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Não estamos opondo máquinas a ecologia, como se as máquinas fossem aquelas coisas que só servem para violentar a Mãe Natureza e violar a harmonia entre o ser humano e a natureza ― uma imagem atribuída à tecnologia desde o fim do século XVIII. Também não estamos seguindo a hipótese de Gaia de que a Terra é um único superorganismo ou uma coletividade de organismos. Em vez disso, gostaria de propor uma reflexão sobre a ecologia das máquinas. Para dar início a essa ecologia das máquinas, precisamos primeiro voltar ao conceito de ecologia. Seu fundamento está na diversidade, já que é apenas com biodiversidade (ou multiespécies que incluam todas as formas de organismos, até mesmo bactérias) que os sistemas ecológicos podem ser conceitualizados. A fim de discutir uma ecologia de máquinas, precisaremos de uma noção diferente e em paralelo com a de biodiversidade ― uma noção a que chamamos tecnodiversidade. A biodiversidade é o correlato da tecnodiversidade, uma vez que sem esta só testemunharemos o desaparecimento de espécies diante de uma racionalidade homogênea. Tomemos como exemplo os pesticidas, que são feitos para matar certa espécie de insetos independentemente de sua localização geográfica, precisamente porque são baseados em análises químicas e biológicas. Sabemos, no entanto, que o uso de um mesmo pesticida pode levar a diversas consequências desastrosas em biomas diferentes. Antes da invenção dessas substâncias, empregavam-se diferentes técnicas para combater os insetos que ameaçavam as colheitas dos produtos agrícolas ― recursos naturais encontrados na região, por exemplo. Ou seja, havia uma tecnodiversidade antes do emprego de pesticidas como solução universal. Os pesticidas aparentam ser mais eficientes a curto prazo, mas hoje é fato bastante consolidado que estávamos o tempo todo olhando para os nossos pés quando pensávamos em um futuro longínquo. Podemos dizer que a tecnodiversidade é, em essência, uma questão de localidade. Localidade não significa necessariamente etnocentrismo ou nacionalismo, mas é aquilo que nos força a repensar o processo de modernização e de globalização e que nos permite refletir sobre a possibilidade de reposicionar as tecnologias modernas.
Yuk Hui. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020, p. 122-123 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item a seguir.

Quanto à tipologia, o texto é predominantemente expositivo.
  • A: Certo.
  • B: Errado.

Observe os trechos a seguir, extraídos da tirinha:
“Agradeço por ter vindo tão rápido...” (segundo quadrinho) “Mas| da próxima vez abra a porta!” (terceiro quadrinho)

As palavras destacadas, na ordem em que se apresentam, estabelecem sentido de
  • A: modo; conclusão.
  • B: dúvida; condição.
  • C: tempo; comparação.
  • D: lugar; tempo.
  • E: intensidade; oposição.

(Jim Davis. Garfield fenomenal. Porto Alegre: L&PM, 2014)

De acordo com a leitura dos quadrinhos, é correto afirmar que
  • A: o rapaz ficou furioso pela destruição causada pelo gato.
  • B: o felino demorou muito para vir jantar.
  • C: o rapaz castigou o gato, não lhe dando a comida.
  • D: o gato, arisco, recusou o jantar naquela noite.
  • E: o dono do gato agiu com paciência ao ver a porta quebrada.

As lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, por:
As pessoas __________ __________ que o conhecido imitador de gato iria ____ praça no sábado.
  • A: foi avisada ... sobre ... a
  • B: foram avisadas ... de ... à
  • C: foram avisada ... para ... à
  • D: foram avisadas ... em ... a
  • E: foi avisada ... com ... à

Assinale a alternativa em que o uso da vírgula está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
  • A: Os artistas populares, costumam se apresentar, nas ruas e praças.
  • B: As crianças, se divertem muito ao verem, os imitadores de gato.
  • C: Por mais que procurem empregos fixos, muitas pessoas não encontram.
  • D: É muito importante, que prestigiemos, todos os artistas.
  • E: As pessoas param, para assistir às apresentações, dos artistas de rua.

No trecho – O imitador de gato aproveita para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permite a emissão dos ruídos. – os verbos destacados estão no tempo presente. Passando-os para o tempo futuro, tem-se:
  • A: O imitador de gato aproveitou para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permitiu a emissão dos ruídos.
  • B: O imitador de gato aproveitará para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permitirá a emissão dos ruídos.
  • C: C O imitador de gato aproveitava para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permitia a emissão dos ruídos.
  • D: O imitador de gato aproveitou para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permitiria a emissão dos ruídos.
  • E: O imitador de gato aproveitara para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permitira a emissão dos ruídos.

O imitador de gato



Há um imitador de gato naquela cidade. Pode-se pensar que é fácil imitar gatos, mas não é. Trata-se de uma arte. Em primeiro lugar é necessário ter um saco de farinha ou de estopa, desses em que se guardam cereais. O saco pode ser colocado embaixo do braço ou mesmo sobre o ombro. É importante saber: aquilo que à primeira vista parece simples e banal, porém requer alguma prática e habilidade.

