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Foram encontradas 10 questões.
“Morrer... Eu não tinha medo de morrer. Por minha juventude, talvez, ou algo assim... Estávamos rodeados pela morte, a morte estava sempre por perto, porém eu não pensava nela. Não falávamos a respeito. Ela nos rodeava e cercava bem de perto, mas eu sempre passava batido. Uma noite, uma companhia inteira veio fazer reconhecimento de combate na área do nosso regimento. Quando estava amanhecendo, ela se retirou, e começamos a escutar gemidos vindos da faixa neutra. Um ferido tinha ficado ali. ‘Não vá, vão matar você’, os soldados não me deixavam ir, ‘não vê que já está clareando?”

Não dei ouvidos e rastejei para lá. Achei o ferido e arrastei-o por oito horas, usando um cinto que amarrei na mão. Trouxe-o com vida. O comandante ficou sabendo e, de cabeça quente, me deu cinco dias de prisão pela ausência sem autorização. Mas o comandante substituto do regimento reagiu de outra forma: ‘Merece uma medalha’.

Aos dezenove anos recebi a Medalha por Bravura. Aos dezenove anos meus cabelos ficaram brancos. Aos dezenove anos, na última batalha, um tiro pegou meus dois pulmões, a segunda bala passou no meio de duas vértebras. Minhas pernas ficaram paralisadas... E fui dada como morta...

Aos dezenove anos... Minha neta tem essa idade agora. Olho para ela e não acredito. É uma criança!

Cheguei do front em casa, minha irmã me mostrou a notificação de óbito... Tinham me enterrado...”
(Nadiéjda Vassílievna Aníssimova, enfermeira-instrutora do batalhão de metralhadoras, no livro A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, 2016, p. 77-78)

As reações contrastantes dos comandantes apresentados no segundo parágrafo são relacionadas, no texto, por meio de um conectivo:
  • A: aditivo
  • B: concessivo
  • C: adversativo
  • D: explicativo

“Morrer... Eu não tinha medo de morrer. Por minha juventude, talvez, ou algo assim... Estávamos rodeados pela morte, a morte estava sempre por perto, porém eu não pensava nela. Não falávamos a respeito. Ela nos rodeava e cercava bem de perto, mas eu sempre passava batido. Uma noite, uma companhia inteira veio fazer reconhecimento de combate na área do nosso regimento. Quando estava amanhecendo, ela se retirou, e começamos a escutar gemidos vindos da faixa neutra. Um ferido tinha ficado ali. ‘Não vá, vão matar você’, os soldados não me deixavam ir, ‘não vê que já está clareando?”

Não dei ouvidos e rastejei para lá. Achei o ferido e arrastei-o por oito horas, usando um cinto que amarrei na mão. Trouxe-o com vida. O comandante ficou sabendo e, de cabeça quente, me deu cinco dias de prisão pela ausência sem autorização. Mas o comandante substituto do regimento reagiu de outra forma: ‘Merece uma medalha’.

Aos dezenove anos recebi a Medalha por Bravura. Aos dezenove anos meus cabelos ficaram brancos. Aos dezenove anos, na última batalha, um tiro pegou meus dois pulmões, a segunda bala passou no meio de duas vértebras. Minhas pernas ficaram paralisadas... E fui dada como morta...

Aos dezenove anos... Minha neta tem essa idade agora. Olho para ela e não acredito. É uma criança!

Cheguei do front em casa, minha irmã me mostrou a notificação de óbito... Tinham me enterrado...”
(Nadiéjda Vassílievna Aníssimova, enfermeira-instrutora do batalhão de metralhadoras, no livro A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, 2016, p. 77-78)

No primeiro parágrafo, um tempo verbal é empregado para referir-se a ações que apresentavam certo prolongamento e continuidade, que não eram apenas pontuais.

Trata-se do:
  • A: presente do Indicativo.
  • B: pretérito imperfeito do Indicativo.
  • C: pretérito perfeito do Indicativo.
  • D: futuro do pretérito do Indicativo.

“Morrer... Eu não tinha medo de morrer. Por minha juventude, talvez, ou algo assim... Estávamos rodeados pela morte, a morte estava sempre por perto, porém eu não pensava nela. Não falávamos a respeito. Ela nos rodeava e cercava bem de perto, mas eu sempre passava batido. Uma noite, uma companhia inteira veio fazer reconhecimento de combate na área do nosso regimento. Quando estava amanhecendo, ela se retirou, e começamos a escutar gemidos vindos da faixa neutra. Um ferido tinha ficado ali. ‘Não vá, vão matar você’, os soldados não me deixavam ir, ‘não vê que já está clareando?”

