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Foram encontradas 24771 questões.
Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.



A correção gramatical do texto seria preservada caso o termo “públicas” (primeiro período do último parágrafo) estivesse flexionado no singular, da seguinte forma: pública.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.



É redundante o uso da expressão “a cidadania organizada”, no segundo parágrafo, uma vez que tal termo é abrangido pelo conceito de “cidadãos”.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.



As formas verbais “Vinculada” (primeiro período do terceiro parágrafo) e “Representa” (segundo período do terceiro parágrafo) têm como sujeito o mesmo elemento textual: “dimensão” (primeiro período do terceiro parágrafo).
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.


A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a expressão “os quais” (último período do terceiro parágrafo) fosse substituída pela forma o que, em referência a “conjunto” (último período do terceiro parágrafo).
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.


No primeiro período do quarto parágrafo, a expressão “a qual” foi empregada para tornar menos ambígua a estrutura do período, haja vista que essa expressão retoma apenas “capacidade de liderança do Estado”, e não as três dimensões apresentadas.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.


No quarto parágrafo do texto, o período “A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade” poderia ser reescrito da seguinte forma, o que manteria a correção gramatical e os sentidos textuais: A governabilidade, assim, significa que o governo tomará decisões respaldadas em um processo que prescinda da participação dos diversos setores da sociedade.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CB1A1

A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do governo ou do Estado pela sociedade.

Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade plena.

Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.

Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.

Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.

Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.

Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017.
Internet: Texto (com adaptações).
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.


No primeiro período do último parágrafo, estariam prejudicadas a correção gramatical e a coerência textual caso a expressão “se devem efetivar” fosse reescrita como deve-se efetivarem.
  • A: Certo
  • B: Errado

Texto CG2A1-I


É perigoso nos distrairmos com uma fantasia utópica ou apocalíptica possibilitada pela inteligência artificial (IA), que promete ou um futuro “florescente” ou um futuro “potencialmente catastrófico”. Essa ilusão, que infla as capacidades dos sistemas automatizados e os antropomorfiza, induz as pessoas a pensar que existe um ser senciente por trás das mídias sintéticas. Isso seduz as pessoas a não apenas confiarem acriticamente em sistemas como o ChatGPT, mas também a lhes atribuírem erroneamente a capacidade de agir. A responsabilização propriamente dita não cabe aos artefatos tecnológicos, mas a seus construtores.

O que precisamos é de regulamentação que imponha transparência a essa tecnologia digital. Isso deve ficar sempre claro quando nos deparamos com mídias sintéticas, e as organizações que constroem esses sistemas também deveriam ser obrigadas a documentar e a divulgar os dados de treinamento e as arquiteturas de modelo. Além disso, o ônus de criar instrumentos seguros de uso dessas tecnologias deveria recair sobre as empresas que constroem e implantam sistemas generativos, o que significa que os construtores desses sistemas deveriam ser responsabilizados pelos resultados produzidos por seus produtos.

A corrida atual rumo a “experimentos de IA” cada vez maiores não é um caminho predeterminado no qual a nossa única escolha é o quão rápido devemos correr, mas uma série de decisões impulsionadas pelo lucro. As ações e as escolhas das corporações devem ser moldadas por regulamentação que proteja os direitos e os interesses das pessoas. O foco da nossa preocupação não deveriam ser as “poderosas mentes digitais” imaginárias. Em vez disso, deveríamos focar nas práticas de exploração muito reais e muito presentes das empresas que afirmam construí-las.


Timnit Gebru et al.Papagaios estocásticos: o pedido de moratória para a IA e os riscos em jogo. Internet: (com adaptações).

No primeiro parágrafo do texto CG2A1-I, o fato de as pessoas confiarem acriticamente em sistemas que usam IA e o fato de elas atribuírem a responsabilidade aos artefatos tecnológicos em vez de a seus construtores são apresentados como
  • A: causas da ilusão de haver um ser senciente por trás das mídias sintéticas.
  • B: consequências da ilusão de haver um ser senciente por trás das mídias sintéticas.
  • C: finalidades da ilusão de haver um ser senciente por trás das mídias sintéticas.
  • D: condições da ilusão de haver um ser senciente por trás das mídias sintéticas.
  • E: concessões da ilusão de haver um ser senciente por trás das mídias sintéticas.

Texto CG2A1-I


É perigoso nos distrairmos com uma fantasia utópica ou apocalíptica possibilitada pela inteligência artificial (IA), que promete ou um futuro “florescente” ou um futuro “potencialmente catastrófico”. Essa ilusão, que infla as capacidades dos sistemas automatizados e os antropomorfiza, induz as pessoas a pensar que existe um ser senciente por trás das mídias sintéticas. Isso seduz as pessoas a não apenas confiarem acriticamente em sistemas como o ChatGPT, mas também a lhes atribuírem erroneamente a capacidade de agir. A responsabilização propriamente dita não cabe aos artefatos tecnológicos, mas a seus construtores.

O que precisamos é de regulamentação que imponha transparência a essa tecnologia digital. Isso deve ficar sempre claro quando nos deparamos com mídias sintéticas, e as organizações que constroem esses sistemas também deveriam ser obrigadas a documentar e a divulgar os dados de treinamento e as arquiteturas de modelo. Além disso, o ônus de criar instrumentos seguros de uso dessas tecnologias deveria recair sobre as empresas que constroem e implantam sistemas generativos, o que significa que os construtores desses sistemas deveriam ser responsabilizados pelos resultados produzidos por seus produtos.

