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A realidade do CSI. In: Scientific American Brazil. Segmento. Internet: <http://www2.uol.com.br> (com adaptações).




No que se refere aos sentidos do texto CB1A1AAA, julgue o item a seguir.
Conclui-se do último período do primeiro parágrafo que os laboratórios de investigação criminal têm pouca demanda de trabalho e, por isso, não realizam todos os tipos de análises mostrados nas séries de TV que retratam os processos de investigação forense.


  • A: Certo
  • B: Errado

Juventude de hoje, de ontem e de amanhã
A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.
No encontro de duas gerações, a que murcha e a que floresce, há uma irrisão dramática, um momento de culpas, apreensões e incertezas. As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror. Assim, o momento desse encontro é um espelho cujas imagens o tempo deforma, sem que se desfaça, para o moço e para o velho, a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só, um homem só, uma tragédia só.
O poeta romântico inglês Shelley poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas: nasceu de família respeitável e rica, foi bonito, sincero, revoltado, idealista, violento, amoroso, apaixonado pela vida e pela morte, inteligente, confuso e, sobretudo, de uma sensibilidade crispada. Não era um monstro: seus atos eram a consequência lógica de suas ideias, da lealdade às suas crenças. E enquanto escrevia versos musicais, fecundados de amor cósmico, esperança e idealismo social, atirava-se feroz contra o conformismo do clero, a monarquia, as leis vigentes, o farisaísmo universal.
(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 135-136)
A afirmação inicial A juventude é estranha encontra em seguida uma justificativa quando o autor argumenta que os jovens
  • A: assim como os mais velhos, dão a vida passada por vivida, recusando-se a crer que ainda haja ideais a serem perseguidos.
  • B: ao contrário dos velhos, buscam passar seu próprio tempo a limpo, livrando-o da carga pesada dos erros passados.
  • C: incorporando valores de outros tempos, acumulam erros e acertos do passado, como se numa transmissão sobrenatural.
  • D: rejeitando as heranças culturais disponíveis, têm a ilusão de que renovam tudo, ainda quando repitam erros do passado.
  • E: espelhando-se em si mesmos, acabam reabilitando e nobilitando ideais que se perderam em antigos combates.




Revista da Semana, dez./2008 (com adaptações).





Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado.

O texto é essencialmente informativo.

  • A: Certo
  • B: Errado




Revista da Semana, dez./2008 (com adaptações).




Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado.
Seria incorreta a eliminação da vírgula empregada logo após a expressão “Desta vez” (linha 2), pois seu uso é obrigatório naquele contexto.


  • A: Certo
  • B: Errado




Revista da Semana, dez./2008 (com adaptações).




Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado.
O trecho “assim como tesouros culturais únicos” (linha 7) estabelece uma comparação com “antigos centros de culto” (linha 6) e “paisagens em vias de extinção” (linhas  6 e 7).


  • A: Certo
  • B: Errado

[Gestos e palavras]
Uma vez eu estava em Londres numa sala comum da classe média inglesa: a lareira acesa, todo mundo com sua taça de chá, a família imersa naquela naturalidade (chega a parecer representação) com que os ingleses aceitam a vida. Os ingleses, diz o poeta Pessoa, nasceram para existir!
A certa altura um garoto de uns dez anos começou a contar uma história de rua, animou-se e começou a gesticular. Só comecei a perceber o que se passava quando notei que aquele doce sorriso mecânico, estampado em cada rosto de todas as pessoas da família, sumiu de repente, como se uma queda de voltagem interior houvesse afetado o sorriso coletivo. Olhos de avó, mãe, tias e tios concentraram-se em silêncio sobre o menino que continuava a narrativa com uma inocência maravilhosa. Diante disso, uma das senhoras falou para ele com uma voz sem inflexões: “Desde quando a gente precisa usar as mãos para conversar?”
Vi deliciado o garoto recolher as mãos e se esforçar para transmitir o seu conto com o auxílio exclusivo das palavras. O sorriso de todos iluminou de novo a sala: a educação britânica estava salva.
Imaginemos um garoto italiano de dez anos que fosse coarctado* pela família em seus gestos meridionais. Seria uma crueldade, uma afetação pedagógica, uma amputação social. Daí cheguei à conclusão óbvia: os ingleses educam os filhos para que eles venham a ser ingleses, os italianos, para que venham a ser italianos.
*Coarctar: reduzir-se a limites mais estritos; restringir, estreitar.
(CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209-210)
Observam-se as normas que regem o emprego dos sinais de crase e de pontuação em:
  • A: Não há dúvida, de que o autor do texto recorre à estereótipos culturais em sua narrativa a qual não faltam elementos de humor.
  • B: Quando se assiste à cenas familiares, marcadas pelo conservadorismo, vê-se logo, quão divertido é quebrar os protocolos.
  • C: O que será? – pensou o autor que parecia ter levado às pessoas a calarem-se diante de uma narrativa tão animada.
  • D: Não sem propósito, atribui o autor às crianças italianas características de comunicação que não se permitem às inglesas.
  • E: O garoto inglês advertido pela senhora, desistiu da ênfase dos gestos e passou aquela que se dá nos limites do discurso verbal.




