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Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância verbal.
  • A: Há muitos caminhos, mas a linguagem é um dos fundamentais para que a criança estabeleçam relações com o mundo.
  • B: Obras que convêm aos que iniciam o contato com os livros são as que oferecem experiências táteis e auditivas.
  • C: O hábito da leitura praticado nos espaços domésticos podem gerar mais intimidade e entrosamento entre os integrantes da família.
  • D: Existe ações de extrema relevância realizadas pela escola, uma delas é fomentar o otimismo nas crianças.
  • E: Desenvolver competências, como dotar os alunos de um comportamento investigativo, são responsabilidade da escola.

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado na alternativa:
  • A: Ainda muito pequena, já é possível a criança começar à gostar de livros.
  • B: Em uma livraria, as crianças manuseiam e escolhem livros à seu bel-prazer.
  • C: A obrigação técnica de selecionar livros para os alunos cabe à área docente.
  • D: Sentir-se igual à uma fada pode aumentar a autoestima da criança.
  • E: Um livro pode estar associado à situações delicadas que a família está vivenciando.

Para responder à questão, leia um trecho do romance Vermelho amargo, em que o narrador se refere à falecida mãe.

Se a chuva chovia mansa o dia inteiro, o amor da mãe se revelava com mais delicadeza. O tempo definia as receitas. Na beira do fogão ela refogava o arroz. O cheiro de alho frito acordava o ar e impacientava o apetite. A couve, ela cortava mais fina que a ponta de agulha que borda mares em ponto cheio. Depois, mexia o angu para casar com a carne moída, salpicada de salsinha, conversando com o caldo de feijão. Tudo denunciava o seu amor. Nós, meninos, comíamos devagar, tomando sentido para cada gosto. Ela desconfiava que matar nossa fome era como nos pedir para viver. A comida descia leve como o andar do gato da minha irmã.

Exige-se longo tempo e paciência para enterrar uma ausência. Aquele que se foi ocupa todos os vazios.

(Bartolomeu Campos de Queirós. Vermelho amargo. Cosac Naify, 2011.)

Pela leitura do texto, é correto afirmar que o narrador
  • A: tinha um comportamento distinto dos irmãos, pois ele era o único a saborear prazerosamente as refeições feitas pela mãe.
  • B: reconhece a dedicação da mãe que, mesmo muito atarefada e exausta, preparava com capricho o almoço para a família.
  • C: revela sua enorme tristeza pela morte da mãe, visto que, sem ela, se sentia solitário e menosprezado pelos irmãos.
  • D: percebe que a mãe era muito amorosa, embora estivesse ciente de que suas atitudes em nada sensibilizavam os filhos.
  • E: relaciona o passado ao presente, contrapondo a felicidade da infância à dor causada pela ausência da figura materna.

Para responder à questão, leia um trecho do romance Vermelho amargo, em que o narrador se refere à falecida mãe.

Se a chuva chovia mansa o dia inteiro, o amor da mãe se revelava com mais delicadeza. O tempo definia as receitas. Na beira do fogão ela refogava o arroz. O cheiro de alho frito acordava o ar e impacientava o apetite. A couve, ela cortava mais fina que a ponta de agulha que borda mares em ponto cheio. Depois, mexia o angu para casar com a carne moída, salpicada de salsinha, conversando com o caldo de feijão. Tudo denunciava o seu amor. Nós, meninos, comíamos devagar, tomando sentido para cada gosto. Ela desconfiava que matar nossa fome era como nos pedir para viver. A comida descia leve como o andar do gato da minha irmã.

Exige-se longo tempo e paciência para enterrar uma ausência. Aquele que se foi ocupa todos os vazios.

(Bartolomeu Campos de Queirós. Vermelho amargo. Cosac Naify, 2011.)

Nas duas orações que formam a primeira frase do texto – Se a chuva chovia mansa o dia inteiro, o amor da mãe se revelava com mais delicadeza. –, encontram-se respectivamente as ideias de:
  • A: condição e consequência.
  • B: condição e causa.
  • C: concessão e consequência.
  • D: tempo e causa.
  • E: tempo e finalidade.

