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Nas opções abaixo há a indicação de um tipo de texto, suas marcas essenciais e exemplos desses textos; a opção em que os exemplos de textos citados correspondem ao tipo inicialmente apontado, é:
  • A: injuntivo – indicação de ordens ou conselhos / receitas;
  • B: explicativo – fazer compreender algo / romance policial;
  • C: argumentativo – defesa ou ataque a uma ideia / texto de horóscopo;
  • D: descritivo – descrição de objetos distintos / publicidade de um produto;
  • E: narrativo – relato de fatos em ordem cronológica / comentário jornalístico.

Observe o seguinte capítulo do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis:

“Pádua era empregado em repartição dependente do ministério da guerra. Não ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns pássaros, etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça, os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia chegou a salvar a vida do Pádua. Escutai; a anedota é curta.
O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu joias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dois meses na suposição de uma eterna interinidade”.

Sobre a esquematização do tempo nesse fragmento narrativo, é correto afirmar que:
  • A: o texto mostra uma evolução cronológica contínua dos fatos narrados;
  • B: ocorre no texto acima uma prolepse, ou seja, uma antecipação das ações futuras;
  • C: parte do fragmento textual mostra uma pausa, ou seja, um momento em que a ação narrativa para;
  • D: entre os fatos narrados no texto há uma elipse de tempo, quando se salta de um momento a outro na sequência;
  • E: o fragmento mostra a esquematização básica dos textos narrativos: uma situação inicial, um elemento perturbador, os fatos ou acontecimentos e uma resolução final.

Todas as frases abaixo mostram um termo sublinhado, que é retomado no decorrer do texto; a opção em que essa retomada é identificada corretamente, é:
  • A: Toninho vem de contar-nos uma história estranha. Essa história se passa no início do século passado. / retomada por meio de um mesmo nome com um determinante demonstrativo;
  • B: Bruna mostra neste momento um grande entusiasmo por seu novo trabalho. Seu engajamento favorece, sem dúvida, seu progresso profissional na empresa. / retomada por meio de um termo genérico, acompanhado de um pronome possessivo;
  • C: A neve começou a cair e algumas horas mais tarde tudo estava coberto. Um imenso tapete branco se estendia a perder de vista. / retomada por meio de um termo sintético, precedido de um indefinido;
  • D: João acabou de comprar duas canetas, três lápis e um caderno pautado. Ele necessita desses artigos para o trabalho que está fazendo. / retomada por meio de um sinônimo, precedido de um demonstrativo;
  • E: A escrita data de muitos séculos. Sabem vocês a que data se localiza o primeiro alfabeto? / retomada por meio de termo relacionado.

Observe o texto a seguir (texto 5).
O poder da música. A música tem um poder tal, que, após muitas lendas, ela certamente foi criada pelos próprios deuses. Os gregos da Antiguidade contavam que Orfeu tinha recebido o dom da música da mão dos deuses. Ele tocava tão bem a lira, que sua música podia encantar as árvores, as montanhas e as próprias feras. Enquanto tais mitos celebram as origens divinas do som, outros celebram seu poder criador. Assim, um canto polinésio conta que o mundo foi criado pelas canções do deus Taaroa. Outrora, associava-se à música os poderes mágicos que influenciavam a vida cotidiana. Existem ainda, para todas as épocas do calendário rural, cantos que homenageavam os pastores. Há também cantos mais utilitários como as canções de navegação que serviam para ritmar esforços dos marinheiros.” (Nathan, A música)

A opção abaixo em que um dos termos indicados – na ordem em que aparecem no texto – NÃO se refere ao tema da música, é:
  • A: som / seu;
  • B: A música / ela;
  • C: música / a lira;
  • D: música / mitos;
  • E: canto / canções do deus Taaroa.

Na língua portuguesa há um grande número de locuções ou frases feitas amplamente usadas; entre as opções abaixo, aquela que NÃO tem o seu sentido indicado de forma correta, mas o oposto, é:
  • A: arrepiar caminho / afastar-se;
  • B: ter as costas quentes / sentir-se protegido;
  • C: ser fogo de palha / entusiasmo passageiro;
  • D: andar num cortado / estar em dificuldades;
  • E: pôr alguém nas nuvens / exaltar uma pessoa.

Observe o período abaixo, em discurso direto:

“Eu perguntei ao ministro: – V. Exa trouxe consigo o dinheiro que lhe emprestei ontem?”

