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Assinale a alternativa em que a acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.


  • A: Pela fronteira, tem entrado no país muitos refugiados, e é imprecindível acolhê-los adequadamente.
  • B: Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde de vendas.
  • C: À excessão dos quibes, os salgados servidos na cerimônia de inauguração estavam saborosos.
  • D: A atendente da companhia aérea fez uma rúbrica na passagem para retificar o horário do voo.
  • E: Atualmente, é mister acabar com privilégios concedidos a clãs inescrupulosos.




Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




 



    Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.
  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)




 
Segundo Jayme Murahovschi, a profissão está passando por uma reviravolta cuja consequência será:
  • A: o surgimento de novas modalidades de exames que tornarão o médico mais dependente desses recursos.
  • B: o crescimento, no país, do número de médicos interessados em praticar uma medicina mais técnica.
  • C: a retomada dos conceitos hipocráticos que se opõem à prática dos médicos generalistas.
  • D: o relacionamento entre médico e paciente, que se dará exclusivamente por meios tecnológicos.
  • E: a necessidade de associar tratamento clínico e envolvimento humano no contato entre médico e paciente.




Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




 



    Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.
  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)




 
De acordo com as informações do texto, a telemedicina
  • A: é um campo que se restringe à atuação de médicos e profissionais que se encarregarão de suprir plataformas de inteligência artificial.
  • B: faculta a interação entre diferentes profissionais que, trabalhando on-line, podem trocar pareceres relativos aos casos que analisam.
  • C: ampliou o catálogo de medicamentos dos laboratórios internacionais e contribuiu para o surgimento de novas especialidades médicas.
  • D: espera a autorização dos órgãos públicos a fim de que robôs tenham autonomia para realizar cirurgias complexas.
  • E: corrobora a opinião de pacientes que consideram improdutiva a consulta, quando o médico não requisita vários exames.




Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




 



    Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.
  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)


Observe os trechos destacados nas frases do texto.

• A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite. (3° parágrafo)

• Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. (último parágrafo)

Nesses trechos, notam-se, correta e respectivamente, as ideias de


  • A: advertência e causa.
  • B: conclusão e concessão.
  • C: finalidade e oposição.
  • D: reiteração e simultaneidade.
  • E: condição e consequência.




Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




 



    Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.
  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)


Considere os trechos do texto.

• Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. (1° parágrafo)

• ... e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. (2° parágrafo)

• Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia... (7° parágrafo)

Os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente e sem alteração do sentido do texto, por:


  • A: banal; afamada; interação.
  • B: inusitado; arrojada; colaboração.
  • C: corriqueiro; temida; contradição.
  • D: evidente; exaltada; incompatibilidade.
  • E: irrelevante; depreciada; subordinação.




Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




 



    Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.
  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)





Considere os trechos do texto.

• Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. (1° parágrafo)

• Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas... (2° parágrafo)

• Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface... (7° parágrafo)

De acordo com a norma-padrão de emprego e colocação de pronomes, as expressões destacadas podem ser substituídas por:




  • A: a ocuparam; o perdeu; a teriam.
  • B: ocuparam-na; perdeu-o; teriam-na.
  • C: ocuparam-lhe; o perdeu; a teriam.
  • D: a ocuparam; o perdeu; teriam-na.
  • E: ocuparam-na; perdeu-lhe; a teriam.




Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.



  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)



A frase redigida com base nas ideias do oitavo parágrafo mantém o sentido do texto e atende à norma-padrão em:
  • A: Caso houvessem consultas propriamente ditas, realizadas via internet, o aval do CFM seria imprescindível.
  • B: Para que se realizem algumas consultas a distância, é necessário que não hajam restrições impostas pelo CFM.
  • C: Mesmo que ainda não pareça haverem condições para a realização de consultas via internet, o CFM prevê restrições.
  • D: A internet permitiria a realização de algumas consultas, desde que não houvesse restrições do CFM a esse respeito.
  • E: A realização de algumas consultas poderia ocorrer a distância, ainda que possam haver restrições feitas pelo CFM.





