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Considere as passagens do texto:
•  O flagelo da fome (título) •  ... mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda... (1° parágrafo) •  O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo da ditadura chavista... (4° parágrafo) •  Mas está em seu poder mitigar as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. (último parágrafo)
Os termos destacados significam, correta e respectivamente:
  • A: angústia; crítica; governo; extirpar.
  • B: calamidade; grave; sujeição; abrandar.
  • C: despropósito; vigorosa; opressão; reforçar.
  • D: padecimento; intensa; autoridade; entender.
  • E: resiliência; crônica; caridade; aplacar.

O flagelo da fome

Além de ceifar a vida de quase 2,8 milhões de pessoas, a peste do coronavírus está agravando a fome no mundo. Já em 2019, 135 milhões de pessoas em 55 países padeciam de crise alimentar por causa de conflitos, variações climáticas extremas, choques econômicos ou uma combinação de tudo isso. Agora, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), são 174 milhões em 58 países – mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda, ou seja, estão a um passo de morrer de fome.
Embora a maior parte dos países afetados esteja na África, a fome deve recrudescer na maioria das regiões do mundo. Extremos climáticos resultantes do fenômeno La Niña devem continuar em abril e maio, provocando tanto a falta de chuvas, como no Afeganistão, quanto o excesso, como no Sudão. Nos próximos meses, a produção de grãos e os pastos no oeste da África podem ser dizimados por novas nuvens de gafanhotos.
Em termos econômicos, a América Latina foi a região mais impactada pela covid e deve ter a retomada mais lenta. Países que já lutavam contra a instabilidade política e mazelas socioeconômicas prolongadas, como o Haiti ou as repúblicas centro-americanas de Honduras, El Salvador, Guatemala e Nicarágua, devem sofrer as deteriorações econômicas mais agudas.
O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo da ditadura chavista, alerta o relatório. A hiperinflação e o recrudescimento das sanções internacionais, agravadas com as restrições da covid-19, estão deteriorando as condições alimentares do país vizinho a olhos vistos. Já em 2019, a insegurança alimentar atingia 9,3 milhões de venezuelanos. No fim de 2020, a inflação alimentar batia os 1 700%. A degradação econômica deve desencadear novas ondas migratórias.
O Brasil precisa se preparar para apoiar imigrantes e comunidades nas áreas de fronteira, incrementando o acesso a suprimentos essenciais e às oportunidades de renda.
O Plano de Resposta Humanitária da ONU pede US$ 226 milhões para a segurança alimentar, suprimentos e intervenções nutricionais na Venezuela. Respostas emergenciais incluem garantir a alimentação de crianças e robustecer a assistência humanitária às necessidades mais urgentes.
Não estava em poder da humanidade impedir o surgimento de uma peste letal. Mas está em seu poder mitigar as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. A resposta à atual crise alimentar definirá o status moral da atual geração pelo resto da história.
(Editorial. https://opiniao.estadao.com.br, 04.04.2021. Adaptado)

O parágrafo final do texto enfatiza que a sociedade
  • A: deixa de combater a catástrofe da fome, pois permitiu o surgimento da pandemia.
  • B: está sujeita aos efeitos desastrosos da peste letal, embora pudesse tê-la evitado.
  • C: tem o poder de reagir aos efeitos catastróficos do coronavírus, como a fome.
  • D: deve sucumbir aos efeitos do coronavírus, pois não combate a crise alimentar.
  • E: reverte, com sucesso, os efeitos nocivos do coronavírus, em especial a fome.

