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Os livros didáticos ensinam que os textos dissertativos discutem um tema, defendem uma opinião, contrariam uma ideia oposta, fornecem informações etc.

Assinale a frase que se estrutura pela oposição a um outro pensamento ou opinião.
  • A: Gastos públicos podem também significar investimentos e não desperdício.
  • B: Como diz a sabedoria popular, mais vale a quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
  • C: Economize para o futuro!
  • D: Uma única vela pode acender outras mil sem perder a sua força.
  • E: Amar profundamente em uma direção nos torna mais amorosos em todas as outras.

Em todas as opções a seguir o enunciador fornece uma explicação sobre o que enuncia.

Assinale a opção que apresenta a frase em que o processo indicado para a explicação dada está identificado corretamente
  • A: “Um método consiste em introduzir um pequeno balão na artéria (ou artéria coronariana, como dizem os médicos).” / a utilização de uma perífrase.
  • B: “Para falar por imagens, eu diria que você tem o hábito de comer o bolo e deixar as migalhas para os outros.” / o emprego de uma explicação, seguida de um comentário.
  • C: “A maioria dos legumes, como o chuchu, tem um gosto suave.” / o uso de mais precisão por meio de uma exemplificação
  • D: “Eu te responderia: Punir, não. Penalizar objetivamente, sim. E não estou jogando com as palavras.” / utilização de uma definição de caráter individual.
  • E: “O cugar, também conhecido sob o nome de leão da montanha ou de puma, é, em regra geral, um solitário que evita qualquer contato com o homem.” / apelo a uma explicação por meio da etimologia da palavra.

Uma das características marcantes de um texto informativo é a sua objetividade.

Assinale a opção em que a segunda estruturação da frase é mais objetiva que a primeira.
  • A: Foi decidido que essa lei seria emendada. / Nós decidimos emendar essa lei.
  • B: O conserto do carro custou caro. / Consertou-se o carro, o que custou caro.
  • C: O autor do livro concedeu ontem uma entrevista. / Aquele que escreveu o livro concedeu uma entrevista ontem.
  • D: Nossa empresa só considerará os recursos dos candidatos detentores de um diploma universitário. / Só serão considerados os recursos dos candidatos detentores de um diploma universitário.
  • E: Três encomendas foram despachadas ontem. / Nosso serviço de encomendas despachou três ontem.

Observe um trecho do discurso parlamentar do então deputado Carlos Lacerda sobre o projeto de fixar-se o texto da carta testamento de Getúlio Vargas nas escolas públicas de São Paulo:

“Sr. Presidente:

O texto dessa carta, seja ela apócrifa ou não, é um texto de luta política, é um texto de pronunciamento apaixonado que se atribui a um homem no momento culminante da sua vida, isto é, no momento em que deliberou dar-se morte por suas próprias mãos. É um texto de paixão, é um texto de violência, é um texto que consagra o suicídio como norma para a decisão da vida de um homem. É, portanto, um texto, embora de autenticidade duvidosa, ou ainda que autêntico, diria mesmo, precisamente se autêntico, capaz de merecer o respeito até dos adversários daquele a quem se atribui a autoria, mas nunca para ser afixado e, muito menos, obrigatoriamente, nas escolas públicas de uma cidade de qualquer país. Porque: primeiro, o texto dessa carta faz o elogio do suicídio, o que não é, evidentemente, ensinamento a legar, ou a impor, ainda menos a impor, às crianças que frequentam as escolas públicas de uma cidade; segundo, é um texto de combate, de polêmica política, é um texto de violento revide, num momento de paixões desencadeadas dentro de uma situação histórica determinada. Não é o documento básico de uma nação. [....] É um texto, repito, cuja autenticidade está por ser demonstrada; mas, demonstrada que fosse ou venha a ser, não é, certamente, um texto para figurar nas paredes das escolas públicas. Primeiro, porque faz o elogio, faz a apologia da violência contra o próprio corpo pelo suicídio, solução extrema, solução que respeito, mas que não posso ver recomendada às crianças do meu País. E, ainda, porque o seu contexto, impregnado de paixão, digamos legítima - aceitemos -, de paixão compreensível, de revide mais do que respeitável até, mas de revide em todo o caso, não deve figurar à porta sacrossanta das escolas em que se forma a mentalidade das crianças brasileiras.”


