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Olhador de anúncio
 


          Eis que se aproxima o inverno, pelo menos nas revistas, cheias de anúncios de cobertores, lãs e malhas. O que é o desenvolvimento! Em outros tempos, se o indivíduo sentia frio, passava na loja e adquiria os seus agasalhos. Hoje são os agasalhos que lhe batem à porta, em belas mensagens coloridas.


          E nunca vêm sós. O cobertor traz consigo uma linda mulher, que se apresenta para se recolher debaixo de sua “nova textura antialérgica”, e a legenda: “Nosso cobertor aquece os corpos de quem já tem o coração quente”. A mulher parece convidar-nos: “Venha também”. Ficamos perturbados. (...)


          Não, a mulher absolutamente não faz parte do cobertor, que é que o senhor estava pensando? Nem adianta telefonar para a loja ou agência de publicidade, pedindo o endereço da moça do cobertor antialérgico. Modelo fotográfico é categoria profissional respeitável, como qualquer outra. Tome juízo, amigo. E leve só o cobertor.


          São decepções do olhador de anúncios. Em cada anúncio uma sugestão erótica. Identificam-se o produto e o ser humano. A tônica do interesse recai sobre este último? É logo desviada para aquele. Operada a transferência, fecha-se o negócio. O erotismo fica sendo agente de vendas. Pobre Eros! Fizeram-te auxiliar de Mercúrio (*).


                             (*) Eros e Mercúrio são, respectivamente, o deus do amor e o deus dos negócios na mitologia clássica.


                              (Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond. O poder ultrajovem. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 167)




 

O autor do texto refere-se à iniciativa decidida e algo invasiva da propaganda quando afirma:





  • A: são os agasalhos que lhe batem à porta (1º parágrafo).
  • B: passava na loja e adquiria os seus agasalhos (1º parágrafo).
  • C: a mulher absolutamente não faz parte do cobertor (3º parágrafo).
  • D: Modelo fotográfico é categoria profissional respeitável (3º parágrafo).
  • E: São decepções do olhador de anúncios (4º parágrafo).

              Conversas movimentadas
 



           É muito comum que logo pela manhã, nas grandes cidades, a conversa entre colegas de trabalho se inicie por frases que aludam aos congestionamentos enfrentados no caminho, ou à surpresa de o trânsito naquela praça não estar inteiramente prejudicado, ou então – milagre dos milagres! − ao fato inexplicável de como dessa vez não demorou quase nada a travessia da famosa ponte. Tais assuntos dominam as conversas, determinam o humor; representam-se nelas o pequeno drama, a ansiedade, a aflição ou o desespero que vivem os habitantes das metrópoles.


           É um assunto tão invasivo quanto obrigatório, do qual não se pode fugir. A simples locomoção de um lugar para outro reedita, a cada dia, a façanha que é o ir e o vir nas grandes cidades, o desafio que está na chamada “mobilidade urbana”, designação do conjunto de fatores que condicionam a movimentação dos indivíduos no espaço público. A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população. Não se trata, simplesmente, da movimentação mecânica de um lugar para outro; trata-se do modo pelo qual ela ocorre, de seus efeitos no cotidiano, da fixação de prazos e horários de trabalho e lazer, do humor dos indivíduos, dos prazeres e desprazeres que acarreta.


           Falar do trânsito, sobretudo de suas dificuldades que parecem fatais, torna-se, assim, mais do que um papo corriqueiro: vira uma espécie de senha familiar pela qual todos se reconhecem, um motivo para se reafirmar aquela cumplicidade solidária que os problemas comuns provocam nas criaturas. Um considerável salto civilizatório se dará quando as pessoas, no começo do dia de trabalho, não tiverem do que se queixar quanto à sua mobilidade, e puderem tratar de outros assuntos que melhor as congreguem.






