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Foram encontradas 24771 questões.
Para responder às questões de números 6 a 10, baseie-se no texto abaixo.

 

Os sons de antigamente
Conta-se na família que quando meu pai comprou nossa casa em Cachoeiro do Itapemirim esse relógio já estava na parede da sala e que o vendedor o deixou lá, porque naquele tempo não ficava bem levar.
Há poucos anos trouxe o relógio para minha casa em Ipanema. Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande um pouco. Há uma corda para fazer andar os ponteiros e outra para fazer bater as horas. A primeira é forte, e faz o relógio se adiantar; de vez em quando alguém me chama a atenção para isso. Eu digo que essa é a hora de Cachoeiro. É comum o relógio marcar, digamos, duas e meia, e bater solenemente nove horas.
Na verdade, essa defasagem não me aborrece nada: há muito desanimei de querer as coisas deste mundo todas certinhas, e prefiro deixar que o velho relógio badale a seu bel-prazer. Sua batida é suave, como costumam ser as desses senhores antigos; e esse som me carrega para as noites mais antigas da infância. Às vezes tenho a ilusão de ouvir, no fundo, o murmúrio distante e querido do meu Itapemirim.
Pois me satisfaz a batida desse velho relógio, que marcou a morte de meu pai e, vinte anos depois, a de minha mãe; e que eu morra às quatro e quarenta da manhã, com ele marcando cinco e batendo onze, não faz mal nenhum; até é capaz de me cair bem.
(Adaptado de BRAGA, Rubem. Casa dos Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 115/117)
A confissão tão pessoal de que essa defasagem não me aborrece nada (3º parágrafo) tem como justificativa o que se expressa em
  • A: esse relógio já estava na parede da sala.
  • B: não é de admirar que ele tresande um pouco.
  • C: Sua batida é suave
  • D: há muito desanimei de querer as coisas deste mundo todas certinhas
  • E: marcou a morte de meu pai e, vinte anos depois, a de minha mãe.

Para responder às questões de números 6 a 10, baseie-se no texto abaixo.

 

 

Os sons de antigamente

Conta-se na família que quando meu pai comprou nossa casa em Cachoeiro do Itapemirim esse relógio já estava na parede da sala e que o vendedor o deixou lá, porque naquele tempo não ficava bem levar.
Há poucos anos trouxe o relógio para minha casa em Ipanema. Mais velho do que eu, não é de admirar que ele tresande um pouco. Há uma corda para fazer andar os ponteiros e outra para fazer bater as horas. A primeira é forte, e faz o relógio se adiantar; de vez em quando alguém me chama a atenção para isso. Eu digo que essa é a hora de Cachoeiro. É comum o relógio marcar, digamos, duas e meia, e bater solenemente nove horas.

Na verdade, essa defasagem não me aborrece nada: há muito desanimei de querer as coisas deste mundo todas certinhas, e prefiro deixar que o velho relógio badale a seu bel-prazer. Sua batida é suave, como costumam ser as desses senhores antigos; e esse som me carrega para as noites mais antigas da infância. Às vezes tenho a ilusão de ouvir, no fundo, o murmúrio distante e querido do meu Itapemirim.

Pois me satisfaz a batida desse velho relógio, que marcou a morte de meu pai e, vinte anos depois, a de minha mãe; e que eu morra às quatro e quarenta da manhã, com ele marcando cinco e batendo onze, não faz mal nenhum; até é capaz de me cair bem.

(Adaptado de BRAGA, Rubem. Casa dos Braga. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 115/117)

Ao tratar do velho relógio de família que está com ele, o cronista considera
  • A: a afetividade que manteve com essa lucrativa herança familiar, por conta do luxo que ela representa.
  • B: um compartilhamento possível entre sua personalidade humana e o comportamento irregular do relógio herdado.
  • C: as diferenças irreparáveis que se estabeleceram entre o funcionamento dos velhos relógios de corda e o dos relógios modernos.
  • D: sua nostalgia de um tempo em que as experiências humanas não eram marcadas pela exatidão mecânica dos relógios
  • E: sua aproximação cada vez mais afetiva com esse relógio, devido ao apego crescente aos bons tempos que ele soube marcar.

Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

 

Darwin nos trópicos
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168) 
Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e observação das normas de concordância verbal na frase:
  • A: As impressões da realidade brasileira que foram recolhidas por Darwin ocorreram em dois planos bem distintos de observação.
  • B: Darwin não deixou de notar as discrepâncias que lhes saltou à vista em face de uma dupla visão de realidade que o Brasil lhe oferecia.
  • C: É de se concluírem que as impressões de Darwin levaram-no a sentir emoções opostas em sua passagem pelo Brasil.
  • D: Não ocorreram ao grande cientista que as realidades do Brasil e do Haiti, no que dizem respeito ao regime escravocrata, eram bem distintas.
  • E: A muitos viajantes e exploradores estrangeiros impressionaram, quando no Brasil, a disparidade entre as belezas naturais e uma sociedade opressiva.

Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

 

Darwin nos trópicos
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168) 

Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
  • A: Em sua passagem no Brasil Darwin observou de que haviam em nossa terra sérias discrepâncias entre a paisagem natural e o regime escravocrata que aqui se incrementara.
  • B: Darwin ao mencionar as impressões de Humboldt não deixou de lhes compartilhar no que dizem respeito à uma dupla realidade que já se observava em nossa história.
  • C: Apesar de que aqui estava em missão científica, nem porisso Darwin deixou de anotar impressões suas, desfavoráveis ao escravismo, que em nossas terras se cultuavam.
  • D: O que de fato surpreendeu o grande cientista foi constatar que o regime opressivo da escravidão, no Brasil, não impedia que os escravos nutrissem grande fervor pela vida.
  • E: A frustração manifesta em Darwin originou-se de uma análise, em cuja o grande cientista imaginava ser a situação análoga do escravo brasileiro em relação ao escravo haitiano.

Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

 

Darwin nos trópicos
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168) 
Respeitando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
  • A: descrições gloriosas (1o parágrafo) = impressões empenhadas.
  • B: causou-lhe asco e perplexidade (1o parágrafo) = submeteu-o a relutantes sentimentos.
  • C: suficiente para quebrar o espírito (1o paragrafo) = disponível para aquebrantar o humor.
  • D: olhos capazes de ver e constatar (2o parágrafo) = olhos dispostos a analisar e discorrer.
  • E: chama de uma irrefreável afirmação (2o parágrafo) = ardor de uma incontida positivação.

Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

 

Darwin nos trópicos
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168)
No segundo parágrafo do texto, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos são consideradas de modo a ressaltar a
  • A: análise irônica que o implacável Darwin faz da realidade do escravismo no Brasil.
  • B: surpresa do grande cientista diante de uma incompatibilidade entre situação e sentimentos dos escravos.
  • C: convicção de Darwin quanto à pressão que a abolição no Brasil exerceria em outros países
  • D: reação do grande cientista ao reconhecer que a condição da escravidão era benigna para os escravos.
  • E: impressão profunda que causa em Darwin a diferença entre a escravidão no Brasil e no Haiti

Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

 

Darwin nos trópicos

Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168) 
No primeiro parágrafo do texto, ao se referir a Darwin, o autor ressalta
  • A: a discordância radical que o cientista manifesta em relação a favoráveis impressões descritivas do Brasil registradas pelo pesquisador Humboldt.
  • B: o fato de ter sido ele um cientista que manifestou perplexidade e preocupação diante da exploração dos recursos naturais do país.
  • C: a drástica oposição entre as impressões causadas ao cientista, quando diante da exuberância da natureza e da escravidão opressiva.
  • D: a surpresa do cientista ao reconhecer a aptidão dos escravos brasileiros para seguirem o exemplo da recente rebelião haitiana.
  • E: o compartilhamento que o grande cientista acusa em relação às impressões que teve Humboldt quando diante do contraste entre duas realidades do Brasil.

Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro.
Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.
Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.

“Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.

Sobre um componente desse segmento do texto 2, é correto afirmar que:
  • A: o sujeito da forma verbal “foi usada” está posposto;
  • B: a frase “para criar uma desigualdade” indica uma concessão;
  • C: o relativo “a qual” se refere a um termo seguinte;
  • D: o termo “alguns teóricos” funciona como objeto direto;
  • E: a forma verbal no futuro do pretérito – desenvolveria – indica uma possibilidade.

Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro.
Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.
Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.


“Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria”.

A utilização do termo “ou seja” introduz:
  • A: uma informação sobre o significado de um termo anteriormente empregado;
  • B: a explicação de uma expressão de difícil entendimento;
  • C: uma outra maneira de dizer-se rigorosamente a mesma coisa;
  • D: acréscimo de um esclarecimento sobre o que foi dito antes;
  • E: a ênfase de algo que parece importante para o texto.

Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p. 412
A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro.
Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.
Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para a constituição de civilizações.

“Dessa forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe a outro”.
A forma do verbo “impor” que está INCORRETA é:
  • A: impunha;
  • B: impusesse;
  • C: imponha;
  • D: impuser;
  • E: impora.

Exibindo de 20401 até 20410 de 24771 questões.