Se passarmos esse mesmo período para o discurso indireto, a única modificação NÃO cabível é:
  • A: “S. Exa” em lugar de “V. Exa”;
  • B: “com ele” em lugar de “consigo”;
  • C: “trouxera” em lugar de “trouxe”;
  • D: “na véspera” em lugar de “ontem”;
  • E: a conjunção “se” em lugar dos dois pontos e do travessão.

A frase abaixo em que a concordância verbal está inadequada, é:
  • A: Quantos anos haverá que ela nos visitou?;
  • B: Deve ir em cinco anos que viajei para a Europa;
  • C: Cinco anos está fazendo que nos encontramos;
  • D: Deve estar passando dois minutos das seis horas;
  • E: Há de fazer duas semanas que comprei o carro novo.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

A partir da leitura do texto, é CORRETO inferir que a narrativa apresentada desenvolve a ideia de:
  • A: Determinação de Omáua com valores que implicam rudeza.
  • B: Desvinculação do ideário indígena de Omáua com a ancestralidade.
  • C: Apropriação de Omáua com elementos da cultura europeia.
  • D: Poder da personagem Omáua, que favorece a vida.
  • E: Prescrição de Omáua sobre o viver silvícola para os povos originários.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

Analise o que é solicitado, a partir da leitura do enunciado abaixo:
“A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. ”

O elemento em destaque, sintaticamente, é qualificado como:
  • A: Objeto indireto.
  • B: Adjunto adverbial de intensidade.
  • C: Objeto direto.
  • D: Agente da passiva.
  • E: Adjunto adnominal.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

Omáua, a menina que mora no fundo dos rios

(conto sobre o povo omágua-kambeba)

Houve um holandês que se casou com uma indígena. Eles tiveram uma filha, que morreu logo após o nascimento. A mãe chorou demais, muito mesmo, debruçada à margem do Rio Amazonas. Depois, ela adormeceu e sonhou que suas lágrimas enchiam o rio, provendo aquela região e até mesmo lugares distantes de água doce e mineral, garantindo ar puro para o mundo inteiro. Foi então que ela apareceu, aquela que mora no coração das pessoas do mundo todo, não só dos indígenas. Ela era a filha espiritual do rio Amazonas, aquela que nascera rio acima e rio abaixo e se espalha pelos outros rios do Brasil, fazendo o amor fluir por águas, mares, lagos, lagoas, montanhas, manguezais, árvores e pessoas. Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. Sou eu que dou a eles as cores, que controlo a temperatura da água, que forneço o alimento aos peixes e que protejo os pescadores de qualquer mal. Sou eu, que ilumina as águas e protejo o coração das mulheres para que não sofram e sejam fortes. Sou eu o que acalanto as crianças quando sentem fome e dor. Sou eu que ajudo as mães e os bebês na hora do nascimento. Sou eu que tiro as dores do parto e dou paz a natureza. Eu sou também a filha e a irmã de coração que dá intuição às meninas, às jovens, às mulheres, às viúvas, às trabalhadoras e às anciãs. Todas fortaleço. Sou o coração que nelas bate e a alma que nelas cria. A guia na trajetória de uma vida. Eu sou a menina, a moça, a adulta e a anciã. Sou mulher antiga do e do hoje, em ação com todo o tempo. Eu sou o antes, o durante e o depois. E continuou: — Mamãe, a pele da cobra se chama atmosfera e eu sou Omáua, aquela que viaja por todas as águas! E eu te amo!”. Aindígena-mãe que dormiu ao lado do rio Amazonas e sonhou com Omáua despertou emocionada e compreendeu que a sua luta não era em vão. Sentiu que seus ancestrais estavam lhe dando um sinal para que se fizesse arte da própria história, e assim, fortalecesse os bebês que ainda estavam por nascer.

POTIGUARA, Eliane. Omáua, a menina que mora no fundo dos rios. In: DORRICO, Trudruá; NEGRO, Maurício. Originárias: uma antologia feminina da
literatura indígena. Ilustrações: Maurício Negro. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2023. (Adaptado).

Considerando o trecho abaixo mencionado, analise o que se pede:
“Ela disse: — Mamãe, sou eu a menina que corre sobre os rios. ”
O item em destaque é designado gramaticalmente como um:
  • A: Objeto indireto.
  • B: Aposto.
  • C: Vocativo.
  • D: Objeto direto.
  • E: Verbo de ligação.

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