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Foram encontradas 24771 questões.
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão.

− Adorei, vô Ignácio! Mas conta: como era sacar o dinheiro?
Contei, porque fui tanto a banco! A pessoa chegava a um balcão, entregava o cheque a um atendente. Se fosse saque pessoal, precisava mostrar a identidade. Recebia uma ficha de metal, oval ou retangular, pesada. Ia para outra fila ou esperava sentada num banco − ou em pé mesmo −, rondando os caixas, que ficavam atrás de guichês com grades. Em geral grades douradas, brilhantes − as faxineiras passavam sapólio toda manhã. Enquanto isso, o bancário conferia a assinatura do cheque num livro grande ou em fichas dispostas em arquivos de madeira ou aço. Fazia uma pequena marcação, um OK, e passava a outro funcionário, que consultava o saldo da pessoa. Conferia e já anotava o cheque, a quantia, a retirada e o saldo que restava na conta. Passava o cheque a um terceiro, que rubricava e levava ao caixa. Este conferia o documento − como diziam −, chamava o número do cliente, pagava. Havia uma coisa notável naquele tempo… Repito, naquele tempo. Pessoas levavam sacola, ou caixa de sapato, tal a quantia sacada. Colocavam tudo ali e saíam para rua, frescos e maneiros. Por outro lado, vez ou outra havia longa espera, porque o sujeito vinha depositar imensas quantias em notas e o caixa ficava ali conferindo, somando. Eu me lembro de sacos de dinheiro na boca do caixa. Via-se de tudo, notas amassadas, amarfanhadas, engorduradas. Hoje é tudo mais saudável, asséptico.
(BRANDÃO, Inácio de Loyola. Para desfrutar o hoje, é bom saber do ontem. Disponível em: https://portal.febraban.org.br)

A frase Eu me lembro de sacos de dinheiro na boca do caixa, está corretamente transposta para o discurso indireto em:
  • A: Ele disse que se lembrava de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • B: Eu digo que me lembro de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • C: Ele disse: − Eu me lembrei de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • D: Eu disse que se lembraria de sacos de dinheiro na boca do caixa.
  • E: Ele disse que se lembra de sacos de dinheiro na boca do caixa.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Vinte livros na ilha

Aqui e ali, continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria?
A indagação é capciosa e convida à cisma, quando a resposta exige cálculo e meditação. Entre o sonho da aventura e o exame das preferências que podem ou devem ser confessadas, há espaço, não para vinte livros, mas para toda uma cultura de homem, com as suas inclinações, as suas idiossincrasias e principalmente as suas deficiências. Como o problema da cultura é também um problema de ordem pessoal, que não se resolve senão no sentido da nossa formação humana, fazer tal pergunta a uma pessoa é quase indagar da qualidade de sua inteligência e da profundidade de sua alma. Os seus vinte livros preferidos serão outros tantos retratos ou feições do seu espírito.
No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação, além dessa declarada sobre os tais vinte livros. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios em contínuo movimento a serviço do comércio e do tédio capitalista. Resta, portanto, um recurso: viajar só, para uma ilha deserta. Ou naufragar, como Robinson Crusoé, e ir anotar sensações novas de viagem numa ilha distante, onde houvesse coqueiros, macacos, passos na areia...

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 203-204)

A frase A indagação é capciosa e convida à cisma encontra redação de sentido equivalente em
  • A: o inquérito é indiscreto e leva à desconfiança.
  • B: a questão é dúbia e incita ao descrédito.
  • C: a interrogação é complexa e supõe análise.
  • D: a dúvida é matreira e impõe um pressuposto.
  • E: a pergunta é ardilosa e chama ao devaneio.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Vinte livros na ilha

Aqui e ali, continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria?
A indagação é capciosa e convida à cisma, quando a resposta exige cálculo e meditação. Entre o sonho da aventura e o exame das preferências que podem ou devem ser confessadas, há espaço, não para vinte livros, mas para toda uma cultura de homem, com as suas inclinações, as suas idiossincrasias e principalmente as suas deficiências. Como o problema da cultura é também um problema de ordem pessoal, que não se resolve senão no sentido da nossa formação humana, fazer tal pergunta a uma pessoa é quase indagar da qualidade de sua inteligência e da profundidade de sua alma. Os seus vinte livros preferidos serão outros tantos retratos ou feições do seu espírito.
No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação, além dessa declarada sobre os tais vinte livros. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios em contínuo movimento a serviço do comércio e do tédio capitalista. Resta, portanto, um recurso: viajar só, para uma ilha deserta. Ou naufragar, como Robinson Crusoé, e ir anotar sensações novas de viagem numa ilha distante, onde houvesse coqueiros, macacos, passos na areia...

