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Assinale a alternativa em que a flexão do verbo está de acordo com a norma-padrão, considerando-se a inserção de termo(s) no início da passagem – As ambições particulares se sobrepunham às carências coletivas.
  • A: Talvez ... sobrepõem
  • B: Se ... sobreporem
  • C: Para que ... sobrepõem
  • D: Quando ... sobrepuserem
  • E: Contanto que ... sobreporão

Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo. Alinhavam-se ao sistema dominante cujo triunfo lhes interessava. –, empregando corretamente os elementos de referenciação textual e os sinais de pontuação.
  • A: Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo; do ponto de vista desse, esses, alinhavam-se ao sistema dominante...
  • B: Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo, do ponto de vista daquele: estes alinhavam-se ao sistema dominante...
  • C: Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo: do ponto de vista dele, estes, alinhavam-se ao sistema dominante...
  • D: Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo do ponto de vista daquele: esses, alinhavam-se ao sistema dominante...
  • E: Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo; do ponto de vista deste, aqueles alinhavam-se ao sistema dominante...

Leia o texto para responder à questão.

A imprensa nos tempos de Balzac

Releio “Os jornalistas”, de Honoré de Balzac, ele-mesmo um escritor jornalista a apontar desvios da ética na imprensa de seu tempo. Com estilete do sarcasmo, indicou a prevalência de “lados da notícia”, a duração dos fatos nas páginas e escondimentos propositais. Beliscou a venalidade de articulistas franceses de meados do século 19. As ambições particulares se sobrepunham às carências coletivas; as impressoras se alocavam às conveniências individuais, governos, corporações ideológicas. Mostrou o jesuitismo artificial de colunistas cercados de bajuladores a aplaudi-los. Encenando imparcialidade, curvavam-se aos influentes e poderosos. Altissonantes, fingiam defender grandes causas, mormente as acenadas como modernas, libertárias.

Sobre editores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo. Alinhavam-se ao sistema dominante cujo triunfo lhes interessava. E eram respeitados por temor. Viam na imprensa uma aplicação de capitais cujos juros lhes eram pagos em favores econômicos e autoridade. Quando unida às oposições, tinha consciência de que elas eram aferradas em tomar para si os anseios e necessidades sociais, sem que o cidadão comum lhes desse crédito.

No estilo escrutínio da escola realista, palavras do livro se articulam para escancarar hipocrisias, falsidades. Alegando que os franceses tinham inclinação por tudo que é tedioso, caçoava duma categoria de redatores a chamá-los de “nadólogos”. Eram notários que falavam, falavam e nada diziam. Alcoviteiros da política, negociantes de frases, mostravam-se superiores, promoviam gracejos para admiração de colunistas severos. Mas estes se calavam ao ingressarem no serviço público. Lá se domesticavam a gozarem do silêncio de colegas na espera de convites e cargos.

Irritado com os críticos de arte a não lhe darem sossego, Balzac apontou-lhes o dedo. Pintou-os como vaidosos, incultos, falaciosos que, sem talento para a arte, erguiam muralhas de censura das ideias. Para o autor, a crítica tinha apenas uma serventia: a sobrevivência dos críticos.

Ficção e agudo exame da sociedade se mesclaram na obstinada defesa do bom jornalismo. Escreveu: “Se a imprensa não existisse, seria preciso inventá-la”. São mensagens que instigam raciocínios, convidam à reflexão. Mormente dos que buscam notícias isentas, o jornalismo amigo dos fatos.


(Romildo Sant’Anna. Diário da Região, 05.02.2023. Adaptado)

A alternativa em que a frase nominal é caracterizada por relação de subordinação entre um termo e seu complemento é:
  • A: articulistas franceses
  • B: jesuitismo artificial
  • C: respeitados por temor
  • D: inclinação por tudo
  • E: gracejos para admiração

A passagem em que o termo destacado expressa a noção de prioridade é:
  • A: Sobre escritores-proprietários-gerentes, Balzac foi ainda mais incisivo. Alinhavam-se ao sistema dominante...
  • B: ... tinha consciência de que elas eram aferradas em tomar para si os anseios e necessidades sociais...
  • C: Altissonantes, fingiam defender grandes causas, mormente as acenadas como modernas, libertárias.
  • D: Alcoviteiros da política, negociantes de frases, mostravam-se superiores, promoviam gracejos para admiração de colunistas severos.
  • E: Com estilete do sarcasmo, indicou a prevalência de “lados da notícia”, a duração dos fatos nas páginas e escondimentos propositais.