O texto mostra um conjunto de segmentos que funcionam como argumentos contrários à afixação nas escolas públicas de São Paulo da carta deixada por Getúlio Vargas no dia em que se suicidou.

Assinale a opção que mostra o segmento que representa um contra -argumento.
  • A: “...o texto dessa carta faz o elogio do suicídio, o que não é, evidentemente, ensinamento a legar...”
  • B: “Não é o documento básico de uma nação.”
  • C: “...porque faz o elogio, faz a apologia da violência contra o próprio corpo pelo suicídio, solução extrema, solução que respeito, mas que não posso ver recomendada às crianças do meu País.”
  • D: “...porque o seu contexto, impregnado de paixão, digamos legítima - aceitemos -, de paixão compreensível, de revide mais do que respeitável até, mas de revide em todo o caso, não deve figurar à porta sacrossanta das escolas ...”
  • E: “...é um texto de pronunciamento apaixonado que se atribui a um homem no momento culminante da sua vida, isto é, no momento em que deliberou dar-se morte por suas próprias mãos.”

Um escritor francês aborda, no texto argumentativo a seguir, a influência americana na França atual.

“Eu certamente admiro o povo americano; mas esse povo, por muitos aspectos de seu gênio, me é mais estrangeiro que qualquer outro. Eu nunca visitei os EUA. Mas eles fizeram muito mais do que nos visitar: eles nos transformaram. O ritmo de nossa vida cotidiana segue o modelo deles. Sua música aparece em milhões de discos. Milhares de filmes, sobre todas as telas de Paris e do interior, nos impõem seus modelos: a idolatria da técnica, de todas as técnicas criadas pelo homem, a loucura pela velocidade... “Não se compreende nada da civilização moderna, se não se admite antes que ela é uma conspiração universal contra toda vida interior...” escrevia Georges Bernanos, em 1945. Sim, contra tudo o que tinha valor para as pessoas de minha raça: uma vida recolhida numa mansão antiga onde viveram antes de nós aqueles de quem viemos e que nos amaram.”

Sobre esse texto argumentativo, assinale a afirmativa correta.
  • A: O texto protesta contra um colonialismo de um novo tipo: a influência crescente da cultura americana sobre a Europa, rejeitando-a parcialmente, sobretudo no terreno artístico
  • B: Os argumentos apresentados para demonstrar a influência americana são dificilmente refutáveis, já que apelam para a evidência cotidiana.
  • C: A presença de termos como “idolatria” e “loucura” mostra, implicitamente, apreço pela cultura dos Estados Unidos, que o autor aparentemente rejeita.
  • D: Um contra-argumento que se poderia opor ao pensamento do autor do texto é o de que a influência americana só atinge os países culturalmente mais débeis.
  • E: A visão do autor do texto é bastante otimista, no sentido de que o mundo futuro será apoiado em brilhante tecnologia e vida exterior intensa, facilitando o enriquecimento mútuo das nações.

Num cenário de formatura colegial, o professor encarregado do discurso de patrono da turma, começou-o da seguinte forma:
“Senhores pais aqui presentes, meus caros ex-alunos: neste meu discurso vou seguir os conselhos de Millôr Fernandes, que recomendava que discursos de formatura e governos de ditadura, quanto mais curtos, melhor!”

Assinale a opção que apresenta a recomendação do especialista Jorge David Cortés Moreno sobre a maneira de introduzir-se um discurso, que foi seguida pelo patrono da turma.
  • A: Enumerar todas as pessoas presentes a fim de que se sintam valorizadas e participem da fala do orador
  • B: Indicar previamente o conteúdo da fala, tentando despertar a curiosidade dos ouvintes.
  • C: Valorizar o discurso com uma citação culta no sentido de prender a atenção do público.
  • D: Começar por uma frase inesperada dentro da situação de enunciação, fugindo de um lugar-comum.
  • E: Destacar ironicamente um aspecto do discurso, aspecto esse que corrobora as marcas tradicionais do mesmo tipo de texto.

“Estamos na fase preliminar de uma das maiores batalhas da história (...) Que estamos em ação em muitos pontos — na Noruega e na Holanda — (...) que temos que estar preparados no Mediterrâneo. Que a batalha aérea é contínua, e que muitos preparativos têm que ser feitos aqui em casa.

