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TEXTO II
Da arte de aceitar
Ele não aceitava a moça. Ela foi, foi, conversou,
conversou, rodou, rodou, artimanhou, manhou, arte e
manha, miou, afinal rendeu. Criança de emoções
superficiais, rápidas, espontâneas e passageiras, ele
cedeu. Aceitou-a.
Fiquei pensando em algo tão definido pelos
psicólogos e literatos, porém inesgotável e eterno como
o tema humano: a necessidade de ser aceito.
Ser aceito não é receber a concordância. É receber
até a discordância, mas dentro de um princípio indefinível
e fluídico de acolhimento prévio e gratuito do que se é
como pessoa.
Ser aceito é realizar a plenitude dos sentidos do
verbo latino Accipio, que deu origem à palavra
portuguesa. Accipio quer dizer: tomar para si; receber,
acolher; perceber; ouvir, ouvir dizer; saber; compreender;
interpretar; sofrer; experimentar; aprovar; aceitar; estar
satisfeito com. Tem vários sentidos, tal e qual essa
aceitação misteriosa e empática que alguns nos
concedem.
Ser aceito é ser percebido antes de ser entendido.
É ser acolhido antes de ser querido. É ser recebido
antes de ser conhecido. É ser experimentado antes da
experiência. É, pois, um estado de compreensão prévia,
que abre caminho para uma posterior concordância ou
discordância, sem perda do afeto natural por nossa
maneira de ser.
Ser aceito implica mecanismos mais sutis e de
maior alcance do que os que derivam da razão.Implica
intuição; compreensão milagrosa porque antecipatória;
conhecimento efetivo e afetivo do universo interior;
compreensão pela fraqueza; cuidado com as cicatrizes
e nervos expostos, tolerância com delírio, tolices,
medos, desordens, vesícula preguiçosa, medo do
dentista ou disritmia.
Ser aceito é ser feliz. Raro, pois. Quer fazer alguém
feliz? Aceite-a em profundidade. E depois discorde à
vontade. Ela aceitará.
Artur da Távola



O emprego dos dois pontos no 2o parágrafo justifica-se por anteceder um(a)
  • A: esclarecimento.
  • B: enumeração.
  • C: conceituação.
  • D: definição.
  • E: exemplificação.



O sinal de dois pontos (:) está sendo empregado como em “... rabos-de-asno: um emaranhado de ervas felpudas ‘que nascem pelos penedos do mar’ ” (L. 14-15) em:
  • A: Os navios mais usados nas expedições marítimas eram as naus: uma evolução das caravelas que chegaram a ter 600 toneladas.
  • B: Ao avistar o Monte Pascoal, Cabral não ficou surpreso: desde o século IX falava-se de ilhas desconhecidas no Atlântico.
  • C: A armada de Cabral era composta de diversos navios: o rei queria mostrar a riqueza da corte.
  • D: Pedro Álvares Cabral foi muito bem remunerado pela viagem: sabe-se que ele recebeu cerca de 10 mil cruzados.
  • E: Um ditado da época do descobrimento do Brasil dizia: “Se queres aprender a orar, faça-te ao mar”.

Qual vocábulo se flexiona em número pela mesma justificativa que "salva-vidas" (??. 26)?
  • A: Guarda-municipal.
  • B: Beija-flor.
  • C: Salário-mínimo.
  • D: Segunda-feira.
  • E: Navio-escola.

A sentença em que o verbo está corretamente flexionado de acordo com a norma-padrão, sem provocar contradição de significado, é:
  • A: O acaso ou a intencionalidade foi a causa da desco- berta do Brasil.
  • B: Haviam 60% de possibilidades de o Brasil ter sido descoberto por acaso.
  • C: Eu e vocês acreditam na descoberta casual do nosso país.
  • D: Não gastava a corte tempo com as preocupações que ocupava os historiadores.
  • E: Devem haver mais evidências para a tese de desco- berta casual do Brasil.




Reescrevendo-se a passagem "Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores:" (??. 28-29) na voz ativa, o correto, segundo o registro culto e formal da língua, é:

  • A: para chegar a esta conclusão analisou-se três fatores.
  • B: para chegar a esta conclusão analisaram-se três fatores.
  • C: para chegar a esta conclusão analisaram três fatores.
  • D: eram analisados três fatores para chegar a esta conclusão .
  • E: foram sendo analisados três fatores para chegar a esta conclusão.



Sem prejuízo do sentido original apresentado no Texto I, a forma verbal que pode ser substituída pela locução ao lado é:
  • A: fora descoberto (L. 5) - tinha sido descoberto
  • B: descreveram (L. 10) - tenham descrito
  • C: estivera perdida (L. 39) - tem estado perdida
  • D: teria que aguardar (L. 44) - tivera que aguardar
  • E: foi incumbido (L. 51) - fora incumbido



A transformação da oração “[...] e quando veio a noite [...]” (L. 36) de afirmativa para hipótese faz com que o verbo destacado se escreva como
  • A: vir
  • B: vier
  • C: vem
  • D: vêm
  • E: vim


5 Em "Quem diz que vai para o escritório para trabalhar e não para fazer amigos está enganado." (??. 1-2), os valores semânticos das preposições para são, respectivamente,
  • A: aproximação, finalidade, finalidade.
  • B: aproximação, finalidade, aproximação.
  • C: aproximação, aproximação, finalidade.
  • D: finalidade, aproximação, finalidade.
  • E: finalidade, aproximação, aproximação.



A palavra do Texto I destacada em “[...] faz menção à tem- pestade que, segundo os cronistas reais, [...]” (L. 13-14) pertence à mesma classe da que se destaca em:
  • A: “[... ] a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso” (L. 5-6).
  • B: “A questão intrigante é que em nenhum momento [...]” (L. 12-13)
  • C: “[... ] parece revelar que tudo [...]” (L. 25-26)
  • D: “– que por quase três séculos [...]” (L. 38-39)
  • E: “A ‘redescoberta’ do Brasil teria que aguardar [...]” (L. 44)

Na sentença “Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, [...]” (L. 1-2), o pronome elas refere-se a
  • A: águas
  • B: cores
  • C: algas
  • D: ondulações
  • E: naves

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