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A mudança na pontuação mantém o sentido da frase original, preservando a norma-padrão da língua, em:
  • A: “Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade." (L. 1-2) / Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho gostar de sossego é uma excentricidade.
  • B: “algumas que não combinam conosco nem nos interessam." (L. 6-7) / algumas que não combinam conosco, nem nos interessam.
  • C: “Quem não corre com a manada praticamente nem existe," (L. 15-16) / Quem não corre, com a manada praticamente nem existe,
  • D: “disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hamsters (...)" (L. 19-20) / disparamos sem rumo ou em trilhas determinadas feito hamsters
  • E: “Estar sozinho é considerado humilhante," (L. 26) / Estar sozinho, é considerado humilhante,


 A CARTA AUTOMÁTICA

Mais de cem anos depois do surgimento do telefone, o começo dos anos 90 nos oferece um meio de comunicação que, para muitos, resgata um pouco do romantismo da carta. A Internet não usa papel colorido e perfumado, e sequer precisa de selos, mas, para muitos, fez voltar à moda o charme da comunicação por escrito. E, se o provedor não estiver com problemas, faz isso com o imediatismo do telefone. A rede também foi uma invenção que levou algum tempo para cair no gosto do público. Criada em 1993 para uso doméstico, há muito ela já era usada por cientistas universitários que queriam trocar informações. Mas, só após a difusão do computador doméstico, realizada efetivamente há uns quatro ou cinco anos, que o público pôde descobrir sua utilidade. Em The victorian internet, Tom Standage analisa o impacto da criação do telégrafo (surgido em 1837).
Uma nova tecnologia de comunicação permitia às pessoas se comunicarem quase que instantaneamente, estando à longa distância (...) Isto revolucionou o mundo dos negócios.(...) Romances floresceram sob impacto do telégrafo. Códigos secretos foram inventados por alguns usuários e desvendados por outros. (...) O governo e as leis tentaram controlar o novo meio e falharam. (...) Enquanto isto, pelos cabos, uma subcultura tecnológica com seus usos e vocabulário próprio se estabelecia.
Igual impacto teve a Internet. Antes do telégrafo, batizado de “a autoestrada do pensamento”, o ritmo de vida era superlento. As pessoas saíam para viajar de navio e não se ouviam notícias delas durante anos. Os países que quisessem saber se haviam ou não ganho determinada batalha esperavam meses pelos mensageiros, enviados no lombo dos cavalos. Neste mundo em que reinava a Rainha Vitória (1819-1901), o telégrafo provocou a maior revolução das comunicações desde o aparecimento da imprensa. A Internet não chegou a tanto. Mas nada encurta tanto distâncias como entrar num chat com alguém que esteja na Noruega, por exemplo. Se o telégrafo era “a autoestrada do pensamento”, talvez a rede possa ser a “superautoestrada”. Dos pensamentos e das abobrinhas. As tecnologias de conversação realmente mudam as conversas. Apesar de ser de fundamental utilidade para o trabalho e a pesquisa, o correio feito pela rede permite um tipo de conversa diferente daquela que ocorre por telefone. Talvez um dia, no futuro, pesquisadores analisem as razões pelas quais a rede, rápida e imediata e sem o vivo colorido identificador da voz, se presta a bate-papos (via e-mails, chats, comunicadores instantâneos) até mais informais do que os que fazemos por telefone. CAMARGO, Maria Sílvia. 24 dias por hora. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. p. 135-137. Adaptado.

A mudança na pontuação mantém o sentido da frase original, preservando a norma-padrão da língua, em:
  • A: “(...) realizada efetivamente há uns quatro ou cinco anos," (L. 14) / realizada efetivamente há uns quatro, ou cinco anos,
  • B: “(...) analisa o impacto da criação do telégrafo (surgido em 1837)." (L. 16-17) / analisa o impacto da criação do telégrafo: surgido em 1837.
  • C: “Romances floresceram sob impacto do telégrafo. Códigos secretos foram inventados (...)" (L. 21-22) / Romances floresceram sob impacto do telégrafo, códigos secretos foram inventados
  • D: “Igual impacto teve a Internet." (L. 27) / Igual impacto, teve a Internet.
  • E: “(...) não se ouviam notícias delas durante anos." (L. 30) / não se ouviam notícias, delas, durante anos.

Segundo consta, jactava-se de tomar uma cachacinha antes do jogo, para aumentar a criatividade.” (L. 22-24)

No período acima, os segmentos em destaque indicam, respectivamente,
  • A: condição / consecução.
  • B: conclusão / causa.
  • C: conformidade / finalidade.
  • D: concessão / comparação.
  • E: finalidade / tempo.

Em um texto, a pontuação é fundamental para que a mensagem seja compreendida pelo leitor de forma plena. Dentre os trechos transcritos a seguir, o emprego da vírgula NÃO está corretamente justificado em:
  • A: “Plásticos, tábuas de madeiras, roupas velhas, vidros, duas malas de viagem", (L. 6-7) – enumerar uma sequência de termos.
  • B: “Motorista de uma família que mora próximo ao mirante, Walter Silva", (L. 13-14) – isolar o aposto na estrutura frasal.
  • C: “acredita que os moradores de rua tenham rasgado os sacos e espalhado a sujeira, como resposta a uma operação feita pela subprefeitura, horas antes.", (L. 29-31) – marcar uma estrutura intercalada na frase.
  • D: “A administradora afirmou ainda que, durante a operação, os mendigos ameaçaram os garis e outros funcionários da prefeitura.", (L. 39-41) – identificar elementos com a mesma função sintática.
  • E: “Indagada sobre o tempo em que a via ficou ocupada ilegalmente, Vitória Cervantes disse apenas que eles estavam lá havia 'poucos dias'.", (L. 42-44) – indicar o adjunto adverbial antecipado.

