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A afirmação “A dermatologista deu aparte:” (linha 8) do texto 1A2-II foi empregada para informar que a especialista apresentaria um(a)
  • A: reflexão.
  • B: advertência.
  • C: repreensão.
  • D: aviso.
  • E: comentário.


No último parágrafo do texto 1A2-II, os dois-pontos, em suas duas ocorrências, introduzem, nos períodos em que ocorrem,
  • A: opiniões da personagem Neide sobre a personagem João Carlos.
  • B: esclarecimentos do narrador sobre a personagem João Carlos e sobre a visão de Neide diante do marido.
  • C: impressões do narrador e da personagem Neide sobre a personagem João Carlos.
  • D: constatações do narrador e da personagem Neide sobre a personagem João Carlos.
  • E: suposições do narrador e da personagem Neide sobre a personagem João Carlos.

[Linguagens e culturas]
Este livro estuda as modificações que se deram na cultura das classes populares ao longo das últimas décadas, de modo especial aquelas que podem ser atribuídas à influência das publicações de massa. Creio que obteríamos resultados muito semelhantes caso tomássemos como exemplos algumas outras formas de comunicação, como o cinema, o rádio ou a televisão.
Penso que tenho sempre tentado dirigir-me principalmente ao “leitor comum” sério ou “leigo inteligente” de qualquer classe social. Não significa isto que eu tenha tentado adotar qualquer tom de voz específico, ou que tenha evitado o uso de quaisquer termos técnicos, para só empregar expressões banais. Escrevi tão claramente quanto o permitiu a minha compreensão do assunto, e apenas usei termos técnicos quando me pareceram susceptíveis de se tornarem úteis e sugestivos.
O “leigo inteligente” é uma figura vaga, e a popularização uma tarefa perigosa; mas parece-me que aqueles de nós que consideram uma urgente necessidade escrever para ele devem continuar a tentá-lo. Porque um dos mais nefastos aspectos da nossa condição cultural é a divisão entre a linguagem dos peritos e o nível extraordinariamente baixo daquela utilizada nos órgãos de comunicação de massa.
(Adaptado de: HOGGART, Richard. As utilizações da cultura. Trad. de Maria do Carmo Cary. Lisboa: Editorial Presença, 1973.)
Ao introduzir um livro no qual estudará o efeito das publicações de massa sobre a cultura das classes populares, o autor preocupa-se, inicialmente, com
  • A: a complexidade do tema, cuja importância pode até mesmo ser menosprezada por algum leitor preconceituoso, algum “leigo inteligente”.
  • B: a complexidade da linguagem a utilizar, uma vez que buscará evitar tanto uma terminologia técnica como expressões excessivamente simplificadoras.
  • C: as controvérsias envolvidas na discussão do tema, divididas entre referendar ou negar o fenômeno de uma cultura de massa que seja autêntica.
  • D: as controvérsias decorrentes de uma posição política extremada, pela qual se nega qualquer influência entre diferentes áreas da cultura.
  • E: as polêmicas que levantará, entre leitores leigos, uma linguagem fatalmente limitada pelo apuro de uma terminologia técnica.

Tempo incerto
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvida. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva-nos até a descer dos exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a opinião dos escribas?
Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos – ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfiamos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!
Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de forma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não devemos todos andar de pulga atrás da orelha!
Agora, pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo o resto da massa humana.
E não só pensam, como também pensam que pensam! E
além de pensarem que pensam, pensam que têm razão! E
cada um é o detentor exclusivo da razão!
Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em dia, não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso, a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio passeia pelo mundo, glorioso e imune.
(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)
Assinale a alternativa cujo enunciado atende aos sentidos do texto, em conformidade com a norma-padrão.
  • A: Parece que a abundância da razão mostra a insipiência do momento atual que vivemos, já que aspessoas se relacionam sem pensar em minorar a escassez de sentimentos.
  • B: Se vermos com mais atenção aquilo que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos, teremos de aceitar a mentira, afim de não acabarmos no hospício.
  • C: A observação do presente leva-nos a perceber de que a ideia que se tem hoje dos varões ilustres deoutras eras vai ao encontro àquilo que eles representaram para nós.
  • D: Assim como acontece com muitas pessoas, é difícil para mim exercitar a bondade, porque hoje as pessoas veem ela como um traço ridículo da personalidade humana.
  • E: É fragrante no mundo de hoje um movimento que tenta colocar violência aonde deveriam haver diálogos entre as pessoas, o que mostra que a vocação dessas mudou.



Depreende-se do texto 1A2-II que a personagem Neide, ao assistir ao programa de tevê,
  • A: teve certeza de que a sua aparência não correspondia a sua idade.
  • B: compreendeu que havia começado a envelhecer aos trinta e seis anos de idade.
  • C: surpreendeu-se ao saber que a ciência constatara que a velhice começa aos trinta e seis anos de idade.
  • D: refletiu sobre as circunstâncias que a impulsionaram a se tornar, desde jovem, arrimo de família.
  • E: constatou que os rumos de sua vida independiam das suas escolhas.