A alternativa em que o pronome destacado deve estar necessariamente na posição em que foi colocado é:
  • A: As ambições particulares se sobrepunham às carências coletivas...
  • B: Irritado com os críticos de arte a não lhe darem sossego...
  • C: ... Balzac apontou-lhes o dedo.
  • D: Ficção e agudo exame da sociedade mesclaram-se na obstinada defesa do bom jornalismo.
  • E: ... palavras do livro se articulam para escancarar hipocrisias, falsidades.

A alternativa em que o pronome destacado deve estar necessariamente na posição em que foi colocado é:
  • A: As ambições particulares se sobrepunham às carências coletivas...
  • B: Irritado com os críticos de arte a não lhe darem sossego...
  • C: ... Balzac apontou-lheso dedo.
  • D: Ficção e agudo exame da sociedade mesclaram-se na obstinada defesa do bom jornalismo.
  • E: ... palavras do livro se articulam para escancarar hipocrisias, falsidades.

Leia o texto, para responder à questão.


Quando Nancy Pelosi, então presidente da Câmara norte-americana, estendeu a mão para o ex-presidente Donald Trump, antes da apresentação do discurso anual do Estado da União, ele se recusou a apertá-la e virou as costas de forma grosseira. Ao fim do discurso, Pelosi rasgou a transcrição ostensivamente como se o texto não valesse o papel em que foi impresso e devesse ser expurgado por completo dos registros históricos.

Esses dois gestos, infantis e impulsivos, podem ser considerados insignificantes, mas na verdade foram emblemáticos da maneira como a oposição foi transformada em algo muito mais profundo – um ódio e uma animosidade reais.

Naturalmente, a gentileza precisa ser uma via de mão dupla, é difícil ser gentil com aqueles que são abertamente desdenhosos conosco, ainda que talvez isso seja possível para os santos. A santidade, entretanto, não é uma qualidade que se costuma encontrar na vida política, e, dessa forma, não se pode contar com ela para a promoção de um comportamento decente. Apenas a cultura da tolerância pode fazer isso.

Lamentavelmente, quanto mais a tolerância é alardeada como uma grande virtude, ou até mesmo como a maior das virtudes, menos ela é praticada na vida cotidiana. Se as pessoas fossem tolerantes, não haveria necessidade de exaltá-la. Na realidade somos assim com os preceitos morais sobre a tolerância: somos tolerantes, mas odiamos pessoas que não concordam conosco.

A tolerância requer um devido exercício de falta de sinceridade. Toleramos apenas o que nos causa desagrado, porque não há necessidade de tolerar coisas de que gostamos. Podemos pensar que alguém que tem uma opinião diferente da nossa é um canalha, mas não podemos ter uma discussão civilizada com essa pessoa se revelarmos nossa opinião sincera.

Infelizmente, existe um culto de sinceridade no mundo moderno de acordo com o qual nada que esteja na mente de alguém deve ser contido. Porque, se for, vai infectar e acabar causando uma espécie de septicemia psicológica, que vai entrar em erupção como algo terrível. Nessa escala de valores, a insinceridade é o pior dos pecados, e não algo muitas vezes virtuoso e necessário, o óleo que mantém a vida tranquila e relativamente sem fricção.

Dessa forma, estamos vivendo sob dois imperativos opostos: o primeiro é ser sempre sincero, e o segundo, ser ao mesmo tempo tolerante. Só podemos reconciliar esses dois imperativos se transformarmos a necessidade da tolerância em seu oposto, isto é, afirmando que opiniões diferentes ou opostas às nossas são, em si, manifestações de intolerância, a única coisa que não podemos tolerar. Assim, começando na tolerância chegamos ao totalitarismo, isto é, ao totalitarismo em nome da tolerância.