Após avanços tecnológicos, medicina deve mirar empatia




 



    Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. Afinal, cuidar do maior bem do indivíduo – a vida – não é algo trivial. Embora a finalidade do ofício seja a mesma, o modus operandi mudou drasticamente com o tempo.
  O controle sobre o destino do paciente e mais a mediação e a interpretação de tecnologias, incluindo a famigerada inteligência artificial. Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas, tende a recuperar cada vez mais sua importância.
   De meados do século 20 até agora, concomitantemente às novas especialidades, houve avanço tecnológico e a proliferação de modalidades de exames. Cresceu o catálogo dos laboratórios e também a dependência do médico em relação a exames. A impressão dos pacientes passou a ser a de que o cuidado é ruim, caso o médico não os solicite.
   O tema é caro a Jayme Murahovschi, referência em pediatria no país. “Tem que haver progressão tecnológica, claro, mas mais importante que isso é a ligação emocional com o paciente. Hoje médicos pedem muitos exames e os pacientes também.”
  Murahovschi está entre os que acreditam que a profissão está sofrendo uma nova reviravolta, quase que voltando às origens clássicas, hipocráticas: “Os médicos do futuro, os que sobrarem, vão ter que conhecer o paciente a fundo, dar toda a atenção que ele precisa, usando muita tecnologia, mas com foco no paciente.”
   Alguns profissionais poderão migrar para uma medicina mais técnica, preveem analistas.
 Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface entre o conhecimento biomédico e a tecnologia por trás de plataformas de diagnóstico e reabilitação. Ou ainda atuariam alimentando com dados uma plataforma de inteligência artificial, tornando-a mais esperta.
  Outra tecnologia já presente é a telemedicina, que descentraliza a realização de consultas e exames. Clínicas e médicos generalistas podem, rapidamente e pela internet, contar com laudos de especialistas situados em diferentes localidades; uma junta médica pode discutir casos de pacientes e seria possível até a realização, a distância, de consultas propriamente ditas, se não existissem restrições do CFM nesse sentido.
  Até cirurgias podem ser feitas a distância, com o advento da robótica. O tema continua fascinando médicos e pacientes, mas, por enquanto, nada de droides médicos à la Star Wars – quem controla o robô ainda é o ser humano.
                 (Gabriela Alves. Folha de S.Paulo, 19.10.2018. Adaptado)






No trecho do último parágrafo – quem controla o robô ainda é o ser humano –, o termo destacado apresenta circunstância adverbial de
  • A: afirmação, como em: “tende a recuperarcada vez mais sua importância”.
  • B: tempo, como em: “pode discutir, remotamente, diversos casos”.
  • C: tempo, como em: “Hoje médicos pedem muitos exames”.
  • D: afirmação, com em: “progressão tecnológica, claro, mas mais importante”.
  • E: intensidade, como em: “tornando-a mais esperta”.



Literatura no cárcere



 


      Desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a remição da pena pela leitura, 5.547 detentos foram beneficiados por esse projeto no Brasil. É um número baixo, se comparado com as quase 700 mil pessoas privadas de liberdade em todo o país.
      A recomendação do CNJ determina que, a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para isso, o leitor deve escrever um resumo da obra que deve ser aprovado por um parecerista. Esses documentos seguem para o juiz responsável, que julga o pedido de remição.
      Medir os benefícios dessa proposta tem feito florescer debates acalorados entre os que veem na leitura ganhos efetivos para a reintegração do indivíduo à sociedade e os que a avaliam como um privilégio concedido a pessoas que, de algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no mérito dessa discussão, é fato que, dentro ou fora da prisão, as benesses da leitura são muitas e difíceis de mensurar.
      Uma pesquisa feita em 2017 pela editora Companhia das Letras, que em parceria com a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) subsidia um projeto de clubes de leitura e remição de pena, indicou que os ganhos são mais concretos do que se pode imaginar.
      Durante um ano, 177 detentos se reuniram mensalmente para discutir uma obra selecionada pela curadoria do projeto.
      Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas em si próprios, a resposta mais frequente foi que os envolvidos conseguiram perceber uma “ampliação de conhecimentos”. Em segundo, que se sentiam mais motivados “para traçar planos para o futuro”. Na sequência, aparecem motivações como “capacidade de reflexão” e de “expressar sentimentos”, possibilidade de “dizer o que pensa”, “maior criatividade” e, por último, “maior criticidade”.
      Por qualquer prisma que se procure observar, esses ganhos já seriam significativos, pois no ambiente prisional revelam uma extraordinária mudança na chave da autoestima.
(Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz. Folha de S. Paulo, 25.06.18. Adaptado)