Assinale a alternativa cuja frase atende à norma-padrão de colocação pronominal.
  • A: Vivemos um momento em que os mais vis sentimentos têm mascarado-se de grandiosidade.
  • B: Nos acostumamos ao medo de exercitar a bondade, pois não se acredita mais na existência de gentehonesta.
  • C: As pessoas certamente comunicam-se entre si não mais por meio do diálogo, com ou sem palavras.
  • D: Ofenderíamos-nos porque questionam se os varões ilustres de outras eras teriam sido mesmo ilustres?
  • E: O que agora se vê é uma situação na qual o que se mostra mesmo caro é a alma, já que não se dialoga mais.

Texto 1A2-I
      Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a expectativa de vida para ambos os sexos no Rio Grande do Sul foi superior à do Brasil em 1991, 2000 e 2010. Entre os vinte e sete estados brasileiros, o Rio Grande do Sul (RS) era em 2010 o quarto estado com a maior esperança de vida ao nascer, tendo sido superado pelo Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo. De acordo com o IBGE, a expectativa de vida ao nascer, no RS, para ambos os sexos, passou de 72,4, em 2000, para 77,8 em 2016.
      Os estudos de evolução demonstram que a transição demográfica começou mais cedo em relação à maior parte dos estados brasileiros e tornou-se mais evidente nas últimas décadas, o que caracterizou o rápido aumento absoluto e relativo das faixas de população adulta e idosa. Em relação ao sexo, as diferenças ficam ainda mais evidentes quando se constata a maior esperança de vida ao nascer entre as mulheres — que em 2016 atingiu 81,1 anos, ao passo que entre os homens alcançou 74,3 anos. Como resultado, o número de mulheres é superior ao número de homens, principalmente nas faixas de idade mais avançadas.
                                     Internet: <www.fazenda.rs.gov.br> (com adaptações).




Infere-se do texto 1A2-I que a transição demográfica no Rio Grande do Sul

  • A: iniciou-se antes da ocorrida em São Paulo e no Distrito Federal.
  • B: resultou em aumento da população idosa.
  • C: impactou outros estados da região Sul, como Santa Catarina.
  • D: tornou-se mais evidente no início do século XX.
  • E: afetou o nível de qualidade da saúde da população idosa.

Texto 1A2-I
      Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a expectativa de vida para ambos os sexos no Rio Grande do Sul foi superior à do Brasil em 1991, 2000 e 2010. Entre os vinte e sete estados brasileiros, o Rio Grande do Sul (RS) era em 2010 o quarto estado com a maior esperança de vida ao nascer, tendo sido superado pelo Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo. De acordo com o IBGE, a expectativa de vida ao nascer, no RS, para ambos os sexos, passou de 72,4, em 2000, para 77,8 em 2016.
      Os estudos de evolução demonstram que a transição demográfica começou mais cedo em relação à maior parte dos estados brasileiros e tornou-se mais evidente nas últimas décadas, o que caracterizou o rápido aumento absoluto e relativo das faixas de população adulta e idosa. Em relação ao sexo, as diferenças ficam ainda mais evidentes quando se constata a maior esperança de vida ao nascer entre as mulheres — que em 2016 atingiu 81,1 anos, ao passo que entre os homens alcançou 74,3 anos. Como resultado, o número de mulheres é superior ao número de homens, principalmente nas faixas de idade mais avançadas.
                                     Internet: <www.fazenda.rs.gov.br> (com adaptações).




Depreende-se das informações do texto 1A2-I que, no Rio Grande do Sul, a esperança de vida ao nascer





  • A: aumentou entre os homens em 2000.
  • B: diminuiu entre as mulheres em 2000.
  • C: aumentou entre os homens em 2016.
  • D: diminuiu entre homens e mulheres em 2000.
  • E: diminuiu entre as mulheres em 2016.

Assinale a alternativa em que os termos estão acentuados, correta e respectivamente, a exemplo das palavras do texto: dúvida, abundância e também.
  • A: exíguo; hemácia; outrém.
  • B: trôpego; anúncia; provém.
  • C: rúbrica; latência; pajém.
  • D: álibi; essência; aquém.
  • E: récorde; incônscio; amém.

Tempo incerto
Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvida. Não se acredita mais na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
Vivemos um momento em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva-nos até a descer dos exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testemunhos a opinião dos escribas?
Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos – ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfiamos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!
Pois assim, é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de forma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não devemos todos andar de pulga atrás da orelha!
Agora, pensam os patrões, os empregados, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo o resto da massa humana.
E não só pensam, como também pensam que pensam! E
além de pensarem que pensam, pensam que têm razão! E
cada um é o detentor exclusivo da razão!
Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. E a vocação das pessoas, hoje em dia, não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso, a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é alma. E o Demônio passeia pelo mundo, glorioso e imune.
(Cecília Meireles, Tempo incerto. Em: Escolha o seu Sonho. Adaptado)
Assinale a alternativa em que informações do 4º parágrafo estão corretamente reescritas em conformidade com o sentido do texto e com a pontuação, segundo a norma-padrão.
  • A: Meus senhores prestem atenção às coisas que lhes contam, e digam-me se não estão incertos os tempos.
  • B: Prestem atenção, meus senhores, às coisas que lhes contam e digam-me se não estão incertos ostempos.
  • C: Prestem atenção às coisas que lhes contam e digam-me se não estão incertos meus senhores, ostempos?
  • D: Meus senhores, prestem atenção às coisas que lhes contam! E digam: se não estão, incertos os tempos!
  • E: Prestem atenção às coisas que lhes contam meus senhores – e digam se não estão incertos os tempos?

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