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Foram encontradas 957 questões.
1 Como se pode imaginar, não foi o latim clássico,
dos grandes escritores romanos e latinos e falado pelas
classes romanas mais abastadas, que penetrou na Península
4 Ibérica e nos demais espaços conquistados pelo Império
Romano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invasoras,
que fez esse papel. Essa variante vulgar sobrepôs-se
7 às línguas dos povos dominados e com elas caldeou-se, dando
origem aos dialetos que viriam a se chamar genericamente
de romanços ou romances (do latim romanice, isto é,
10 à moda dos romanos).
No século V d.C., o Império Romano ruiu e os
romanços passaram a diferenciar-se cada vez mais,
13 dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas:
francês, provençal, espanhol, português, catalão, romeno,
rético, sardo etc.
16 Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação,
ao mesmo tempo em que o português ganhou seu estatuto
de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal estabelecia
19 as suas fronteiras no século XIII, o galego-português
patenteava-se em forma literária.
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se
22 em uma expansão de conquistas que, à imagem do que
Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia
25 e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se
independentes — o Brasil no século XIX, as demais
28 no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida
e é hoje oficial em oito nações independentes: Brasil,
Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
31 São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.


Instituto Antônio Houaiss. José Carlos de Azevedo (Coord.). Escrevendo
pela nova ortografia: como usar as regras do Novo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 16-7 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.


A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” (l.23) fosse substituída por levaram.
  • A: Certo
  • B: Errado

Substituindo-se o segmento grifado pelo que se encontra entre parênteses, o verbo que deverá passar para o plural está em:
  • A: Ainda estamos resolvendo isso, respondeu o gerente (os gerentes).
  • B: Compras feitas, botei a mão no bolso, o cartão ficou em casa (as mãos no bolso).
  • C: Imediatamente reduzi o passo, andei uns três metros e parei (os passos).
  • D: para ir a um supermercado mais distante, mas só havia uma bicicleta (duas bicicletas).
  • E: Fui tomado por uma emoção profunda, também comecei a chorar (emoções profundas).

Relacionamento com o dinheiro

1 Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações ligadas ao dinheiro. Para tirar melhor proveito do seu dinheiro, é muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável a você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de educação financeira podem contribuir para melhorar a gestão de nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais tranquilas e equilibradas sob o ponto de vista financeiro.

2 Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo financeiro muito mais complexo que o das gerações anteriores. No entanto, o nível de educação financeira da população não acompanhou esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira, aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas capacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.

3 Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pessoas buscar informações que as auxiliem na gestão de suas finanças. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou seja, uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas escolas, pouco ou nada é falado sobre o assunto. As empresas, não compreendendo a importância de ter seus funcionários alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área. Similar problema é encontrado nas famílias, nas quais não há o hábito de reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento familiar. Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira pessoal muitas vezes são considerados invasão de privacidade e pouco se conversa em torno do tema. Enfim, embora todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos.

4 A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os quais, possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o enfrentamento de imprevistos financeiros e para a aposentadoria, qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibilidade de o indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor.

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Caderno de Educação Financeira – Gestão de Finanças Pessoais. Brasília: BCB, 2013. p. 12. Adaptado.

Considerando-se as regras da norma-padrão da língua portuguesa, a concordância nominal da palavra destacada está adequadamente construída em:
  • A: Naquela palestra, foram abordadas ensinamentos e orientações sobre o bom uso do dinheiro.
  • B: Sempre há bastante investidores interessados em discussões que abordam o mercado de ações.
  • C: Perderemos menas oportunidades se nos mantivermos sempre atentos ao mercado financeiro.
  • D: O mercado está vendo crescer uma tendência de conglomerados francos-brasileiros no país.
  • E: É proibida a movimentação financeira efetuada por menores no âmbito do direito financeiro.

A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em:
  • A: Devido à baixa qualidade dos aparelhos, precisam-se de leis que obriguem os fabricantes a ressarcir os consumidores insatisfeitos com suas compras na internet.
  • B: De acordo com os estudiosos da área de tecnologia e consumo, dividem-se os tipos de obsolescência em perspectiva e programada.
  • C: Em função do tipo de lixo eletroeletrônico, constataram-se, nos últimos anos, pelos tipos de aparelhos descartados, o hábito dos consumidores de substituir aparelhos celulares todo ano.
  • D: Nas lojas virtuais de grandes empresas de varejo, atendem-se a consumidores de todas as regiões do país, tendo em vista a facilidade de acesso e de entrega.
  • E: Com base nas estatísticas de reclamações nas instituições de proteção aos consumidores, avaliam-se que as empresas de telefonia estejam à frente nas listas de insatisfação.

