subs- tantivo composto destacado flexiona-se, no plural, pela mesma regra de pára-choque.


  Maria Bethânia emociona na abertura de Bienal
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, CONSTITUIÇÃO, 1988, p. 137).

“Eu, Maricotinha, aluna de escola pública, abrindo a Bienal do Livro. Não é lindo?”. Foi assim que Maria Bethânia encerrou sua apresentação na sexta-feira, 26, não sem antes pedir desculpas por ter ultrapassado os 40 minutos combinado – não que alguém tenha achado ruim ouvi-la cantar e ler trechos de poemas e livros. A cantora, ligada ao universo literário há muito tempo, fez uma versão reduzida de seu show Bethânia e As Palavras, antes dos discursos habituais na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo – apenas o ministro da Educação, Mendonça Filho, evitou o microfone. Até 4 de setembro, são esperadas 700 mil pessoas no Anhembi.

Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Mia Couto, Manuel Bandeira, o professor da infância, Nestor Oliveira, que apresentou a poesia a Bethânia e Caetano. Eles e muitos outros, todos juntos, entre um verso e outro, uma música e outra, na voz de uma Bethânia toda de branco, cabelo preso quase até o fim do show, óculos de grau.

A Poetas Populares (Os nomes dos poetas populares / Deveriam estar na boca do povo / No contexto de uma sala de aula / Não estarem esses nomes me dá pena), de Antonio Vieira, ela emendou Trenzinho Caipira, num dos momentos mais bonitos – como foi quando ela cantou Romaria. A leitura de um longo trecho de Grande Sertão Veredas também foi um dos pontos altos.

O moçambicano Mia Couto apareceu mais de uma vez. Dele, ela leu: “Agora, meu ouro é a palavra. Agora, a poesia é a minha única visita de família” e “Na escolinha, a menina propícia a equívocos disse que masculino de noiva é navio”. “Que coisa linda!”, ela disse após ler esta última frase – e então cantou trecho de Oração ao Tempo.

Na sequência, leu Velha Chácara, de Manuel Bandeira, comentou sobre o aprendizado com Nestor de Oliveira, seu professor em Santo Amaro, na Bahia, e deu seu recado: “É possível, sim, uma boa e plena educação nas escolas públicas. Veja eu, Maricotinha, abrindo a Bienal do Livro. Beijinho no ombro”. Ela voltou a repetir isso – sem a referência à Valeska Popozuda – no final.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Adaptado de <https://istoe.com.br/bethania-emociona-na-abertura-da-bienal/>




Assinale a alternativa que faz referência a uma variação linguística.

  • A: “O moçambicano Mia Couto apareceu mais de uma vez.”
  • B: “Foi assim que Maria Bethânia encerrou sua apresentação na sexta-feira (...)”
  • C: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade (...)”
  • D: “Até 4 de setembro, são esperadas 700 mil pessoas no Anhembi.”
  • E: “(...) Na escolinha, a menina propícia a equívocos disse que masculino de noiva é navio.”

Texto I

BITCOIN - Uma moeda simples que está criando milionários pelo mundo.
    O Bitcoin, uma criptomoeda, tem ficado cada vez mais popular. É crescente o número de pessoas que querem saber como investir na moeda digital, se bitcoin é seguro e se é um bom investimento.
    Muitos países olham para a moeda com interesse. O Japão já reconhece o bitcoin como forma de pagamento em diversos estabelecimentos, alguns países da África e Europa Oriental lideram as pesquisas sobre a criptomoeda. Há banco mundial que aceita depósitos em bitcoin e não faltam casos de pessoas que enriqueceram com o bitcoin. Um deles é Erik Finman, um dos primeiros a investir na moeda. Hoje, Erik tem 403 bitcoins a preços atuais perto de 4.400 dólares, o que lhe confere a fortuna de 1,8 milhões de dólares, aproximadamente 5,7 milhões de reais. Nada mal para um garoto de 18 anos. Erik fez a primeira compra em 2011, quando adquiriu 83 moedas pelo valor de 12 dólares cada uma. Com a valorização, em 2013, o rapaz já tinha acumulado 100 mil dólares.
    E se você tivesse feito o mesmo?
    Naquela época, o dólar estava bem mais barato no Brasil, fechou 2011 na casa dos R$1,85. Você teria investido R$ 1.842,60 para comprar as 83 moedas. Se tivesse simplesmente feito isso e não comprado mais nenhum bitcoin, você teria hoje mais de R$1.100.000,00.
    (...)
    O que é Bitcoin?
    O bitcoin é uma moeda digital usada para transações comerciais. Com ela, compram-se produtos ou serviços, assim como fazemos com o real, o dólar, o euro ou qualquer outro dinheiro. A grande diferença é que ela não existe fisicamente, não é uma nota com o rosto de um presidente ou um animal da nossa fauna. O bitcoin é um código, foi criado pelo misterioso Satoshi Nakamoto, que alega ser um japonês que já ultrapassou os 40 anos.
    A criptomoeda é descentralizada, ou seja, não existe um servidor único ou local físico onde são criadas todas as moedas. Dessa forma, qualquer um pode acessar a rede de computadores e minerar um bitcoin.

Texto adaptado de http://blog.procureacherevista.coiri.br/bitcoin-a-moeda-que-esta-criando-iiiilionarios-pelo-mundo/.


Texto II







Fonte: https://vidadeprogramador.com.br/2017/12/29/loucura-esse-bitcoin-ne/






Existe entre os Textos I e II uma variação na linguagem, variação linguística. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.






  • A: Existe uma diferença de formalidade entre os textos. No caso, a variação se deu em função do contexto comunicativo, é, portanto, denominada variação diafásica.
  • B: Com o passar do tempo, a linguagem muda, sofre transformações. No caso, a variação regional é visível no Texto II, em que os personagens utilizam redução de palavras, gíria e outros fenômenos que passaram a acontecer na atualidade, como o uso do “a gente
  • C: No Texto II, como no Texto I, predominam as características típicas de língua falada (cara, ia voltar, né, a gente, tá, pior...). Apesar de serem gêneros textuais diferentes, não existe a variação diamésica.
  • D: Avariação entre os textos é regional, ou seja, diatópica. A variação linguística utilizada no Texto II é típica da região sul do Brasil.

“Mas não me deixe sentar" (v. 17) Considerando a passagem transcrita acima, analise as afirmações a seguir. A colocação do pronome destacado no verso transcrito está adequada à norma padrão da Língua Portuguesa. PORQUE A palavra “não", advérbio de negação, exige que o pronome oblíquo esteja em posição proclítica. A esse respeito, conclui-se que
  • A: as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
  • B: as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
  • C: a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
  • D: a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
  • E: as duas afirmações são falsas.

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