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      Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tímidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido que só se liberta na solidão. Contraditoriamente quer o quente aconchego das pessoas.


     E para pedir aumento de salário - a tortura. Como começar? Apresentar-se com fingida segurança de quem sabe quanto vale em dinheiro - ou apresentar-se como se é, desajeitado e excessivamente humilde.


     O que faz então? Mas é que há a grande ousadia dos tímidos. E de repente cheio de audácia pelo aumento com um tom reivindicativo que parece contundente. Mas logo depois, espantado, sente-se mal, julga imerecido o aumento, fica todo infeliz.
                                        (Clarice Lispector. Vergonha de viver. Aprendendo a viver. Rio de Janeiro, Rocco Digital, 2013. Adaptado)



A contradição que a autora identifica no comportamento dos tímidos diz respeito ao fato de


  • A: se portarem de modo desajeitado na hora de pedir aumento.
  • B: camuflarem uma segurança ao pedirem aumento de salário.
  • C: desejarem permanecer igualmente isolados e acompanhados.
  • D: se sentirem oprimidos mesmo quando estão sozinhos.
  • E: ficarem envergonhados diante do próprio fato de existirem.





      Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tímidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido que só se liberta na solidão. Contraditoriamente quer o quente aconchego das pessoas.


      E para pedir aumento de salário - a tortura. Como começar? Apresentar-se com fingida segurança de quem sabe quanto vale em dinheiro - ou apresentar-se como se é, desajeitado e excessivamente humilde.


      O que faz então? Mas é que há a grande ousadia dos tímidos. E de repente cheio de audácia pelo aumento com um tom reivindicativo que parece contundente. Mas logo depois, espantado, sente-se mal, julga imerecido o aumento, fica todo infeliz.
                                               (Clarice Lispector. Vergonha de viver. Aprendendo a viver. Rio de Janeiro, Rocco Digital, 2013. Adaptado)



São empregadas como sinônimas, no texto, as palavras:


  • A: alma; aconchego (1° parágrafo).
  • B: ousadia; audácia (3° parágrafo).
  • C: vergonha; solidão (1° parágrafo).
  • D: reivindicativo; contundente (3° parágrafo).
  • E: espantado; imerecido (3° parágrafo).



Analisando as falas das personagens, conclui-se corretamente que o aluno
  • A: se submete passivamente à explicação dada pela professora, por isso prefere não questioná-la.
  • B: se coloca em uma condição de submissão à professora para ganhar mais um dia de folga da escola.
  • C: se ressente com a professora e passa a pedir-lhe que haja uma reforma no calendário escolar.
  • D: se sente ludibriado pela professora, que lhe dá informações insuficientes sobre os feriados.
  • E: se vale do oportunismo para tentar convencer a professora de que é possível ter mais folgas.


Analisando-se a fala do aluno no último quadrinho – Vai dizer que o Brasil também não tá “enforcado”? –, conclui-se corretamente que ela se estrutura em uma frase
  • A: declarativa negativa, em tom de sátira, funcionando como uma explicação de que o país está saudável economicamente.
  • B: imperativa, em tom respeitoso, funcionando como um desabafo para mostrar a difícil situação do Brasil.
  • C: interrogativa, de tom retórico, funcionando como uma afirmação para convencer a professora sobre o que ele diz.
  • D: interrogativa, em tom exclamativo, funcionando como uma confirmação da explicação da professora.
  • E: interrogativa, em tom hesitante, funcionando como um questionamento à professora sobre a situação do país.

                                                      Derivada do latim, língua portuguesa


                                                       é a sétima mais falada no mundo
 


      O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo com o instituto americano SIL International, há mais de 7000 idiomas no mundo, e o português é o sétimo mais falado.


      Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o português é derivado do latim – idioma que teve origem na Itália, na pequena região do Lácio, onde está Roma.


      O latim disseminou-se na Europa juntamente com a expansão do domínio do Império Romano.


      Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente europeu (onde hoje estão os territórios de Portugal e Espanha), entre os séculos 3° e 2° a.C.


      Devido a ocupações anteriores, a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), como os celtas. Ao longo do tempo, o latim falado foi incorporando elementos linguísticos dessas e de outras populações.


      Quando o Império Romano ruiu, no século 5° d.C., a Península Ibérica já estava totalmente latinizada, e o idioma manteve-se em uso por seus habitantes.


      No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. O uso de outros idiomas ou dialetos locais era, muitas vezes, proibido.


      Hoje há muito mais falantes de português fora de Portugal, que tem apenas 10 milhões de habitantes.

                                                                                                                           (https://www1.folha.uol.com.br. Adaptado)


O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo com o instituto americano SIL International, há mais de 7000 idiomas no mundo, e o português é o sétimo mais falado.

No primeiro parágrafo do texto, o emprego dos numerais tem a finalidade de mostrar









  • A: a inexpressividade da posição do Brasil, em relação à quantidade de idiomas existentes no mundo.
  • B: a expectativa de que o Brasil ocupe uma posição mais significativa entre os 7000 idiomas do mundo.
  • C: a relevância do português quanto ao seu alcance, considerando-se a quantidade de idiomas existentes no mundo.
  • D: a pouca importância do português no cenário mundial, pois é falado em nove países e só ocupa o 7° lugar.
  • E: a quantidade de falantes que faz com que o português assuma a posição de maior prestígio entre os 7000 idiomas.