Procrastinação: entenda essa inimiga. E livre-se dela.

Adiar tarefas importantes em prol de atividades inúteis é uma tendência universal, com raízes biológicas.
Mas quando o problema se torna crônico pode (e vai) arruinar sua carreira. Conheça as causas
da procrastinação e veja estratégias científicas para combatê-la. Só não deixe para ler depois.

“O homem que adia o trabalho está sempre a lutar com desastres.” A frase é da obra “Os trabalhos e os dias”, do poeta grego Hesíodo, que viveu e escreveu no século 8 a.C. No texto em questão, ele aconselha o seu irmão Perses, com quem tem desavenças, sobre a questão do trabalho – alertando-o para nunca deixar as tarefas importantes para depois.
“Não adies para amanhã nem depois de amanhã, pois não enche o celeiro o homem negligente, nem aquele que adia: a atenção faz o trabalho prosperar”, continua o poeta.
A obra grega em questão é tão antiga quanto os trechos mais ancestrais da Bíblia, escritos na mesma época. E registra a luta da humanidade contra um demônio persistente: a procrastinação – o ato de não deixar para amanhã aquilo que pode ser feito depois de amanhã.
Pior. Tecnologias que facilitam a vida sempre trouxeram como efeito colateral um convite ao adiamento sem fim. Em 1920, por exemplo, a escritora inglesa Virginia Woolf reclamou sobre estar perdendo tempo demais com as novidades de sua época em vez de se concentrar naquilo que realmente importava. “Planejei uma manhã de escrita tão boa, e gastei a nata do meu cérebro no telefone”, escreveu em seu diário.
Tudo bem, Mrs. Woolf. Até este texto foi finalizado poucas horas antes do prazo derradeiro – em parte por conta da procrastinação deste que vos escreve.
A culpa não é (só) nossa. A procrastinação é um fenômeno universal e atemporal porque tem causas biológicas, psicológicas e sociais. Embora alguns sofram mais com ela do que outros, ninguém consegue fugir totalmente da tentação de adiar tarefas.
Na dúvida, culpe Darwin. Humanos não são muito afeitos a tarefas cuja recompensa só vem em longo prazo. “Nosso cérebro é bom em escolher o que nos traz benefício no aqui e agora”, explica Claudia Feitosa-Santana, neurocientista pela Universidade de São Paulo (USP) e autora do livro “Eu controlo como eu me sinto” (2021). “Tudo que é visto como algo que está lá no futuro, o cérebro é bom em literalmente não escolher”.
Curtir memes no TikTok, jogar um game ou ver aquele episódio a mais de uma série na Netflix à 1h da manhã trazem doses de prazer e felicidade instantaneamente. Adiantar o relatório, estudar para a prova ou organizar o guarda-roupas são tarefas que, além de desagradáveis, seguem uma lógica de longo prazo – e podem (quase) sempre ser deixadas para depois. O lado primitivo do seu cérebro sempre vai preferir gastar energia e atenção com algo que traga resultado imediato.
Os primatas do gênero Homo, que deram origem à nossa espécie, evoluíram por dois milhões de anos em ambiente selvagem. Nossa massa cinzenta foi forjada ali, não no relativo conforto da civilização. E segue programada para viver sob aquelas condições. Gastar energia com tarefas que só trarão algum benefício lá na frente simplesmente não é a melhor opção para um cérebro que está a todo momento tentando achar comida e fugir de predadores. O melhor mesmo é focar no agora.
Mas claro que nosso cérebro também tem um lado 100% racional – é o córtex pré-frontal, a parte que, como o nome diz, fica bem na frente da nossa cabeça. Ele é responsável por aquilo que nos diferencia dos animais – o pensamento a longo prazo, o planejamento. O córtex pré-frontal sabe que estudar matemática, ler um pouquinho por dia e adiantar o trabalho para não deixar acumular em cima do prazo são decisões importantes.
A procrastinação, no fim das contas, é o resultado de uma briga entre a parte primitiva do cérebro, que quer guardar sua energia para missões mais imediatistas, e a parte racional, que puxa para empreitadas desagradáveis, mas necessárias. E o resultado às vezes é um “bug” que faz a gente travar, sem saber se inicia ou não a tarefa – tudo isso enquanto sente culpa e tensão, porque seu córtex pré-frontal faz questão de te lembrar que deveria estar na ação.
Mas, para ser justo, apontar o dedo para Darwin não é lá a melhor desculpa. É que as origens biológicas são apenas uma parte da causa – e nem são as mais relevantes. O vício de adiar até o último momento não afeta todo mundo de maneira igual. “Embora todo mundo procrastine, nem todo mundo é um procrastinador”, diz Joseph Ferrari, professor de psicologia da Universidade de Chicago (EUA).
Uma das estratégias mais indicadas para vencer a procrastinação é tentar vencer a ideia de que as tarefas são difíceis ou desafiadoras demais. Lembra daquele conceito de que, quanto mais procrastinamos, mais a bola de neve aumenta e parece ameaçadora? Para evitar isso, quebre as obrigações em missões menores, e vá cumprindo-as uma a uma ao longo de todo o prazo. Ao vencer as primeiras etapas, as restantes vão se tornando menos e menos amedrontadoras – afinal, você percebe que consegue cumpri-las mais rápido do que pensava.
Nessa mesma lógica, é preciso elencar o que fazer primeiro. Gastar tempo com atividades fáceis e deixar o grosso para o final do prazo é justamente uma estratégia de procrastinação. E fazer o mais difícil primeiro serve de incentivo para matar o resto – na lógica do “o pior já passou”. Também dá para aplicar a estratégia das recompensas aqui. Para cada “etapa” da empreitada cumprida com antecedência, se dê algum benefício – uma pausa maior, um episódio da série, uma partida de seu game favorito etc. Se você estiver numa posição de liderança, considere o mesmo para toda a equipe.
Para aquelas tarefas pequenas e simples, a dica é encaixá-las nos momentos em que a produção de outras atividades já está rolando, de modo que elas não fiquem sendo eternamente procrastinadas.
Outra dica realista é aceitar um pouco de procrastinação. Como vimos, ela é um comportamento universal, que não será 100% evitável. Mesmo rotinas saudáveis e organizadas, com períodos de descanso e lazer bem encaixados, vão eventualmente encontrar a tentação de deixar atividades para depois do planejado inicialmente.