Assinale a afirmação correta a respeito do conteúdo do texto.
  • A: O número de detentos beneficiados pelos clubes de leitura ainda é inexpressivo, pois não há recursos para a ampliação do projeto.
  • B: A parceria entre a editora e a Funap foi proposta pelo Conselho Nacional de Justiça, cuja função é promover a reintegração dos detentos.
  • C: O projeto divide opiniões, uma vez que alguns veem positivamente esse meio de reintegração, enquanto outros o consideram um prêmio injusto.
  • D: A redução da pena em quatro dias por ano depende de um parecerista que aprova a resenha feita pelo detento e redige o pedido de remição.
  • E: Entre as respostas dadas, constatou-se que o primordial para os detentos foi aprender a se expressar com confiança.



 Literatura no cárcere
      Desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou a remição da pena pela leitura, 5.547 detentos foram beneficiados por esse projeto no Brasil. É um número baixo, se comparado com as quase 700 mil pessoas privadas de liberdade em todo o país.
      A recomendação do CNJ determina que, a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias da pena. Para isso, o leitor deve escrever um resumo da obra que deve ser aprovado por um parecerista. Esses documentos seguem para o juiz responsável, que julga o pedido de remição.
      Medir os benefícios dessa proposta tem feito florescer debates acalorados entre os que veem na leitura ganhos efetivos para a reintegração do indivíduo à sociedade e os que a avaliam como um privilégio concedido a pessoas que, de algum modo, causaram danos à população. Sem entrar no mérito dessa discussão, é fato que, dentro ou fora da prisão, as benesses da leitura são muitas e difíceis de mensurar.
      Uma pesquisa feita em 2017 pela editora Companhia das Letras, que em parceria com a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) subsidia um projeto de clubes de leitura e remição de pena, indicou que os ganhos são mais concretos do que se pode imaginar.
      Durante um ano, 177 detentos se reuniram mensalmente para discutir uma obra selecionada pela curadoria do projeto.
      Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas em si próprios, a resposta mais frequente foi que os envolvidos conseguiram perceber uma “ampliação de conhecimentos”. Em segundo, que se sentiam mais motivados “para traçar planos para o futuro”. Na sequência, aparecem motivações como “capacidade de reflexão” e de “expressar sentimentos”, possibilidade de “dizer o que pensa”, “maior criatividade” e, por último, “maior criticidade”.
      Por qualquer prisma que se procure observar, esses ganhos já seriam significativos, pois no ambiente prisional revelam uma extraordinária mudança na chave da autoestima.
(Vanessa Ferrari, Rafaela Deiab e Pedro Schwarcz. Folha de S. Paulo, 25.06.18. Adaptado)



Assinale a alternativa em que os três fragmentos do texto apresentam sentido figurado.
  • A: ... a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias... (2° parágrafo) ... 177 detentos se reuniram mensalmente... (5° parágrafo) Por qualquer prisma que se procure observar... (último parágrafo)
  • B: ... tem feito florescer debates acalorados... (3° parágrafo) ... as benesses da leitura são muitas... (3° parágrafo) ... 177 detentos se reuniram mensalmente... (5° parágrafo)
  • C: ... subsidia um projeto de clubes de leitura... (4° parágrafo) Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas... (6°parágrafo) ... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)
  • D: ... a cada livro lido, é possível reduzir quatro dias... (2° parágrafo) Quando perguntados sobre as eventuais mudanças percebidas... (6°parágrafo) ... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)
  • E: ... tem feito florescer debates acalorados... (3° parágrafo) Por qualquer prisma que se procure observar... (último parágrafo) ... uma extraordinária mudança na chave da autoestima. (último parágrafo)

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