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Foram encontradas 117 questões.
Assinale a alternativa em que a substituição do trecho destacado pelo trecho entre colchetes atende à norma-padrão de regência e emprego do pronome relativo.
  • A: ... uma unidade, a 8 200, integrante do Corpo de Inteligência das Forças de Defesa, cujos membros se dedicam a decifrar códigos de computador. [a cujos membros se deu a incumbência de]
  • B: No oásis tecnológico proliferam companhias de ponta, que se espalham ainda pela costa litorânea... [das quais se dispersam]
  • C: ... um complexo industrial que põe o território em disputa direta com a cidade chinesa de Shenzhen... [aonde situa]
  • D: ... explicou o engenheiro israelense Lavy Shtokhamer, que chefia uma divisão... [a quem se ocupa da chefia de]
  • E: ... ações contra ataques de hackers que têm como alvo Israel... [aos quais miram em]

Observe os trechos destacados na passagem a seguir.

O Brasil inteiro está comentando a lista de convocados pelo técnico, uns o criticando, outros o absolvendo, e daqui a pouco uma nova Copa começará em que a nossa seleção terá boa chance de vencer, e alguma de perder. Já não passamos por isso antes, igualzinho?

A alternativa em que esses trechos estão substituídos de acordo com a norma-padrão de regência e emprego do sinal de crase é:
  • A: tecendo comentários à … uns dirigindo críticas à ele … estará prestes à começar uma nova Copa … estivemos sujeitos a mesma situação
  • B: tecendo comentários a … uns dirigindo críticas a ele … estará prestes à começar uma nova Copa … estivemos sujeitos a mesma situação
  • C: tecendo comentários à … uns dirigindo críticas à ele … estará prestes a começar uma nova Copa … estivemos sujeitos à mesma situação
  • D: tecendo comentários a … uns dirigindo críticas a ele … estará prestes à começar uma nova Copa … estivemos sujeitos à mesma situação
  • E: tecendo comentários à … uns dirigindo críticas a ele … estará prestes a começar uma nova Copa … estivemos sujeitos à mesma situação

O senso comum é acumulado ao longo da vida de cada um de nós e acaba sendo transmitido de geração em geração. É um tipo de conhecimento não científico, formado pelas nossas impressões subjetivas sobre o mundo, fruto das nossas experiências pessoais.

Embora esse seja um tipo de conhecimento popular e prático que nos orienta no dia a dia, por não ser testado, verificado ou analisado por uma metodologia científica, permanece um alto grau de incerteza sobre a sua validade, ou seja, é um conhecimento tradicionalmente bem aceito, que pode ou não estar correto ou em consonância com a realidade. Trata-se, contudo, apenas de um mito, assim como muitos outros ensinados e perpetuados pela força da tradição e da crença, tal qual afirma Tolstói em sua obra Uma confissão: “Sei que a maior parte dos homens raramente são capazes de aceitar as verdades mais simples e óbvias se essas os obrigarem a admitir a falsidade das conclusões que eles, orgulhosamente, ensinaram aos outros, e que teceram, fio por fio, trançando-as no tecido da própria vida.”.

É claro que a maioria das pessoas reconhece também que a ciência é importante e necessária, mas, ainda assim, temos dificuldade em abrir mão das nossas crenças e do nosso senso comum, mesmo quando necessário. Tendemos a nos manter fiéis àquilo que “testemunhamos com nossos próprios olhos”.

Confiar nos “nossos olhos” — na nossa percepção pessoal — é um processo natural e compreensível, uma vez que essa é a ferramenta com que somos equipados “de fábrica” e que nos ajudou a sobreviver até aqui ao longo da nossa evolução.


André Demambre Bacchi. Afinal, o que é ciência: ... E o que não é? São Paulo: Editora Contexto, 2024, p. 10-11 (com adaptações).
Julgue o item subsequente, referentes às características textuais e aos aspectos linguísticos do texto precedente, bem como às ideias nele veiculadas.

