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Foram encontradas 11 questões.
Na linguagem literária, é comum o emprego de expressões com sentido conotativo, isto é, uma linguagem figurada, como se observa no trecho a seguir de Dom Casmurro, de Machado de Assis: "Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos”.
Podemos dizer que há o emprego de linguagem figurada na expressão.
  • A: “num trem da central um rapaz aqui do bairro”, pois tal expressão utiliza-se de uma forma dêitica para apontar o local onde narrador e personagem se encontraram.
  • B: “conheço de vista e de chapéu”, pois tal expressão sugere que o narrador e o personagem se reconhecem, mas não mantêm uma relação de proximidade entre si.
  • C: “uma noite destas”, pois tal expressão é vaga e não demarca um tempo exato.
  • D: “falou da lua e dos ministros”, pois tal expressão se configura como uma comparação entre os assuntos abordados no trem.
  • E: “sentou-se ao pé de mim”, pois tal expressão indica o local exato onde o personagem se instalou.

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

De acordo com o primeiro parágrafo, é correto afirmar que
  • A: chega a ser doentio guardar objetos muito antigos, uma vez que estes nem são mais utilizados com frequência.
  • B: ficar guardando coisas já bastante usadas é importante, porque evita o consumismo.
  • C: as pessoas costumam preservar aquilo que possui maior valor material, pois fizeram muito sacrifício para a sua aquisição.
  • D: é comum respeitar a vontade de manter os objetos já usados, porque há uma compreensão do significado que estes têm para quem os preserva.
  • E: guardar objetos, mesmo que em mau estado, faz sentido para as pessoas, pois cada uma sabe o que eles representam.

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

Conforme o texto, é correto afirmar que o avô de Fabrício
  • A: foi desconsiderado pela esposa, quando esta desrespeitou a relação afetiva que ele tinha com o pulôver amarelo.
  • B: gostava quando os netos pediam para vê-lo usando a tesourinha ao aparar o bigode.
  • C: aceitou com tranquilidade que o pulôver amarelo havia sido aposentado.
  • D: cuidava para que o pulôver se mantivesse limpo, e a tesourinha bem guardada.
  • E: já imaginava que o pulôver seria logo transformado num pano de chão.

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

Segundo o texto, Leônidas sentiu, em relação ao pulôver, na ordem em que os sentimentos se apresentaram:
  • A: tédio e raiva.
  • B: angústia e empatia.
  • C: revolta e tristeza.
  • D: preocupação e nojo.
  • E: raiva e alívio.

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

Na frase contida no 4º parágrafo − Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa ... −, as palavras destacadas podem ser substituídas, na ordem em que se apresentam e sem alteração de sentido, por:
  • A: calmamente ... revirar
  • B: persistentemente ... bagunçar
  • C: ansiosamente ... sujar
  • D: apressadamente ... danificar
  • E: cuidadosamente ... estragar

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado na frase atribui uma característica à palavra anterior.
  • A: ... não achava a tesourinha de aparar bigode... (2º parágrafo)
  • B: ... permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado. (2º parágrafo)
  • C: Vestia a malha para cortar lenha de manhã. (3º parágrafo)
  • D: ... perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. (4º parágrafo)
  • E: ... enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. (4º parágrafo)

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

A alternativa em que há palavra(s) ou expressão(ões) empregadas com sentido figurado é:
  • A: Os objetos do outro não devem ser menosprezados. (1º parágrafo)
  • B: Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. (1º parágrafo)
  • C: Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. (3º parágrafo)
  • D: Vestia a malha para cortar lenha de manhã. (3º parágrafo)
  • E: ... perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. (4º parágrafo)

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro:

Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

No trecho do 1º parágrafo − Os objetos do outro não devem ser menosprezados. –, a palavra destacada tem sentido contrário de
  • A: descuidados.
  • B: abandonados.
  • C: destruídos.
  • D: considerados.
  • E: desdenhados.

Objetos de estimação

Os objetos do outro não devem ser menosprezados. Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. O valor emocional nunca está explícito na etiqueta. Assim, um tênis velho pode ser o mais confortável. Um chinelo indigente talvez represente a liberdade do lar. Não são objetos de valor, como um relógio antigo ou um colar de prata. Mas são objetos quebrados, machucados, sofridos, enferrujados.

O avô de Fabrício, Leônida, por exemplo, entrava em pânico quando não achava a tesourinha de aparar bigode, que tinha desde a época de sua adolescência. Às vezes, ele nem queria a tesourinha para usar na hora, era somente para se certificar de que permanecia no mesmo lugar onde a tinha deixado.

A maior indignação de Leônida foi quando desapareceu o seu pulôver amarelo, que repousava sempre nas costas de uma cadeira. Tamanho o apego, nem corria o risco de colocá-lo para lavar com frequência. Vestia a malha para cortar lenha de manhã. Qualquer um o enxergava de longe, trabalhando com a machadinha no quintal.

Um dia, depois de procurar incansavelmente o pulôver nas gavetas e nos armários, de esculhambar a casa, revirar o quarto, chegou perto da mulher, que estava encerando o piso, e perguntou-lhe se ela não tinha pegado a peça por engano. Ela nem precisou responder. Leônida, arrasado, enxergou o pulôver amarelo nos pés de sua esposa. Havia sido aposentado à força e transformado num pano para lustrar o chão.

(Fabrício Carpinejar. Família é tudo. 4a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020. Adaptado)

No trecho contido no 1o parágrafo − Não se pode julgar pela aparência, pois, muitas vezes, são de estimação. –, os verbos destacados estão no tempo presente. Passando-os para o futuro, tem-se, respectivamente:
  • A: Não se podia julgar pela aparência, pois, muitas vezes, eram de estimação.
  • B: Não se poderá julgar pela aparência, pois, muitas vezes, serão de estimação.
  • C: Não se pôdejulgar pela aparência, pois, muitas vezes, seriam de estimação.
  • D: Não se poderia julgar pela aparência, pois, muitas vezes, foram de estimação.
  • E: Não se podia julgar pela aparência, pois, muitas vezes, serão de estimação.

Assinale a alternativa em que o emprego da crase obedece à norma-padrão da língua portuguesa.
  • A: Ela deu o tênis que estava bem conservado à irmã mais nova.
  • B: O pulôver amarelo foi destinado à uma tarefa doméstica.
  • C: Entregamos à ela todos os objetos que seriam reciclados.
  • D: Há pessoas que são pouco incentivadas à doar o que não usam mais.
  • E: Finalmente eles separaram as roupas à fim de fazer as doações.

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