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Foram encontradas 89 questões.
A autora declara que levaria seu filho a _____ desvalidos, e não o _____ noções acerca do bem e do mal, porque a prática do bem deveria ser _____ sua conduta.

As lacunas dessa frase devem ser preenchidas, respectivamente e de acordo com a norma-padrão de regência verbal e nominal, por
  • A: dar preferência com os ... impregnaria de ... inerente com
  • B: dar preferência aos ... impregnaria de ... indissociável de
  • C: dar preferência para os ... submeteria em ... inerente à
  • D: zelar pelos ... impregnaria a ... indissociável com
  • E: zelar aos ... submeteria a ... inerente na

Desde seu primeiro livro para crianças, A menina do narizinho arrebitado, Monteiro Lobato fixa o espaço e boa parte do elenco que vai ocupá-lo e ocupar-se em aventuras de todo tipo: é o Sítio do Picapau Amarelo, propriedade de Dona Benta, que vive originalmente acompanhada de sua neta Lúcia, conhecida por Narizinho, e de uma cozinheira antiga e fiel, Tia Nastácia. Trata-se de uma população pequena para preencher um cenário tão grande, mas as personagens multiplicam-se rapidamente.
São os laços familiares que garantem a união do grupo, mas o Sítio do Picapau Amarelo constitui sempre o ponto de entrada de todas as narrativas: as desempenhadas pelos netos de Dona Benta e as que alojam heróis provenientes do exterior e de outras histórias, introduzidos pela voz da velha senhora.
Assim, o sítio não é apenas o cenário onde a ação pode transcorrer. Ele representa igualmente uma concepção do mundo, da sociedade e do Brasil, bem como uma tomada de posição a propósito da criação de obras para a infância, como se vê no trecho de O irmão de Pinóquio:
A moda de Dona Benta ler era boa. Lia “diferente” dos livros. Como quase todos os livros para crianças que há no Brasil são muito sem graça, cheios de termos do tempo do Onça ou só usados em Portugal, a boa velha lia traduzindo aquele português de defunto em língua do Brasil de hoje. Onde estava, por exemplo, “lume”, lia “fogo”; onde estava “lareira”, lia “varanda”. E sempre que dava com um “botou-o” ou “comeu-o”, lia “botou ele”, “comeu ele” – e ficava o dobro mais interessante.

(Marisa Lajolo e Regina Zilberman. Literatura infantil brasileira – história & histórias. Editora Unesp. Adaptado)

A frase que está em conformidade com a norma-padrão de regência verbal encontra-se na alternativa:
  • A: Os laços familiares, sobre os quais se apoia a união do grupo, compõem o ponto central da obra lobatiana.
  • B: Tia Nastácia, com quem se outorga papel essencial nas histórias, é presença constante no elenco.
  • C: Na série de livros, são múltiplas as peripécias às quais humanos e animais personificados participam.
  • D: O Sítio, do qual é a porta de entrada das narrativas, expõe uma nova concepção de mundo.
  • E: Dona Benta vivia com a neta Lúcia, em quem o autor confere o apelido de Narizinho.

José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

Na passagem – Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição... –, a regência e o sentido das formas verbais destacadas mantêm-se inalterados, se elas forem substituídas, correta e respectivamente, por:
  • A: enfatizavam; arrumava; excluir.
  • B: exigiam; divergia; estabelecer.
  • C: dispensavam; alterava; coibir.
  • D: precisavam; consertava; conferir.
  • E: ocultavam; discordava; solicitar.

Uma pesquisa demonstra que a melatonina, conhecida popularmente como “hormônio do sono”, a despeito de seu efeito antioxidante e regulador do sono, pode piorar a inflamação intestinal, dependendo do conjunto de bactérias que vivem no corpo humano, especialmente no intestino do hospedeiro – isto é, na microbiota, antigamente chamada “flora intestinal”.
O uso de melatonina pela população, sem prescrição médica, tem sido bastante corriqueiro para dormir melhor. “O problema principal é que todo mundo acha que é inócuo, que um hormônio como a melatonina não causa males, só melhora o sono, e o que esse estudo acaba de revelar é que as pessoas têm de ficar atentas, porque uma suplementação hormonal pode melhorar o sono, mas pode piorar outra coisa”, diz a professora Cristina Ribeiro de Barros Cardoso, da Universidade de São Paulo (USP).
No laboratório de Cardoso, enfermidades inflamatórias intestinais são pesquisadas, entre elas doença de Crohn e retocolite ulcerativa. São condições imunomediadas, ou seja, correspondem a respostas imunológicas descontroladas que acabam causando destruição no trato gastrointestinal e efeitos clínicos muito fortes, como dores abdominais, diarreias constantes, sangramentos e muita fadiga. É preciso, assim, diminuir ou suprimir a imunidade para reduzir a inflamação excessiva que causa danos ao intestino.
A pesquisadora ressalta que muitos pacientes não respondem adequadamente nem mesmo aos tratamentos mais modernos e dispendiosos, gerando a necessidade de cirurgias para a remoção de partes do intestino. Esses são procedimentos bastante invasivos para os pacientes, com consequências diretas na sua qualidade de vida, o que levou o grupo de pesquisa a procurar novas opções terapêuticas.
A melatonina, então, entrou no foco de investigação do grupo de Cardoso. O hormônio pode atuar como antioxidante e melhorar diversas condições fisiológicas ou patológicas. “Começamos esse trabalho imaginando que teríamos um potencial novo tratamento para doença de Crohn e retocolite ulcerativa, mas, para nossa surpresa, o que vimos foi exatamente o contrário. E esse alerta precisa ser feito”, ressalva Cardoso.