Assinale a alternativa correta a respeito do termo ou expressão em destaque nos trechos do texto.
  • A: Em – A couve, ela cortava mais fina que a ponta de agulha que borda mares... –, está empregada em sentido figurado significando triturava.
  • B: Em – Depois, mexia o angu para casar com a carne moída... –, está empregada em sentido próprio significando salgar.
  • C: Em – Tudo denunciava o seu amor. –, está empregada em sentido figurado significando dissimulava.
  • D: Em – A comida descia leve como o andar do gato da minha irmã. – está empregada em sentido próprio significando engolia-se sorrateiramente.
  • E: Em – Exige-se longo tempo e paciência para enterrar uma ausência. –, está empregada em sentido figurado, significando aceitar a morte de alguém.

Conheço infantes que falam o que não devem, porque dizem a verdade. Crianças e bêbados, já foi escrito, possuem estranho compromisso com o verídico.
Anos atrás, uma amiga decidiu carregar um pouco na tradição familiar. Ela me disse que acabava de retornar “da fazenda” do pai. A filha que nos escutava (tinha algo como 10 anos) quase gritou: “Fazenda, mãe? Aquilo não é nem sítio!”. Menina inconveniente, desagradável, pouco educada e, como descobri depois, mais exata na descrição da propriedade rural. Era mais uma casinha cercada de árvores singelas do que um latifúndio.
A pessoa que abre a boca de forma inconveniente, revelando contradições e trazendo à luz inconsistências, pode ser um … boquirroto. Também empregamos o termo para designar quem não guarda segredo. Quando o objeto da indiscrição não somos nós, nada mais divertido do que esse ser. Funciona como a criança do conto A Roupa Nova do Rei (de Hans Andersen): diz o que todos viam e tinham medo de trazer a público. O indiscreto libera demônios coletivos reprimidos pelo medo e pela inconveniência.
Aprendi muito cedo que a liberdade de expressão, quando anunciada, é um risco. Aprendi que o cuidado deve ser redobrado diante do convite à sinceridade. Existem barreiras intransponíveis, pontos cegos, muralhas impenetráveis no mundo humano. Uma delas é a situação em que uma pergunta envolve uma crença fundamental da pessoa.
Minha iluminada amiga e meu onisciente amigo: invejo-os. Se vocês dizem o que querem, na hora que desejam, vocês têm uma ou todas as seguintes características: riqueza extrema, poder político enorme, tamanho físico intimidador, equipe de segurança numerosa, total estabilidade afetiva, autonomia diante do mundo, saúde plena e coragem épica. Sem nenhuma das oito características anteriores, eu, humilde mortal, prometo, lacanianamente*, dizer-lhes a verdade que vocês estão preparados para ouvir. Da mesma forma, direi a minha verdade: limitada, cheia de impurezas e concepções equivocadas, ou seja, a que eu estou preparado para enunciar. O demônio é o pai da mentira, porque ele não é onipotente. A verdade total pertence a Deus. Nós? Adeus e alguma esperança...

(Leandro Karnal, O boquirroto. Diário da Região, 19.06.2022. Adaptado)

* Referência ao psicanalista Jacques Lacan.

É correto afirmar que o autor entende que as manifestações infantis
  • A: são incapazes de contradizer os adultos, pois estes as contestam no momento certo.
  • B: são indiscretas e divertidas quando se dirigem à pessoa que ouve a fofoca.
  • C: podem revelar verdades incômodas que o mundo adulto reconhece, mas evita expressar.
  • D: são parte do imaginário da criança, razão pela qual é difícil esconder a verdade destas.
  • E: demonstram incapacidade de respeitar o próximo e revelam imaturidade.