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 203-204)

A indagação expressa no início do texto ganha, no último parágrafo,
  • A: um reforço, pois se acentua a curiosidade quanto à importância dos livros que alguém deverá escolher.
  • B: uma variação temática, pela relevância de um interesse outro subjacente à questão inicialmente proposta.
  • C: um encaminhamento para a resposta a ser dada, por conta dos critérios de valor agora explicitados.
  • D: uma contraposição radical, já que a proposição do primeiro parágrafo tem agora sua relevância anulada.
  • E: o peso de uma dúvida, ao se imaginar que uma simples proposição de autores não leva a nenhuma conclusão. o peso de uma dúvida, ao se imaginar que uma simples proposição de autores não leva a nenhuma conclusão.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Vinte livros na ilha

Aqui e ali, continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria?
A indagação é capciosa e convida à cisma, quando a resposta exige cálculo e meditação. Entre o sonho da aventura e o exame das preferências que podem ou devem ser confessadas, há espaço, não para vinte livros, mas para toda uma cultura de homem, com as suas inclinações, as suas idiossincrasias e principalmente as suas deficiências. Como o problema da cultura é também um problema de ordem pessoal, que não se resolve senão no sentido da nossa formação humana, fazer tal pergunta a uma pessoa é quase indagar da qualidade de sua inteligência e da profundidade de sua alma. Os seus vinte livros preferidos serão outros tantos retratos ou feições do seu espírito.
No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação, além dessa declarada sobre os tais vinte livros. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios em contínuo movimento a serviço do comércio e do tédio capitalista. Resta, portanto, um recurso: viajar só, para uma ilha deserta. Ou naufragar, como Robinson Crusoé, e ir anotar sensações novas de viagem numa ilha distante, onde houvesse coqueiros, macacos, passos na areia...

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 203-204)

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
  • A: E vem a ser o gosto romântico (3° parágrafo) = E é uma inclinação sentimental.
  • B: com as suas inclinações (2º parágrafo) = mediante seus desvirtuamentos.
  • C: serão outros tantos retratos (2º parágrafo) = constituirão diversas exposições.
  • D: a civilização não desencantou (3º parágrafo) = a urbanidade não desestimulou.
  • E: a resposta exige cálculo e meditação (2º parágrafo) = a demanda implica medida e concentração.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Vinte livros na ilha

Aqui e ali, continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria?
A indagação é capciosa e convida à cisma, quando a resposta exige cálculo e meditação. Entre o sonho da aventura e o exame das preferências que podem ou devem ser confessadas, há espaço, não para vinte livros, mas para toda uma cultura de homem, com as suas inclinações, as suas idiossincrasias e principalmente as suas deficiências. Como o problema da cultura é também um problema de ordem pessoal, que não se resolve senão no sentido da nossa formação humana, fazer tal pergunta a uma pessoa é quase indagar da qualidade de sua inteligência e da profundidade de sua alma. Os seus vinte livros preferidos serão outros tantos retratos ou feições do seu espírito.
No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação, além dessa declarada sobre os tais vinte livros. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios em contínuo movimento a serviço do comércio e do tédio capitalista. Resta, portanto, um recurso: viajar só, para uma ilha deserta. Ou naufragar, como Robinson Crusoé, e ir anotar sensações novas de viagem numa ilha distante, onde houvesse coqueiros, macacos, passos na areia...

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 203-204)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para integrar adequadamente a frase:
  • A: Velhas perguntas imaginosas a toda hora se (formular), só para se avaliar o caráter de quem responde.
  • B: As ilhas em que se (imaginar) viver dias tranquilos podem propiciar surpresas desagradáveis.
  • C: Todas as suas aspirações (poder) uma ilha proporcionar-lhe caso ele não temesse o mar.
  • D: A muitos curiosos (intrigar) esse tipo de pergunta especulativa, que pretende revelar algo íntimo do próximo.
  • E: Muitos dos anseios aos quais se (curvar) são na verdade caprichos dele, como o de habitar uma ilha.

