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Foram encontradas 204 questões.
1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

Quanto ao gênero textual, trata-se de uma crônica.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

O texto apresenta linguagem simples e espontânea, situada entre a linguagem oral e a escrita.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

Segundo o texto, o aborrecimento do repórter decorre do fato de ele necessitar de uma resposta e não a obter.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

O pronome “lhe” (linha 2) retoma “repórter” (linha 1).
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

O trecho “mergulhemos de corpo e alma no cafezinho” (linha 18) consiste em uma tentativa do autor de intensificar a ideia do “cafezinho” como fuga dos problemas.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

Estariam preservados os sentidos e a correção gramatical do texto caso o sinal de ponto final empregado à linha 6 fosse substituído por vírgula, feito o devido ajuste de letras maiúsculas e minúsculas.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

Estariam preservados os sentidos e a correção gramatical do texto caso fosse inserida uma vírgula imediatamente depois do vocábulo “horas” (linha 14).
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

No texto, está claro quem deu a informação ao repórter a respeito do delegado.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

A expressão “passou o dia inteiro tomando café” (linhas 4 e 5) significa que o delegado saiu e não voltou ao seu local de trabalho.
  • A: Certo
  • B: Errado

1 Leio a reclamação de um repórter irritado que
precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem
havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e
4 chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro
tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um
7 pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma
das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
10 A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso
falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir
tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
13 “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de
dizer:
16 – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr.
Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.
19 Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e
vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
22 Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e
perguntar:
– Ele está?
25 – Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e
quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a
28 morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
31 comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo.
O chapéu dele está aí…
34 Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito
pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é
37 não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café.
40 Vamos, vamos tomar um cafezinho.

Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.

Considerando os aspectos linguísticos e as ideias do texto, julgue o item.

As orações do trecho “– Ele disse que ia tomar um cafezinho…” (linha 29) apresentam uma relação de coordenação.
  • A: Certo
  • B: Errado

Exibindo de 1 até 10 de 204 questões.