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Linguagens
 


          Há muitas linguagens em nossa linguagem. Disse isso a um amigo, a propósito da diversidade de níveis de comunicação, e ele logo redarguiu:
      − Mas certamente você concordará em que haverá linguagens boas e linguagens ruins, melhores e piores.
      − Não é tão simples assim, respondi. Essa, como se sabe, é uma discussão acesa, um pomo da discórdia, que envolve argumentos linguísticos, sociológicos e políticos. A própria noção de erro ou acerto está mais do que relativizada. Tanto posso dizer “e aí, mano, tudo nos conformes?” como posso dizer “olá, como está o senhor?”: tudo depende dos sujeitos e dos contextos
envolvidos.




          As linguagens de uma notícia de jornal, de uma bula de remédio, de um discurso de formatura, de uma discussão no trânsito, de um poema e de um romance diferenciam-se enormemente, cada uma envolvida com uma determinada função. Considerar a pluralidade de discursos e tudo o que se determina e se envolve nessa pluralidade é uma das obrigações a que todos deveríamos atender, sobretudo os que defendem a liberdade de expressão e de pensamento.


                                                                                                                                                               (Norton Camargo Pais, inédito)
Constituem exemplos de figuras de linguagem os segmentos:


  • A: discussão acesa e pomo da discórdia (3° parágrafo)
  • B: muitas linguagens e níveis de comunicação (1° parágrafo)
  • C: argumentos linguísticos e contextos envolvidos (3° parágrafo)
  • D: como se sabe e Não é tão simples (3° parágrafo)
  • E: envolve argumentos e noção de erro (3° parágrafo)

Linguagens
 


          Há muitas linguagens em nossa linguagem. Disse isso a um amigo, a propósito da diversidade de níveis de comunicação, e ele logo redarguiu:
      − Mas certamente você concordará em que haverá linguagens boas e linguagens ruins, melhores e piores.
      − Não é tão simples assim, respondi. Essa, como se sabe, é uma discussão acesa, um pomo da discórdia, que envolve argumentos linguísticos, sociológicos e políticos. A própria noção de erro ou acerto está mais do que relativizada. Tanto posso dizer “e aí, mano, tudo nos conformes?” como posso dizer “olá, como está o senhor?”: tudo depende dos sujeitos e dos contextos
envolvidos.




          As linguagens de uma notícia de jornal, de uma bula de remédio, de um discurso de formatura, de uma discussão no trânsito, de um poema e de um romance diferenciam-se enormemente, cada uma envolvida com uma determinada função. Considerar a pluralidade de discursos e tudo o que se determina e se envolve nessa pluralidade é uma das obrigações a que todos deveríamos atender, sobretudo os que defendem a liberdade de expressão e de pensamento.


                                                                                                                                                               (Norton Camargo Pais, inédito)



Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

  • A: Os chamados vícios de linguagem, aos quais recai a condenação dos gramáticos, são por vezes expressões aonde não falta alguma virtude.
  • B: As linguagens de que se servem os usuários de uma língua encerram valores de uso aos quais ninguém pode se furtar.
  • C: As restrições ao uso informal a cujas tantos abraçam não têm justificativas de que mereçam uma atenção mais séria.
  • D: A linguagem dos surfistas, da qual os preconceituosos investem, atendem vivências às quais eles desfrutam.
  • E: O tratamento de “mano”, em que o texto faz referência, é típico à bem determinadas parcelas da população.



Linguagens
 


          Há muitas linguagens em nossa linguagem. Disse isso a um amigo, a propósito da diversidade de níveis de comunicação, e ele logo redarguiu:
      − Mas certamente você concordará em que haverá linguagens boas e linguagens ruins, melhores e piores.
      − Não é tão simples assim, respondi. Essa, como se sabe, é uma discussão acesa, um pomo da discórdia, que envolve argumentos linguísticos, sociológicos e políticos. A própria noção de erro ou acerto está mais do que relativizada. Tanto posso dizer “e aí, mano, tudo nos conformes?” como posso dizer “olá, como está o senhor?”: tudo depende dos sujeitos e dos contextos
envolvidos.




          As linguagens de uma notícia de jornal, de uma bula de remédio, de um discurso de formatura, de uma discussão no trânsito, de um poema e de um romance diferenciam-se enormemente, cada uma envolvida com uma determinada função. Considerar a pluralidade de discursos e tudo o que se determina e se envolve nessa pluralidade é uma das obrigações a que todos deveríamos atender, sobretudo os que defendem a liberdade de expressão e de pensamento.


                                                                                                                                                               (Norton Camargo Pais, inédito)





Atente para estas orações:
I. Há diferentes usos de linguagem.
II. Esses diferentes usos variam de acordo com as situações.
III. É sempre relativo, por isso, o valor desses usos.
Essas orações articulam-se com clareza, coesão e correção num único período em:







 







  • A: O valor relativo das linguagens varia porque de acordo com os usos das diferentes situações em que se apresentam.
  • B: Embora hajam diferentes usos da linguagem, de acordo com as situações, cujo valor no entanto deve relativizar-se.
  • C: Tanto é relativo o valor de usos das linguagens que em seus diferentes empregos apresentam-se bastante variáveis.
  • D: Os usos de linguagem variam consoante as diferentes situações, motivo pelo qual seu valor é sempre relativo.
  • E: As diferentes situações de usos da linguagem fazem com que assim o valor das mesmas acabe sendo sempre relativo.

