Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 9 questões.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, respectivamente e de acordo com a norma-padrão da língua. As máquinas de escrever estiveram muitos anos _________ serviço de escritores e secretárias. Foi graças ___________ elas que livros e documentos ganharam vida com uma agilidade que a pena não teria garantido. Hoje elas deram lugar ___________ máquinas informatizadas e se tornaram objeto de museu.
  • A: à … à … às
  • B: à … à … as
  • C: a … à … às
  • D: a … a… às
  • E: a … a … as

Um vocábulo em destaque empregado no texto com ideia de finalidade é:
  • A: O advento dos computadores trouxe caracteres com espaçamento proporcional… (1° parágrafo)
  • B: Para mim, um ex-usuário de máquina de escrever, a ideia foi tornar esse ponto menos relevante. (1° parágrafo)
  • C: Uma única linha de texto não requer pontuação para deixar claro que você terminou. (2° parágrafo)
  • D: … o encerramento de um texto é marcado pelo emoji de um beijo ou de uma carinha… (3° parágrafo)
  • E: … as pessoas tendem a interpretar um texto que termina com ponto como ríspido… (3° parágrafo)

Leia o texto para responder à questão.

O ponto final nas máquinas de escrever antigas parecia uma mancha preta do tamanho de uma letra. O advento dos computadores trouxe caracteres com espaçamento proporcional – e o ponto foi reduzido a uma pequena marca. Para mim, um ex-usuário de máquina de escrever, a ideia foi tornar esse ponto menos relevante. A parte mais importante de uma frase passou a ser uma simples manchinha: fácil de inserir sem pensar muito, fácil de ignorar por completo.
Depois, vieram outras ameaças: as mensagens de texto e os chats on-line. Na linguagem visual dos diálogos com balões de mensagem de texto no celular, os pontos são de pouca utilidade. Uma única linha de texto não requer pontuação para deixar claro que você terminou.
Em vez de digitar o ponto, pressionamos “enviar”. E agora o encerramento de um texto é marcado pelo emoji de um beijo ou de uma carinha, no lugar do ponto final. Estudos mostram, inclusive, que as pessoas tendem a interpretar um texto que termina com ponto como ríspido ou passivo-agressivo.
Escrevemos como se estivéssemos dialogando. Esse tipo de escrita digital geralmente é feita de forma rápida, à espera de uma resposta imediata. É uma forma semicontínua de bater papo.
Mas escrever não é bem uma conversa. Um dos propósitos de escrever de maneira eficaz é armazenar e disseminar informações de forma que não seja necessária a presença física de outra pessoa enquanto se escreve. Um texto escrito é sua própria ilha de significado, da qual o escritor se mudou e na qual ninguém mais precisa habitar.
(Joe Moran. Como os chats quase acabaram com o ponto final.
www.bbc.com, 06.12.2020. Adaptado)

Segundo o texto, é correto afirmar que
  • A: o autor, sendo um entusiasta do uso do ponto final, advoga que é preciso empregá-lo mesmo nas conversas on-line.
  • B: o fato de não estarmos fisicamente em contato quando nos comunicamos on-line restringiu a quantidade de informações veiculadas.
  • C: o surgimento dos computadores valorizou o ponto final, ao contrário das máquinas de escrever que o deixavam desproporcional.
  • D: as pessoas, segundo pesquisas, consideram o emprego do ponto final um sinal de elegância e cuidado na redação de um texto.
  • E: uma conversa escrita num aplicativo de mensagens, para Joe Moran, equivale a uma conversa, já que as características são as mesmas.