Eu diria à Câmara como disse àqueles que aderiram a este governo: "Não tenho nada a oferecer além de sangue, labuta, lágrimas e suor". Temos diante de nós uma provação do tipo mais grave. Temos diante de nós muitos, muitos longos meses de luta e de sofrimento.

Você pergunta, qual é a nossa política? Direi: É travar uma guerra, pelo mar, terra e ar, com toda a nossa força e com toda a força que Deus pode nos dar; para travar uma guerra contra uma tirania monstruosa, nunca superada no catálogo sombrio e lamentável do crime humano. Essa é a nossa política. Você pergunta, qual é o nosso objetivo? Eu posso responder em uma palavra: Vitória. Vitória a todo custo — vitória apesar de todo o terror — Vitória, por mais longa e difícil que seja o caminho, pois sem vitória não há sobrevivência.”
CHURCHILL, Winston, pronunciamento na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, em 13 de maio de 1940.

A seguir aparecem algumas observações sobre o discurso político; entre essas observações, assinale a que se relaciona mais diretamente a esse fragmento do discurso de Churchill, considerando exclusivamente esse segmento e sua situação de produção.
  • A: O discurso apresenta uma tese exposta na primeira frase do texto e, da mesma forma, também tem um argumento que a apoia. Portanto, a afirmação que se pretende comunicar aos destinatários é defendida com fatos reais ou raciocínio plausível.
  • B: A construção de um discurso tem um senso estratégico de ação, isto é, na exposição de sua ideia, existem objetivos definidos, modos ou maneiras claras de alcançá-los e antagonistas ou obstáculos que podem se apresentar como ameaças no campo de jogo.
  • C: Nesse tipo de fala, o receptor está em uma posição em que deve decidir e tomar uma posição em relação a eventos passados, ocorrendo um provável julgamento do desempenho dos líderes.
  • D: O discurso político nesses casos concentra-se em demonstrar que ações precisas e necessárias foram tomadas no desenvolvimento da gestão, abordando meios de subsistência suficientes e, além de convincente, garantindo que a coisa certa foi feita sobre uma questão transcendental e futura.
  • E: É uma ferramenta essencial para os atores políticos, pois é usada por eles para expressar sua maneira de ver certos problemas, vincular os ouvintes aos seus ideais, gerar perguntas sobre o exercício do poder ou criar esperança para quem recebe a mensagem.

QUESTIONANDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO
Marcus Eduardo de Oliveira

Para o fim último de uma sociedade que se pauta na busca da felicidade, via aquisição material, o crescimento econômico se apresenta como o caminho mais viável para isso, visto que potencializa o ciclo de acumulação do capital (produção, consumo, mais produção para mais consumo), consubstanciando-se na máxima tão proferida pelos neoclássicos de que a riqueza de um país aumenta à medida que o Produto Interno Bruto (PIB) se expande.

Assim, o consumo que, nas palavras de F. Hirsch (1931-1978) "representa o verdadeiro sujeito e objeto do crescimento econômico", amparada tal "necessidade" de crescimento. Essa "necessidade", por sua vez, é justificada pelo encontro do crescimento demográfico com o progresso econômico, posto esse último cada vez mais a serviço do aumento da produção material.

Pautado no interesse de fazer com que a sociedade alcance melhorias substanciais no padrão de vida das pessoas, o crescimento econômico, por ser uma espécie de "marca" que simboliza esse "progresso", tornou-se obsessão maior das políticas governamentais pós Revolução Industrial, e, enquanto a economia mundial (atividade produtiva global) "coube" dentro do meio ambiente, tal obsessão jamais foi questionada.

A insatisfação quanto a isso, apenas para os que estão do lado de fora da economia convencional, dita, neoclássica, portanto, para aqueles que não comungam às ideias da cartilha do modelo ora vigente, passou a ser gritante após os anos 1960, quando os sinais de estresse ambiental começaram a ser notados em diversas frentes, em paralelo ao fato da abundância material ter alcançado, a partir desse período, maior proeminência, afinal a economia global estava desfrutando as benesses da chamada "Era do Ouro" do capitalismo que somente iria terminar com a chegada do primeiro choque do petróleo, em 1973.

