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No que diz respeito à concordância nominal, a palavra em destaque que está empregada de acordo com a norma-padrão é:
  • A: As meninas curtem livros de capas rosas.
  • B: Sempre li bastante livros ao longo de minha vida.
  • C: É proibido leitura de histórias violentas por crianças.
  • D: Narrativas de fluxo de consciência sempre a deixam meia confusa.
  • E: Deveria haver mais revistas e jornais dedicadas à literatura.

A concordância da palavra destacada atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
  • A: A poluição e as dificuldades de circulação devem ser evitados, principalmente nos centros urbanos.
  • B: As moradias e a localização do trabalho deveriam ser mais próximos para garantir melhores condições de vida.
  • C: Os problemas e as soluções relativas à mobilidade urbana precisam ser discutidos pelas autoridades.
  • D: Os espaços para pedestres e as ciclovias precisam ser compartilhadas pelas pessoas nas calçadas.
  • E: Os transportes coletivos e as condições de acessibilidade ainda são precárias nas cidades brasileiras.




É preciso voltar a gostar do Brasil

Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.

BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)



Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso do verbo haver em "Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse." (l. 20-21). Indique-a.
  • A: O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais.
  • B: Na época da publicação choveram elogios aos livros.
  • C: Faz muito tempo da publicação de livros como estes.
  • D: No futuro, todos hão de reconhecer o seu valor.
  • E: Não se fazem mais brasileiros como antigamente.

Assinale a opção cuja estrutura apresenta o verbo na voz ativa.
  • A: "ativam-se as memórias visual, auditiva, verbal e lingüística." (l. 4-5)
  • B: "com quem se podem trocar idéias e experiências." (l. 15-16)
  • C: "...quando se lê um e-mail..." (l. 26)
  • D: "...enquanto se conversa ao telefone..." (l. 26-27)
  • E: "...quando se encontra a solução de um problema." (l. 37-38)

O texto apresentado constrói-se de forma impessoal. Em que passagem o(s) verbo(s) NÃO se apresenta(m) de forma impessoal?
  • A: "Treinar a memória equivale a treinar os músculos do corpo ? " (l. 1-2)
  • B: "Há duas boas maneiras para fazer isso:" (l. 2-3)
  • C: "porque gostar do assunto gera interesse'," (l. 6-7)
  • D: "o desinteresse, ao contrário, é uma espécie de 'sedativo'," (l. 12-13)
  • E: "Não dá para esperar o mesmo nível de retenção de informação..." (l. 25-26)

Se ______ informações sobre a localização das minas, seriam atendidos e _______ sua curiosidade. As formas verbais que completam corretamente a frase acima são:
  • A: quisessem e satisfariam.
  • B: quisessem e satisfazeriam.
  • C: quizessem e satisfariam.
  • D: queressem e satisfazeriam.
  • E: queressem e satisfariam.


TEXTO I
MANDE SEU FUNCIONÁRIO PARA O MAR
     Tudo que o aventureiro americano Yvon Chouinard
faz contraria dez entre dez livros de negócios. Dono de
fábrica de roupas e artigos esportivos, ele pergunta a
seus clientes, numa etiqueta estampada em cada roupa:
5   você realmente precisa disto? Alpinista de renome,
surfista e ativista ecológico, ele se levanta de sua mesa
e incita os 350 funcionários da sede da empresa, na
cidade de Ventura, na Califórnia, a deixar seus postos
e pegar suas pranchas de surfe tão logo as ondas
10 sobem. Aos 67 anos de idade, ele vai junto. Resultado:
a empresa, que faturou US$ 270 milhões em 2006, foi
considerada pela revista Fortune a mais cool do mundo,
em uma reportagem de capa.
Isso não quer dizer que seus funcionários sejam
15  preguiçosos, apesar do ambiente maneiro. A equipe é
motivada e gabaritada, como o perfeccionismo do dono
exige. Para cada vaga que abre, a companhia recebe
cerca de 900 currículos - como o do jovem Scott
Robinson, de 26 anos, que, com dois MBAs no bolso e
20  passagens por outras empresas, implorou para ser
aceito como estoquista de uma das lojas (ganhou o
posto). Robinson justificou: "Queria trabalhar numa
companhia conduzida por valores". Que valores são
esses? "Negócios podem ser lucrativos sem perder a
25  alma", diz Chouinard.
Essa alma está no parque de Yosemite, onde, nos
anos 60, Chouinard se reunia com a elite do alpinismo
para escalar paredões de granito. Foi quando começou
a fabricar pinos de escalada de alumínio, reutilizáveis,
30 uma novidade. Vendia-os a US$ 1,50. Em 1972, nascia
a empresa, com o objetivo de criar roupas para esportes
mais duráveis e de pouco impacto ao meio ambiente.
A filosofia do alpinismo - não importa só aonde você
chega, mas como você chega - foi adotada nos
35  negócios. O lucro não seria uma meta, mas a
conseqüência do trabalho bem-feito. A empresa foi
pioneira no uso de algodão orgânico (depois adotado
por outras marcas), fabricou jaquetas com garrafas
plásticas usadas e passou a utilizar poliéster reciclado.
40  Hoje, o filho de Chouinard, Fletcher, de 31 anos,
desenvolve pranchas de surfe sem materiais tóxicos
que diz serem mais leves e resistentes que as atuais.
Chouinard, que se define como um antiempresário, virou
tema de estudo em escolas de negócios. Quando dá
45  palestras em Stanford ou Harvard, não sobra lugar.
Nem de pé.

Revista Época Negócios. jun. 2007. (Adaptado)

"Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos," (l. 14-15) Assinale a opção em que o verbo está flexionado no mesmo tempo e modo que o destacado na passagem acima.
  • A: Estejam atentos na hora da reunião.
  • B: Os ventos sopram em direção ao mar.
  • C: Gostaria de que ele fosse mais educado.
  • D: Se reouver os documentos perdidos, ficarei aliviado.
  • E: Espero que você cumpra o horário do trabalho.

Complete o período com a oração que apresenta o verbo conjugado de acordo com a norma culta.

Fica mais difícil brigar, se você...
  • A: ver a pessoa na sua frente.
  • B: compor uma mensagem gentil.
  • C: dar um sorriso amigavelmente.
  • D: se dispor a pedir desculpas.
  • E: crer no poder da amizade.

Assinale a opção em que o verbo da oração está na voz ativa.
  • A: "...passarinho (...) a ser considerado a ave nacional..."(l. 7-8)
  • B: "- A ave nacional de um país não pode ser escolhida..."(l. 17-18)
  • C: "...se a ararajuba fosse indicada ave nacional,"(l. 24-25)
  • D: "...um dos poucos países a não ter ave nacional."(l. 32-33)
  • E: "Já o robim, na Grã-Bretanha, foi escolhido..."(l. 35)

Como estava fazendo muito calor, Pedro ___________ comprar um ventilador. Ele ___________ para comprá-lo logo que o seu chefe _____________ . As formas verbais que completam adequada e respectivamente o trecho acima são:
  • A: pretendera - sairá - permitir.
  • B: tinha pretendido - sairia - permitir.
  • C: pretendeu - fosse sair - permitisse.
  • D: pretendesse - sairia - tenha permitido.
  • E: pretendia - sairia - permitisse.

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