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 O futuro da universidade
Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, disse em entrevista que o teto salarial paulista, hoje em R$ 21 mil, é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo. Com esse valor para o topo da carreira, fica difícil atrair os melhores talentos. Concordo, mas acrescento que a lista de constrangimentos não para aí.
A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos, produz um efeito muito semelhante. Mesmo que não houvesse teto, a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores com a mesma titulação e tempo de carreira impediria as universidades públicas de contratar prêmios Nobel ou quaisquer outros pesquisadores de gabarito internacional. Para escancarar o absurdo da coisa, tente imaginar um clube como o Barcelona ou o PSG tendo de lidar com uma norma que manda pagar o mesmo para a estrela do time e o terceiro goleiro reserva.
Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade. Para tornar o quadro mais dramático, vale lembrar que hoje, ao contrário de décadas passadas, elas já não reinam absolutas.
Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias, que têm forte inserção no mercado, já surgiram instituições privadas que oferecem cursos de qualidade comparável ou até superior aos da Unicamp, USP etc. Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa e é improvável que se interessem por criar cursos quase que fadados a ser deficitários como sânscrito ou astronomia, que são, entretanto, o que assegura o caráter de universalidade que faz parte até da raiz da palavra “universidade”.
De todo modo, se as universidades públicas querem manter a relevância, precisam pensar em reformas mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/08/1913821-o-futuro-da-universidade.shtml. 29.08.2017. Adaptado)



Um aspecto apontado pelo autor como obstáculo a que as universidades públicas paulistas atraiam os melhores talentos é
  • A: a representação dos sindicatos, que insistem em defender medidas pouco favoráveis ao trabalho em iguais condições.
  • B: a diferença existente entre os salários pagos a professores com o mesmo tempo de carreira e a mesma titulação.
  • C: o descaso das políticas educacionais, que levam as universidades públicas a continuarem oferecendo cursos com baixa demanda.
  • D: a adoção de regras que nivelam a remuneração dos professores com base nos títulos acadêmicos obtidos e no tempo de carreira.
  • E: a inexistência, no Brasil, de cursos com tradição em formar pesquisadores de prestígio reconhecido internacionalmente.



O futuro da universidade
      Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, disse em entrevista que o teto salarial paulista, hoje em R$ 21 mil, é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo. Com esse valor para o topo da carreira, fica difícil atrair os melhores talentos. Concordo, mas acrescento que a lista de constrangimentos não para aí.
      A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos, produz um efeito muito semelhante. Mesmo que não houvesse teto, a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores com a mesma titulação e tempo de carreira impediria as universidades públicas de contratar prêmios Nobel ou quaisquer outros pesquisadores de gabarito internacional. Para escancarar o absurdo da coisa, tente imaginar um clube como o Barcelona ou o PSG tendo de lidar com uma norma que manda pagar o mesmo para a estrela do time e o terceiro goleiro reserva.
      Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade. Para tornar o quadro mais dramático, vale lembrar que hoje, ao contrário de décadas passadas, elas já não reinam absolutas.
      Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias, que têm forte inserção no mercado, já surgiram instituições privadas que oferecem cursos de qualidade comparável ou até superior aos da Unicamp, USP etc. Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa e é improvável que se interessem por criar cursos quase que fadados a ser deficitários como sânscrito ou astronomia, que são, entretanto, o que assegura o caráter de universalidade que faz parte até da raiz da palavra “universidade”.
      De todo modo, se as universidades públicas querem manter a relevância, precisam pensar em reformas mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/08/1913821-o-futuro-da-universidade.shtml. 29.08.2017. Adaptado)



Segundo a opinião do autor, as universidades públicas precisam pensar em reformas profundas
  • A: para que universidades como a USP e a Unicamp possam atingir o mesmo padrão de qualidade das universidades privadas.
  • B: que mantenham a qualidade superior das universidades públicas em áreas como medicina, direito, economia e engenharias.
  • C: a fim de que certas regras institucionais que podem condenar as universidades públicas à mediocridade sejam corrigidas.
  • D: que acabem com o oferecimento de cursos de sânscrito e de astronomia, irrelevantes tanto para o mercado quanto para a pesquisa.
  • E: que possam resolver o problema de deficit orçamentário criado pela imposição do sistema de cotas às universidades públicas.