                                                                                                                                                                            (Salustino Penteado, inédito)



No 1º parágrafo, o segmento Tais assuntos dominam as conversas está-se referindo






  • A: às contrariedades de ordem pessoal que cada um dos colegas de trabalho experimenta logo pela manhã.
  • B: aos fatos excepcionais de que se teve notícia pelos noticiários lidos já no começo da jornada de trabalho.
  • C: a desafios comuns das grandes metrópoles, afetos à necessidade e à qualidade de locomoção.
  • D: aos específicos transtornos causados por obras, numa praça ou num viaduto, que se prolongam no tempo.
  • E: às surpresas que os habitantes de uma metrópole experimentam diante da resolução dos problemas do trânsito.

              Conversas movimentadas
 



           É muito comum que logo pela manhã, nas grandes cidades, a conversa entre colegas de trabalho se inicie por frases que aludam aos congestionamentos enfrentados no caminho, ou à surpresa de o trânsito naquela praça não estar inteiramente prejudicado, ou então – milagre dos milagres! − ao fato inexplicável de como dessa vez não demorou quase nada a travessia da famosa ponte. Tais assuntos dominam as conversas, determinam o humor; representam-se nelas o pequeno drama, a ansiedade, a aflição ou o desespero que vivem os habitantes das metrópoles.


           É um assunto tão invasivo quanto obrigatório, do qual não se pode fugir. A simples locomoção de um lugar para outro reedita, a cada dia, a façanha que é o ir e o vir nas grandes cidades, o desafio que está na chamada “mobilidade urbana”, designação do conjunto de fatores que condicionam a movimentação dos indivíduos no espaço público. A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população. Não se trata, simplesmente, da movimentação mecânica de um lugar para outro; trata-se do modo pelo qual ela ocorre, de seus efeitos no cotidiano, da fixação de prazos e horários de trabalho e lazer, do humor dos indivíduos, dos prazeres e desprazeres que acarreta.


           Falar do trânsito, sobretudo de suas dificuldades que parecem fatais, torna-se, assim, mais do que um papo corriqueiro: vira uma espécie de senha familiar pela qual todos se reconhecem, um motivo para se reafirmar aquela cumplicidade solidária que os problemas comuns provocam nas criaturas. Um considerável salto civilizatório se dará quando as pessoas, no começo do dia de trabalho, não tiverem do que se queixar quanto à sua mobilidade, e puderem tratar de outros assuntos que melhor as congreguem.






                                                                                                                                                                            (Salustino Penteado, inédito)




No 2º parágrafo do texto, a “mobilidade urbana”






  • A: surge para ser contestada como um problema real que de fato aflija a maior parte da população de uma metrópole.
  • B: é definida como um conceito que diz respeito não apenas a soluções técnicas mas também à qualidade de vida.
  • C: é apresentada como uma busca de melhor qualidade de vida daqueles que se afastam dos grandes centros.
  • D: aparece como uma expressão ainda abstrata, pela qual se tenta qualificar os desafios da vida metropolitana.
  • E: é lembrada para indicar a iminência de uma superação dos transtornos causados pela densidade demográfica das capitais.

              Conversas movimentadas
 



           É muito comum que logo pela manhã, nas grandes cidades, a conversa entre colegas de trabalho se inicie por frases que aludam aos congestionamentos enfrentados no caminho, ou à surpresa de o trânsito naquela praça não estar inteiramente prejudicado, ou então – milagre dos milagres! − ao fato inexplicável de como dessa vez não demorou quase nada a travessia da famosa ponte. Tais assuntos dominam as conversas, determinam o humor; representam-se nelas o pequeno drama, a ansiedade, a aflição ou o desespero que vivem os habitantes das metrópoles.


           É um assunto tão invasivo quanto obrigatório, do qual não se pode fugir. A simples locomoção de um lugar para outro reedita, a cada dia, a façanha que é o ir e o vir nas grandes cidades, o desafio que está na chamada “mobilidade urbana”, designação do conjunto de fatores que condicionam a movimentação dos indivíduos no espaço público. A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população. Não se trata, simplesmente, da movimentação mecânica de um lugar para outro; trata-se do modo pelo qual ela ocorre, de seus efeitos no cotidiano, da fixação de prazos e horários de trabalho e lazer, do humor dos indivíduos, dos prazeres e desprazeres que acarreta.


