Questões

            A alternativa (A) está errada, pois "das mulheres" é uma locução adjetiva que se refere ao gênero feminino. Porém, o adjetivo “fêmeas” se refere ao gênero feminino de várias espécies, inclusive com mais peculiaridade ao reino animal. O ideal neste contexto seria “femininas”.

            A alternativa (B) está errada, pois "pintadas de branco" descreve especificamente partes que receberam tinta branca, enquanto "branqueadas" sugere um processo de clareamento, que pode ocorrer por lavagem ou descoloração, não necessariamente implicando que tinta foi aplicada. Assim, "branqueadas" não é a substituição direta ou adequada porque exclui o método (pintura) na locução original.

            Uma possível substituição de valor mais abrangente, mas ainda assim mais coerente seria o adjetivo “brancas”.

            A alternativa (C) é a correta, pois "por um fio" é uma expressão que normalmente transmite um estado crítico ou perigoso que está em vias de ocorrer, isto é, está iminente.

            A alternativa (D) está errada, pois "fora de moda" se refere a algo antiquado ou desatualizado em termos de estilo. Substituir por "disforme" não é adequado, pois "disforme" se refere à forma ou estrutura, indicando algo sem forma definida ou deformado, o que não tem relação com estar ou não em moda.

            A alternativa (E) está errada, pois "de bons modos" descreve comportamento educado e cortês. Substituir por "modelar" não captura plenamente esse sentido, pois "modelar" se refere a algo que serve de modelo ou padrão, muitas vezes referente à perfeição em vários sentidos, mas não necessariamente ao comportamento educado especificamente.

Gabarito: C

            Entre as duas orações, observamos que o elemento comum é “casaco”. Observe o emprego da preposição “de” entre “preço” e “casaco”. Isso indica a necessidade de empregar o pronome relativo “cujo”, o qual faz subentender a preposição “de” entre o substantivo posterior e anterior, respectivamente: preço do casaco é igual “casaco cujo preço”.

            As alternativas (B), (D) e (E) estão erradas, pois não apresentam pronome relativo, conforme o pedido da questão.

            A alternativa (C) está errada, pois a relação do substantivo “preço” com “um casaco de veludo” subentende a preposição “de”. Assim, não cabe a preposição “em”. Veja uma possível correção:

Comprei, em São Paulo, um casaco de veludo cujo preço foi alto.

            A alternativa (A) sobrou como a correta, pois o pronome relativo “cujo” está entre “São Paulo” e “preço”. Assim, a referência seria ao preço de São Paulo, o que é incoerente.

            A banca quer dar a entender que o pronome relativo “cujo” retomaria o termo ainda anterior a São Paulo “um casaco de veludo”. Veja:

Comprei um casaco de veludo em São Paulo cujo preço foi alto.

            A norma culta exige que o termo retomado pelo pronome relativo não deve ser intercalado por outro, como ocorreu na frase acima. Veja o ideal:

Em São Paulo, comprei um casaco de veludo cujo preço foi alto.

Comprei, em São Paulo, um casaco de veludo cujo preço foi alto.

Gabarito: A

            O parágrafo afirma que regimes autoritários têm aversão a escritores e jornalistas. É afirmado como um fato ou verdade inerente. A frase seguinte ("Ainda agora, nas vésperas do terceiro milênio, golpeiam com mão de ferro escritores e jornalistas, mantendo sua intransigência, como ocorria na Espanha de Franco") fornece um exemplo para ilustrar a afirmação inicial.

            O parágrafo utiliza o exemplo histórico da Espanha de Franco como uma forma de ilustrar a intransigência dos regimes autoritários em relação a escritores e jornalistas. A menção à Espanha de Franco serve como uma situação concreta que exemplifica a afirmação geral.

            Por tudo isso, notamos que a alternativa (B) é a correta.

            A alternativa (A) está errada, pois não há pergunta implícita ou explícita no parágrafo que seja respondida pela afirmação ou exemplo fornecido.

            A alternativa (C) está errada, pois o desenvolvimento do parágrafo não lista uma série de detalhes de forma cumulativa; em vez disso, foca em um exemplo para dar apoio à afirmação inicial.

            A alternativa (D) está errada, pois o texto descreve ações ("odeiam" e "golpeiam") mas não fornece razões ou motivos por trás dessas ações, apenas ilustra sua ocorrência.

            A alternativa (E) está errada, pois o desenvolvimento do parágrafo não compara explicitamente dois ou mais elementos para destacar semelhanças ou diferenças.