Não dei ouvidos e rastejei para lá. Achei o ferido e arrastei-o por oito horas, usando um cinto que amarrei na mão. Trouxe-o com vida. O comandante ficou sabendo e, de cabeça quente, me deu cinco dias de prisão pela ausência sem autorização. Mas o comandante substituto do regimento reagiu de outra forma: ‘Merece uma medalha’.

Aos dezenove anos recebi a Medalha por Bravura. Aos dezenove anos meus cabelos ficaram brancos. Aos dezenove anos, na última batalha, um tiro pegou meus dois pulmões, a segunda bala passou no meio de duas vértebras. Minhas pernas ficaram paralisadas... E fui dada como morta...

Aos dezenove anos... Minha neta tem essa idade agora. Olho para ela e não acredito. É uma criança!

Cheguei do front em casa, minha irmã me mostrou a notificação de óbito... Tinham me enterrado...”
(Nadiéjda Vassílievna Aníssimova, enfermeira-instrutora do batalhão de metralhadoras, no livro A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, 2016, p. 77-78)

A repetição, no terceiro parágrafo, da expressão adverbial “Aos dezenove anos” busca contrastar a juventude do enunciador com a dureza das experiências representadas.

Considerando o contexto, tem-se, destacado, outro exemplo de expressão adverbial em:
  • A:Por minha juventude, talvez, ou algo assim...” (1º§)
  • B: “Uma noite, uma companhia inteira veio fazer” (1º§)
  • C: “usando um cinto que amarrei na mão” (2º§)
  • D: “Olho para ela e não acredito.” (4º§)

“Morrer... Eu não tinha medo de morrer. Por minha juventude, talvez, ou algo assim... Estávamos rodeados pela morte, a morte estava sempre por perto, porém eu não pensava nela. Não falávamos a respeito. Ela nos rodeava e cercava bem de perto, mas eu sempre passava batido. Uma noite, uma companhia inteira veio fazer reconhecimento de combate na área do nosso regimento. Quando estava amanhecendo, ela se retirou, e começamos a escutar gemidos vindos da faixa neutra. Um ferido tinha ficado ali. ‘Não vá, vão matar você’, os soldados não me deixavam ir, ‘não vê que já está clareando?”

Não dei ouvidos e rastejei para lá. Achei o ferido e arrastei-o por oito horas, usando um cinto que amarrei na mão. Trouxe-o com vida. O comandante ficou sabendo e, de cabeça quente, me deu cinco dias de prisão pela ausência sem autorização. Mas o comandante substituto do regimento reagiu de outra forma: ‘Merece uma medalha’.

Aos dezenove anos recebi a Medalha por Bravura. Aos dezenove anos meus cabelos ficaram brancos. Aos dezenove anos, na última batalha, um tiro pegou meus dois pulmões, a segunda bala passou no meio de duas vértebras. Minhas pernas ficaram paralisadas... E fui dada como morta...

Aos dezenove anos... Minha neta tem essa idade agora. Olho para ela e não acredito. É uma criança!

Cheguei do front em casa, minha irmã me mostrou a notificação de óbito... Tinham me enterrado...”
(Nadiéjda Vassílievna Aníssimova, enfermeira-instrutora do batalhão de metralhadoras, no livro A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, 2016, p. 77-78)

No segundo parágrafo, o período “Não dei ouvidos e rastejei para lá.” possui duas orações que:
  • A: exercem função sintática uma na outra simultaneamente
  • B: ligam-se, semanticamente, por uma ideia de oposição.
  • C: expressam ações estruturadas em uma sequência temporal.
  • D: poderiam trocar de posição sem prejuízo de sentido.

“Morrer... Eu não tinha medo de morrer. Por minha juventude, talvez, ou algo assim... Estávamos rodeados pela morte, a morte estava sempre por perto, porém eu não pensava nela. Não falávamos a respeito. Ela nos rodeava e cercava bem de perto, mas eu sempre passava batido. Uma noite, uma companhia inteira veio fazer reconhecimento de combate na área do nosso regimento. Quando estava amanhecendo, ela se retirou, e começamos a escutar gemidos vindos da faixa neutra. Um ferido tinha ficado ali. ‘Não vá, vão matar você’, os soldados não me deixavam ir, ‘não vê que já está clareando?”