                                                      Derivada do latim, língua portuguesa


                                                       é a sétima mais falada no mundo
 


      O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo com o instituto americano SIL International, há mais de 7000 idiomas no mundo, e o português é o sétimo mais falado.


      Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o português é derivado do latim – idioma que teve origem na Itália, na pequena região do Lácio, onde está Roma.


      O latim disseminou-se na Europa juntamente com a expansão do domínio do Império Romano.


      Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente europeu (onde hoje estão os territórios de Portugal e Espanha), entre os séculos 3° e 2° a.C.


      Devido a ocupações anteriores, a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), como os celtas. Ao longo do tempo, o latim falado foi incorporando elementos linguísticos dessas e de outras populações.


      Quando o Império Romano ruiu, no século 5° d.C., a Península Ibérica já estava totalmente latinizada, e o idioma manteve-se em uso por seus habitantes.


      No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. O uso de outros idiomas ou dialetos locais era, muitas vezes, proibido.


      Hoje há muito mais falantes de português fora de Portugal, que tem apenas 10 milhões de habitantes.

                                                                                                                           (https://www1.folha.uol.com.br. Adaptado)


Nas passagens – … o português é derivado do latim… (2° parágrafo) – ; – … o latim falado foi incorporando elementos linguísticos… (5° parágrafo) – e – Quando o Império Romano ruiu… (6° parágrafo) –, os termos em destaque significam, correta e respectivamente:









  • A: oriundo; absorvendo; desmoronou.
  • B: origem; integrando; se consolidou.
  • C: originário; buscando; desmantelou.
  • D: fonte; descaracterizando; se desfez.
  • E: procedente; modificando; ressurgiu.



                                                      Derivada do latim, língua portuguesa


                                                       é a sétima mais falada no mundo
 


      O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo com o instituto americano SIL International, há mais de 7000 idiomas no mundo, e o português é o sétimo mais falado.


      Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o português é derivado do latim – idioma que teve origem na Itália, na pequena região do Lácio, onde está Roma.


      O latim disseminou-se na Europa juntamente com a expansão do domínio do Império Romano.


      Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente europeu (onde hoje estão os territórios de Portugal e Espanha), entre os séculos 3° e 2° a.C.


      Devido a ocupações anteriores, a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), como os celtas. Ao longo do tempo, o latim falado foi incorporando elementos linguísticos dessas e de outras populações.


      Quando o Império Romano ruiu, no século 5° d.C., a Península Ibérica já estava totalmente latinizada, e o idioma manteve-se em uso por seus habitantes.


      No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. O uso de outros idiomas ou dialetos locais era, muitas vezes, proibido.


      Hoje há muito mais falantes de português fora de Portugal, que tem apenas 10 milhões de habitantes.

                                                                                                                           (https://www1.folha.uol.com.br. Adaptado)





Observe as passagens do texto:

• Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o português é derivado do latim… (2° parágrafo)

• … a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), como os celtas. (5° parágrafo)

• No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. (7° parágrafo)

 

Na organização das informações textuais, as expressões em destaque estão empregadas, respectivamente, com a função de indicar











  • A: exemplificação, exclusão e causa.
  • B: explicação, exemplificação e causa.
  • C: delimitação, comparação e ênfase.
  • D: justificação, ênfase e consequência.
  • E: restrição, exemplificação e modo.

                                                                          Teresa
 

A primeira vez que vi Teresa

Achei que ela tinha pernas estúpidas

Achei também que a cara parecia uma perna

 




Quando vi Teresa de novo

Achei que os olhos eram muito mais velhos que


                                                           [o resto do corpo

(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando


                                                          [que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada

Os céus se misturaram com a terra

E o espírito de Deus voltou a se mover


                                                         [sobre a face das águas.

                                                                                                                                          (Manuel Bandeira, Libertinagem)


No poema, o eu lírico descreve a mulher





  • A: de modo sensual, apesar de seu amor não ser correspondido por ela.
  • B: como um ser inatingível, portanto não pode entregar-se ao amor.
  • C: com ironia e desdém, porque ele racionaliza a forma de amar.
  • D: sob uma perspectiva objetiva, uma vez que o amor dela não lhe interessa.
  • E: de forma pouco convencional, mas termina por entregar-se ao amor.



                                                                          Teresa
 

A primeira vez que vi Teresa

Achei que ela tinha pernas estúpidas

Achei também que a cara parecia uma perna

 




Quando vi Teresa de novo

Achei que os olhos eram muito mais velhos que


                                                           [o resto do corpo

(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando


                                                          [que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada

Os céus se misturaram com a terra

E o espírito de Deus voltou a se mover


                                                         [sobre a face das águas.

                                                                                                                                          (Manuel Bandeira, Libertinagem)



No verso – Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo –, as conjunções destacadas funcionam, respectivamente, para relacionar a oração principal à oração






  • A: adverbial e introduzir oração substantiva predicativa.
  • B: substantiva e introduzir oração adverbial consecutiva.
  • C: substantiva e introduzir oração adverbial comparativa.
  • D: coordenada e introduzir oração adjetiva restritiva.
  • E: adjetiva e introduzir oração coordenada aditiva.

Leia a charge.




No plano da linguagem verbal, o efeito de humor decorre

  • A: do duplo sentido presente na expressão “por partes”.
  • B: do emprego ambíguo do termo “esquartejamento” no título.
  • C: da alusão exortativa a Tiradentes, personagem da história do Brasil.
  • D: da enumeração caótica das partes do corpo de Tiradentes.
  • E: da falta de referência explícita ao sujeito do verbo “fizeram”.

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