Todos nós temos um traço romântico que gostamos de preservar. A frase acima permanecerá gramaticalmente correta caso se substitua o elemento sublinhado por:
  • A: de que amamos cultuar.
  • B: cujo mantemos vivo.
  • C: onde nos orgulhamos.
  • D: de que não abrimos mão.
  • E: ao qual nos envaidecemos.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Vinte livros na ilha

Aqui e ali, continua a formular-se a velha pergunta: se fosse obrigado a passar seis meses numa ilha deserta, com direito a levar vinte livros, que obras escolheria?
A indagação é capciosa e convida à cisma, quando a resposta exige cálculo e meditação. Entre o sonho da aventura e o exame das preferências que podem ou devem ser confessadas, há espaço, não para vinte livros, mas para toda uma cultura de homem, com as suas inclinações, as suas idiossincrasias e principalmente as suas deficiências. Como o problema da cultura é também um problema de ordem pessoal, que não se resolve senão no sentido da nossa formação humana, fazer tal pergunta a uma pessoa é quase indagar da qualidade de sua inteligência e da profundidade de sua alma. Os seus vinte livros preferidos serão outros tantos retratos ou feições do seu espírito.
No fundo da pergunta, porém, é fácil descobrir logo outra preocupação, além dessa declarada sobre os tais vinte livros. E vem a ser o gosto romântico que todos nós guardamos pela viagem, cada vez menos possível, às terras misteriosas que a civilização não desencantou. No mundo moderno, esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios em contínuo movimento a serviço do comércio e do tédio capitalista. Resta, portanto, um recurso: viajar só, para uma ilha deserta. Ou naufragar, como Robinson Crusoé, e ir anotar sensações novas de viagem numa ilha distante, onde houvesse coqueiros, macacos, passos na areia...

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 203-204)

[...]esse nomadismo elementar do homem encontra satisfação nas inúmeras possibilidades que lhe oferecem trens, aviões e navios.

Transpondo-se o período acima para a voz passiva, as formas verbais deverão ficar
  • A: terá encontrado − terá oferecido
  • B: é encontrada − são oferecidas
  • C: será encontrado − serão oferecidas
  • D: vem a encontrar − oferecer-se-ão
  • E: é encontrado − têm oferecido

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Lembrança de Orides

A conhecida quadrinha abaixo, de uma cantiga de roda que alguns de nós já teremos cantado nas ruas da infância, é tomada como epígrafe do livro Helianto (1973), de Orides Fontela:

“Menina, minha menina
Faz favor de entrar na roda
Cante um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora”

Contextualizada no livro e na densa poesia de Orides, a quadrinha se redimensiona: fala de nosso efêmera ocupação do centro da vida, da necessidade de ali entoarmos nosso canto antes de partirmos para sempre. A quadrinha, cantada por Orides, ganha um halo trágico e duramente belo, soma a voz pessoal e o destino de todos.
Trata-se, enfim, de pontuar nossa passagem pela vida com algum verso bem bonito antes da despedida derradeira. Trata-se, em outras palavras, de justificar o tempo que temos para viver construindo alguma coisa que sirva a alguém.
A menina Orides soube fazer cantar sua entrada na roda da vida em tom ao mesmo tempo alto e meditativo, e o deixou vibrando para nós. Será essa, talvez, a contribuição maior dos poetas: elevar nossa vida à altura que nos fazem chegar suas palavras – mesmo que seja a altura singela de uma cantiga de roda, que Orides registrou, aliás, no modo de seu fatalismo íntimo.
(Deolindo Setúbal, a publicar)

Ao comentar o sentido que a quadrinha popular ganha ao figurar como epígrafe no livro de poemas de Orides Fontela, o autor do texto
  • A: vê consolidar-se a simplicidade ingênua desses versos aproveitados num livro que os homenageia por essas qualidades.
  • B: faz crer que a adesão de Orides a uma reminiscência de sua infância se dá em tom nostálgico e ameno.
  • C: considera que essa poeta recolheu esses versos sobretudo pela admiração que ela tem pela forma fixa das trovinhas.
  • D: reconhece que nesse novo contexto poético os versos da cantiga ressoam numa dimensão trágica.
  • E: afirma que a originalidade inicial desses versos ficou comprometida por conta da fragilização de sua poesia.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Lembrança de Orides