Na frase – As pessoas se repelem e se atraem o tempo inteiro. –, o vocábulo "se" indica reciprocidade, como em:
  • A: Quanto ao exposto, constata-se que é uma discussão filosófica.
  • B: A população não se rendeu diante das imposições do governo.
  • C: Ao dividirem o palco, trataram-se com muita indiferença.
  • D: Compra-se ouro nos centros das grandes cidades.
  • E: Foram-se os dias em que as pessoas prestavam atenção umas nas outras

A partir da leitura da tirinha, é correto concluir que
  • A: não é verdade que as pessoas estão em constante atração e repulsão.
  • B: a personagem do segundo quadro considera inverídico o que afirma a outra personagem.
  • C: as redes sociais não conseguem refletir a real natureza dos corpos celestes.
  • D: os corpos celestes são o que leva as pessoas a se atraírem e se repelirem.
  • E: as relações entre as pessoas estão sendo exaustivamente expostas nas redes sociais.

A frase que está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa de concordância e regência é:
  • A: A palavra “pic-nic” deriva ao inglês e também pode ser escrito “piquenique” em português.
  • B: Palavras estranhas ao português foram incorporadas ao vocabulário ao longo dos séculos.
  • C: Há um certo tipo de pessoa que defendem relacionamentos compatíveis aos padrões antigos.
  • D: Era mais tranquilo chegar no Rio de Janeiro de trem para se evitar os riscos das rodovias.
  • E: Quem são as pessoas que se declararão contrárias da criação de palavras novas na língua?

Com relação ao trecho – “Tu, que celebraste com tanto amor as arquivistas, vem agora celebrar comigo a aeromoça” (2° parágrafo) –, se trocarmos “Tu” por “Você”, os vocábulos destacados devem ser substituídos, mantendo-se a correção gramatical, respectivamente, por:
  • A: celebrava e vens.
  • B: celebrara e vinde.
  • C: celebravas e vires.
  • D: celebrou e venha.
  • E: celebraria e virias.

Leia o texto Pega ou não pega para responder à questão.

Se alguém sabe, me conte quando é que começou essa moda do Dia dos Namorados. Há pouco tempo, passou o Dia da Aeromoça. Há aqui uma discriminação. Pois se há aeromoço, por que não dizer Dia dos Aeromoços? No plural. De resto, essa palavra “aeromoço” está caindo em desuso. A tendência é dizer comissário de bordo. Em Portugal, diz-se “hospedeira do ar”. Influência do francês: “hôtesse de l’air”. O americano é mais prático: “steward”. Substantivo comum de dois gêneros.
É o tipo da palavra, aeromoço, que poderá um dia figurar num dicionário com a data de sua criação. O neologismo foi bem recebido. Acho que foi o poeta Paulo Bonfim quem sugeriu o Dia da Aeromoça. Manuel Bandeira logo aderiu e escreveu um “Discurso em louvor da aeromoça”, no qual apelou para o Vinicius: “Tu, que celebraste com tanto amor as arquivistas, vem agora celebrar comigo a aeromoça”.
Quando havia trem entre o Rio e São Paulo, tentaram pespegar¹ nas moças do restaurante o nome de ferromoça. Horrível. Felizmente não pegou. Em 1889, coisa antiga paca² , o dr. Castro Lopes publicou “Neologismos indispensáveis e barbarismos³ dispensáveis”. Inventou “cardápio” para “menu” e “convescote” para “pic-nic”. Para “pince-nez”, propôs “nasóculos”. Ancenúbio” para “nuance”. Para “reclame”, “preconício”. E para “ouverture”, “protofonia”. Houve muita gozação.
Mas voltando ao Dia dos Namorados. Cai no dia 12 e presumo que seja porque é véspera de Santo Antônio. Santo Antônio é o santo casamenteiro. O amigo das moças apaixonadas ou das que querem arranjar um príncipe encantado. Franciscano, é também amigo dos pobres. Daí o pão de Santo Antônio, que é de graça, mas é um dia só. Precursor da merenda escolar. Ou da cesta básica.
Santo Antônio realiza proezas em matéria de achar coisas perdidas. É capaz de achar uma agulha no palheiro. Mas agora procurei um livrinho de Thales de Azevedo, sobre o namoro à antiga, e não achei. Santo Antônio deve estar muito ocupado. E depois pra que mexer com essas velharias? Vivam os neologismos!
(Otto Lara Resende. https://cronicabrasileira.org.br, 13.06.1991. Adaptado)
¹ pespegar: aplicar.
² paca: bastante, extremamente, à beça.
³ barbarismos: emprego incorreto de palavras.

