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“Estranha uma gentil leitora que em tempos de agitação política escreva eu sobre coisas antigas e vagas ou subjetivas, e em vez de falar de cassações e eleições divague sobre mariposas, malacachetas, brisa do mar.”
(Da importância dos cristãos-novos, 12/11/1966)

O que essa leitora critica no cronista Rubem Braga é
  • A: a permanência de traços poéticos nas suas crônicas.
  • B: a ausência de crônicas mais polêmicas.
  • C: o distanciamento em relação à história do país.
  • D: a sua alienação dos problemas de seu tempo.
  • E: a inadequação de seus textos em relação à modernidade.

“No lugar dessas tristes ruazinhas de nossas cidades do interior, com sua poeira e suas casas de platibandas estilo comercial-futurista, seu mau gosto árido e obcecante...”.
Nesse segmento o diminutivo “ruazinhas” mostra valor pejorativo, da mesma forma que na seguinte opção:
  • A: As ruazinhas nos subúrbios cariocas, mal iluminadas e sem asfaltamento, mostram traços poéticos.
  • B: Nas ruazinhas do bairro em que nasci havia sempre muitos vendedores ambulantes.
  • C: As ruazinhas que iam da cidade para o alto das serras estavam em mau estado e causavam danos aos veículos.
  • D: As ruazinhas no interior da fazenda levavam da Casa Grande a todas as plantações.
  • E: Todas as ruazinhas do local eram pequenos caminhos entre filas de árvores frutíferas.

“Volta Redonda não parece Brasil; é, na verdade, uma ilha de trabalho e organização cercada de Brasil por todos os lados.”.
Sobre a estruturação dessa frase inicial, assinale a afirmativa correta.
  • A: A afirmativa sobre Volta Redonda se apoia intertextualmente na definição escolar de “ilha”.
  • B: O termo “na verdade” é empregado para consertar um erro expresso anteriormente.
  • C: Os termos “trabalho” e “organização” indicam características do Brasil também presentes em Volta Redonda.
  • D: Após “não parece Brasil” se segue uma conclusão a partir da afirmação anterior.
  • E: A segunda ocorrência do vocábulo “Brasil” contém indicações positivas de nosso país.

Assinale a opção que apresenta o segmento desse texto que, objetivamente, não mostra uma crítica.
  • A: Volta Redonda não parece Brasil; é, na verdade, uma ilha de trabalho e organização cercada de Brasil por todos os lados.
  • B: No lugar dessas tristes ruazinhas de nossas cidades do interior, com sua poeira e suas casas de platibandas estilo comercial-futurista.
  • C: Aqui houve quem pensasse antes de fazer.
  • D: E seu drama reside nisso mesmo, na necessidade incessante de se defender do Brasil e de suas loucuras.
  • E: ...de sobreviver e de crescer para servir o Brasil sem se contaminar demasiado dele.

Pelos textos lidos até agora, vemos que o cronista se compraz em empregar a linguagem informal, em segmentos variados.
Considerando esses textos, assinale a frase que é integralmente construída em linguagem culta.
  • A: Dois amigos meus que leram os três volumes dessa A vida de D. Pedro I, de Octávio Tarquínio de Sousa, disseram que é um livro de que a gente fica com saudades quando acaba....
  • B: ...vontade de pedir ao historiador a vida de D. Pedro II como quem repete um prato gostoso em um restaurante: “Salta mais um Pedro!”.
  • C: Quando amanhã alguém quiser escrever a história da vida brasileira deste último quarto de século terá, com certeza, muita dor de cabeça.
  • D: E o coronel fique na sua varanda, cheia de gaiolas de passarinhos. Ali perto, enjaulados como feras, dois imensos cães dinamarqueses.
  • E: ...e os escritos desta época andam tão cheios, ora de inverdades, ora de subentendidos, ora de omissões e enganos, que, entre as linhas e entrelinhas dos documentos, o historiador ficará a coçar o queixo.

O texto indica valores de uma obra histórica, valores esses apoiados
  • A: no testemunho de autoridade do historiador citado.
  • B: em opiniões alheias e na do cronista.
  • C: em publicações sobre a obra citada.
  • D: na visão exclusiva do autor do texto.
  • E: nas considerações históricas de dois amigos do cronista.

O segmento inicial dessa crônica pode ser visto como um texto publicitário do livro, apoiado na seguinte qualidade da obra:
  • A: informação histórica de caráter preciso.
  • B: promessa de aventuras cheias de suspense.
  • C: revelações íntimas e secretas sobre Pedro I.
  • D: aspecto sentimental da vida do personagem.
  • E: narração atraente de fatos e aventuras.

“O coronel Juca Brito é dono da casa, da cidade, do município, do sertão, do mundo.”
Com essa frase, o cronista pretende
  • A: ironizar um personagem, que se crê dono do mundo.
  • B: enfatizar humoristicamente o poder do coronel.
  • C: denunciar as injustiças do sertão.
  • D: informar sobre o cenário político do interior.
  • E: caracterizar um tipo único de coronel interiorano.

“Vamos arranjar um nome inventado para a cidade: Maranguaia. E também um nome para o coronel: Juca Brito.
Mas que a cidade fique na sua paisagem verdadeira...”
Esses segmentos iniciais do texto mostram
  • A: a informação de que o texto é literário, já que se apoia em elementos fictícios.
  • B: a preocupação de não identificar os personagens, certamente por algo que será dito nos segmentos futuros da crônica.
  • C: a tentativa de universalizar as observações da crônica, pois elas servem para todos os representantes do coronelismo.
  • D: a intenção de preservar o fundamental do texto, que é a influência do meio sobre o homem.
  • E: O direcionamento crítico do texto, com a declaração de serem inventados personagem e local.

A estruturação desse texto é predominantemente
  • A: narrativa, pois relata uma pequena visita do autor a uma fazenda do sertão.
  • B: descritiva, pois fornece elementos visuais componentes da paisagem da fazenda.
  • C: expositiva, pois traz informações necessárias para o entendimento do texto.
  • D: argumentativa, pois traz a tese implícita, contrária ao coronelismo.
  • E: injuntiva, pois se volta para a crítica de um sistema de vida, predominante, na época, em nosso sertão.

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