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Considere as seguintes frases do texto:

• A primeira foi um luxo: "Itinerário de Pasárgada", de Manuel Bandeira, em 1954. (2o parágrafo)

• Não "essenciais", as livrarias cariocas estão fechadas para cumprir o recesso sanitário. (4o parágrafo)

No contexto em que são empregadas, as aspas (" ") atendem, respectivamente, ao propósito de
  • A: distinguir uma citação do restante do texto; realçar ironicamente uma expressão.
  • B: realçar ironicamente uma expressão; indicar o título de uma obra.
  • C: indicar o título de uma obra; acentuar o valor significativo de uma palavra.
  • D: distinguir uma citação do restante do texto; assinalar inflexão de natureza emocional.
  • E: assinalar inflexão de natureza emocional; distinguir uma citação do restante do texto.

Assinale a alternativa em que, na frase redigida a partir do texto, o acento indicativo da crase está em conformidade com a norma-padrão da língua.
  • A: No início desse ano, a Livraria São José cessou às atividades.
  • B: O tradicional sebo não pôde resistir à forte queda das vendas.
  • C: A livraria não teria como sobreviver à um ano de pandemia.
  • D: A loja organizava eventos dedicados à alguns renomados escritores.
  • E: A Amazon impôs mudanças à toda editora com que faz parceria.

Conforme o autor, a Livraria São José, sebo mais antigo do Rio de Janeiro,
  • A: simboliza a resistência da cultura, ao se manter ativa enquanto outros setores são severamente prejudicados pela pandemia.
  • B: deve sua ruína a sucessivos eventos extravagantes, sem relação com a literatura, cujo único fim era o de atrair frequentadores ilustres.
  • C: erra ao recusar-se a fechar suas portas para obedecer às medidas sanitárias de contenção da pandemia impostas pelo poder público.
  • D: foi por muitos anos um local privilegiado de difusão cultural, o que não impediu que sucumbisse ao oportunismo do comércio online.
  • E: constitui a amostra viva da incapacidade do comércio brasileiro de sair da condição de atraso e inserir-se na realidade do mundo atual.

O termo destacado na frase do 2o parágrafo – ... não se sabe se pelos autores ou se pelas “madrinhas” deles, beldades como Tônia Carrero e Odette Lara. – é empregado pelo autor para expressar, em sentido
  • A: próprio, a ideia de que as duas mulheres eram frequentadoras assíduas do local.
  • B: figurado, a ideia de que as duas mulheres esbanjavam muito dinheiro na livraria.
  • C: próprio, a ideia de que as duas mulheres eram amáveis com os visitantes do local.
  • D: figurado, a ideia de que as duas mulheres se destacavam pela beleza física.
  • E: próprio, a ideia de que as duas mulheres tinham uma postura presunçosa.

Nesse texto, o autor analisa um dos assuntos também tratado no texto anterior, destacando
  • A: a falta de ações governamentais de contenção à rápida disseminação do vírus responsável pela pandemia.
  • B: a escassez de opções de lazer para uma população cuja pandemia obriga a permanecer encerrada em suas casas.
  • C: a forma como o comércio online indiretamente alavancou as vendas de livros, beneficiando sobretudo as lojas físicas.
  • D: as vantagens do comércio online frente ao hábito primitivo e dispendioso de procurar objetos em lojas físicas.
  • E: o papel decisivo de uma das grandes empresas de vendas online para a ruína do comércio físico tradicional.

Assinale a alternativa que reescreve trecho do último parágrafo em conformidade com a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
  • A: As plataformas de vendas online costuma praticar uma política de preços muito agressiva.
  • B: Os descontos agressivos oferecido pelas plataformas online resultaram em aumento das vendas.
  • C: O comércio de livros praticado pelas gigantes virtuais impõem dificuldades às livrarias físicas.
  • D: As grandes empresas de comércio online conseguem oferecer ao cliente condições muito mais atraentes.
  • E: As editoras estão se unindo pela defesa da adoção de preços fixos a todo livro recém-lançados.

O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
  • A: a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
  • B: oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
  • C: o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
  • D: o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
  • E: a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

O termo destacado na frase do 2o parágrafo – ... ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado favorável. – tem sentido compatível com o do termo destacado em:
  • A: A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado... (1o parágrafo)
  • B: ... mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. (1o parágrafo)
  • C: ... o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento. (1o parágrafo)
  • D: ... uma possibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena. (2o parágrafo)
  • E: A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar as vendas. (3o parágrafo)

Conforme o texto, embora a quarentena inicialmente tenha
  • A: feito com que o hábito de ler fosse renovado, essa mudança se mostrou ineficiente para alavancar o comércio de livros.
  • B: estimulado um esboço de aumento do hábito de ler, não tardou a que a leitura fosse preterida por atividades de lazer online.
  • C: causado retração no mercado editorial, posteriormente criou condições propícias para impulsionar a leitura e a venda de livros.
  • D: favorecido o aumento na comercialização de livros, os descontos oferecidos comprometeram os ganhos das editoras.
  • E: fomentado as vendas online de livros, passado o primeiro ímpeto, as livrarias físicas retomaram a preferência dos consumidores.



      Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o “casal feliz”. Ponho as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: – “Você conhece muitos ‘casais felizes’?” Aí está uma pergunta trágica. Muitos afirmam: – “A coabitação impede a felicidade” etc. etc. Não serei tão radical. Nem podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o “casal feliz” constitui uma raridade.




      Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades. Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos, dúvidas, berros etc. etc. Mas o “casal feliz” de Aldeia Campista conseguira, graças a Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: – “Olha o casal feliz!”. Da minha janela, eu os via como dois monstros.


      Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: – “Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos”. Ele fez que sim. E ainda se beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele dobrasse a esquina. E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão. Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim, o marido chegou. Onze.


      O “casal feliz” foi parar no distrito.


      Pois bem, contei o episódio para mostrar como o “irrelevante” influi nas leis do amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se para sempre.
                                                                                   (Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)





Ao informar por que põe entre aspas a expressão “casal feliz” (Ponho as aspas porque o fato merece. – 1° parágrafo), o narrador destaca


  • A: sua confiança nas relações que se mantêm além das simples aparências externas e atemporais.
  • B: que as relações afetivas podem ser desestabilizadas por acontecimento casual de pouca importância.
  • C: que a opinião pública acerca dos relacionamentos é fator que pode comprometer a perenidade deles.
  • D: a incerteza da maioria das pessoas acerca dos casamentos que se sustentam apenas em aparências.
  • E: que as separações são inevitáveis quando uma das partes deixa de renovar seus votos de amor ao parceiro.

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