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Texto II



Padre António estava acabado, afirma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo? Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, afinal em que mundo vive, você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.

Pereira afirma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma ficção de vida. E sentiu-se esgotado, afirma Pereira.

(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)



* relativo ao Alentejo (região de Portugal) ou o que é seu natural ou habitante

De acordo com o texto, nota-se que a reação de Padre António e o modo com que trata Pereira deve-se:
  • A: à postura alienada de Pereira em relação à realidade social.
  • B: à forma pouco cordial com que Pereira descreve o Padre.
  • C: ao abatimento de Pereira em função da morte de sua esposa.
  • D: à impaciência do Padre em relação aos jornalistas em geral.
  • E: ao fato de o Padre atribuir à Pereira a responsabilidade da crise.

Texto II



Padre António estava acabado, afirma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo? Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, afinal em que mundo vive, você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.

Pereira afirma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma ficção de vida. E sentiu-se esgotado, afirma Pereira.

(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)



* relativo ao Alentejo (região de Portugal) ou o que é seu natural ou habitante

Considerando que a passagem “Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo?” (1º§) ilustra o discurso direto, caso o fragmento destacado fosse transcrito para discurso indireto, a construção verbal deveria ser a seguinte:
  • A: soube.
  • B: ficaria sabendo.
  • C: tinha ficado sabendo.
  • D: tivesse sabido.
  • E: soubeste.

Texto II



Padre António estava acabado, afirma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo? Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, afinal em que mundo vive, você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.

Pereira afirma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma ficção de vida. E sentiu-se esgotado, afirma Pereira.

(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)



* relativo ao Alentejo (região de Portugal) ou o que é seu natural ou habitante

Em “As olheiras cavavam-lhe as faces” (1º§), o pronome destacado faz referência a:
  • A: Pereira.
  • B: faces.
  • C: olheiras.
  • D: Padre António.
  • E: cavavam.

Texto II



Padre António estava acabado, afirma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não ficou sabendo? Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, afinal em que mundo vive, você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.

Pereira afirma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma ficção de vida. E sentiu-se esgotado, afirma Pereira.

(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)



* relativo ao Alentejo (região de Portugal) ou o que é seu natural ou habitante

Em “Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne,” (2º§), destacam-se dois termos que, sintaticamente, são:
  • A: adjuntos adnominais subordinados ao verbo.
  • B: complementos verbais coordenados entre si.
  • C: adjuntos adverbiais coordenados pelo verbo.
  • D: complementos nominais subordinados entre si.
  • E: apostos explicativos coordenados pelo verbo.

Texto III

Fatores que podem atrair e tornar mais fácil a vida dos pedestres


Incentivar as caminhadas nos deslocamentos urbanos

pode trazer efeitos sociais e econômicos relevantes



À medida que o processo de urbanização avança, o conceito de cidades inteligentes e sustentáveis ganha força. Caminhar é um meio de transporte sustentável essencial. Incentivar o aumento da participação das caminhadas na matriz de deslocamentos urbanos pode trazer, além de benefícios ambientais para as cidades, efeitos sociais e econômicos bastante relevantes para a sociedade.

Mas quais aspectos influenciariam positivamente essa transformação? Para estimular o deslocamento de pedestres, é fundamental aumentar a sua satisfação ao caminhar pela cidade. Portanto, para projetar estruturas e estabelecer uma política para pedestres é necessário, em primeiro lugar, identificar os fatores que afetam essa satisfação que pode ser traduzida pela segurança oferecida, pela comodidade e pelo conforto no deslocamento.[...]

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/202 2/09/fatores-que-podem-atrair-e-tornar-mais-facil-a-vida-dos-pedestres.shtml. Acesso em 04/09/2022)

O verbo “tornar”, presente no título da matéria, é um marcador que introduz, ao leitor, o seguinte conteúdo pressuposto:
  • A: a importância de caminhadas diárias.
  • B: o comportamento distraído das pessoas.
  • C: o avanço no processo de urbanização.
  • D: o alto custo de vida nos centros urbanos.
  • E: a existência de dificuldade na vida dos pedestres.

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)

Considerando a sequência de notícias apresentada ao longo dos dias (Texto I), julgue as afirmativas a seguir, considerando o processo de investigação do crime.

I - As notícias dos dias 23 a 25 são dispensáveis para se compreender a motivação do crime e a identificação do criminoso, pois tais informações já podem ser compreendidas na notícia do dia 22.
II - O papel das testemunhas tem relevância para o desfecho da investigação, mas não é o único elemento levado em consideração pelas autoridades policiais.
III - As notícias dos dias 23 e 24 revelam que a investigação do crime procura basear-se em dados tidos como científicos naquela época.
IV - A notícia do dia 25 revela uma mudança no rumo das investigações, ao divulgar a descoberta de que o suspeito era um homem procurado pela polícia por já ter cometido outro homicídio no passado.

A partir da análise das afirmativas, conclui-se que
  • A: todas estão corretas.
  • B: apenas uma está correta.
  • C: apenas duas estão corretas.
  • D: apenas três estão corretas.

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)

No Texto I, na conclusão do inquérito, que atribuiu a autoria do crime a Manuel de Souza e Silva, teve papel decisivo a
  • A: interpretação atenta das tatuagens amorosas presentes no corpo do suposto criminoso.
  • B: autoridade do livro do doutor Lombroso, por meio do qual os doutores da lei concluíram que o indivíduo era o criminoso por ter o corpo tatuado.
  • C: autoridade do Sr. Dr. delegado Carijó, do escrivão e do Sr. Dr. Major Luiz de Andrade.
  • D: constatação de que o criminoso e os outros envolvidos moravam em bairros pobres e faziam trabalhos simples.

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)

Considerando todo o Texto I, a explicação da função sintática do trecho NÃO está correta na alternativa:
  • A: “Ontem pela manhã apareceram no necrotério três praças da brigada policial, (...)” => É um caso de aposto, que serve para revelar a localização das testemunhas.
  • B: “O Sr. Dr. Carijó, 1° delegado auxiliar, (...)” => O aposto empregado mostra o cargo e a importância da autoridade do doutor, como em outros casos do texto.
  • C: “(...) João Ferreira da Silva, ex-corneta da brigada policial, (...)” => Tem-se um aposto, no qual se vê a ocupação mais simples do sujeito.
  • D: “Silva (...) residia (...), na casinha nº 19 da estalagem da rua do Rezende, nº 109.” => Há um caso de adjunto adverbial: o lugar indicado revela a origem humilde do morto.

Assinale a alternativa INCORRETA sobre o Texto II.
  • A: Percebe-se um estudioso que, cientificamente, consegue criar uma teoria com a qual se resolvem as injustiças nos julgamentos dos crimes.
  • B: O emprego dos substantivos “homicidas”, “arrombadores” e “violadores” marca o conjunto de criminosos listado por Lombroso.
  • C: Nos criminosos são apontadas “anormalidades” que têm a finalidade de diferenciá-los dos tipos normais.
  • D: É possível afirmar que Lombroso não busca compreender a alma dos criminosos; descreve apenas corpos criminosos.

No Texto II, a caracterização dos criminosos é feita com auxílio de adjetivos extraídos do mundo animal. Assinale a alternativa em que NÃO se verifica esse recurso.
  • A: “nariz /.../ aquilino”
  • B: “dentes caninos”
  • C: “aves de rapina”
  • D: “orelhas de abano”

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