O futuro da universidade
      Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, disse em entrevista que o teto salarial paulista, hoje em R$ 21 mil, é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo. Com esse valor para o topo da carreira, fica difícil atrair os melhores talentos. Concordo, mas acrescento que a lista de constrangimentos não para aí.
      A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos, produz um efeito muito semelhante. Mesmo que não houvesse teto, a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores com a mesma titulação e tempo de carreira impediria as universidades públicas de contratar prêmios Nobel ou quaisquer outros pesquisadores de gabarito internacional. Para escancarar o absurdo da coisa, tente imaginar um clube como o Barcelona ou o PSG tendo de lidar com uma norma que manda pagar o mesmo para a estrela do time e o terceiro goleiro reserva.
      Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade. Para tornar o quadro mais dramático, vale lembrar que hoje, ao contrário de décadas passadas, elas já não reinam absolutas.
      Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias, que têm forte inserção no mercado, já surgiram instituições privadas que oferecem cursos de qualidade comparável ou até superior aos da Unicamp, USP etc. Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa e é improvável que se interessem por criar cursos quase que fadados a ser deficitários como sânscrito ou astronomia, que são, entretanto, o que assegura o caráter de universalidade que faz parte até da raiz da palavra “universidade”.
      De todo modo, se as universidades públicas querem manter a relevância, precisam pensar em reformas mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/08/1913821-o-futuro-da-universidade.shtml. 29.08.2017. Adaptado)



A expressão em destaque na frase “Mesmo que não houvesse teto...” estabelece, no texto, relação com sentido de
  • A: causa, e pode ser corretamente substituída por “Visto que”.
  • B: finalidade, e pode ser corretamente substituída por “Para que”.
  • C: condição, e pode ser corretamente substituída por “Desde que”.
  • D: concessão, e pode ser corretamente substituída por “Ainda que”.
  • E: consequência, e pode ser corretamente substituída por “De modo que”.

Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido figurado.
  • A: ... é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo.
  • B: A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos...
  • C: … a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais...
  • D: Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias...
  • E: ... mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.

Considere os seguintes trechos do texto:
• ... a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores (...) impediria as universidades públicas de contratar...
• ... uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade.
Os termos em destaque nos trechos têm sentido contrário, respectivamente, de
  • A: indicaria; originalidade.
  • B: admitiria; inexpressividade.
  • C: propiciaria; grandiosidade.
  • D: direcionaria; expressividade.
  • E: renovaria; regularidade.



O futuro da universidade
      Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, disse em entrevista que o teto salarial paulista, hoje em R$ 21 mil, é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo. Com esse valor para o topo da carreira, fica difícil atrair os melhores talentos. Concordo, mas acrescento que a lista de constrangimentos não para aí.
      A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos, produz um efeito muito semelhante. Mesmo que não houvesse teto, a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores com a mesma titulação e tempo de carreira impediria as universidades públicas de contratar prêmios Nobel ou quaisquer outros pesquisadores de gabarito internacional. Para escancarar o absurdo da coisa, tente imaginar um clube como o Barcelona ou o PSG tendo de lidar com uma norma que manda pagar o mesmo para a estrela do time e o terceiro goleiro reserva.
      Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade. Para tornar o quadro mais dramático, vale lembrar que hoje, ao contrário de décadas passadas, elas já não reinam absolutas.
      Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias, que têm forte inserção no mercado, já surgiram instituições privadas que oferecem cursos de qualidade comparável ou até superior aos da Unicamp, USP etc. Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa e é improvável que se interessem por criar cursos quase que fadados a ser deficitários como sânscrito ou astronomia, que são, entretanto, o que assegura o caráter de universalidade que faz parte até da raiz da palavra “universidade”.
      De todo modo, se as universidades públicas querem manter a relevância, precisam pensar em reformas mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/08/1913821-o-futuro-da-universidade.shtml. 29.08.2017. Adaptado)



A informação contida no penúltimo parágrafo do texto “Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa...” se refere a:
  • A: diferenças salariais, no segundo parágrafo.
  • B: universidades públicas, no terceiro parágrafo.
  • C: décadas passadas, no terceiro parágrafo.
  • D: áreas como medicina, no quarto parágrafo.
  • E: instituições privadas, no quarto parágrafo.

