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Foram encontradas 66 questões.







Ao analisar a linguagem usada pela autora na construção do seu texto, verifica-se que
  • A: constata-se a presença somente do registro formal.
  • B: há o uso reiterado do registro informal.
  • C: predomina o uso da linguagem conotativa.
  • D: o uso reiterado da 1.ª pessoa confere impessoalidade ao discurso.











Ao longo do texto, a autora faz uso de palavras e expressões que são próprias da oralidade. O trecho em que esse uso ocorre com um verbo encontra-se na alternativa
  • A: “Uma vida mais simples começa quando a gente para de levar tudo tão a sério [...]” (Linha 23)
  • B: “[...] e coloca atenção e intenção naquilo que realmente parece fazer sentido pra gente agora.” (Linhas 23-24)
  • C: “Então, para a conexão eu-comigo-mesma ser realmente verdadeira, tem de haver uma baita fricção.” (Linhas 5- 6)
  • D: “Pensa comigo: quando foi a última vez que você se conectou a alguém por causa de uma afinidade [...]” (Linhas 17-18)

Trata-se da transcrição de diálogo entre dois comentaristas (C1 e C2, nessa ordem) no âmbito de uma discussão ocorrida em um canal de notícias na TV a cabo sobre o desastre da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais:
— Até onde se sabe, tem um laudo atestando que a barragem era segura né?
— Sim, as investigações consideram esse laudo, como uma foto. Ele apresenta como a barragem estava em setembro ou dezembro do ano passado.
— Isso que cê tá falando é importante. Mas também temos de pensar se esse laudo não foi assinado por um engenheiro canetinha. Sabe o que é um engenheiro canetinha?
— Claro. É aquele que assina sem nem mesmo ir no lugar. Era muito famoso no passado, quando teve uma epidemia de acidentes de elevador. Também pode ser esse o caso nessa terrível tragédia.
Desconsiderando-se as ocorrências de “canetinha”, a transcrição do diálogo apresenta marcas de oralidade em
  • A: uma única frase.
  • B: apenas duas frases.
  • C: apenas três frases.
  • D: apenas quatro frases.
  • E: pelo menos cinco frases.

Uma variedade linguística vale o que valem na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. Esta afirmação é válida, evidentemente, em termos “internos’’, quando confrontamos variedades de uma mesma língua, e em termos “externos’’ pelo prestígio das línguas no plano internacional.
                 (GNERRE, Maurizio. Linguagem. escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 6-7.)
Para o autor do texto, que tipo de relação se pode estabelecer entre uma variedade linguística e os seus falantes?
  • A: Toda variedade linguística tem falantes que vivem em sociedade numa relação harmoniosa.
  • B: Dependendo do valor dos falantes na sociedade, sua variedade linguística é mais respeitada.
  • C: Dependendo do valor da variedade linguística, os falantes são mais respeitados na sociedade.
  • D: Independentemente do valor da variedade linguística, todo falante tem de ser respeitado na sociedade.
  • E: Independentemente do valor dos falantes na sociedade, toda variedade linguística tem a mesma importância cultural.

Dito e feito
Não deixa de ser uma estranha sensação, esta de me der mais uma vez reaparecendo regularmente em jornal. É uma espécie de palco, ou picadeiro, em que me exponho, faço cabriolas e gatimonhas, executo as pelotiquices de costume.
Olhando para trás, percebo que na vida quase não tenha feito outra coisa. Andei como um saltimbanco por vários jornais e revistas, sempre recomeçando, como se fosse pela primeira vez.
E agora aqui estou, realmente pela primeira vez neste jornal. Começar é sempre difícil, deixa a gente meio sem jeito, não sabendo o que dizer, como no início de um namoro: dá licença de falar com você? posso acompanhá-la? E pronto: admitida a abordagem, quer dizer agora?
Pois então, sejam minhas primeiras palavras um rápido improviso de saudação aos leitores, um abraço aos novos colegas, lembranças aos meus familiares – e vamos em frente.
                                                  (SABINO, Fernando. Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.458.)
Há uma marca de oralidade na seguinte passagem da crônica.
  • A: “E agora aqui estou, realmente pela primeira vez neste jornal”.
  • B: “Olhando para trás, percebo que na vida quase não tenho feito outra coisa’’.
  • C: “...um abraço aos novos colegas, lembranças aos meus familiares – e vamos em frente’’.
  • D: “Não deixa de ser uma estranha sensação, esta de me ver mais uma vez reaparecendo regularmente em jornal’’.
  • E: “Andei com um saltimbanco por vários jornais e revistas, sempre recomeçando, como se fosse pela primeira vez’’.