(Bruno Carbinatto. Disponível em: https://vocesa.abril.com.br/desenvolvimento-pessoal/procrastinacao-entenda-essa-inimiga-e-livre-se-dela/. Acesso em: 20/07/2023. Fragmento.)

Na oração “[...] a atenção faz o trabalho prosperar [...]” (3º§), o verbo “fazer” concorda com o sujeito em número e pessoa. Assinale a afirmativa cuja concordância NÃO segue tal regra.
  • A: Os colaboradores fizeram duras críticas ao palestrante.
  • B: Fazem sentido os questionamentos abordados durante a reunião.
  • C: O cumprimento das tarefas faz com que a vida profissional esteja organizada.
  • D: Aquele que não fez o que foi determinado ficou com o tempo comprometido.
  • E: Os profissionais calculam que faz oito meses que os planejamentos são cumpridos.

Quanto à concordância verbal, a frase que atende plenamente à variedade formal da norma-padrão da língua portuguesa é:
  • A: Necessitam-se de novos estímulos para prosseguir.
  • B: Algumas pessoas costuma queixarem-se da vida.
  • C: O homem acostuma-se às adversidades.
  • D: Destruiu-se os sonhos de viver uma vida melhor.
  • E: Em outros tempos, confiavam-se mais nas pessoas.

Quanto à concordância nominal, a frase que atende plenamente à variedade formal da norma-padrão da língua portuguesa é:
  • A: Eles estão bastantes felizes com a vida que levam.
  • B: Estava proibido a encomenda de novas peças de tecido.
  • C: Proporcionalmente, temos hoje menas reservas de insumos.
  • D: O homem carregava quinhentos gramas de explosivos na mochila.
  • E: As pessoas mesmo é que devem investir em uma vida mais saudável.