O emprego do sinal indicativo de crase em “àquilo” (segundo período do terceiro parágrafo) é facultativo.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

As frases abaixo foram retiradas do romance Iracema, de José de Alencar.
Assinale a única em que o uso do acento grave é facultativo.
  • A: Caubi saiu para ir à sua cabana, que ainda não tinha visto depois da volta. Iracema foi preparar o moquém da viagem.
  • B: Se ela não morresse, o jacarandá não teria sol para crescer àquela altura.
  • C: Ei-lo que volta à terra natal, abraça sua velha mãe, revê mais lindo e terno o anjo puro dos amores infantis.
  • D: Poti despediu-se triste daqueles lugares, e tornou com seus companheiros à borda do mar.
  • E: De repente, entre os ramos das árvores, seus olhos viram, sentada à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço e o cão a brincar.

O senso comum é acumulado ao longo da vida de cada um de nós e acaba sendo transmitido de geração em geração. É um tipo de conhecimento não científico, formado pelas nossas impressões subjetivas sobre o mundo, fruto das nossas experiências pessoais.

Embora esse seja um tipo de conhecimento popular e prático que nos orienta no dia a dia, por não ser testado, verificado ou analisado por uma metodologia científica, permanece um alto grau de incerteza sobre a sua validade, ou seja, é um conhecimento tradicionalmente bem aceito, que pode ou não estar correto ou em consonância com a realidade. Trata-se, contudo, apenas de um mito, assim como muitos outros ensinados e perpetuados pela força da tradição e da crença, tal qual afirma Tolstói em sua obra Uma confissão: “Sei que a maior parte dos homens raramente são capazes de aceitar as verdades mais simples e óbvias se essas os obrigarem a admitir a falsidade das conclusões que eles, orgulhosamente, ensinaram aos outros, e que teceram, fio por fio, trançando-as no tecido da própria vida.”.

É claro que a maioria das pessoas reconhece também que a ciência é importante e necessária, mas, ainda assim, temos dificuldade em abrir mão das nossas crenças e do nosso senso comum, mesmo quando necessário. Tendemos a nos manter fiéis àquilo que “testemunhamos com nossos próprios olhos”.

Confiar nos “nossos olhos” — na nossa percepção pessoal — é um processo natural e compreensível, uma vez que essa é a ferramenta com que somos equipados “de fábrica” e que nos ajudou a sobreviver até aqui ao longo da nossa evolução.


André Demambre Bacchi. Afinal, o que é ciência: ... E o que não é? São Paulo: Editora Contexto, 2024, p. 10-11 (com adaptações).
Julgue o item subsequente, referentes às características textuais e aos aspectos linguísticos do texto precedente, bem como às ideias nele veiculadas.

O emprego do sinal indicativo de crase em “àquilo” (segundo período do terceiro parágrafo) é facultativo.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

A falta de criatividade nunca é um problema quando crianças se põem ______ brincar. É notória a capacidade de interação entre os pequenos, mas certo tempo deve ser dado _____ eles, _____fim de que desenvolvam livremente seus interesses de entretenimento. Certamente a escola pode ajudar nesse processo, promovendo estímulos _____ brincadeiras tipicamente infantis, incentivando-as.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:
  • A: a … a … a … às
  • B: à … a … a … às
  • C: à … a … a … a
  • D: a … à … à … a
  • E: à … a … à … a

Texto CB1A1-I
Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

No trecho “Para dar início a essa ecologia das máquinas” (quarto período), o acréscimo do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” manteria a correção gramatical do texto.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Texto CB1A1-I