(Theodore Dalryme, A novilíngua como língua nativa. Disponível em:
  • A: relata episódios em que pessoas se veem involuntariamente envolvidas em situações constrangedoras, nas quais a revanche se mostra a única saída a ser adotada.
  • B: descreve pormenorizadamente o conflito que se estabelece quando o indivíduo prima pela sinceridade, mas encontra a sua frente um oponente que se mostra intolerante.
  • C: discute o problema da insatisfação gerada pelo conflito de ideias, principalmente quando se opõem pessoas públicas de destaque, as quais deveriam dar exemplo à sociedade.
  • D: desenvolve ideias acerca de embate contemporâneo entre a disposição de ser indulgente em relação às diferenças e a necessidade de dar curso à manifestação franca.
  • E: se reporta a situações exemplares para fazer recomendações ao leitor acerca de como proceder em caso de discordância de ideias, recorrendo ao exercício da condescendência.

A afirmação do autor – Assim, começando na tolerância chegamos ao totalitarismo, isto é, o totalitarismo em nome da tolerância. – deve ser entendida, no contexto, como a expressão de uma
  • A: inverdade.
  • B: contradição.
  • C: falácia.
  • D: incerteza.
  • E: utopia.

Leia o texto, para responder à questão.


Quando Nancy Pelosi, então presidente da Câmara norte-americana, estendeu a mão para o ex-presidente Donald Trump, antes da apresentação do discurso anual do Estado da União, ele se recusou a apertá-la e virou as costas de forma grosseira. Ao fim do discurso, Pelosi rasgou a transcrição ostensivamente como se o texto não valesse o papel em que foi impresso e devesse ser expurgado por completo dos registros históricos.

Esses dois gestos, infantis e impulsivos, podem ser considerados insignificantes, mas na verdade foram emblemáticos da maneira como a oposição foi transformada em algo muito mais profundo – um ódio e uma animosidade reais.

Naturalmente, a gentileza precisa ser uma via de mão dupla, é difícil ser gentil com aqueles que são abertamente desdenhosos conosco, ainda que talvez isso seja possível para os santos. A santidade, entretanto, não é uma qualidade que se costuma encontrar na vida política, e, dessa forma, não se pode contar com ela para a promoção de um comportamento decente. Apenas a cultura da tolerância pode fazer isso.

Lamentavelmente, quanto mais a tolerância é alardeada como uma grande virtude, ou até mesmo como a maior das virtudes, menos ela é praticada na vida cotidiana. Se as pessoas fossem tolerantes, não haveria necessidade de exaltá-la. Na realidade somos assim com os preceitos morais sobre a tolerância: somos tolerantes, mas odiamos pessoas que não concordam conosco.

A tolerância requer um devido exercício de falta de sinceridade. Toleramos apenas o que nos causa desagrado, porque não há necessidade de tolerar coisas de que gostamos. Podemos pensar que alguém que tem uma opinião diferente da nossa é um canalha, mas não podemos ter uma discussão civilizada com essa pessoa se revelarmos nossa opinião sincera.

Infelizmente, existe um culto de sinceridade no mundo moderno de acordo com o qual nada que esteja na mente de alguém deve ser contido. Porque, se for, vai infectar e acabar causando uma espécie de septicemia psicológica, que vai entrar em erupção como algo terrível. Nessa escala de valores, a insinceridade é o pior dos pecados, e não algo muitas vezes virtuoso e necessário, o óleo que mantém a vida tranquila e relativamente sem fricção.

Dessa forma, estamos vivendo sob dois imperativos opostos: o primeiro é ser sempre sincero, e o segundo, ser ao mesmo tempo tolerante. Só podemos reconciliar esses dois imperativos se transformarmos a necessidade da tolerância em seu oposto, isto é, afirmando que opiniões diferentes ou opostas às nossas são, em si, manifestações de intolerância, a única coisa que não podemos tolerar. Assim, começando na tolerância chegamos ao totalitarismo, isto é, ao totalitarismo em nome da tolerância.