Não dei ouvidos e rastejei para lá. Achei o ferido e arrastei-o por oito horas, usando um cinto que amarrei na mão. Trouxe-o com vida. O comandante ficou sabendo e, de cabeça quente, me deu cinco dias de prisão pela ausência sem autorização. Mas o comandante substituto do regimento reagiu de outra forma: ‘Merece uma medalha’.

Aos dezenove anos recebi a Medalha por Bravura. Aos dezenove anos meus cabelos ficaram brancos. Aos dezenove anos, na última batalha, um tiro pegou meus dois pulmões, a segunda bala passou no meio de duas vértebras. Minhas pernas ficaram paralisadas... E fui dada como morta...

Aos dezenove anos... Minha neta tem essa idade agora. Olho para ela e não acredito. É uma criança!

Cheguei do front em casa, minha irmã me mostrou a notificação de óbito... Tinham me enterrado...”
(Nadiéjda Vassílievna Aníssimova, enfermeira-instrutora do batalhão de metralhadoras, no livro A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, 2016, p. 77-78)

Em “Eu não tinha medo de morrer.” (1º§), a estrutura destacada exerce a função sintática de:
  • A: objeto indireto.
  • B: adjunto adnominal.
  • C: agente da passiva.
  • D: complemento nominal.

“Morrer... Eu não tinha medo de morrer. Por minha juventude, talvez, ou algo assim... Estávamos rodeados pela morte, a morte estava sempre por perto, porém eu não pensava nela. Não falávamos a respeito. Ela nos rodeava e cercava bem de perto, mas eu sempre passava batido. Uma noite, uma companhia inteira veio fazer reconhecimento de combate na área do nosso regimento. Quando estava amanhecendo, ela se retirou, e começamos a escutar gemidos vindos da faixa neutra. Um ferido tinha ficado ali. ‘Não vá, vão matar você’, os soldados não me deixavam ir, ‘não vê que já está clareando?”

Não dei ouvidos e rastejei para lá. Achei o ferido e arrastei-o por oito horas, usando um cinto que amarrei na mão. Trouxe-o com vida. O comandante ficou sabendo e, de cabeça quente, me deu cinco dias de prisão pela ausência sem autorização. Mas o comandante substituto do regimento reagiu de outra forma: ‘Merece uma medalha’.

Aos dezenove anos recebi a Medalha por Bravura. Aos dezenove anos meus cabelos ficaram brancos. Aos dezenove anos, na última batalha, um tiro pegou meus dois pulmões, a segunda bala passou no meio de duas vértebras. Minhas pernas ficaram paralisadas... E fui dada como morta...

Aos dezenove anos... Minha neta tem essa idade agora. Olho para ela e não acredito. É uma criança!

Cheguei do front em casa, minha irmã me mostrou a notificação de óbito... Tinham me enterrado...”
(Nadiéjda Vassílievna Aníssimova, enfermeira-instrutora do batalhão de metralhadoras, no livro A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, 2016, p. 77-78)

As reticências cumprem um papel expressivo no texto uma vez que:
  • A: buscam representar a hesitação de quem enuncia.
  • B: expressam a continuidade de elementos enumerados.
  • C: revelam o desconhecimento acerca do que é descrito
  • D: apontam ambiguidades a respeito do que é apresentado.

A gente nunca dormiu tão mal – nem tão pouco. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros estão dormindo 1h30 a menos, em média, do que na década de 1990: são só 6h30 por noite, em média. Mais de 70 milhões de brasileiros têm algum grau de insônia – muitos dormem só 4 horas por noite.

Por essas, as vendas de remédios pra dormir explodiram nos últimos anos. Só um deles, o zolpidem, cresceu 560% na última década – e hoje vende mais de 11 milhões de caixas por ano no Brasil. Mas o que pode estar causando essa epidemia de insônia? É seguro tomar remédios para dormir? Qual é a relação entre doenças mentais, como ansiedade e depressão, e a dificuldade para pegar no sono? E o que você pode fazer para dormir melhor? [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/podcastterapia-6-sono por-que-nunca-dormimos-tao-mal/. Acesso em: 16/07/2022

No período “É seguro tomar remédios para dormir?” (2º §), ocorrem três orações. Sobre a relação que há entre elas, é correto afirmar que:
  • A: a segunda apresenta-se como complemento verbal da primeira.
  • B: a segunda e a terceira são adjuntos adnominais da primeira.
  • C: a primeira exerce a função sintática de sujeito da segunda.
  • D: a terceira cumpre um papel adverbial em relação à segunda.