Gabarito: B

            A questão pede, além de outros, concisão e elegância. Porém, o emprego da locução verbal em todas as alternativas é prejudicado pelo gerundismo.

            É certo que existe a locução verbal com o verbo auxiliar “estar” seguido do verbo principal no gerúndio. Mas isso ocorre no sentido de desenvolvimento de ação, o que naturalmente pode ser expresso no presente (Agora estou estudando) ou no passado (Naquele momento estava estudando).

            Mas é descabido no futuro, pois a relação de desenvolvimento não ocorre, haja vista que o futuro expressa possibilidade de ocorrência e não o desenvolvimento dela em si.

            É por isso que dizemos que locuções verbais, como “estarão mostrando”, “estarão sendo mostrados”, “Estar-se-á mostrando”, “estará mostrando”, “estarão sendo mostrados” são deselegantes e não apresentam concisão, além de serem percebidas como erro gramatical. São os chamados gerundismos.

            Mas a banca inseriu gerundismo em todas as alternativas. Assim, devemos desconsiderar esse erro.

            Apesar de todas as alternativas não serem concisas ou elegantes, devido ao emprego do gerundismo, a banca elegeu a alternativa (D) como a correta, tendo em vista a ordem natural dos termos (sujeito, verbo, complemento e adjunto adverbial), apesar de o termo “na prática” estar intercalado. Veja:

Cada um desses modelos estará mostrando, na prática, suas qualidades e seus defeitos, num prazo máximo de dois anos.

Gabarito: D

            Primeiramente, há de se observar alguns erros na questão. A alternativa (B) cita uma vírgula no segundo período, mas ela não existe. A alternativa (D) cita uma imagem que não aparece na questão.

            Por isso, a banca anulou a questão!

            A alternativa (A) está correta, pois o texto sugere que as punições, representadas pela "espada", são indispensáveis para defender e aplicar o Direito, garantindo que a justiça não se torne impotente. A espada é vista como uma ferramenta necessária para o exercício efetivo da justiça.

            A alternativa (C) está correta, pois o adjunto adverbial "numa das mãos" poderia, sim, ser colocado entre vírgulas, por estar intercalado na oração.

            A alternativa (E) está incorreta, pois o texto não faz uma crítica à justiça. Ele explica as funções complementares da balança e da espada na representação da justiça, ressaltando a importância do equilíbrio entre punir e pesar o Direito.

Gabarito: Anulada

           A alternativa (A) está errada, pois a expressão "importância social" geralmente carrega uma conotação positiva, pois sugere que algo ou alguém possui relevância ou prestígio na sociedade. Por exemplo, ao nos referirmos a "grandes líderes" ou "grandes personalidades", subentendemos que se refere a indivíduos que desempenham papéis significativos e, de certa forma, benéficos para o coletivo.

           No entanto, na expressão "grandes delinquentes", o adjetivo "grandes" não confere um valor positivo, mas sim uma ideia de magnitude em relação à gravidade, influência ou impacto negativo dos atos cometidos por esses delinquentes. O adjetivo "grandes" reforça a extensão da corrupção e da improbidade atribuída a essas figuras, destacando seu papel social negativo.

           A alternativa (B) está errada, pois os adjetivos “reiterada” (que indica repetição) e “impune” (que indica ausência de punição) possuem significados diferentes e complementam-se no contexto. Não há redundância, pois os dois adjetivos são necessários para descrever com precisão os atos de corrupção mencionados.

          A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “pensar” é um infinitivo pessoal, isto é, flexiona-se de acordo com o sujeito explícito ou implícito. Isso ocorre quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração anterior.

          Na primeira oração, o núcleo do sujeito do verbo “leva” é “prática”. Tal verbo é transitivo direto e indireto. Seu objeto direto é “as pessoas” e o objeto indireto é a oração “a pensar”.

          Assim, o sujeito do verbo “pensar” fica subentendido e se refere ao termo “as pessoas”. Como são sujeitos diferentes, o infinitivo é pessoal e se flexiona:

A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensarem que a improbidade e a falta de ética são naturais e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes.

          A alternativa (D) está errada. Realmente a repetição pode ser estilisticamente evitada, mas o elemento linguístico adequado não é o pronome demonstrativo “esta”, o qual retomaria o segundo elemento enumerado anteriormente (“a falta de ética”). O correto é o emprego do pronome demonstrativo “aquela”, o qual retoma o primeiro dos elementos enumerados (“a improbidade”). Compare:

A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensar que a improbidade e a falta de ética são naturais e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes.