Assinale a alternativa cujos termos em destaque expressam, respectivamente, circunstância de intensidade e de tempo.
  • A: ... hoje em R$ 21 mil... / ... tão celebrada pelos sindicatos...
  • B: ... um efeito muito semelhante. / ... a regra segundo a qual...
  • C: ... são apenas dois exemplos... / ... elas já não reinam absolutas.
  • D: Em áreas como a medicina... / Elas ainda ficam...
  • E: ... bastante atrás em pesquisa... / ... surgiram instituições...

Considere a seguinte frase escrita a partir do texto.

Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que condenarão as universidades públicas à mediocridade.

Substituindo-se a expressão “as universidades públicas”, fica em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, quanto ao uso e à colocação do pronome, a seguinte redação:
  • A: ... uma série de empecilhos institucionais que as condenarão à mediocridade.
  • B: ... uma série de empecilhos institucionais que condenarão-as à mediocridade.
  • C: ... uma série de empecilhos institucionais que lhes condenarão à mediocridade.
  • D: ... uma série de empecilhos institucionais que condenarão-lhes à mediocridade.
  • E: ... uma série de empecilhos institucionais que condenarão-nas à mediocridade.

Assinale a alternativa em que, na frase escrita a partir do texto, as vírgulas estão corretamente empregadas, segundo a norma-padrão da língua portuguesa.
  • A: Com o teto salarial atual, segundo o reitor da Unicamp a excelência das universidades públicas, está comprometida.
  • B: O valor pago para o topo da carreira, dificulta por exemplo que, se possam atrair novos talentos para as universidades.
  • C: A isonomia salarial, segundo a qual não pode haver diferenças nos salários pagos aos professores, precisa ser superada.
  • D: Considere-se que diferentemente do que ocorria em, décadas passadas, as universidades públicas já sofrem concorrência.
  • E: A pesquisa, apesar de tudo ainda continua sendo, o que distingue as instituições públicas das universidades privadas.



Universidades adotam vestibulares
 específicos para alunos indígenas
      Na fronteira do Brasil com o Peru, o município de Mâncio Lima (AC) homenageia com seu nome o coronel que, no início do século 20, colonizou os índios puyanawa, explorou sua força de trabalho e proibiu suas manifestações culturais.
      Quase cem anos depois, o puyanawa Jósimo Constant leva a cultura de sua etnia para a cidade que abriga o centro do poder. Formado em antropologia pela Universidade de Brasília (UnB), está no mestrado em direitos humanos e já foi aprovado em um doutorado – tudo isso sem abrir mão dos adereços e costumes tradicionais de seu povo.
      Constant é um dos estudantes aprovados pelo vestibular indígena da UnB, que, em 2004, foi uma das primeiras a implementar um processo específico para selecionar alunos indígenas. Desde então, o modelo já foi aplicado em pelo menos sete instituições federais do país, além das universidades estaduais do Paraná. E a lista deve aumentar, já que a Unicamp propôs implementar um processo seletivo do mesmo tipo, proposta que deverá ser votada ainda este ano.
(Angela Pinho. Folha de S.Paulo. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/09/1917029- universidades-adotam-vestibular-especifico-para-alunos-indigenas.shtml. Publicado em 09.09.2017. Adaptado)



Segundo o texto,
  • A: as universidades estaduais também deveriam adotar processos seletivos específicos para indígenas.
  • B: o nome do município de origem indígena Constant é uma justa homenagem ao colonizador dos puyanawa.
  • C: o exame de seleção específico para indígenas, com o tempo, pode levar à perda gradativa da identidade desses povos.
  • D: a política de acesso dos indígenas apenas aos cursos de graduação precisa ser revista pelas universidades.
  • E: o processo seletivo específico para alunos indígenas tem ganhado apoio também de instituições estaduais de ensino.

Exibindo de 321 até 330 de 438 questões.
Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público desde 2000.
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