O flagelo da fome

Além de ceifar a vida de quase 2,8 milhões de pessoas, a peste do coronavírus está agravando a fome no mundo. Já em 2019, 135 milhões de pessoas em 55 países padeciam de crise alimentar por causa de conflitos, variações climáticas extremas, choques econômicos ou uma combinação de tudo isso. Agora, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), são 174 milhões em 58 países – mais de 34 milhões sofrendo insegurança alimentar aguda, ou seja, estão a um passo de morrer de fome.
Embora a maior parte dos países afetados esteja na África, a fome deve recrudescer na maioria das regiões do mundo. Extremos climáticos resultantes do fenômeno La Niña devem continuar em abril e maio, provocando tanto a falta de chuvas, como no Afeganistão, quanto o excesso, como no Sudão. Nos próximos meses, a produção de grãos e os pastos no oeste da África podem ser dizimados por novas nuvens de gafanhotos.
Em termos econômicos, a América Latina foi a região mais impactada pela covid e deve ter a retomada mais lenta. Países que já lutavam contra a instabilidade política e mazelas socioeconômicas prolongadas, como o Haiti ou as repúblicas centro-americanas de Honduras, El Salvador, Guatemala e Nicarágua, devem sofrer as deteriorações econômicas mais agudas.
O Brasil tem uma responsabilidade humanitária especial para com o povo venezuelano sob o jugo da ditadura chavista, alerta o relatório. A hiperinflação e o recrudescimento das sanções internacionais, agravadas com as restrições da covid-19, estão deteriorando as condições alimentares do país vizinho a olhos vistos. Já em 2019, a insegurança alimentar atingia 9,3 milhões de venezuelanos. No fim de 2020, a inflação alimentar batia os 1 700%. A degradação econômica deve desencadear novas ondas migratórias.
O Brasil precisa se preparar para apoiar imigrantes e comunidades nas áreas de fronteira, incrementando o acesso a suprimentos essenciais e às oportunidades de renda.
O Plano de Resposta Humanitária da ONU pede US$ 226 milhões para a segurança alimentar, suprimentos e intervenções nutricionais na Venezuela. Respostas emergenciais incluem garantir a alimentação de crianças e robustecer a assistência humanitária às necessidades mais urgentes.
Não estava em poder da humanidade impedir o surgimento de uma peste letal. Mas está em seu poder mitigar as suas repercussões mais catastróficas, como a fome. A resposta à atual crise alimentar definirá o status moral da atual geração pelo resto da história.
(Editorial. https://opiniao.estadao.com.br, 04.04.2021. Adaptado)

As informações do texto permitem entender que a fome vem
  • A: provocando novas ondas migratórias, razão pela qual o Brasil tem de coibir a entrada de estrangeiros no país, como os venezuelanos.
  • B: recrudescendo na África, devido ao clima, mas está em níveis aceitáveis em outras partes do mundo, como na América Latina.
  • C: deixando de ser a principal preocupação da humanidade, uma vez que a epidemia do coronavírus mata mais e de forma mais rápida.
  • D: e tornando mais intensa com a peste do coronavírus, aliada a outras mazelas já existentes em vários países em torno do mundo.
  • E: impossibilitando a retomada econômica dos países, afetados também pela peste do coronavírus, que suspendeu as ações humanitárias.

Assinale a alternativa em que o trecho reescrito do texto está em conformidade com a norma-padrão de colocação pronominal.
  • A: A fome apertara demais os retirantes e por ali não se via sinal de comida.
  • B: Agora, Baleia estranhava não ver a gaiola em que mal equilibrava-se a ave.
  • C: Sinha Vitória tinha justificado-se declarando que o papagaio era mudo e inútil.
  • D: E depois daquele desastre, raramente comunicavam-se com palavras curtas.
  • E: Fabiano sentiu desejo de cantar. Lhe saiu rouca e medonha a voz e, então, se calou.

Leia o texto para responder à questão.

Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado, morrera na areia do rio, onde haviam descansado, à beira de uma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali não existia sinal de comida. A cachorra Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto. Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares, estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena onde a ave se equilibrava mal. Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava. Tinha andado a procurar raízes, à toa: o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rês perdida na caatinga. Sinha Vitória, queimando o assento no chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão. Despertara-a um grito áspero, vira de perto a realidade e o papagaio, que andava furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula. Resolvera de supetão aproveitá-lo como alimento e justificara-se declarando a si mesma que ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser mudo... Ordinariamente a família falava pouco. E depois daquele desastre viviam todos calados, raramente soltavam palavras curtas. O louro aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia arremedando a cachorra.

Num cotovelo do caminho, Fabiano avistou um canto de cerca, encheu-o a esperança de achar comida, sentiu desejo de cantar. A voz saiu-lhe rouca, medonha. Calou-se para não estragar força.

(Graciliano Ramos, Vidas Secas. 1996. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o uso de sinal de pontuação no interior do enunciado tem a finalidade de indicar ao leitor uma explicação feita pelo narrador.
  • A: A cachorra Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto.
  • B: Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares...
  • C: Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava.
  • D: ... o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rês perdida na caatinga.
  • E: ... e o papagaio, que andava furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula.

Leia o texto para responder à questão.



Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado, morrera na areia do rio, onde haviam descansado, à beira de uma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali não existia sinal de comida. A cachorra Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto. Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares, estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena onde a ave se equilibrava mal. Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava. Tinha andado a procurar raízes, à toa: o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rês perdida na caatinga. Sinha Vitória, queimando o assento no chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão. Despertara-a um grito áspero, vira de perto a realidade e o papagaio, que andava furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula. Resolvera de supetão aproveitá-lo como alimento e justificara-se declarando a si mesma que ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser mudo... Ordinariamente a família falava pouco. E depois daquele desastre viviam todos calados, raramente soltavam palavras curtas. O louro aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia arremedando a cachorra.

Num cotovelo do caminho, Fabiano avistou um canto de cerca, encheu-o a esperança de achar comida, sentiu desejo de cantar. A voz saiu-lhe rouca, medonha. Calou-se para não estragar força.

(Graciliano Ramos, Vidas Secas. 1996. Adaptado)

Em relação à cena descrita, é correto afirmar que Fabiano e sua família
  • A: chegaram a pensar na hipótese de comer o papagaio de estimação.
  • B: deixaram a cachorra Baleia comer o papagaio, pois estava faminta.
  • C: comeram o papagaio de estimação para saciar a fome que os afligia.
  • D: deliraram de fome e sonharam que comiam o papagaio de estimação.
  • E: saciaram a fome com o papagaio, que tagarelava durante a caminhada.

(Chargista Rico. https://www.chargeonline.com.br, 09.04.2021)

A charge traz uma crítica
  • A: à Semana Santa.
  • B: à realidade virtual.
  • C: aos pais insensíveis.
  • D: às crianças exigentes.
  • E: às desigualdades sociais.

Considerando o seguinte trecho, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. “Em virtude dos fatos mencionados, entende-se que a relação familiar é um elemento importante em tempos de pandemia, todavia, estratégias de cuidado e leitura emocional do outro e de si mesmo podem determinar a qualidade e a força dessa relação como um aspecto estrutural da saúde mental.”. ( ) O trecho “[...] que a relação familiar é um elemento importante em tempos de pandemia [...]” funciona como objeto direto da estrutura verbal “entende-se”. ( ) Ainda em “[...] a relação familiar é um elemento importante em tempos de pandemia, [...]”, os termos destacados atribuem características e pertencem à mesma classe de palavras. ( ) A conjunção “todavia” indica oposição e poderia ser substituída por “contudo”. ( ) O segmento “[...] leitura emocional do outro [...]”, fora desse contexto, torna-se ambíguo.
  • A: F – F – V – V.
  • B: V – V – F – F.
  • C: V – F – V – F.
  • D: F – V – F – V.
  • E: F – F – F – V.

Inúmeros substantivos na Língua Portuguesa formam-se por derivação regressiva, ou seja, derivam-se de verbos. Sabendo disso, assinale a alternativa cujo vocábulo em destaque fora formado por esse processo.
  • A: “O ser humano tende a buscar prazer em todas as suas vivências.”.
  • B: “Essas relações sociais podem contribuir para que a prevenção do adoecimento mental aconteça, [...]”.
  • C: “Essas relações sociais podem contribuir para que a prevenção do adoecimento mental aconteça, [...]”.
  • D: “[...] essa relação, que é tão importante para o ser humano, pode ser fragilizada pela mudançaabrupta da rotina [...]”.
  • E: “[...] dividir o sofrimento e as preocupações por meio do diálogo é consideravelmente mais efetivo e saudável do que uma comunicação agressiva.”.

Considerando as regras de acentuação dos vocábulos em Língua Portuguesa, assinale a alternativa cujo termo destacado receba acento pelo mesmo motivo que “antropológica”, empregado em “A família, sob uma perspectiva antropológica, é um grupo social concreto (...)”.
  • A: “A família, sob uma perspectiva antropológica, é um grupo social concreto [...]”.
  • B: “Essas relações sociais podem contribuir para a prevenção do adoecimento mental, podendo fazer parte de um mecanismo chamado resiliência.”.
  • C: “Todavia, o estado emocional do outro também precisa ser levado em consideração, [...]”.
  • D: “A abordagem não empática desse sofrimento pode desgastar ainda mais as relações interpessoais, [...]”.
  • E: “Oferecer ajuda com diálogo aberto e uma visão menos estigmatizada do sofrimento mental, pode ser um grande passo para uma relação saudável.”.

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