A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensar que a improbidade e a falta de ética são naturais e aquela é uma regra para os grandes delinquentes.

         A alternativa (E) está errada, pois o verbo “pensar” tem como complemento não apenas a primeira oração subordinada, mas também a segunda: “e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes”. Ambas as orações são subordinadas substantivas objetivas diretas, estão coordenadas entre si e completam o sentido do verbo “pensar”. Confirme:

A prática reiterada e impune de atos de corrupção leva as pessoas a pensar que a improbidade e a falta de ética são naturais e a improbidade é uma regra para os grandes delinquentes.

Gabarito: C

            As três palavras fazem parte da mesma família etimológica, isto é, apresentam o mesmo radical: “honest-” (honesto, honestamente e honestidade).

            Na sequência, ocorre adjetivo, advérbio e substantivo.

            Devemos encontrar, dentre as alternativas, três palavras com mesmo radical e que se apresentam na mesma sequência das classes de palavras.

            Só por este critério, já percebemos que a alternativa (C) está errada, pois a última palavra (“eleitoral”) é adjetivo, e não substantivo.

            Também ocorre o mesmo com a alternativa (D), pois a terceira palavra (“distinto”) é adjetivo, e não substantivo.

            A alternativa (E) também deve estar eliminada, pois a primeira palavra (“punibilidade”) é um substantivo, e não um adjetivo.

            Na alternativa (A), “legível” e “leitura” apresentam o mesmo radical, pois têm relação com o ato de ler. Já “legalmente” apresenta o radical “leg”, que significa “lei”.

            Assim, fica fácil perceber que a alternativa (B) é a correta, pois “correto”, “corretamente” e “correção” apresentam o mesmo radical: correç/t.

Gabarito: B

            Na alternativa (A), o pronome relativo “que” retoma “aquele”.

            Na alternativa (B), o pronome pessoal oblíquo átono “o” retoma “hospital”.

            A alternativa (C) é a que deve ser marcada, pois o advérbio “lá” não retoma termo anterior. Ele faz referência a um lugar subentendido, mas não expresso anteriormente.

            Na alternativa (D), o pronome possessivo “sua” retoma “enfermidade”.

            Na alternativa (E), o pronome pessoal “deles” retoma “remédios”.

Gabarito: D

              Em todas as frases ocorre a expressão expletiva (ou enfática) “é que”, tanto assim que podemos excluí-la sem perda de sentido ou problema gramatical. Compare:

Quanto é que custam as batatas?

Quanto custam as batatas?

Onde é que você mora?

Onde você mora?

Como é que você se chama?

Como você se chama?

Quando é que é o dia da Independência?

Quando é o dia da Independência?

Quando é que ela chega?

Quando ela chega?

            Como todas apresentam a expressão expletiva e só uma alternativa é a correta, devemos notar que a alternativa (D) repete o verbo “é”, o que reforça seu emprego enfático.

            Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

             Neste tipo de questão, devemos observar palavra por palavra nas alternativas e escolher aquela que apresenta sentido oposto direto.

             A alternativa (A) está errada, pois a frase estabelece uma relação entre males e remédios, mas não utiliza termos opostos.

             A alternativa (B) está errada, pois a frase fala sobre a "distância mais longa" entre a "cabeça" e o "coração", indicando uma metáfora para a divergência entre razão e emoção, mas não utiliza par de palavras opostas.

             A alternativa (C) está errada, pois "descansarás" e "andarás mil passos" não formam um par de antônimos diretos. Embora representem atividades contrastantes em termos de repouso e movimento, não há nestas palavras a oposição direta, pois nem sempre quem não está descansando está andando. A pessoa, por exemplo, pode estar sentada estudando, lendo e isso não significa que ela está descansando.

            A alternativa (D) é a correta, pois usa os antônimos "comum" e "extraordinário" em sua estrutura. Esses termos são opostos em sentido, pois "comum" se refere ao que é normal ou frequente, enquanto "extraordinário" denota algo fora do comum ou excepcional.

            A alternativa (E) está errada, pois "fé" e "esperança" são conceitos complementares e positivos que não configuram antônimos. Ambos se referem a sentimentos positivos e de suporte, usados rotineiramente juntos no contexto apresentado.

Gabarito: D