Leia o texto, para responder à questão.

Sobre IA, empregos e disrupção social

De tempos em tempos, raras tecnologias surgem de forma tão avassaladora que provocam profundas mudanças na dinâmica social. São aquelas que os economistas chamam de tecnologias de propósito geral (GPTs), que alcançam diversas áreas e abrem novos campos do conhecimento. O motor a vapor do século 18 foi uma GPT, assim como a energia elétrica a partir da invenção do dínamo no século seguinte e, mais recentemente, a internet.

Hoje testemunhamos o avanço de uma tecnologia com potencial de disrupção socioeconômica, a inteligência artificial (IA). Esse conjunto de sistemas e algoritmos que permitem a máquinas analisar, aprender e tomar decisões sozinhas se desenvolve em um mercado que deve passar dos US$ 15 trilhões até 2030, conforme previsão da PwC. E do mesmo jeito que um dia ocorreu com as GPTs citadas anteriormente, a IA levanta a questão: as máquinas inteligentes acabarão com os empregos do ser humano?

Dois grupos dominam o debate. Um defende que previsões catastróficas para o emprego na era da IA não passam de uma falácia. Eles têm a história ao lado. Durante a Revolução Industrial, por exemplo, camponeses substituídos por máquinas na agricultura foram absorvidos nas fábricas das cidades. Do outro lado estão os que tratam a IA como uma tecnologia diferente, pois está entrando na vida das pessoas de forma muito mais rápida do que qualquer outra na história. Kai-Fu Lee, um dos maiores investidores da China em inteligência artificial, estima que, em meados da década que vem, soluções de IA poderão substituir, tecnicamente, até metade dos empregos nos EUA.

Máquinas dotadas de IA realizarão trabalhos tanto físicos (procure pela Boston Dinamics) quanto intelectuais com velocidade e potência incrivelmente superiores a qualquer ser humano. E funcionarão 24 horas por dia, sete dias por semana, sem férias.

Além disso, o choque da IA nos empregos deve ignorar a distinção entre trabalhadores pouco e muito qualificados. Nesse processo transformador, intenso e abrangente, muitos ficarão para trás e, dizem alguns pensadores, formarão a nova classe de seres humanos inúteis – aqueles que nunca mais conseguirão se ocupar.

Então, se prepare, pois o pleno emprego será realidade para robôs, não para você.

(Wladimir D’Andrade. Diário da Região, 19-07-2022. Adaptado)

A alternativa que reescreve livremente passagem do texto, de acordo com a norma-padrão de concordância, é:
  • A: Houveram, de tempos em tempos, raras tecnologias que surgiram de forma avassaladora.
  • B: Podem-se substituir até 50% dos empregos nos EUA por soluções de IA.
  • C: Tratavam-se daquelas que os economistas chamam de tecnologias de propósito geral (GPTs).
  • D: É comumente chamado de tecnologias de propósito geral (GPTs) as que alcançam diversas áreas.
  • E: Prevê-se que deverão haver máquinas dotadas de IA para realizar trabalhos físicos e intelectuais.

Considerando as orientações referentes à Redação Oficial, julgue o seguinte item.

Uma vez que “Vossa Excelência” é uma locução composta por um substantivo feminino, caso houvesse um adjetivo no Ofício relacionado ao Prefeito, tal adjetivo deveria concordar com esse substantivo; por exemplo: “Vossa Excelência está atarefada”.
  • A: Certo
  • B: Errado

Sobre a concordância nominal no excerto “[...] ele tem uma importância e um efeito inegáveis [...]”, assinale a alternativa correta.
  • A: Se o adjetivo estivesse anteposto aos substantivos, ele se flexionaria no singular e no masculino, por ser esta a forma gramatical neutra.
  • B: Se o adjetivo estivesse anteposto aos substantivos, ele se manteria no plural, por concordar com “importância” e com “efeito”.
  • C: Por se referir a dois substantivos, o adjetivo não poderia estar flexionado no singular.
  • D: O adjetivo poderia estar flexionado no singular, concordando apenas com o substantivo feminino.
  • E: O adjetivo poderia estar flexionado no singular, concordando apenas com o substantivo mais próximo.

Exibindo de 71 até 80 de 957 questões.