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É adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na seguinte frase:
  • A: Caso algumas alunas do colégios se insurjam contra a pedagogia adotada, teriam sido advertidas ou expulsas.
  • B: Não fossem úteis para a vida das mulheres os ensinamentos da escola, as alunas haverão de se insurgir contra elas
  • C: As moças de hoje haverão de achar risíveis os valores da pedagogia conservadora que se impunha às alunas daquela época.
  • D: A expectativa que as moças de hoje têm em relação ao seu futuro não teria sido a mesma das que estudavam antigamente.
  • E: É possível que, para uma estudante de hoje, o termo “educadora” não faz sentido, em função dos valores que regessem os hábitos atuais.

Considere as afirmações abaixo.

I. O colégio da Tia Gracinha preservava os valores tradicionais da época.
II. Os valores tradicionais do colégio se refletiriam no futuro das alunas.
III. As alunas do colégio acolhiam valores úteis para seu futuro.

Essas três afirmações integram-se com correção, clareza e coerência neste período único:
  • A: Apesar de serem tradicionais, os valores úteis que as alunas do colégio da Tia Gracinha preservavam eram acolhidos em seu futuro.
  • B: Sendo tradicionais, as alunas do colégio da Tia Gracinha haviam preservado seu futuro graças aos valores úteis que se refletiam.
  • C: A acolhida dos valores tradicionais da época traziam às alunas do colégio da Tia Gracinha uma utilidade para sua vida futura.
  • D: O futuro das alunas do colégio da Tia Gracinha, aonde imperava valores tradicionais, estariam assim mesmo garantidos para as mesmas.
  • E: Preservavam-se àquela época, no colégio da Tia Gracinha, valores tradicionais que viriam a ser úteis no futuro das alunas.

Observados os padrões da norma culta da linguagem, está plenamente correta a redação da seguinte frase:
  • A: Não cabiam às moças daquele tempo a escolha dos caminhos profissionais adequados que melhor lhes convissem.
  • B: Aprendia-se naquele colégio os ofícios cujos deviam preparar as moças para o exercício das atividades que se lhes reservava.
  • C: As noções de higiene e os trabalhos domésticos com que as moças deviam se familiarizar rendiam-lhes certa condição de superioridade.
  • D: O fato de serem filhas de fazendeiros impunham aquelas moças a obrigação de assumir os valores de que se prendiam a essa classe social.
  • E: As moças que estudavam naquele colégio, deviam de cumprir as expectativas conservadoras de cujas famílias representavam.

A possibilidade de uma contestação dos princípios pedagógicos norteadores do colégio de Tia Gracinha e dos valores de época referidos no texto está enunciada no segmento
  • A: Tudo isso será risível aos olhos das moças de hoje.
  • B: não sei o que é lembrança mesmo e lembrança de conversa que ouvi de menino.
  • C: muitas finuras que lhes davam certa superioridade sobre os homens de seu tempo.
  • D: a função do colégio era uma certa elevação espiritual do meio a que servia.
  • E: Pequenas etiquetas que elas iam impondo suavemente, e transmitiam às filhas

No segundo parágrafo, entende-se que um internato de moças como o de Tia Gracinha
  • A: era uma forma de compensar o conservadorismo masculino com o atendimento das inclinações vocacionais legitimamente femininas.
  • B: existia para poupá-las da tentação de se ocupar em atividades reservadas aos homens, como as exigidas pelas máquinas e pela velocidade moderna.
  • C: funcionava como uma forma de democratização, reservando-se algum espaço para as adolescentes de famílias economicamente mais frágeis.
  • D: privilegiava, no que dizia respeito às mulheres, um encaminhamento funcional considerado digno das filhas das classes dominantes.
  • E: atendia a exigências que partiam das mulheres mesmas, dispostas a tornarem exclusivo um aprendizado que só a elas dizia respeito.

Ao se lembrar do colégio de Tia Gracinha, o cronista ressalta a
  • A: excelência do ensino nesse estabelecimento, cujas propostas básicas já prefiguravam uma nova filosofia pedagógica.
  • B: adequação existente entre as práticas pedagógicas dessa escola e as expectativas conservadoras quanto ao papel social das mulheres.
  • C: ênfase que era dada, no currículo escolar, às disciplinas que exigiam das estudantes uma visada crítica dos valores da tradição.
  • D: importância apenas relativa que tinha aquele tipo de educação para o desempenho prático das futuras mães e esposas.
  • E: permanência entre nós dos valores de uma educação que ajuda a distinguir as diferentes funções sociais dos gêneros.

As normas que regem a concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase:
  • A: Deve sobressair entre as reações nossas diante da confusão dos valores modernos o esforço para mantermos uma ponderação mais serena.
  • B: A violência das turbas preconceituosas e linchadoras devem ser combatidas por todos aqueles que se engajam no aperfeiçoamento da civilização.
  • C: Costuma corresponder ao mesmo fogo selvagem dos primitivos violentos os atos insanos que nossos contemporâneos cometem contra tudo o que julgam “diferente”.
  • D: Constituem um dos inegáveis avanços civilizatórios a exposição pública dos preconceitos que corroem a vida em sociedade das chamadas “minorias”.
  • E: Devem-se à supressão de alguns direitos básicos, como o da defesa, a injustiça que costuma marcar o julgamento das pessoas mais vulneráveis.

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
  • A: apenas como subproduto da perplexidade (1o parágrafo) = ainda que mero estímulo da inconformidade.
  • B: se julgam investidas do direito sagrado (3o parágrafo) = creem investir contra leis sacramentais.
  • C: um inegável avanço civilizatório (4o parágrafo) = um suposto progresso projetado.
  • D: o avanço se dê à custa da supressão (4o parágrafo) = a progressão se faça ao preço da eliminação.
  • E: infinito potencial de injustiça (4o parágrafo) = desmesurado atributo de ilegalidade.

O autor se vale da frase faz o marinheiro levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso para figurar, de modo expressivo, a
  • A: necessária e impetuosa reação nossa diante dos que negam a legitimidade dos valores que resolvemos defender.
  • B: súbita perplexidade que por vezes nos impede de reagir quando confrontados com forças que consideramos superiores às nossas.
  • C: rígida defesa dos nossos valores a cada vez que forem contestados pelas pessoas que escolheram valores opostos.
  • D: conformada aceitação das razões alheias quando se mostrem mais estáveis do que aquelas a que recorremos para justificar nossos atos.
  • E: moderação que deve pautar nossas reações em situações cujos contornos não se apresentem satisfatoriamente nítidos.

O sentido da ponderação anunciada no título e considerada ao longo do texto deve ser entendido, de modo conclusivo, da seguinte forma:
  • A: os vícios e os preconceitos de outras épocas precisam ser reparados na justa proporção da violência final a que agora fazem jus os que foram violentados.
  • B: os assédios, o desrespeito e os abusos devem nos fazer refletir sobre a razão de serem naturalizados justamente por aqueles que mais os sofreram.
  • C: é um premente desafio preservar a reflexão comedida como uma resposta civilizada a violências antigas, que não devem inspirar os lances injustos de uma suposta reparação.
  • D: há equilíbrio social, a ser preservado em seus valores básicos, quando se considera como natural a justificativa da supressão temporária dos chamados direitos individuais
  • E: deve prevalecer sempre a necessidade que têm os setores oprimidos da sociedade de se submeterem ao poder discriminatório e rigoroso de um juiz anônimo.

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