(Theodore Dalryme, A novilíngua como língua nativa. Disponível em:
  • A: afirmando que a sinceridade pode provocar crises psicológicas e ira incontida.
  • B: ironizando os adeptos da sinceridade, que devem ser contidos para não adoecerem.
  • C: defendendo a importância do equilíbrio entre a sinceridade e a hipocrisia.
  • D: apontando na insinceridade o atributo positivo de aparar atritos.
  • E: descaracterizando o conflito provocado pela tensão entre mentir e falar a verdade.

Leia o texto, para responder à questão.


Quando Nancy Pelosi, então presidente da Câmara norte-americana, estendeu a mão para o ex-presidente Donald Trump, antes da apresentação do discurso anual do Estado da União, ele se recusou a apertá-la e virou as costas de forma grosseira. Ao fim do discurso, Pelosi rasgou a transcrição ostensivamente como se o texto não valesse o papel em que foi impresso e devesse ser expurgado por completo dos registros históricos.

Esses dois gestos, infantis e impulsivos, podem ser considerados insignificantes, mas na verdade foram emblemáticos da maneira como a oposição foi transformada em algo muito mais profundo – um ódio e uma animosidade reais.

Naturalmente, a gentileza precisa ser uma via de mão dupla, é difícil ser gentil com aqueles que são abertamente desdenhosos conosco, ainda que talvez isso seja possível para os santos. A santidade, entretanto, não é uma qualidade que se costuma encontrar na vida política, e, dessa forma, não se pode contar com ela para a promoção de um comportamento decente. Apenas a cultura da tolerância pode fazer isso.

Lamentavelmente, quanto mais a tolerância é alardeada como uma grande virtude, ou até mesmo como a maior das virtudes, menos ela é praticada na vida cotidiana. Se as pessoas fossem tolerantes, não haveria necessidade de exaltá-la. Na realidade somos assim com os preceitos morais sobre a tolerância: somos tolerantes, mas odiamos pessoas que não concordam conosco.

A tolerância requer um devido exercício de falta de sinceridade. Toleramos apenas o que nos causa desagrado, porque não há necessidade de tolerar coisas de que gostamos. Podemos pensar que alguém que tem uma opinião diferente da nossa é um canalha, mas não podemos ter uma discussão civilizada com essa pessoa se revelarmos nossa opinião sincera.

Infelizmente, existe um culto de sinceridade no mundo moderno de acordo com o qual nada que esteja na mente de alguém deve ser contido. Porque, se for, vai infectar e acabar causando uma espécie de septicemia psicológica, que vai entrar em erupção como algo terrível. Nessa escala de valores, a insinceridade é o pior dos pecados, e não algo muitas vezes virtuoso e necessário, o óleo que mantém a vida tranquila e relativamente sem fricção.

Dessa forma, estamos vivendo sob dois imperativos opostos: o primeiro é ser sempre sincero, e o segundo, ser ao mesmo tempo tolerante. Só podemos reconciliar esses dois imperativos se transformarmos a necessidade da tolerância em seu oposto, isto é, afirmando que opiniões diferentes ou opostas às nossas são, em si, manifestações de intolerância, a única coisa que não podemos tolerar. Assim, começando na tolerância chegamos ao totalitarismo, isto é, ao totalitarismo em nome da tolerância.


(Theodore Dalryme, A novilíngua como língua nativa. Disponível em:
  • A: Podem-se dizer e garantir que a santidade, entretanto, não é das qualidades que se encontra facilmente na vida política.
  • B: É bom lembrar que, quando se tratam de qualidades, inocência e santidade não é uma que se costuma encontrar na vida política.
  • C: Procuram-se, na vida política, valores como a santidade e a inocência; mas, na verdade, parecem estar o mais distantes possível dali.
  • D: Não se acredita que hajam santidade e inocência entre as qualidades que se costumam encontrar na vida política.
  • E: Mais de uma qualidade existem na vida política; mas as pessoas podem se decepcionar com a santidade, pois não a encontra facilmente.

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