Revista da Semana, dez./2008 (com adaptações).




Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado.

Os sentidos originais do texto seriam preservados caso se inserisse uma vírgula imediatamente após “norte-americanos” (linha 9).

  • A: Certo
  • B: Errado

[Gestos e palavras]
Uma vez eu estava em Londres numa sala comum da classe média inglesa: a lareira acesa, todo mundo com sua taça de chá, a família imersa naquela naturalidade (chega a parecer representação) com que os ingleses aceitam a vida. Os ingleses, diz o poeta Pessoa, nasceram para existir!
A certa altura um garoto de uns dez anos começou a contar uma história de rua, animou-se e começou a gesticular. Só comecei a perceber o que se passava quando notei que aquele doce sorriso mecânico, estampado em cada rosto de todas as pessoas da família, sumiu de repente, como se uma queda de voltagem interior houvesse afetado o sorriso coletivo. Olhos de avó, mãe, tias e tios concentraram-se em silêncio sobre o menino que continuava a narrativa com uma inocência maravilhosa. Diante disso, uma das senhoras falou para ele com uma voz sem inflexões: “Desde quando a gente precisa usar as mãos para conversar?”
Vi deliciado o garoto recolher as mãos e se esforçar para transmitir o seu conto com o auxílio exclusivo das palavras. O sorriso de todos iluminou de novo a sala: a educação britânica estava salva.
Imaginemos um garoto italiano de dez anos que fosse coarctado* pela família em seus gestos meridionais. Seria uma crueldade, uma afetação pedagógica, uma amputação social. Daí cheguei à conclusão óbvia: os ingleses educam os filhos para que eles venham a ser ingleses, os italianos, para que venham a ser italianos.
*Coarctar: reduzir-se a limites mais estritos; restringir, estreitar.
(CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209-210)
Ambos os elementos sublinhados exemplificam uma mesma função sintática em:
  • A: Vi deliciado o garoto recolher as mãos.
  • B: Os ingleses, diz o poeta, nasceram para existir.
  • C: O sorriso de todos iluminou de novo a sala.
  • D: O menino continuava a narrativa com uma inocência maravilhosa.
  • E: Aquele doce sorriso mecânico sumiu de repente.




Revista da Semana, dez./2008 (com adaptações).




Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado.
Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem.


  • A: Certo
  • B: Errado

[Gestos e palavras]
Uma vez eu estava em Londres numa sala comum da classe média inglesa: a lareira acesa, todo mundo com sua taça de chá, a família imersa naquela naturalidade (chega a parecer representação) com que os ingleses aceitam a vida. Os ingleses, diz o poeta Pessoa, nasceram para existir!
A certa altura um garoto de uns dez anos começou a contar uma história de rua, animou-se e começou a gesticular. Só comecei a perceber o que se passava quando notei que aquele doce sorriso mecânico, estampado em cada rosto de todas as pessoas da família, sumiu de repente, como se uma queda de voltagem interior houvesse afetado o sorriso coletivo. Olhos de avó, mãe, tias e tios concentraram-se em silêncio sobre o menino que continuava a narrativa com uma inocência maravilhosa. Diante disso, uma das senhoras falou para ele com uma voz sem inflexões: “Desde quando a gente precisa usar as mãos para conversar?”
Vi deliciado o garoto recolher as mãos e se esforçar para transmitir o seu conto com o auxílio exclusivo das palavras. O sorriso de todos iluminou de novo a sala: a educação britânica estava salva.
Imaginemos um garoto italiano de dez anos que fosse coarctado* pela família em seus gestos meridionais. Seria uma crueldade, uma afetação pedagógica, uma amputação social. Daí cheguei à conclusão óbvia: os ingleses educam os filhos para que eles venham a ser ingleses, os italianos, para que venham a ser italianos.
*Coarctar: reduzir-se a limites mais estritos; restringir, estreitar.
(CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209-210)
É correta e coesa a nova redação dada a um segmento do texto em:
  • A: Conforme disse o poeta Pessoa, segundo o qual é afim de existir que nascem os ingleses.
  • B: A naturalidade da qual imergia a família representa o quanto se aceitam a vida entre os ingleses.
  • C: Sem usar sequer inflexões, uma das senhoras advertiu de que não se precisam de mãos numa conversa.
  • D: O garoto abdicou dos gestos e buscou se valer tão somente de recursos verbais em sua narração.
  • E: Aos garotos italianos tornar-se-iam impossíveis gestos evitados em suas falas tipicamente meridionais.

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