A gente nunca dormiu tão mal – nem tão pouco. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros estão dormindo 1h30 a menos, em média, do que na década de 1990: são só 6h30 por noite, em média. Mais de 70 milhões de brasileiros têm algum grau de insônia – muitos dormem só 4 horas por noite.

Por essas, as vendas de remédios pra dormir explodiram nos últimos anos. Só um deles, o zolpidem, cresceu 560% na última década – e hoje vende mais de 11 milhões de caixas por ano no Brasil. Mas o que pode estar causando essa epidemia de insônia? É seguro tomar remédios para dormir? Qual é a relação entre doenças mentais, como ansiedade e depressão, e a dificuldade para pegar no sono? E o que você pode fazer para dormir melhor? [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/podcastterapia-6-sono por-que-nunca-dormimos-tao-mal/. Acesso em: 16/07/2022

Em “A gente nunca dormiu tão mal – nem tão pouco.” (1º§), o termo destacado é uma conjunção que apresenta o seguinte valor semântico:
  • A: adversativo
  • B: alternativo
  • C: aditivo
  • D: conclusivo

A gente nunca dormiu tão mal – nem tão pouco. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros estão dormindo 1h30 a menos, em média, do que na década de 1990: são só 6h30 por noite, em média. Mais de 70 milhões de brasileiros têm algum grau de insônia – muitos dormem só 4 horas por noite.

Por essas, as vendas de remédios pra dormir explodiram nos últimos anos. Só um deles, o zolpidem, cresceu 560% na última década – e hoje vende mais de 11 milhões de caixas por ano no Brasil. Mas o que pode estar causando essa epidemia de insônia? É seguro tomar remédios para dormir? Qual é a relação entre doenças mentais, como ansiedade e depressão, e a dificuldade para pegar no sono? E o que você pode fazer para dormir melhor? [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/podcastterapia-6-sono por-que-nunca-dormimos-tao-mal/. Acesso em: 16/07/2022

Entendendo o aspecto informativo que se pode atribuir ao texto, é correto afirmar que a série de perguntas que se encontra no último parágrafo possui um caráter:
  • A: crítico, voltando-se, especificamente, para a prática indiscriminada da automedicação.
  • B: retórico, convocando os leitores a refletirem sobre o tema e a buscarem o restante da notícia.
  • C: relativista, contribuindo para a fragilização das ideias apresentadas anteriormente no texto.
  • D: imperativo, buscando provocar uma alteração significativa no comportamento dos leitores e em seu sono.

A gente nunca dormiu tão mal – nem tão pouco. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto do Sono de São Paulo, os brasileiros estão dormindo 1h30 a menos, em média, do que na década de 1990: são só 6h30 por noite, em média. Mais de 70 milhões de brasileiros têm algum grau de insônia – muitos dormem só 4 horas por noite.

Por essas, as vendas de remédios pra dormir explodiram nos últimos anos. Só um deles, o zolpidem, cresceu 560% na última década – e hoje vende mais de 11 milhões de caixas por ano no Brasil. Mas o que pode estar causando essa epidemia de insônia? É seguro tomar remédios para dormir? Qual é a relação entre doenças mentais, como ansiedade e depressão, e a dificuldade para pegar no sono? E o que você pode fazer para dormir melhor? [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/podcastterapia-6-sono por-que-nunca-dormimos-tao-mal/. Acesso em: 16/07/2022

O texto acima tem como tema a qualidade do sono dos brasileiros. A partir dele, é correto afirmar que:
  • A: o enunciador do texto distancia-se do problema que é apresentado em busca de uma maior impessoalidade.
  • B: a referência ao Instituto do Sono de São Paulo refuta, sutilmente, a afirmação que introduz o texto.
  • C: a diminuição do tempo de sono ilustra a constatação feita na primeira frase do texto por meio de uma generalização.
  • D: o aumento no consumo de remédios para dormir é apresentado como uma das causas dos distúrbios do sono

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