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Marque a alternativa que apresenta erro gramatical

 
  • A: A cerca de duzentos metros, vire à esquerda.
  • B: Há cerca de duzentos alunos na aula.
  • C: A cerca de política não falo mais.
  • D: A cerca de arame farpado machuca quem a toca.
  • E: Falei a cerca de duzentas pessoas.

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

 
                                                                      Alguns fracassos
 


      Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando Pessoa que “todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”, ou que “toda a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida”, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até alguma graça.


      Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas cinco.


      Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções em papos de botecos, aí com alguma vantagem.


      Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito. Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro? Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio, na cachoeira de Iporanga...


      Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto, sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.


      Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o quê?


      A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho, na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei mais uma frustração.
                                                                                                                                   (Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)


A alternativa que indica corretamente, entre parênteses, a circunstância adverbial presente na expressão destacada é:





  • A: Jamais consegui fazer certas coisas... (intensidade)
  • B: ... a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas com um pé de valsa. (lugar)
  • C: ... resolvi tentar seduções em papos de botecos, aí com alguma vantagem. (modo)
  • D: Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços... (afirmação)
  • E: ... fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio... (tempo)

Assinale a alternativa que apresenta a classificação morfológica das palavras sublinhadas, respectivamente, abaixo:
Esta empresa conta com a motivação dos funcionários para tornar o comércio de seus produtos mais atraente, pois o mercado está lento no consumo, mas há indício de melhoria.
  • A: substantivo, preposição, advérbio, verbo, adjetivo, substantivo.
  • B: adjetivo, conjunção, pronome, verbo, verbo, adjetivo.
  • C: substantivo, preposição, pronome, verbo, preposição, adjetivo.
  • D: substantivo, conjunção, adjetivo, pronome, verbo, substantivo.
  • E: adjetivo, preposição, verbo, advérbio, substantivo.

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

 
                                                                      Alguns fracassos
 


      Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando Pessoa que “todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”, ou que “toda a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida”, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até alguma graça.


      Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas cinco.


      Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções em papos de botecos, aí com alguma vantagem.


      Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito. Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro? Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio, na cachoeira de Iporanga...


      Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto, sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.


      Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o quê?


      A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho, na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei mais uma frustração.
                                                                                                                                   (Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)




No primeiro parágrafo, em – “toda a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida” –, o termo destacado pode ser corretamente substituído por:





  • A: exceto.
  • B: repentinamente.
  • C: apenas.
  • D: mais que.
  • E: talvez.

A expressão “cuidados especiais” é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também se verifica na expressão destacada em:
 
  • A: A atitude imprudente do advogado trouxe-me danos.
  • B: Entrou silenciosamente, com um indisfarçável espanto.
  • C: Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião?
  • D: Trata-se de um lutador bastante forte e preparado.
  • E: Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos.

O plural das palavras reptil, projetil, hífen e pólen é:
 
  • A: répteis, projéteis, hífens, pólens
  • B: répteis, projéteis, hifens, polens
  • C: réptis, projétis, hífenes, pólenes
  • D: reptis, projetis, hífenes, polens
  • E: repteis, projeteis, hífenes, pólens

O superlativo absoluto sintético de ágil, magnífico e pródigo é:
 
  • A: agílimo, magnificentíssimo, prodigalíssimo
  • B: agílimo, magnifíssimo, propicíssimo
  • C: agilíssimo, magníssimo, prodigalíssimo
  • D: agilíssimo, magnifíssimo, prodicíssimo
  • E: muito ágil, magnificentíssimo, prodicíssimo

Marque a alternativa que apresenta somente substantivos masculinos:
 
  • A: gengibre, acne, aguarrás, alcunha
  • B: champanha, abusão, apendicite, bacanal
  • C: apêndice, alface, aluvião, comichão
  • D: cataclismo, dinamite, echarpe, enzima
  • E: açúcar, aneurisma, herpes, cônjuge

Complete a lacuna e marque a alternativa correta.
____ você não veio ontem?
Gostaria de saber _____ você não veio ontem.
Você não veio ontem _____?
O _________ de você não ter vindo ontem não me convenceu.
________ a ganância dos poderosos é grande, a população morre de fome.
 
  • A: Por quê, por que, porquê, porque, Porque
  • B: Por que, por que, por quê, porquê, Porque
  • C: Por que, porquê, por que, por quê, Porquê
  • D: Porquê, por quê, porque, por que, Porquê
  • E: Porque, por quê, por que, porquê, Porquê




Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

 
                                                                      Alguns fracassos
 


      Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando Pessoa que “todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”, ou que “toda a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida”, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até alguma graça.


      Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas cinco.


      Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções em papos de botecos, aí com alguma vantagem.


      Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito. Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro? Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio, na cachoeira de Iporanga...


      Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto, sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.


      Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o quê?


      A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho, na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei mais uma frustração.
                                                                                                                                   (Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)



Considerando o contexto, é correto afirmar que a expressão destacada em:








  • A: certas coisas que contam para o convívio social – tem sentido próprio e corresponde a sucesso profissional.
  • B: bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas – tem sentido figurado e corresponde a carros.
  • C: Abandonei esse palco de derrotas – tem sentido figurado e corresponde a local das festas.
  • D: Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso – tem sentido próprio e corresponde a me proibir.
  • E: A falha se estende à música em geral – tem sentido figurado e corresponde a se aplica.

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