Questões

Filtrar por:

limpar filtros

Foram encontradas 24771 questões.
      Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se expressam de maneira correta e erudita.



      Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente”.


      O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago, conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador. Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, que também diz se inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado de Assis e Eça de Queiroz.


      Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da novela foi pensada para casar com o texto. “É uma novela que se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga se sentir em outra época”, diz.


                                                                              (Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)
De acordo com o texto, entende-se que as formas linguísticas empregadas na novela




  • A: correspondem a um linguajar que, apesar de ser antigo, continua em amplo uso na linguagem atual.
  • B: divergem dos usos linguísticos atuais, caracterizados pela adoção de formas mais coloquiais.
  • C: estão associadas ao coloquial, o que dá mais vivacidade à linguagem e desperta o interesse do público.
  • D: harmonizam-se com a linguagem dos dias atuais porque deixam de lado os usos corretos e formais.
  • E: constituem usos comuns na linguagem moderna, porém a maior parte das pessoas não os entende.

      Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se expressam de maneira correta e erudita.


      Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente”.


      O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago, conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador. Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, que também diz se inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado de Assis e Eça de Queiroz.


      Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da novela foi pensada para casar com o texto. “É uma novela que se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga se sentir em outra época”, diz.


                                                                              (Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)
As informações textuais permitem afirmar corretamente que



  • A: a proximidade entre a literatura e as novelas exige que haja um senso estético aguçado em relação à linguagem, por isso essas artes primam pelo erudito.
  • B: a linguagem coloquial atrai sobremaneira os autores de novelas, como é o caso de Alcides Nogueira, que desconhecia o emprego de formas eruditas.
  • C: a linguagem erudita deixa de ser empregada na novela quando há necessidade de retratar os momentos mais banais vividos pelas personagens.
  • D: a opção por escrever uma novela de época implica a transposição de elementos visuais e linguísticos para o tempo presente, modernizando-os.
  • E: a harmonização entre a linguagem e a estética da novela contribui para que a caracterização de uma época seja mais bem entendida pelo público.

Aponte a alternativa em que as duas ocorrências do termo sublinhado mostram valor semântico diferente.

 
  • A:sem crítica não se pode desenvolver um gosto” / “Em terra de gente que lê sem ler”.
  • B: “Escrevi, há dias, sobre crítica, arte, cultura” / “Quando o deus se vai, voando sobre o oceano...”.
  • C: “... impede, entre outras coisas, uma clara visão da cultura e da arte” / “Apolo é o patrono das artes, o deus da inspiração, entre outras coisas”.
  • D: “...– inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da subliteratura...” / “...o eleitor venha a ser um dia capaz de olhares altos e lúcidos como os dos argonautas...”.





      Quem assiste a “Tempo de Amar” já reparou no português extremamente culto e correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os personagens se expressam de maneira correta e erudita.


      Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. “Não tenho nada contra a linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente”.


      O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago, conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. “Muitas vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador. Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”, afirma Nogueira, que também diz se inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado de Assis e Eça de Queiroz.


      Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da novela foi pensada para casar com o texto. “É uma novela que se passa no fim dos anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga se sentir em outra época”, diz.


                                                                              (Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)



Sem prejuízo de sentido ao texto, as passagens “Quem assiste a ‘Tempo de Amar’ já reparou no português extremamente culto...” (1° parágrafo) e “Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil”… (3° parágrafo) estão corretamente reescritas em:




  • A: Quem assiste a “Tempo de Amar” já corrigiu o português excepcionalmente culto... / Seguramente, a escrita foi ficando mais fácil.
  • B: Quem assiste a “Tempo de Amar” já se deu conta do português agudamente culto... / Rapidamente, a escrita foi ficando mais fácil.
  • C: Quem assiste a “Tempo de Amar” já percebeu o português muitíssimo culto... / Paulatinamente, a escrita foi ficando mais fácil.
  • D: Quem assiste a “Tempo de Amar” já reconheceu o português ocasionalmente culto... / Curiosamente, a escrita foi ficando mais fácil.
  • E: Quem assiste a “Tempo de Amar” já se aborreceu com o português sagazmente culto... / Lentamente, a escrita foi ficando mais fácil.