           Falar do trânsito, sobretudo de suas dificuldades que parecem fatais, torna-se, assim, mais do que um papo corriqueiro: vira uma espécie de senha familiar pela qual todos se reconhecem, um motivo para se reafirmar aquela cumplicidade solidária que os problemas comuns provocam nas criaturas. Um considerável salto civilizatório se dará quando as pessoas, no começo do dia de trabalho, não tiverem do que se queixar quanto à sua mobilidade, e puderem tratar de outros assuntos que melhor as congreguem.






                                                                                                                                                                            (Salustino Penteado, inédito)




Constituem uma relação de causa e consequência, nessa ordem, os segmentos:





  • A: aludam aos congestionamentos / ou à surpresa (1º parágrafo).
  • B: assunto tão invasivo / quanto obrigatório (2º parágrafo).
  • C: movimentação mecânica / de um lugar para outro (2º parágrafo).
  • D: dos prazeres / e desprazeres que acarreta (2º parágrafo).
  • E: problemas comuns / cumplicidade solidária (3º parágrafo).

              Conversas movimentadas
 



           É muito comum que logo pela manhã, nas grandes cidades, a conversa entre colegas de trabalho se inicie por frases que aludam aos congestionamentos enfrentados no caminho, ou à surpresa de o trânsito naquela praça não estar inteiramente prejudicado, ou então – milagre dos milagres! − ao fato inexplicável de como dessa vez não demorou quase nada a travessia da famosa ponte. Tais assuntos dominam as conversas, determinam o humor; representam-se nelas o pequeno drama, a ansiedade, a aflição ou o desespero que vivem os habitantes das metrópoles.


           É um assunto tão invasivo quanto obrigatório, do qual não se pode fugir. A simples locomoção de um lugar para outro reedita, a cada dia, a façanha que é o ir e o vir nas grandes cidades, o desafio que está na chamada “mobilidade urbana”, designação do conjunto de fatores que condicionam a movimentação dos indivíduos no espaço público. A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população. Não se trata, simplesmente, da movimentação mecânica de um lugar para outro; trata-se do modo pelo qual ela ocorre, de seus efeitos no cotidiano, da fixação de prazos e horários de trabalho e lazer, do humor dos indivíduos, dos prazeres e desprazeres que acarreta.


           Falar do trânsito, sobretudo de suas dificuldades que parecem fatais, torna-se, assim, mais do que um papo corriqueiro: vira uma espécie de senha familiar pela qual todos se reconhecem, um motivo para se reafirmar aquela cumplicidade solidária que os problemas comuns provocam nas criaturas. Um considerável salto civilizatório se dará quando as pessoas, no começo do dia de trabalho, não tiverem do que se queixar quanto à sua mobilidade, e puderem tratar de outros assuntos que melhor as congreguem.






                                                                                                                                                                            (Salustino Penteado, inédito)


A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população (2º parágrafo)

Mantêm-se o sentido básico e a correção da frase acima numa nova redação que, iniciando-se por A qualidade de vida da população, venha a se complementar com








  • A: guarda uma relação essencial com a mobilidade urbana.
  • B: implica numa grande importância para a mobilidade urbana.
  • C: é um aspecto de cujo não se pode desprezar na mobilidade urbana.
  • D: refere-se a aspectos próprios de que se constituem a mobilidade urbana.
  • E: condiciona os problemas que hajam na base da mobilidade urbana.



              Conversas movimentadas
 



           É muito comum que logo pela manhã, nas grandes cidades, a conversa entre colegas de trabalho se inicie por frases que aludam aos congestionamentos enfrentados no caminho, ou à surpresa de o trânsito naquela praça não estar inteiramente prejudicado, ou então – milagre dos milagres! − ao fato inexplicável de como dessa vez não demorou quase nada a travessia da famosa ponte. Tais assuntos dominam as conversas, determinam o humor; representam-se nelas o pequeno drama, a ansiedade, a aflição ou o desespero que vivem os habitantes das metrópoles.