Considere os trechos do texto. Há aqui uma discriminação. (1° parágrafo) Cai no dia 12 e presumo que seja porque é véspera de Santo Antônio. (4° parágrafo) As expressões destacadas podem ser substituídas, sem alteração do sentido, por
  • A: uma determinação; imagino que é
  • B: uma vantagem; penso que seja
  • C: um descaso; suspeito ser
  • D: um preconceito; suponho que seja
  • E: um equívoco; antecipo que é

Leia o texto Pega ou não pega para responder à questão.

Se alguém sabe, me conte quando é que começou essa moda do Dia dos Namorados. Há pouco tempo, passou o Dia da Aeromoça. Há aqui uma discriminação. Pois se há aeromoço, por que não dizer Dia dos Aeromoços? No plural. De resto, essa palavra “aeromoço” está caindo em desuso. A tendência é dizer comissário de bordo. Em Portugal, diz-se “hospedeira do ar”. Influência do francês: “hôtesse de l’air”. O americano é mais prático: “steward”. Substantivo comum de dois gêneros.
É o tipo da palavra, aeromoço, que poderá um dia figurar num dicionário com a data de sua criação. O neologismo foi bem recebido. Acho que foi o poeta Paulo Bonfim quem sugeriu o Dia da Aeromoça. Manuel Bandeira logo aderiu e escreveu um “Discurso em louvor da aeromoça”, no qual apelou para o Vinicius: “Tu, que celebraste com tanto amor as arquivistas, vem agora celebrar comigo a aeromoça”.
Quando havia trem entre o Rio e São Paulo, tentaram pespegar¹ nas moças do restaurante o nome de ferromoça. Horrível. Felizmente não pegou. Em 1889, coisa antiga paca² , o dr. Castro Lopes publicou “Neologismos indispensáveis e barbarismos³ dispensáveis”. Inventou “cardápio” para “menu” e “convescote” para “pic-nic”. Para “pince-nez”, propôs “nasóculos”. Ancenúbio” para “nuance”. Para “reclame”, “preconício”. E para “ouverture”, “protofonia”. Houve muita gozação.
Mas voltando ao Dia dos Namorados. Cai no dia 12 e presumo que seja porque é véspera de Santo Antônio. Santo Antônio é o santo casamenteiro. O amigo das moças apaixonadas ou das que querem arranjar um príncipe encantado. Franciscano, é também amigo dos pobres. Daí o pão de Santo Antônio, que é de graça, mas é um dia só. Precursor da merenda escolar. Ou da cesta básica.
Santo Antônio realiza proezas em matéria de achar coisas perdidas. É capaz de achar uma agulha no palheiro. Mas agora procurei um livrinho de Thales de Azevedo, sobre o namoro à antiga, e não achei. Santo Antônio deve estar muito ocupado. E depois pra que mexer com essas velharias? Vivam os neologismos!

(Otto Lara Resende. https://cronicabrasileira.org.br, 13.06.1991. Adaptado)
¹ pespegar: aplicar.
² paca: bastante, extremamente, à beça.
³ barbarismos: emprego incorreto de palavras.

De acordo com o texto, é correto afirmar que
  • A: o autor defende que palavras estrangeiras sejam adotadas na língua portuguesa para que esta reflita a realidade do mundo.
  • B: novas datas comemorativas podem ser inventadas, assim como novas palavras são criadas na língua.
  • C: a palavra “aeromoço” não se tornou usual porque, assim como “secretária”, há poucos profissionais do sexo masculino nessa área.
  • D: o autor confunde Santo Antônio com São Longuinho, este último, sim, o santo que ajuda a encontrar objetos perdidos.
  • E: Castro Lopes e Thales de Azevedo foram motivo de chacota por incentivarem hábitos e comportamentos ousados para a época.

Exibindo de 1 até 9 de 9 questões.