Os que podem ver mais alto
Escrevi, há dias, sobre crítica, arte, cultura. Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se pode desenvolver um gosto, pois que ele é uma construção. Em outras palavras: ausente o espírito crítico, passa a valer tudo – inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da subliteratura, o horror musical, a infâmia generalizada na área das artes plásticas etc. E, dias depois, li um livro – “A literatura e os deuses” – que me iluminou particularmente sobre essas questões.
A falta de crítica (portanto, de uma educação bem fundamentada) impede, entre outras coisas, uma clara visão da cultura e da arte. Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da mediocridade. E aqui entra o livro a que me referi, abordando episódio contado por Apolônio de Rodes sobre os argonautas.
Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao alvorecer. Estenderam‐se na praia para descansar – e eis que surge o deus Apolo: “Áureos cachos flutuavam, enquanto avançava; na mão esquerda segurava um arco de prata, às costas levava uma aljava; e, sob os seus pés, toda a ilha fremia, e as ondas se agigantavam na praia.” Quando o deus se vai, voando sobre o oceano, os heróis, por sugestão de Orfeu, consagram‐lhe a ilha e oferecem‐lhe um sacrifício.
Comenta o autor do livro: “Todos têm a mesma visão, todos sentem idêntico terror, todos colaboram na construção do santuário. Mas o que ocorre se não existem argonautas, se não existem mais testemunhas de tal experiência?”
Os heróis puderam ver Apolo porque tinham seus espíritos preparados para o que está além do terrestre e imediato. Apolo é o patrono das artes, o deus da inspiração, entre outras coisas. Em terra de gente que lê sem ler, que ouve sem ouvir, que vê sem ver, ele costuma permanecer invisível. Como no Brasil, cujos gestores e políticos promovem apenas o entretenimento vazio, relegando ao ostracismo a Educação e as Artes – temerosos de que o eleitor venha a ser um dia capaz de olhares altos e lúcidos como os dos argonautas...
* Argonauta: tripulante lendário da nau mitológica Argo.

* Ostracismo: exclusão, banimento
(Ruy Espinheira Filho. Adaptado)
 Em terra de gente que lê sem ler...”. Falta a esse tipo de leitores,

 

 

 
  • A: perseverança.
  • B: eficiência.
  • C: confiança.
  • D: rapidez.

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:


      – Ó universo, eu sou-te,


      em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.


      Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância.


      A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.


      A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.


                                                                                                    (Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)
No texto, o autor defende que





  • A: a transformação das formas de comunicação está restrita à linguagem oral, normalmente menos formal que a escrita.
  • B: a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que para isso suas regras tenham de ser violadas.
  • C: o estilo dos escritores rompe com a tradição da linguagem, o que implica que eles, cada vez mais, estão submissos a ela.
  • D: os discursos lógicos e artísticos, para serem mais coerentes, têm evitado as violações linguísticas a que poderiam recorrer.
  • E: a forma como muitas pessoas se comunicam cotidianamente tem deturpado a essência da língua, comprometendo-lhe a clareza.

