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Todos os pensamentos abaixo são compostos de dois segmentos, separados por um ponto. A relação lógica entre esses segmentos que é corretamente indicada, é:
  • A: A ostra pode não ser um modelo de beleza. A ostra é sempre uma esperança de pérola / relação de oposição;
  • B: O elefante deixa-se acariciar. O piolho, não / relação de explicação;
  • C: Eu adoro répteis. Eles têm uma pele maravilhosa / relação de comparação;
  • D: Gatos nos olham com superioridade. Cachorros nos olham com docilidade / relação de conformidade;
  • E: Eu prefiro a companhia dos animais. Eles são muito mais simples / relação de causa e consequência.

Abaixo estão cinco frases com um termo sublinhado que foi retomado a seguir por um termo que sintetiza o elemento anterior sublinhado; a opção em que a retomada é feita de forma distinta, é:
  • A: João Bruno convidou Fabíola para o espetáculo que ele montou com os colegas da empresa. Este ano, trata-se de uma revista musical.
  • B: Foi necessária uma hora para chegar à autoestrada, depois andamos lentamente durante duas horas. Infelizmente essa situação se repete com frequência.
  • C: Para fazer um bom trabalho, seria necessário retirar as velhas telhas, limpar cuidadosamente a superfície e colocar novas. Nas atuais circunstâncias, essa solução fica sendo a mais realista.
  • D: Sérgio se opôs repentinamente à modificação proposta. Sua atitude surpreendeu a muitos.
  • E: Havia no horizonte campos e campos de milho e trigo, com espaços aqui e ali de áreas reservadas a cultivos experimentais. Essa plantação era verdadeiramente impressionante.

Observe o texto predominantemente descritivo a seguir.

“Depois de ter passado o sinal de trânsito da esquina, eu perdi de vista a catedral. Eu não via mais que árvores. Atrás delas apareciam as chaminés das usinas. Alguns quilômetros mais adiante, eu percebi com alívio os primeiros prédios da cidade universitária. Dois estudantes com que cruzei na estrada me olharam de forma curiosa. Tinham as mãos nos bolsos e pareciam sentir muito frio debaixo de seus pesados sobretudos.”

Em relação ao texto descritivo acima, é correto afirmar que:
  • A: não estão em movimento nem o observador nem os objetos da descrição;
  • B: a descrição é feita com base nos sentidos da visão e do tato;
  • C: nesse texto, as limitações no ato de descrever são causadas pelo distanciamento em relação ao que é descrito;
  • D: o observador responsável pela descrição não interfere com o que é por ele descrito;
  • E: a finalidade básica dessa descrição é identificar economicamente o local observado.

Todas as frases abaixo mostram a estrutura de uma definição, mas a única que corresponde, de fato, a uma definição, é:
  • A: A História é uma destilação de intrigas;
  • B: O presente é a viva soma total do passado;
  • C: História é a ciência que estuda eventos passados;
  • D: A história é a filosofia em exemplos;
  • E: Tempo é o suspiro de adeus do sol à terra.

A pontuação foi criada para que os textos se tornassem mais claros. Uma das regras do emprego da vírgula é sua utilização para marcar uma oração adverbial antecipada, como na seguinte frase:
  • A: Como seriam venturosos os agricultores, se conhecessem a sua fortuna;
  • B: A natureza é grande nas grandes coisas, mas é grandiosa nas pequenas coisas;
  • C: O trabalho do lavrador é o trabalho natural do homem, o único que acalma as paixões e vigoriza o corpo;
  • D: Sentar-se à sombra, num belo dia, e repousar o olhar sobre a verdura é o repouso mais perfeito;
  • E: Quando a última árvore morrer e o último rio for envenenado, você vai perceber que o dinheiro não alimenta.

Observe a pequena narrativa a seguir.

“João estava sentado no degrau do portão de casa, enrolando a linha da pipa, quando Lila se aproximou e lhe disse que estava fugindo de casa, porque já estava cheia de tudo e perguntou se ela podia ficar escondida na casa dele até ver o que acontecia. João ficou atrapalhado, pois tinha que falar com a mãe, mas ia ver se dava um jeito. De repente surge a mãe de Lila, com um chinelo na mão e gritando com a filha para que ela voltasse imediatamente para casa. Amedrontada, Lila obedeceu e João voltou a enrolar o carretel de linha.”

Considerando as fases do enredo dessa narrativa, a única afirmativa que está em desacordo com o texto é:
  • A: o estado inicial da narrativa mostra João enrolando um carretel de linha de pipa na porta de casa;
  • B: o fato que vai perturbar o fato inicial é a chegada de Lila, que estava fugindo de casa;
  • C: o fato culminante da narrativa é o pedido de Lila para ser abrigada na casa de João;
  • D: o estado final da narrativa mostra o estado inicial melhorado, pois João ficou livre do problema apresentado por Lila;
  • E: um novo fato narrativo é a chegada da mãe de Lila, que obriga a que ela volte para casa.

A frase abaixo em que há a possibilidade de dupla concordância nominal na palavra sublinhada, é:
  • A: O que têm essas mulheres de estranhas?;
  • B: Os alto-falantes estavam colocados no fundo do palco;
  • C: Veja os nomes abaixoassinados;
  • D: Era um crime de leso-patriotismo;
  • E: É proibida a entrada de bebida alcoólica na festa.

AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A são expressões semelhantes, mas muito diferentes no significado. A frase abaixo em que uma dessas expressões está empregada em lugar da outra, é:
  • A: O acidente causado pelo motoqueiro fez com que o caminhão se desgovernasse e fosse ao encontro do poste;
  • B: Todo o mercado ficou excitado com as notícias de alívio econômico que iam ao encontro de suas expectativas otimistas;
  • C: O novo carro, por seu desempenho e conforto magníficos, ia ao encontro dos desejos do casal, que acabava de adquiri-lo;
  • D: O horóscopo da semana previa muitas dificuldades, o que ia de encontro às notícias agradáveis que estavam surgindo;
  • E: Os resultados obtidos pelo time em campo iam de encontro aos sonhos dos torcedores, que já estavam preocupados com a queda da equipe para a série B.

Texto 1


Platão


Diotima – Qual é, Sócrates, na sua opinião, a causa deste amor, deste desejo? Você já observou em que estranha crise se encontram todos os animais, os que voam e os que marcham, quando são tomados pelo desejo de procriar? Como ficam doentes e possuídos de desejo, primeiro no momento de se ligarem, depois, quando se torna necessário alimentar os filhos? [....] Tanto no caso dos humanos como no dos animais, a natureza mortal busca, na medida do possível, perpetuar-se e imortalizarse. Apenas desse modo, por meio da procriação, a natureza mortal é capaz da imortalidade, deixando sempre um jovem no lugar do velho. [...] Pois saiba, Sócrates, que o mesmo vale para a ambição dos homens. Você fica assombrado com a sua misteriosa irracionalidade, a não ser que compreenda o que eu disse, e reflita sobre o que se passa com eles quando são tomados pela ambição e pelo desejo de glória eterna. É pela fama, mais ainda que por seus filhos, que eles se dispõem a encarar todos os riscos, suportar fadigas, esbanjar fortunas e até mesmo sacrificar suas vidas. [...] Aqueles cujo instinto criador é físico recorrem de preferência às mulheres e revelam seu amor dessa maneira, acreditando que pela geração de filhos podem se assegurar da imortalidade e de uma recordação perene de si. Mas existem alguns cujo instinto criador se aloja na alma e que desejam procriar não pelo corpo, mas espiritualmente, gerando filhos que são próprios da natureza da alma conceber e dar à luz. E o que é próprio da natureza da alma procriar? A sabedoria e as virtudes em geral, cujos progenitores são os poetas e os criadores fecundos.


(Platão, século IV a. C.)

Sobre a estruturação geral desse fragmento textual argumentativo, uma fala de Diotima (orientadora de Sócrates nos assuntos de amor) para Sócrates, assinale a observação correta.
  • A: A tese exposta nesse fragmento é a de que a procriação da alma é superior à do corpo.
  • B: Os argumentos apresentados para a defesa da tese se apoiam na autoridade dos participantes do diálogo.
  • C: O público-alvo de toda a argumentação do texto se reduz a Sócrates, citado na exposição da tese.
  • D: A exposição argumentativa tem estreita ligação com a época em que ocorre o diálogo.
  • E: O texto argumentativo acima se estrutura por meio de um debate informativo e expositivo.

Texto 1


Platão


Diotima – Qual é, Sócrates, na sua opinião, a causa deste amor, deste desejo? Você já observou em que estranha crise se encontram todos os animais, os que voam e os que marcham, quando são tomados pelo desejo de procriar? Como ficam doentes e possuídos de desejo, primeiro no momento de se ligarem, depois, quando se torna necessário alimentar os filhos? [....] Tanto no caso dos humanos como no dos animais, a natureza mortal busca, na medida do possível, perpetuar-se e imortalizarse. Apenas desse modo, por meio da procriação, a natureza mortal é capaz da imortalidade, deixando sempre um jovem no lugar do velho. [...] Pois saiba, Sócrates, que o mesmo vale para a ambição dos homens. Você fica assombrado com a sua misteriosa irracionalidade, a não ser que compreenda o que eu disse, e reflita sobre o que se passa com eles quando são tomados pela ambição e pelo desejo de glória eterna. É pela fama, mais ainda que por seus filhos, que eles se dispõem a encarar todos os riscos, suportar fadigas, esbanjar fortunas e até mesmo sacrificar suas vidas. [...] Aqueles cujo instinto criador é físico recorrem de preferência às mulheres e revelam seu amor dessa maneira, acreditando que pela geração de filhos podem se assegurar da imortalidade e de uma recordação perene de si. Mas existem alguns cujo instinto criador se aloja na alma e que desejam procriar não pelo corpo, mas espiritualmente, gerando filhos que são próprios da natureza da alma conceber e dar à luz. E o que é próprio da natureza da alma procriar? A sabedoria e as virtudes em geral, cujos progenitores são os poetas e os criadores fecundos.


(Platão, século IV a. C.)

Qual é, Sócrates, na sua opinião, a causa deste amor, deste desejo?
Essa pergunta inicial do texto
  • A: não é respondida na exposição de Diotima.
  • B: deve ser respondida por Sócrates, na continuidade do diálogo, ausente do fragmento lido.
  • C: a causa procurada do amor e do desejo aludidos está no desejo físico exacerbado.
  • D: é respondida pela própria Diotima, no meio do texto.
  • E: não tem uma resposta possível, já que está envolta em “misteriosa irracionalidade”.

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