Exagero? Se você se recusa a ler ou escrever porque acha chato, inútil, obsoleto ou por qualquer outro motivo, faça o seguinte teste: tente explicar, no duro, qual é realmente a diferença entre você e um analfabeto – além, naturalmente, da capacidade de ler letreiros, assinar seu nome num pedaço de papel e outras miudezas. Vamos ver quem consegue.
A maré está na vazante. A substituição do alfabeto por sinais como “rsrsrs” ou “kkkkk”, por exemplo, adiantou alguma coisa para melhorar os índices atuais de inteligência ou de cultura? Não parece. O tempo ganho com essa economia ortográfica não resultou no aumento da produtividade mental de ninguém – não levou à produção mais ideias, digamos, ou de ideias melhores do que as que vemos por ai. Esse tipo de conquista, que aumenta o volume do som, mas não melhora a voz do cantor, só confunde ainda mais a linha divisória entre alfabetizados e analfabetos. Eis aí um fenômeno da vida moderna: a universalização da ignorância.
Não deveria ser assim. Como todos sabem, a “mobilidade”, a “nuvem”, a comunhão entre 1 bilhão de pessoas numa rede social e outras conquistas extremas da “conectividade” provocaram uma “revolução dentro da revolução” e outros prodígios. Não se consegue traduzir direito essa linguagem para o português comum; só nos garantem que a internet vem fazendo cair cada vez mais as barreiras entre quem tem e quem não tem “conhecimento”. Mas, a impressão é de que tais barreiras podem estar caindo do lado errado – ou seja, os que têm conhecimento vão ficando cada vez mais parecidos com os que não têm.
(GUZZO, J. R. Revista VEJA, n.2377, 11/06/2014, p.100-1.)
Qual das alternativas contém dois exemplos de economia ortográfica que não serviriam para reforçar os argumentos do jornalista?
  • A: vc – ñ (=você & Não).
  • B: blz – q (=beleza & que).
  • C: pq – td (= porque & tudo).
  • D: etc. – zzzz (=etcétera & dormindo).
  • E: prof. – tel. (=professor & telefone).

Entre as frases abaixo – todas de Luis Fernando Verissimo -, aquela em que há exemplo da variante coloquial da linguagem é:
  • A: “Temos que confiar no amanhã. A não ser que descubram alguma coisa contra ele durante a noite”.
  • B: “Sempre que ouço falar em ‘inconsciente coletivo’, penso num ônibus desgovernado”.
  • C: “Nove entre dez cariocas na praia, em hora de expediente, são paulistas”.
  • D: “Se eu pudesse escolher um outro carro para comprar, empregava meu dinheiro num veículo alemão”.
  • E: “A sovinice dele é lendária. Levou nadadeiras quando visitou Veneza, para não gastar com táxi”.

Texto 2 
Na entrevista de um jornal mineiro apareciam os depoimentos de dois jovens:
Jovem 1 – Uma luta de boxe é muito mais chocante quando a gente está presente no ginásio. Nós vemos os golpes e é divertido ver um deles cair à sua frente. Na TV não tem emoção.
Jovem 2 – Numa luta de boxe, as câmeras filmam todos os detalhes. Quando um dos lutadores é ferido, o sangue é mostrado na nossa cara. É impressionante. Ver a luta de perto não é a mesma coisa, os espectadores não veem nada. 
No texto 2, a presença de traços da linguagem coloquial é visível nos depoimentos; a frase que mostra variante formal é: 






  • A: Uma luta de boxe é muito mais chocante...
  • B: ...quando a gente está presente no ginásio.
  • C: ...é divertido ver um deles cair à sua frente.
  • D: Na TV não tem emoção.
  • E: O sangue é mostrado na nossa cara.

TEXTO 1

                       BELEZA COMO MANDAMENTO
Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema. Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras, mesmo poucos, que se interessem pela figura singular e tão fundamental do artista. Ou quem sabe se dou sorte e há um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?
[….] Sempre me pareceu que o artista verdadeiro sacrifica qualquer “conteúdo”, qualquer “coerência”, por uma bela frase, por um belo gesto, por um belo efeito plástico ou cênico. Como dizia Oscar Wilde, “coerência é a virtude dos que não têm imaginação”. Dos não artistas, portanto.
O que distingue o artista é a busca incondicional pela beleza, em detrimento da verdade, do equilíbrio, do bom senso, da ética, da saúde e até da própria vida. Além disso, leitor, o artista é frequentemente um pobre ser ameaçado, com instalação precária no mundo. E, se faz concessões, corre o risco de se desvirtuar, de perder o rumo.
Assim, o artista precisa sacrificar, ou deixar em segundo plano, a verdade e a moral. A objetividade e os bons princípios são temas para outros tipos humanos, para o cientista e para o sacerdote, respectivamente. [….] Quando um artista migra para outros terrenos (ciência, moral, filosofia, pensamento social, crítica literária), o que acaba dominando, em última análise, é a expressão da beleza. Para o verdadeiro artista, a beleza é o único mandamento. Para o bem e para o mal, ela interfere o tempo todo. E a obra artística resvala para a mentira, para o engano, para a fabulação. Tangencia a imoralidade, o crime, a perversão.
                            (Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo, 04/08/2017 – adaptado) 
Assinale o segmento do texto que mostra um emprego de linguagem informal. 
  • A: “Posso falar de arte e artistas outra vez?”.
  • B: “Ou quem sabe dou sorte e há um ou outro artista aí fora”.
  • C: “O que distingue o artista é a busca incondicional da beleza”.
  • D: “Para o bem e para o mal, ela interfere o tempo todo”.
  • E: “A objetividade e os bons princípios são temas para outros tipos humanos”.

TEXTO 1.

      Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?
      Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos, perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso, em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas agudas.
      Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número limitado e pequeno de frequências – formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e “crus”.
                                                                                        Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282. 
Em São Paulo diz-se “bexigas”, enquanto no Rio de Janeiro diz-se “balões”.

Essa diferença é um exemplo de 
  • A: linguagem coloquial.
  • B: gíria.
  • C: regionalismo.
  • D: linguagem erudita.
  • E: arcaísmo.

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