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Foram encontradas 20 questões.

Assinale a opção em que o pronome pessoal de tratamento referente ao cargo NÃO deve ser abreviado.
  • A: Presidente da República e Papa.
  • B: Cônsul e Deputado.
  • C: Ministro de Estado e Reitor de Universidade.
  • D: Chefe de empresa e Prefeito.
  • E: Representante militar e Embaixador.

Assinale a frase em que a parte destacada NÃO atende às regras da norma culta.
  • A: Todos apóiam a luta sem a qual não há justiça.
  • B: São válidos os motivos dos quais os ambientalistas se interessam.
  • C: Não é certo o sacrifício de quem já é discriminado socialmente.
  • D: Solidariedade é sentimento de que toda a humanidade precisa.
  • E: É justa a causa pela qual luta o poeta Federico Garcia Lorca.

Há ERRO na substituição do termo destacado pelo pronome pessoal oblíquo correspondente em:
  • A: "desenhando garranchos..." (l. 4): desenhando-os.
  • B: "...discutir a relação homem-máquina..." (l. 12-13): discuti-la.
  • C: "...registrar meu desalento..." (l. 18): registrá-lo.
  • D: "fazemos compras..." (l. 26-27): fazemos-las.
  • E: "passam o texto..." (l. 30-31): passam-no.

A situação ___________ se deparou o surpreendeu. Tendo em vista a regência verbal, a opção que completa corretamente a frase acima é:
  • A: a que.
  • B: com que.
  • C: de que.
  • D: para que.
  • E: sobre a qual.

Em qual das palavras apresentadas a seguir as lacunas NÃO podem ser preenchidas com os mesmos sinais gráficos destacados no vocábulo expansão?
  • A: E __clu __ão.
  • B: E __po __ição.
  • C: E __ terili __ação.
  • D: E __ pan __ ivo.
  • E: E __ cur __ão.


RECOMEÇAR!

"Começar de novo, e contar "comigo", vai valer a pena, ter
amanhecido..."

*Ivan Lins*

Ter coragem de recomeçar a cada vez...fácil de
dizer, difícil de fazer.
Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas
acordam com essa meta, esse desejo de recomeço,
enfrentando o dilema: Por onde e como encontrar
forças pra recomeçar.
É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado,
e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como
companheiro.
É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu
interior, e torná-lo nosso cúmplice.
É preciso que nos tornemos perdoadores de nós
mesmos. Nosso eu é nosso carrasco maior, na maioria
das vezes.
Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa! É uma
incumbência que só podemos delegar a nós mesmos.
É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa
vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão
planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem
em múltiplos caminhos sem setas de chegada.
É necessário, muitas vezes, juntar os cacos
partidos de um coração que de alguma forma foi
estraçalhado.
Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada
manhã, não apenas por nossa causa, mas apesar de
nós. Saber que a vida continua, quer queiramos ou não!
estejamos alegres, ou estejamos tristes...
A vida caminha, esteja nossa alma leve ou
pesada!
Estamos vivos e enquanto houver vida dentro de
nós...temos de ter coragem e esperança de...
começar de novo, ainda que comigo, vai valer a pena,
ter amanhecido!!...

POLLICE, Ercilia de Arruda(adaptado).

Os substantivos dicção e junção, derivados de "dizer" (l. 2) e "juntar" (l. 21), são grafados com ç. Assinale a opção em que o vocábulo é grafado com essa mesma letra.
  • A: Prospec___ão.
  • B: Discu___ão
  • C: Preten___ão.
  • D: Cone___ão.
  • E: Permi___ão.


O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
com ele.
Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
indolentes virou um clichê, um subgênero batido
como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
opção que não seja registrar meu desalento com as
máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
esse texto.
E registrar a decepção comigo mesmo - com a
minha dependência estúpida do computador. Não somente
deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
compras no computador, amigos no computador. Música
no computador. Trabalho no computador.
Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
parte de uma geração que não apenas cria direto no
computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
"o mundo ao toque de um clique".
Nada mais ilusório.
O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
músicas em cada um dos computadores - a cópia de
segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

Assinale a passagem em que predomina o uso da linguagem informal.
  • A: "Sequer tenho onde reescrevê-la," (l. 2)
  • B: "...os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo pino," (l. 6-7)
  • C: "Mas não tenho opção que não seja registrar meu desalento com as máquinas..." (l. 17-19)
  • D: "Teclamos com olhos dilatados e dedos frementes..." (l. 33-34)
  • E: "Se nada recuperar, vou me sentir infinitamente livre..." (l. 48-49)

Um dos rapazes ____________ as máquinas e o outro era _____________ de imprensa. A opção cuja forma dos vocábulos completa correta e respectivamente a frase acima é:
  • A: monitorava - assessor.
  • B: monitorava - acessor.
  • C: moniturava - assesor.
  • D: moniturava - ascessor.
  • E: munitorava - assessor.

Não ____________ o que iria acontecer, mas era necessário que ____________ a calma. As formas verbais que preenchem, nesta ordem, as lacunas, são:
  • A: preveu - mantivesse.
  • B: preveu - tivesse mantido.
  • C: preveu - mantesse.
  • D: previu - mantesse.
  • E: previu - mantivesse.




É preciso voltar a gostar do Brasil

Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história,
para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente,
o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos
a ser um animal muito estranho no zoológico das nações:
sociedade recente, produto da expansão européia, concebida
desde o início para servir ao mercado mundial, organizada
em torno de um escravismo prolongado e tardio, única
monarquia em um continente republicano, assentada
em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com
um povo em processo de formação, sem um passado profundo
onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro
estaria reservado para uma nação assim?
Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender
esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram,
em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer
outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto
o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir
uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar
sua óbvia condição não-européia.
Houve muitos esforços meritórios para superar esse
impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais
de cem anos de vida independente, começamos a puxar
consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos
ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande
& Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto
a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia
cultural, disciplina que então apenas engatinhava.
(...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um
tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios
dentro da formação social brasileira. (...)
A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado
ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas.
Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se
constituiu um modo de vida completo e específico. (...)
Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo:
comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas,
canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes,
ferramentas e técnicas, palavras e expressões de
linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira)
não se encontrava na política nem na economia, muito
menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na
cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...)
Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois,
com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de
nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava
compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas,
experimentaria o inevitável trânsito para a
modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário
do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio
Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava
se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia
das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que
prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o
tempo secular da história. Considera a modernização um
processo. Também busca a singularidade do processo
brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade
transplantada, mas nacional, com características
próprias. (...)
Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com
a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência
de um novo ator decisivo, as massas urbanas.
Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores
locais, elas não mais seriam demandantes de favores,
mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica,
patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a
comunidade política, de modo a transformar, ao nosso
modo, o homem cordial em cidadão.
O esforço desses pensadores deixou pontos de partida
muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país
que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre
girava em torno da família extensa da casa-grande, um
espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o
de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização
que prometia associar-se a modernidade e cidadania.

BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos.
Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado)



A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para a palavra:
  • A: trânsito.
  • B: características.
  • C: inevitável.
  • D: infrutíferas.
  • E: anônimas.

Exibindo de 11 até 20 de 20 questões.