Desde que o almirante Pedro Álvares Cabral oficialmente descobriu a Terra de Santa Cruz, em abril de 1500, o primeiro português a estabelecer uma marca na história mineral do Brasil foi Martim Afonso de Souza. Depois de fundar a pequena vila de São Vicente, no litoral de São Paulo, a primeira base estabelecida na América portuguesa, no ano de 1531, ele tentou descobrir ouro, prata e pedras preciosas antes de sua partida para Lisboa. Esse plano visava confirmar notícias trazidas por quatro homens de sua comitiva sobre a existência de minas abundantes em ouro e prata na região do Rio Paraguai. Sob essa orientação, três expedições foram realizadas, todas em 1531: nas montanhas ao longo da costa do Rio de Janeiro, ao sul do estado de São Paulo e no Rio da Prata, mais ao sul.
No entanto, as primeiras iniciativas para descoberta de metais e pedras preciosas em terras brasileiras falharam, devido às dificuldades daquela época. Apesar disso, o desejo de descobrir riquezas minerais se manteve entre os habitantes da nova colônia, estimulados pela corte portuguesa, que oferecia promessas de honra e reconhecimento para aqueles que encontrassem tais riquezas.
Durante todo o século XVI, os portugueses usaram recursos financeiros, trabalho, soldados, artesãos de todos os tipos (cortadores, mineiros, construtores e até mesmo engenheiros estrangeiros) nos trabalhos de pesquisa das expedições, sob a supervisão dos governadores. Mas, infelizmente, o que foi encontrado não estava à altura do que foi despendido. Mesmo os mais positivos resultados tiveram pouco significado econômico, tanto em termos de quantidade quanto de teor dos metais. Os depósitos eram, além de pobres, localizados em lugares remotos. Concluindo, quase candidamente, que as descobertas naquele século eram desapontadoras, o governador-geral Diogo de Meneses Sequeira escreveu uma carta ao rei, afirmando que “sua Alteza precisa acreditar que as atuais minas do Brasil são compostas por açúcar e pau-brasil, muito lucrativos e com os quais o Tesouro e sua Alteza não precisam gastar um simples centavo”.

Iran F. Machado e Silvia F. de M. Figueirôa. 500 anos de mineração no Brasil: breve histórico. Parte I. In: Brasil Mineral. São Paulo, n.º 186, p. 44-47, ago./2000 (com adaptações).

A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.

No trecho “devido às dificuldades” (segundo parágrafo), a supressão do acento indicativo de crase em “às” manteria a correção gramatical do texto.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Assinale a alternativa em que a regência está correta, conforme a norma padrão da língua portuguesa.
  • A: Durante a pandemia, ficou urgente que o governo procedesse o pagamento de um auxílio emergencial, visando o bem-estar das camadas menos favorecidas da população.
  • B: É possível que ela prefira mais trabalhar em casa, em home office, do que voltar ao escritório todos os dias como antes da pandemia, quando despendia muito tempo no trânsito.
  • C: A notícia da prorrogação da data do exame do ENEM não agradou os estudantes que haviam se preparado e estavam ansiosos de realizar a prova o mais rápido possível.
  • D: Preferia trabalhar na roça, cuidar das hortaliças, a viver na cidade, cercado pelo cinza dos prédios; gostava de acordar cedo com o canto dos pássaros e com o rumor dos animais.
  • E: Lendo o romance, ela se identificou e se simpatizou com as personagens femininas, porque lhe parecera que há muito aquelas senhoras faziam parte de sua vida.

Assinale a alternativa em que o uso da crase está correto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
  • A: Por gentileza, transmita a cada um dos participantes as instruções necessárias para que seja possível dar continuidade à reunião e às tarefas agendadas.
  • B: Luísa referia-se aquela casa simples e as lembranças daquele tempo feliz, em que, às vezes, se refugiava a sombra dos arbustos do quintal.
  • C: Quando menina, sonhava ir a Itália, descobrir os encantos e à magia da terra de seus antepassados. Contava sempre isso a suas netas.
  • D: Agora que não mais saía de casa, quando chegava a noite, ao pé da lareira, reunia às crianças e contava as histórias que ouvira durante sua infância.
  • E: Todas às colegas as quais me referi estiveram presentes na live desta semana e trouxeram às receitas que haviam prometido.

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