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Para responder às questões de números 1 a 5, baseie-se no texto abaixo.

 

Darwin nos trópicos
Ao desembarcar no litoral brasileiro em 1832, na baía de Todos os Santos, o grande cientista Darwin deslumbrou-se com a natureza nos trópicos e registrou em seu diário: “Creio, depois do que vi, que as descrições gloriosas de Humboldt* são e sempre serão inigualáveis: mas mesmo ele ficou aquém da realidade”. Mas a paisagem humana, ao contrário, causou-lhe asco e perplexidade: “Hospedei-me numa casa onde um jovem escravo era diariamente xingado, surrado e perseguido de um modo que seria suficiente para quebrar o espírito do mais reles animal.”
O mais surpreendente, contudo, é que a revolta não o impediu de olhar ao redor de si com olhos capazes de ver e constatar que, não obstante a opressão a que estavam submetidos, a vitalidade e a alegria de viver dos africanos no Brasil traziam em si a chama de uma irrefreável afirmação da vida. Darwin chegou mesmo a desejar que o Brasil seguisse o exemplo da rebelião escrava do Haiti. Frustrou-se esse desejo de uma rebelião ao estilo haitiano, mas confirmou-se sua impressão: a África salva o Brasil
*Alexander von Humboldt (1769-1859): geógrafo, naturalista e explorador prussiano.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 167/168) 
Respeitando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
  • A: descrições gloriosas (1o parágrafo) = impressões empenhadas.
  • B: causou-lhe asco e perplexidade (1o parágrafo) = submeteu-o a relutantes sentimentos.
  • C: suficiente para quebrar o espírito (1o paragrafo) = disponível para aquebrantar o humor.
  • D: olhos capazes de ver e constatar (2o parágrafo) = olhos dispostos a analisar e discorrer.
  • E: chama de uma irrefreável afirmação (2o parágrafo) = ardor de uma incontida positivação.

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