Os que podem ver mais alto
Escrevi, há dias, sobre crítica, arte, cultura. Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se pode desenvolver um gosto, pois que ele é uma construção. Em outras palavras: ausente o espírito crítico, passa a valer tudo – inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da subliteratura, o horror musical, a infâmia generalizada na área das artes plásticas etc. E, dias depois, li um livro – “A literatura e os deuses” – que me iluminou particularmente sobre essas questões.
A falta de crítica (portanto, de uma educação bem fundamentada) impede, entre outras coisas, uma clara visão da cultura e da arte. Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da mediocridade. E aqui entra o livro a que me referi, abordando episódio contado por Apolônio de Rodes sobre os argonautas.
Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao alvorecer. Estenderam‐se na praia para descansar – e eis que surge o deus Apolo: “Áureos cachos flutuavam, enquanto avançava; na mão esquerda segurava um arco de prata, às costas levava uma aljava; e, sob os seus pés, toda a ilha fremia, e as ondas se agigantavam na praia.” Quando o deus se vai, voando sobre o oceano, os heróis, por sugestão de Orfeu, consagram‐lhe a ilha e oferecem‐lhe um sacrifício.
Comenta o autor do livro: “Todos têm a mesma visão, todos sentem idêntico terror, todos colaboram na construção do santuário. Mas o que ocorre se não existem argonautas, se não existem mais testemunhas de tal experiência?”
Os heróis puderam ver Apolo porque tinham seus espíritos preparados para o que está além do terrestre e imediato. Apolo é o patrono das artes, o deus da inspiração, entre outras coisas. Em terra de gente que lê sem ler, que ouve sem ouvir, que vê sem ver, ele costuma permanecer invisível. Como no Brasil, cujos gestores e políticos promovem apenas o entretenimento vazio, relegando ao ostracismo a Educação e as Artes – temerosos de que o eleitor venha a ser um dia capaz de olhares altos e lúcidos como os dos argonautas...
* Argonauta: tripulante lendário da nau mitológica Argo.

* Ostracismo: exclusão, banimento
(Ruy Espinheira Filho. Adaptado)
O episódio dos argonautas foi citado no texto a fim de mostrar

 

 
  • A: o valor da mitologia na vida moderna.
  • B: o prestígio do clássico diante do moderno.
  • C: o descrédito dos heróis numa época de mediocridade.
  • D: o mérito da cultura e do conhecimento.

(...) ausente o espírito crítico, passa a valer tudo – inclusive as empulhações do nosso tempo, como a promoção da subliteratura, o horror musical, a infâmia generalizada na área das artes plásticas etc.”

Sobre os componentes desse fragmento do texto, pode‐se afirmar com correção que:

 
  • A: as palavras “subliteratura”, “horror” e “infâmia” mostram incompreensão da arte moderna.
  • B: a palavra “empulhações” mostra admiração por algumas artes modernas.
  • C: a frase “ausente o espírito crítico” funciona como consequência da expressão seguinte.
  • D: a palavra “inclusive” pode ser substituída por “até”.



















      Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo. Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo “ser”; e assim dei à voz de Deus a frase:


      – Ó universo, eu sou-te,


      em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.


      Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz, empreguei a frase “aquela rapaz”, violando deliberadamente e justissimamente a lei fundamental da concordância.


      A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.


      A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.


                                                                                                    (Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)



Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de colocação pronominal.
 





















  • A: A prosódia, já disse-o alguém, não é mais que função do estilo.
  • B: Se consubstancia o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase: – Ó universo, eu sou-te.
  • C: Tendo referido-me a Deus simultaneamente como o Criador e a Alma do mundo, recorri à frase: – Ó universo, eu sou-te.
  • D: Sirvamo-nos da linguagem para quaisquer efeitos, sejam eles lógicos ou artísticos.
  • E: Para expressar minha ideia, juntariam-se o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na frase.

Dizia, em meio a outras coisas, que sem crítica não se pode desenvolver um gosto, pois que ele é uma construção. Em outras palavras: ausente o espírito crítico, passa a valer tudo...”.

Nesse fragmento do texto, a expressão “ausente o espírito crítico, passa a valer tudo

 
  • A: retifica algo que foi dito anteriormente.
  • B: exemplifica a última palavra da expressão anterior.
  • C: é uma nova forma de dizer o que já foi expresso.
  • D: tira conclusões a partir de uma afirmativa anterior.

Exibindo de 18951 até 18960 de 24771 questões.