           É um assunto tão invasivo quanto obrigatório, do qual não se pode fugir. A simples locomoção de um lugar para outro reedita, a cada dia, a façanha que é o ir e o vir nas grandes cidades, o desafio que está na chamada “mobilidade urbana”, designação do conjunto de fatores que condicionam a movimentação dos indivíduos no espaço público. A mobilidade urbana tem enorme importância para a qualidade de vida da população. Não se trata, simplesmente, da movimentação mecânica de um lugar para outro; trata-se do modo pelo qual ela ocorre, de seus efeitos no cotidiano, da fixação de prazos e horários de trabalho e lazer, do humor dos indivíduos, dos prazeres e desprazeres que acarreta.


           Falar do trânsito, sobretudo de suas dificuldades que parecem fatais, torna-se, assim, mais do que um papo corriqueiro: vira uma espécie de senha familiar pela qual todos se reconhecem, um motivo para se reafirmar aquela cumplicidade solidária que os problemas comuns provocam nas criaturas. Um considerável salto civilizatório se dará quando as pessoas, no começo do dia de trabalho, não tiverem do que se queixar quanto à sua mobilidade, e puderem tratar de outros assuntos que melhor as congreguem.






                                                                                                                                                                            (Salustino Penteado, inédito)



verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase:








  • A: Logo pela manhã (aflorar) na conversa os problemas do trânsito.
  • B: As condições de um trânsito bem fluente (constituir) um verdadeiro milagre.
  • C: Não se (evidenciar) quaisquer melhorias no trânsito desta cidade.
  • D: A solução técnica que (estudar) os técnicos do trânsito não é fácil de achar.
  • E: Para que se (atingir) os ideais de um salto civilizatório será preciso muito esforço.


Conversa entreouvida na antiga Atenas






           Ao ver Diógenes ocupado em limpar vegetais ao pé de um chafariz, o filósofo Platão aproximou-se do filósofo rival e alfinetou: “Se você fizesse corte (*) a Dionísio, rei de Siracusa, não precisaria lavar vegetais”. E Diógenes, no mesmo tom sereno, retorquiu: “É verdade, Platão, mas se você lavasse vegetais você não estaria fazendo a corte a Dionísio, rei de Siracusa.”

(*) fazer corte = cortejar, bajular, lisonjear



                                                                  (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 92)

Platão alfinetou Diógenes, e este retorquiu com serenidade.

A frase acima manterá seu sentido básico caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por:





  • A: redarguiu − correspondeu − harmonia
  • B: provocou − replicou − tranquilidade
  • C: incitou − devolveu − presteza
  • D: recriminou − interpôs − dignidade
  • E: perturbou − rebateu − animosidade



Conversa entreouvida na antiga Atenas






           Ao ver Diógenes ocupado em limpar vegetais ao pé de um chafariz, o filósofo Platão aproximou-se do filósofo rival e alfinetou: “Se você fizesse corte (*) a Dionísio, rei de Siracusa, não precisaria lavar vegetais”. E Diógenes, no mesmo tom sereno, retorquiu: “É verdade, Platão, mas se você lavasse vegetais você não estaria fazendo a corte a Dionísio, rei de Siracusa.”

(*) fazer corte = cortejar, bajular, lisonjear



                                                                  (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 92)





Atente para estas frases:

I. Platão abordou Diógenes.

II. Diógenes respondeu a Platão.

III. A resposta de Diógenes foi sábia e serena.

As frases acima constituem um único período, sem prejuízo para a clareza, correção e sentido básico originais, em:





  • A: Com sabedoria e serenidade, Diógenes respondeu à abordagem de Platão.
  • B: Imbuído de altivez e malogro, Platão viu respondida sua provocação a Diógenes.
  • C: A abordagem de Platão, Diógenes deu uma resposta em cuja havia respeito e zelo.
  • D: Sábio e sereno, assim se prontificou Diógenes diante da abordagem de Platão.
  • E: Em resposta plácida e sutil, contestou Platão Diógenes depois de sua abordagem.

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