A conhecida quadrinha abaixo, de uma cantiga de roda que alguns de nós já teremos cantado nas ruas da infância, é tomada como epígrafe do livro Helianto (1973), de Orides Fontela:

“Menina, minha menina
Faz favor de entrar na roda
Cante um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora”

Contextualizada no livro e na densa poesia de Orides, a quadrinha se redimensiona: fala de nosso efêmera ocupação do centro da vida, da necessidade de ali entoarmos nosso canto antes de partirmos para sempre. A quadrinha, cantada por Orides, ganha um halo trágico e duramente belo, soma a voz pessoal e o destino de todos.
Trata-se, enfim, de pontuar nossa passagem pela vida com algum verso bem bonito antes da despedida derradeira. Trata-se, em outras palavras, de justificar o tempo que temos para viver construindo alguma coisa que sirva a alguém.
A menina Orides soube fazer cantar sua entrada na roda da vida em tom ao mesmo tempo alto e meditativo, e o deixou vibrando para nós. Será essa, talvez, a contribuição maior dos poetas: elevar nossa vida à altura que nos fazem chegar suas palavras – mesmo que seja a altura singela de uma cantiga de roda, que Orides registrou, aliás, no modo de seu fatalismo íntimo.
(Deolindo Setúbal, a publicar)

As reflexões contidas nesse texto fazem crer que as mensagens verbais, escritas, faladas ou cantadas,
  • A: significam, por conta da elasticidade das palavras, o que queremos que signifiquem.
  • B: têm seu sentido determinado, em boa parte, pelo contexto que vêm a integrar.
  • C: dependem, para sua alta compreensão, do sentido que lhes define um dicionário.
  • D: independem do uso que delas fazemos, por conta de sua determinação semântica.
  • E: estão sujeitas a uma tal flutuação de sentido que é inútil buscar objetivá-lo nelas.

Atenção: Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.

Lembrança de Orides

A conhecida quadrinha abaixo, de uma cantiga de roda que alguns de nós já teremos cantado nas ruas da infância, é tomada como epígrafe do livro Helianto (1973), de Orides Fontela:

“Menina, minha menina
Faz favor de entrar na roda
Cante um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora”

Contextualizada no livro e na densa poesia de Orides, a quadrinha se redimensiona: fala de nosso efêmera ocupação do centro da vida, da necessidade de ali entoarmos nosso canto antes de partirmos para sempre. A quadrinha, cantada por Orides, ganha um halo trágico e duramente belo, soma a voz pessoal e o destino de todos.
Trata-se, enfim, de pontuar nossa passagem pela vida com algum verso bem bonito antes da despedida derradeira. Trata-se, em outras palavras, de justificar o tempo que temos para viver construindo alguma coisa que sirva a alguém.
A menina Orides soube fazer cantar sua entrada na roda da vida em tom ao mesmo tempo alto e meditativo, e o deixou vibrando para nós. Será essa, talvez, a contribuição maior dos poetas: elevar nossa vida à altura que nos fazem chegar suas palavras – mesmo que seja a altura singela de uma cantiga de roda, que Orides registrou, aliás, no modo de seu fatalismo íntimo.
(Deolindo Setúbal, a publicar)

Será essa, talvez, a contribuição maior dos poetas: elevar nossa vida à altura que nos fazem chegar suas palavras.

Numa nova redação, o trecho acima permanecerá correto e terá seu sentido preservado caso se substitua o segmento sublinhado por:
  • A: fazer com que nossa vida se eleve ao plano a que nos fazem chegar suas palavras.
  • B: promover à mesma altura que tem nossas vidas nas palavras que nos fazem chegar.
  • C: deixar nas alturas tanto a vida como as palavras que lhes competem chegar.
  • D: permitir que cheguemos, com nossas palavras, ao plano elevado em que estão.
  • E: induzir-nos a uma tal elevação de vida que acesse o plano mais alto das palavras.

Exibindo de 3001 até 3010 de 24771 questões.