A partir disso, a questão principal que se realça é que, à medida que o crescimento acontece, deteriora-se o meio ambiente, sem ao menos ter essas implicações ecológicas dimensionadas adequadamente na própria conta do crescimento econômico.

Desse modo, questionar o crescimento, para dizer o mínimo, torna-se mais que razoável, além de permitir o questionamento do próprio sistema que lhe dá amparo, uma vez que seus defensores contextualizam que sem crescimento não há condições possíveis de sobrevivência para o sistema ora dominante. [...]
(Adaptado de: Revista Cidadania & Meio Ambiente. Disponível em:https://www.ecodebate.com.br/wpcontent/uploads/2016/05/rcman58.pdf)

Considerando o segundo parágrafo do texto, assinale a alternativa correta.
  • A: As três ocorrências de aspas apresentam a mesma função.
  • B: O excerto "representa verdadeiro sujeito e objeto do crescimento econômico" funciona com um argumento de autoridade para a defesa do autor de que o consumo é o caminho mais viável para uma sociedade feliz
  • C: Ao indicar a data de nascimento e de falecimento de F. Hirsch, o autor fere o fator de textualidade "informatividade", uma vez que tal conteúdo é dispensável ao texto.
  • D: Afirmar que o consumo é "sujeito e objeto do crescimento econômico" equivale a dizer que o consumo é aquilo que causa o crescimento econômico ao mesmo tempo em que este gera mais consumo
  • E: Refere que tanto o crescimento demográfico quanto o progresso econômico têm como pressuposto o consumo como fator motivador.

Apesar de a varíola transmitida pelo vírus Monkeypox ser considerada uma doença autolimitada, que geralmente se cura sozinha, em alguns casos pode haver a necessidade de um tratamento medicamentoso específico, sobretudo entre pessoas imunossuprimidas, segundo especialistas e órgãos governamentais de saúde. Já são mais de 1.000 casos confirmados da doença fora da África, onde ela é endêmica, que vem se espalhando pelo mundo nas últimas semanas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por isso, ao aparecer os primeiros sintomas, mesmo que suspeitos, é importante procurar atendimento médico para prescrição da melhor conduta, afirma a diretora do Laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso.

“Se a pessoa já começou a desenvolver os primeiros sintomas, o ideal é procurar um serviço médico, para um diagnóstico assertivo diferenciando de outras doenças que podem ser clinicamente semelhantes e podem confundir. Em caso confirmado, é necessário isolar o paciente e iniciar o tratamento preconizado”, diz Viviane.

Os principais sintomas atribuídos ao Monkeypox são febre, dores no corpo e na cabeça, calafrios e exaustão, que podem durar em média três dias. Eles são seguidos de lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem. É principalmente o contato com elas que causa a transmissão do vírus para outras pessoas.
Disponível em:< https://butantan.gov.br/noticias/o-que-e-recomendado-e o-que-deve-ser-descartadono-tratamento-da-variola-causada-pelo monkeypox>. Acesso em: 27. ago. 2022.

Sobre o texto em tela, é correto afirmar que, do ponto de vista argumentativo,
  • A: o texto pode ser sintetizado como um alerta ao risco de pandemia pelo Monkeypox.
  • B: o autor segue um viés neutro, em que as informações sobre o vírus são tratadas de modo a não utilizar operadores argumentativos.
  • C: uma das estratégias utilizadas é o discurso reportado de autoridade, quer por meio de instituição, quer por meio de especialista sobre o vírus Monkeypox.
  • D: as expressões “apesar de” e “por isso”, que iniciam o primeiro e segundo parágrafos, respectivamente, são semanticamente destituídas de sentido no texto
  • E: a autora do texto, Viviane, reforça, no terceiro parágrafo (“Se a pessoa [...] o tratamento preconizado”), a ideia principal veiculada pelo texto; por isso, o excerto aparece entre aspas.

Observe a seguir o início de um texto.
“Há muita gente complicando a vida do prefeito, inclusive o próprio prefeito’, costuma dizer um vereador. Trata-se de uma revelação de caráter generalizado na Câmara.”

A introdução desse texto deve ser identificada como:
  • A: alusão histórica;
  • B: interrogação;
  • C: suspense;
  • D: convite;
  • E: citação;

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