Redes pessoais e vulnerabilidade social
 


          Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.


          No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.


          A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.


                                          (Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, no 92, 2011-2012. Adaptado)

É correto afirmar que esse texto se dedica, principalmente, a



  • A: denunciar equívocos frequentes nos estudos sobre a pobreza.
  • B: criticar o tratamento dado ao tema “pobreza” pelos estudiosos de redes sociais.
  • C: discutir o papel das elites econômicas no incentivo ao consumo.
  • D: expor contribuições das redes pessoais para o estudo da pobreza.
  • E: apontar medidas capazes de minimizar o problema da desigualdade social.

Redes pessoais e vulnerabilidade social
 


          Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.


          No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.


          A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.


                                          (Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, no 92, 2011-2012. Adaptado)

De acordo com o texto, um dos aspectos positivos do recurso às redes pessoais para análise da pobreza está em



  • A: desvincular-se da perspectiva analítica de estudos que atribuem a responsabilidade pela pobreza ao pobre ou à ação de elementos acima do plano individual.
  • B: condensar informações pessoais e grupais, para conhecer os benefícios à disposição dos cidadãos e possibilitar-lhes melhores recursos materiais e imateriais.
  • C: desfazer a crença de que a sociabilidade é um fenômeno que depende de o indivíduo abandonar as condições de pobreza e buscar a própria felicidade.
  • D: facilitar a mobilização de grupos de interesse (econômico, político) com o objetivo social definido de remover obstáculos à ascensão social.
  • E: possibilitar aos menos favorecidos acesso a recursos econômicos, além de promover a integração deles a outros grupos.

Redes pessoais e vulnerabilidade social
 


          Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.


          No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.


          A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.


                                          (Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, no 92, 2011-2012. Adaptado)

 

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da afirmação:

 

A relação de sentido estabelecida no contexto pelas expressões destacadas no primeiro parágrafo é de ________ e tem equivalente na expressão em destaque na passagem ___________ .




  • A: abrangência ... “análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos”
  • B: limite temporal ... “de forma cada vez mais eloquente”
  • C: alternância ... “desde a mobilização política em movimentos sociais”
  • D: limite espacial ... “aquelas que cercam os indivíduos em particular”
  • E: inclusão ... “assim como de análises sistêmicas”



Para responder à questão,considere esta passagem do texto:

(I) A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos,
(II) embora os últimos anos tenham assistido
(III) a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais
(IV) para a explicação da pobreza.



Assinale a alternativa contendo afirmação correta.





 




  • A: O trecho (II) expressa, em relação ao (I), a ideia de restrição, podendo ser substituído por “contanto que os últimos anos assistiram”.
  • B: O trecho (IV) expressa, em relação ao (III), a ideia de intenção, podendo ser substituído por “enfim explicando a pobreza”.
  • C: O trecho (II) expressa, em relação ao (I), a ideia de concessão, podendo ser substituído por “apesar de os últimos anos terem assistido”.
  • D: O trecho (II) expressa, em relação ao (I), a ideia de limitação, podendo ser substituído por “desde que os últimos anos assistiram”.
  • E: O trecho (IV) expressa, em relação ao (III), a ideia de proximidade, podendo ser substituído por “ao encontro da explicação da pobreza”.

Redes pessoais e vulnerabilidade social
 


          Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.


          No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.


          A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.


                                          (Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, no 92, 2011-2012. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a concordância, nominal e verbal, está de acordo com a norma-padrão.


  • A: Foi observado, muito recentemente, a importância das redes sociais quando se tratam de vários processos sociais.
  • B: Já houveram evidências de que as redes sociais são o meio melhor indicado para fornecer informações sobre a pobreza.
  • C: Tanto as desigualdades sociais quanto a reprodução das condições de privação vem sendo associada à ação das redes sociais.
  • D: Graças aos estudos atuais, o fenômeno da pobreza têm sido o menos possível associados a ações individuais.
  • E: Constataram-se cerca de 50% dos estudos atuais examinando as redes pessoais, mas não há ainda conclusões bastantes sobre o tema.



Redes pessoais e vulnerabilidade social
 


          Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.


          No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.


          A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.


                                          (Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, no 92, 2011-2012. Adaptado)




Assinale a alternativa em que o trecho destacado está reescrito de acordo com a norma-padrão de emprego de pronomes.











 














  • A: ... constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno [cercam-lo].
  • B: ... como tais redes medeiam o acesso [medeiam-no].
  • C: Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais [tem examinado elas].
  • D: ... trocas sociais que provêm bem-estar [provêm-lhe].
  • E: Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade [estudar eles].

Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)


Segundo o texto, a mania de organização do Ministro









  • A: serviu de base para estruturar uma Pasta com várias novas e eficientes seções.
  • B: foi responsável pelo reconhecimento público da eficácia do trabalho da Pasta.
  • C: fez com que os atos dele priorizassem o bom funcionamento da Pasta.
  • D: resultou num organograma que não passou de peça decorativa em seu gabinete.
  • E: criou um clima de valorização estética no ambiente do Ministério.

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