A corrida atual rumo a “experimentos de IA” cada vez maiores não é um caminho predeterminado no qual a nossa única escolha é o quão rápido devemos correr, mas uma série de decisões impulsionadas pelo lucro. As ações e as escolhas das corporações devem ser moldadas por regulamentação que proteja os direitos e os interesses das pessoas. O foco da nossa preocupação não deveriam ser as “poderosas mentes digitais” imaginárias. Em vez disso, deveríamos focar nas práticas de exploração muito reais e muito presentes das empresas que afirmam construí-las.


Timnit Gebru et al.Papagaios estocásticos: o pedido de moratória para a IA e os riscos em jogo. Internet: (com adaptações).

Assinale a opção correta no que se refere à estrutura argumentativa do texto CG2A1-I.
  • A: No primeiro parágrafo, identifica-se o problema de se atribuir ingenuamente capacidade de agir à IA; no segundo, inicia-se a defesa da atual ausência de responsabilização dos construtores dessa tecnologia; no terceiro, articulam-se as ideias dos parágrafos anteriores para apontar o real problema no desenvolvimento dos experimentos de IA.
  • B: No primeiro parágrafo, identifica-se o problema de se atribuir ilusoriamente à IA capacidade de agir; no segundo, desenvolve-se a questão da atual ausência de regulamentação que imponha transparência a essa tecnologia digital e de responsabilização dos construtores de artefatos tecnológicos; no terceiro, as ideias dos parágrafos anteriores são articuladas para apontar o real problema no desenvolvimento dos experimentos de IA.
  • C: No primeiro parágrafo, critica-se a confiança excessiva das pessoas nos sistemas de IA; no segundo, é introduzida a questão da atual ausência de responsabilização dos artefatos tecnológicos e de seus criadores; no terceiro, retoma-se o problema abordado no primeiro parágrafo, vinculando-o à necessidade de regulamentação da IA.
  • D: No primeiro parágrafo, identifica-se o problema de se atribuir indevidamente poder de ação à IA; no segundo, aborda-se a questão da atual ausência de responsabilização de seus construtores, destacando-se que eles superestimam os lucros de seus produtos; no terceiro, é retomado o problema abordado no primeiro parágrafo, vinculando-o à necessidade de regulamentação da IA.
  • E: No primeiro parágrafo, critica-se a antropomorfização dos sistemas automatizados de IA; no segundo, desenvolve-se a ideia da necessidade de responsabilização dos construtores da IA e de sua regulamentação; no terceiro, as ideias dos parágrafos anteriores são resumidas para apontar o real problema no desenvolvimento dos experimentos de IA.

Texto CG2A1-I


É perigoso nos distrairmos com uma fantasia utópica ou apocalíptica possibilitada pela inteligência artificial (IA), que promete ou um futuro “florescente” ou um futuro “potencialmente catastrófico”. Essa ilusão, que infla as capacidades dos sistemas automatizados e os antropomorfiza, induz as pessoas a pensar que existe um ser senciente por trás das mídias sintéticas. Isso seduz as pessoas a não apenas confiarem acriticamente em sistemas como o ChatGPT, mas também a lhes atribuírem erroneamente a capacidade de agir. A responsabilização propriamente dita não cabe aos artefatos tecnológicos, mas a seus construtores.

O que precisamos é de regulamentação que imponha transparência a essa tecnologia digital. Isso deve ficar sempre claro quando nos deparamos com mídias sintéticas, e as organizações que constroem esses sistemas também deveriam ser obrigadas a documentar e a divulgar os dados de treinamento e as arquiteturas de modelo. Além disso, o ônus de criar instrumentos seguros de uso dessas tecnologias deveria recair sobre as empresas que constroem e implantam sistemas generativos, o que significa que os construtores desses sistemas deveriam ser responsabilizados pelos resultados produzidos por seus produtos.

A corrida atual rumo a “experimentos de IA” cada vez maiores não é um caminho predeterminado no qual a nossa única escolha é o quão rápido devemos correr, mas uma série de decisões impulsionadas pelo lucro. As ações e as escolhas das corporações devem ser moldadas por regulamentação que proteja os direitos e os interesses das pessoas. O foco da nossa preocupação não deveriam ser as “poderosas mentes digitais” imaginárias. Em vez disso, deveríamos focar nas práticas de exploração muito reais e muito presentes das empresas que afirmam construí-las.


Timnit Gebru et al.Papagaios estocásticos: o pedido de moratória para a IA e os riscos em jogo. Internet: (com adaptações).

Com base nos sentidos do texto CG2A1-I, julgue os itens a seguir.

I Entende-se do texto que a ilusão que antropomorfiza a IA e transforma a corrida rumo a seu desenvolvimento em um destino inescapável beneficia as corporações que lucram com a IA.
II No segundo parágrafo, a afirmação de que a garantia de segurança no uso da tecnologia digital deveria recair sobre as empresas é uma proposta que responde à demanda por transparência.
III No terceiro parágrafo, identifica-se uma contraposição entre os interesses das corporações e os das pessoas comuns.

Assinale a opção correta.
  • A: Nenhum item está certo.
  • B: Apenas os itens I e II estão certos.
  • C: Apenas os itens I e III estão certos.
  • D: Apenas os itens II e III estão certos.
  • E: Todos os itens estão certos.

Exibindo de 4681 até 4690 de 24771 questões.