Conheço infantes que falam o que não devem, porque dizem a verdade. Crianças e bêbados, já foi escrito, possuem estranho compromisso com o verídico.
Anos atrás, uma amiga decidiu carregar um pouco na tradição familiar. Ela me disse que acabava de retornar “da fazenda” do pai. A filha que nos escutava (tinha algo como 10 anos) quase gritou: “Fazenda, mãe? Aquilo não é nem sítio!”. Menina inconveniente, desagradável, pouco educada e, como descobri depois, mais exata na descrição da propriedade rural. Era mais uma casinha cercada de árvores singelas do que um latifúndio.
A pessoa que abre a boca de forma inconveniente, revelando contradições e trazendo à luz inconsistências, pode ser um … boquirroto. Também empregamos o termo para designar quem não guarda segredo. Quando o objeto da indiscrição não somos nós, nada mais divertido do que esse ser. Funciona como a criança do conto A Roupa Nova do Rei (de Hans Andersen): diz o que todos viam e tinham medo de trazer a público. O indiscreto libera demônios coletivos reprimidos pelo medo e pela inconveniência.
Aprendi muito cedo que a liberdade de expressão, quando anunciada, é um risco. Aprendi que o cuidado deve ser redobrado diante do convite à sinceridade. Existem barreiras intransponíveis, pontos cegos, muralhas impenetráveis no mundo humano. Uma delas é a situação em que uma pergunta envolve uma crença fundamental da pessoa.
Minha iluminada amiga e meu onisciente amigo: invejo-os. Se vocês dizem o que querem, na hora que desejam, vocês têm uma ou todas as seguintes características: riqueza extrema, poder político enorme, tamanho físico intimidador, equipe de segurança numerosa, total estabilidade afetiva, autonomia diante do mundo, saúde plena e coragem épica. Sem nenhuma das oito características anteriores, eu, humilde mortal, prometo, lacanianamente*, dizer-lhes a verdade que vocês estão preparados para ouvir. Da mesma forma, direi a minha verdade: limitada, cheia de impurezas e concepções equivocadas, ou seja, a que eu estou preparado para enunciar. O demônio é o pai da mentira, porque ele não é onipotente. A verdade total pertence a Deus. Nós? Adeus e alguma esperança...

(Leandro Karnal, O boquirroto. Diário da Região, 19.06.2022. Adaptado)

* Referência ao psicanalista Jacques Lacan.

Segundo o autor,
  • A: guardar segredos é atitude coerente dos que priorizam a sinceridade.
  • B: o boquirroto não consegue nos impressionar com suas intrigas.
  • C: não existe verdade na fala do boquirroto, pois ele cria boatos.
  • D: a sinceridade é um risco quando desafia convicções de outrem.
  • E: falar sem censura é privilégio dos que se certificam da verdade.

Assinale a alternativa em que o termo destacado no enunciado retoma informação anterior.
  • A: Ela me disse que acabava de retornar “da fazenda” do pai.
  • B: Adeus e alguma esperança.
  • C: A verdade total pertence a Deus.
  • D: ... (tinha algo como 10 anos) ...
  • E: Minha iluminada amiga e meu onisciente amigo: invejo-os.

Assinale a alternativa em que o trecho entre parênteses substitui o destacado, apresentando emprego correto do sinal indicativo de crase.
  • A: Também se aplica o termo a quem não guarda segredo. (… àquele que não guarda segredo).
  • B: A pessoa que abre a boca de forma inconveniente, revelando contradições (dando à conhecer contradições).
  • C: … prometo, lacanianamente, dizer-lhes a verdade que vocês estão preparados para ouvir. (… à qual vocês estão preparados para ouvir).
  • D: A verdade total pertence a Deus. (… entregamos à Deus).
  • E: … diz o que todos viam e tinham medo de trazer a público. (mostrar à todo mundo).

Observe as ocorrências de dois-pontos nas passagens a seguir.

•  Funciona como a criança do conto A Roupa Nova do Rei (de Hans Andersen): diz o que todos viam e tinham medo de trazer a público. – 3o parágrafo
•  Minha iluminada amiga e meu onisciente amigo: invejo-os. – último parágrafo

Assinale a alternativa em que se justifica, correta e respectivamente, o emprego de dois-pontos.
  • A: Introduzir um esclarecimento; marcar o vocativo.
  • B: Introduzir uma citação; expressar um questionamento.
  • C: Introduzir um esclarecimento; marcar uma justificativa.
  • D: Inserir uma referência literária; destacar uma definição.
  • E: Inserir o ponto de vista do autor; marcar o vocativo.

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