O saco de farinha ou estopa deve ser manuseado sem problemas e serve para distrair a atenção do público, fazendo-o criar a ilusão de que em seu interior haja um gato. Além do saco, existe um dispositivo que se põe na boca, de preferência sobre a ponta da língua, para um desempenho perfeito. Com ele, será possível emitir sons e gemidos típicos dos gatos.

Então o imitador de gato dramatiza o que seria uma briga de gatos, fazendo de conta que encena formidáveis golpes contra um imaginário gato, que grita, esperneia, chia e mia dentro do saco de farinha ou estopa. Mas não há gato no saco. Todos os ruídos vêm da harmonia entre o gesto e o som.

As pessoas param admiradas com a cena. Mas ao perceberem que o gato é simplesmente a criação artística de um modesto habitante da cidade, põem-se a rir e se divertem, naquele minuto mágico de relaxamento e repouso.

O imitador de gato aproveita para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permite a emissão dos ruídos. É disso que ele vive. Parece um negócio sério e honrado. O gato não existe. Existe apenas o direito de sobreviver e de alegrar a cidade.

(Lourenço Diaféria. O imitador de gato e outras crônicas.

Para gostar de ler. Vol. 30. São Paulo: Ática, 2001. Adaptado)

O termo destacado atribui uma característica à palavra anterior em:
  • A: Trata-se de uma arte. (primeiro parágrafo)
  • B: ... existe um dispositivo que se põe na boca... (segundo parágrafo)
  • C: ... o imitador de gato dramatiza o que seria uma briga... (terceiro parágrafo)
  • D: … o gato é simplesmente a criação artística... (quarto parágrafo)
  • E: Existe apenas o direito de sobreviver... (quinto parágrafo)

Assinale a alternativa em que há palavras ou expressões empregadas no sentido figurado.
  • A: O saco pode ser colocado embaixo do braço ou mesmo sobre o ombro. (primeiro parágrafo)
  • B: ... existe um dispositivo que se põe na boca, de preferência sobre a ponta da língua... (segundo parágrafo)
  • C: Com ele, será possível emitir sons e gemidos típicos dos gatos. (segundo parágrafo)
  • D: ... põem-se a rir e se divertir, naquele minuto mágico de relaxamento e repouso. (quarto parágrafo)
  • E: O imitador de gato aproveita para vender a um bom preço o pequeno dispositivo... (quinto parágrafo)

No trecho – As pessoas param admiradas com a cena. Mas ao perceberem que o gato é simplesmente a criação artística de um modesto habitante da cidade... – as palavras destacadas podem ser substituídas, sem alteração de sentido, na ordem em que se apresentam, por:
  • A: impressionadas; simples.
  • B: conformadas; sofisticado.
  • C: indiferentes; esforçado.
  • D: assustadas; tranquilo.
  • E: indispostas; arrogante.

Leia o texto para responder à questão.



O imitador de gato



Há um imitador de gato naquela cidade. Pode-se pensar que é fácil imitar gatos, mas não é. Trata-se de uma arte. Em primeiro lugar é necessário ter um saco de farinha ou de estopa, desses em que se guardam cereais. O saco pode ser colocado embaixo do braço ou mesmo sobre o ombro. É importante saber: aquilo que à primeira vista parece simples e banal, porém requer alguma prática e habilidade.

O saco de farinha ou estopa deve ser manuseado sem problemas e serve para distrair a atenção do público, fazendo-o criar a ilusão de que em seu interior haja um gato. Além do saco, existe um dispositivo que se põe na boca, de preferência sobre a ponta da língua, para um desempenho perfeito. Com ele, será possível emitir sons e gemidos típicos dos gatos.

Então o imitador de gato dramatiza o que seria uma briga de gatos, fazendo de conta que encena formidáveis golpes contra um imaginário gato, que grita, esperneia, chia e mia dentro do saco de farinha ou estopa. Mas não há gato no saco. Todos os ruídos vêm da harmonia entre o gesto e o som.

As pessoas param admiradas com a cena. Mas ao perceberem que o gato é simplesmente a criação artística de um modesto habitante da cidade, põem-se a rir e se divertem, naquele minuto mágico de relaxamento e repouso.

O imitador de gato aproveita para vender a um bom preço o pequeno dispositivo que permite a emissão dos ruídos. É disso que ele vive. Parece um negócio sério e honrado. O gato não existe. Existe apenas o direito de sobreviver e de alegrar a cidade.

(Lourenço Diaféria. O imitador de gato e outras crônicas.

Para gostar de ler. Vol. 30. São Paulo: Ática, 2001. Adaptado)

A leitura do texto permite afirmar que
  • A: as pessoas imitam gatos porque não gostam de trabalhos formais.
  • B: há muita oferta de emprego, mas muitos preferem imitar gatos.
  • C: imitar gatos requer materiais que acabam encarecendo muito a atividade.
  • D: as pessoas apreciam bem pouco as imitações de gato.
  • E: imitar gatos é uma maneira que algumas pessoas têm de ganhar a vida.

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