(Ricardo Muniz. Melatonina, comumente usada para dormir melhor, pode piorar quadros de inflamação intestinal. www1.folha.uol.com.br, 28.04.2023. Adaptado)


Diante de um quadro de inflamação excessiva no intestino, ______ causa danos, para _____ , faz- -se necessário diminuir a imunidade ou _____ .

Assinale a alternativa que, correta e respectivamente, completa as lacunas conforme o que se afirma no 4º parágrafo do texto.
  • A: o que lhe … reduzir-lhe … suprimir-lhe
  • B: a qual o … reduzir-la … suprimir-la
  • C: a qual lhe … reduzi-la … suprimi-la
  • D: o qual lhe … reduzir-la … suprimir-lhe
  • E: que o … reduzir-lhe … suprimi-la

A norma-padrão de regência verbal e nominal foi observada na frase:
  • A: É importante lembrarmos de que médicos prescrevem medicamentos baseados em relatos feitos do paciente.
  • B: A incapacidade a certos remédios de fazerem o efeito desejado tem a ver com as características do doente.
  • C: O grupo emitiu um aviso salientando com que o acesso aos recursos mais caros pode não ser suficiente.
  • D: A necessidade de a população ser alertada se dá pelo aumento no uso indiscriminado de remédio.
  • E: Há doenças autoimunes conhecidas que afetam aos mais diversos tipos de pessoas com as mais diversas idades.

A norma-padrão de regência verbal e nominal foi observada em:
  • A: Para muitos, é preferível estar exaurido em uma torre de marfim a estar aliviado em um lamaçal.
  • B: A ciência teve avanços expressivos, conseguindo com que esse período entrasse para a história.
  • C: O termo “rés do chão” corresponde em um pavimento de um edifício que está ao nível do solo.
  • D: Há muitos intelectuais elitistas que vivem deliberadamente desvinculados ao mundo cotidiano.
  • E: Cortar carboidratos da dieta leva o corpo consumir da gordura corporal para obter energia.

A regência verbal e o emprego do acento indicativo da crase estão em conformidade com a norma-padrão com o enunciado reescrito do texto em:
  • A: Ao se referirem à possíveis evidências de extraterrestres, o comando militar dos EUA prefere usar a expressão UAPs do que a expressão UFOs.
  • B: Ainda que as situações duvidosas sejam verificadas uma à uma pelos militares, os crédulos discordarão com os resultados aferidos.
  • C: O comando militar dos EUA comunicou à todos os cidadãos de que não há evidência que sejam extraterrestres os objetos voadores não identificados.
  • D: Os militares concentram a atenção em ocorrências suspeitas próximas às instalações em que atuam e anseiam pela resolução dos enigmas.
  • E: Quanto à possibilidade de vida extraterrestre, Sean Kirkpatrick argumentou de que é preciso manter uma atitude científica diante da questão.

Observe a estruturação das três frases abaixo:
- Pagaram o imposto no prazo. - Pagou-se o imposto no prazo. - Alguém pagou o imposto no prazo.
Sobre essa estruturação, assinale a afirmação correta.
  • A: As duas primeiras frases estão na voz passiva.
  • B: Em todas as frases o sujeito não é identificado.
  • C: As duas últimas frases mostram o agente da ação verbal.
  • D: O sujeito é indeterminado na terceira frase.
  • E: As duas últimas frases mostram sujeito claro.

“É preferível um bom nome a muitas riquezas e uma boa graça a prata e ouro.”
Assinale a opção em que o verbo preferir apresenta uma construção adequada.
  • A: Prefiro mais cinema do que teatro.
  • B: Prefiro cinema do que teatro.
  • C: Prefiro antes cinema do que teatro.
  • D: Prefiro cinema a teatro.
  • E: Prefiro mais cinema a teatro.

Memória de longe

Ao longo da vida, nossas lembranças não apenas se renovam, segundo os fatos que vão acontecendo. A faculdade da memória, em seu misterioso processo, muda de natureza. Na velhice, a memória costuma priorizar as lembranças mais antigas segundo necessidades novas. É o que confirma o caso seguinte.
Meu muito velho vizinho estava morrendo. Ciente de seu estado, pediu que chamassem o filho longínquo, que há tanto tempo estava sem ver, já perdera a conta dos anos. Chamaram, e o filho José se pôs a caminho, ele mesmo, seu filho predileto, o filho Zezito. E o José enfim chegou de sua longa viagem de avião, respondendo contristado ao apelo paterno. Surgiu no quarto penumbroso, achegou-se ao leito, os cabelos e os bigodes já grisalhando contra a luz do abajur.
A filha alertou o velho:
– Olha, aí, pai, o Zezito chegou. Pertinho de você.
O velho entreabriu os olhos turvos e já ia estendendo um braço, quando então o recolheu, murmurando num tom irritado:
– Esse aí não é o Zezito, não! Cadê o Zezito?
Horas depois o velho vizinho partiu. Sem se despedir de ninguém, nem mesmo do menino que há tanto, tanto tempo perdera de vista.


(Jesualdo Calixto, inédito)


É plenamente adequado o emprego dos dois elementos sublinhados na seguinte frase:
  • A: A figura do filho José não despertou o reconhecimento de cuja toda família achava que o pai fosse concedê-lo.
  • B: A consternação aonde todos se envolveram deveu-se ao sentimento a que o pai se viu possuído diante de José.
  • C: A aparição mágica de José, nela que todos punham confiança, não demoveu o velho em suas antigas lembranças.
  • D: O desapontamento de que o velho foi tomado deveu-se à figura adulta à qual não correspondia a do menino.
  • E: As lembranças de que recorremos costumam ser quase sempre aquelas em que mais necessitamos.

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