“– Outro dia, veio um turista e separou um monte de artesanato." (L. 25-26)
No trecho transcrito acima, o uso da vírgula no período justifica-se porque
  • A: as orações separam sujeitos diferentes.
  • B: há outra sequência temporal no período.
  • C: há a intenção de enfatizar a oração anterior.
  • D: apresenta estrutura adverbial antecipada.
  • E: é necessário manter o ritmo do texto.

 


No Texto I, alguns sinais de pontuação são muito expressivos, como o emprego de aspas, travessões e parênteses.
O emprego do sinal de pontuação está corretamente justificado em:
 
  • A: “(Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional)” (L. 11) – os parênteses introduzem um comentário do autor
  • B: “(9% da população)” (L. 14-15) – os parênteses explicam os dados que serão mencionados posteriormente.
  • C: “...‘Retratos da Leitura no Brasil’...” (L. 16-17) – as aspas indicam que a expressão não está em seu sentido real.
  • D: “O Plano Nacional do Livro, Leitura e Biblioteca – Fome de Livro,” (L. 18-19) – o travessão explica a informação anterior.
  • E: “O governo criou o Fome Zero para combater a fome (...).” (L. 46) – as aspas indicam uma citação da fala de alguém.



“E, às vezes, a única alternativa possível é...” (L. 54-55).

A justificativa para o uso das vírgulas na passagem acima é a mesma que explica o seu uso na frase:
  • A: É preciso perseverança, disse ele, para continuar a caminhada.
  • B: O empreendedor, que não aceitava o fracasso, resolveu reagir.
  • C: Quando resolveu agir, já era tarde demais.
  • D: Você fez o que podia, portanto, não se lamente.
  • E: Os pesquisadores, durante a reunião, expuseram os resultados.

Em “Com o tempo,” (L. 16), a vírgula separa um adjunto adverbial deslocado.

A justificativa do emprego da(s) vírgula(s) é a mesma da passagem transcrita acima em:
  • A: A vida, bem maior do ser humano, nem sempre é como idealizamos.
  • B: Deus, ajudai-nos para que nunca deixemos de acreditar nas pessoas.
  • C: A decepção, contudo, não deve ser razão única para não tentarmos novamente.
  • D: Por agora, o melhor é aprender a dividir esforços para atingir objetivos comuns.
  • E: É preciso ter fé, sabedoria e paciência para que as coisas cheguem até você.


RETRATOS DE UMA ÉPOCA 
Mostra exibe cartões-postais de um tempo que não volta mais

Em tempos de redes sociais e da presença cada vez maior da internet no cotidiano, pouca gente se recorda de que nem sempre tudo foi assim tão rápido, instantâneo e impessoal. Se os adultos esquecem logo, crianças e adolescentes nem sabem como os avós de seus avós se comunicavam. Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais. Pois eles já foram tão importantes que eram usados para troca de mensagens de amor, de amizade, de votos de felicidades e de versos enamorados que hoje podem parecer cafonas, mas que, entre os sé- culos XIX e XX, sugeriam apenas o sentimento movido a sonho e romantismo. Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história: nasceram na Áustria, na segunda metade do século XIX, como um novo meio de correspondência. E a invenção de um professor de Economia chamado Emannuel Hermann fez tanto sucesso que, em apenas um ano, foram vendidos mais de dez milhões de unidades só no Império Austro-Húngaro. Depois, espalharam-se pelo mundo e eram aguardados com ansiedade. – A moda dos cartões-postais, trazida da Europa, sobretudo da França, no início do século passado para o Recife de antigamente, tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão, que passou meio século colecionando-os e reuniu mais de 600, 253 dos quais estão na exposição “Postaes: A correspondência afetiva na Coleção Liedo Maranhão", no Centro Cultural dos Correios, na capital pernambucana. O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os postais que eram trocados na sua própria família. Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa parte da coleção vem daí. [...] – Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia. – O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra curadora da mostra. [...] LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011. Adaptado.

Os trechos transcritos abaixo apresentam apenas um sinal de pontuação. Em qual deles, o sinal pode ser substituído por ponto e vírgula (;), com as adaptações necessárias, se for o caso?
  • A: “Há 15 dias, uma educadora no Recife" (l. 6-7)
  • B: “indagou a um grupo de estudantes quais os meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões-postais" (l. 7-9)
  • C: “Para se ter uma ideia de sua importância, basta lembrar um pouco da história" (l. 15-16)
  • D: “tornou-se uma mania que invadiu toda a cidade – lembra o colecionador Liedo Maranhão" (l. 27-29)
  • E: “reduto da cultura popular do Recife, onde eram encontrados em caixas de sapato" (l. 38-39)

A vírgula pode ser retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma-padrão na seguinte sentença:
  • A: Mário, vem falar comigo depois do expediente.
  • B: Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
  • C: Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
  • D: Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
  • E: Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.

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