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Leia com atenção um fragmento extraído do romance denominado “O Cortiço”, escrito por Aluísio de Azevedo em 1890, como expressão do movimento naturalista do Brasil, para responder as perguntas abaixo:

Acovardado defronte destes raciocínios, contentou-se com uma simples separação de leitos, e os dois passaram a dormir em quartos separados. Não comiam juntos, e mal trocavam entre si uma ou outra palavra constrangida, quando qualquer inesperado acaso os reunia a contragosto. Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um profundo desprezo, que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação; a pobre criança, em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo isolador que se estabeleceu entre eles. Estela amava-a menos do que lhe pedia o instinto materno por supô-la filha do marido, e este a detestava porque tinha convicção de não ser seu pai. Uma bela noite, porém, o Miranda, que era homem de sangue esperto e orçava então pelos seus trinta e cinco anos, sentiu-se em insuportável estado de lubricidade. Era tarde já e não havia em casa alguma criada que lhe pudesse valer. Lembrou-se da mulher, mas repeliu logo esta ideia com escrupulosa repugnância. Continuava a odiá-la. Entretanto, este mesmo fato de obrigação em que ele se colocou de não servir-se dela, a responsabilidade de desprezá-la, como que ainda mais lhe assanhava o desejo da carne, fazendo da esposa infiel um fruto proibido. Afinal, coisa singular, posto que moralmente nada diminuísse a sua repugnância pela perjura, foi até o quarto dela. A mulher dormia a sono solto. Miranda entrou pé ante pé e aproximou-se da cama. “Devia voltar!...pensou. Não lhe ficava bem aquilo!...” Mas o sangue latejava-lhe, reclamando-a. Ainda hesitou um instante, imóvel, a contemplá-la no seu desejo. Estela, como se o olhar do marido lhe apalpasse o corpo, torceu-se sobre o quadril da esquerda, repuxando com as coxas o lençol para a frente e patenteando uma nesga de nudez estofada e branca. O Miranda não pôde resistir, atirou-se contra ela, que, num pequeno sobressalto, mais de surpresa que de revolta, desviou-se, tornando logo e enfrentando com o marido. E deixou-se empolgar pelos rins, de olhos fechados, fingindo que continuava a dormir, sem a menor consciência de tudo aquilo.
Fonte:
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf. Acessado 03/06/2022

O vocábulo, utilizado no texto acima, denominado “lubricidade”, tem como sinônimo a seguinte palavra:
  • A: 4Vulnerabilidade.
  • B: Lascívia.
  • C: Debilidade.
  • D: Melindre.

Leia com atenção um fragmento extraído do romance denominado “O Cortiço”, escrito por Aluísio de Azevedo em 1890, como expressão do movimento naturalista do Brasil, para responder as perguntas abaixo:

Acovardado defronte destes raciocínios, contentou-se com uma simples separação de leitos, e os dois passaram a dormir em quartos separados. Não comiam juntos, e mal trocavam entre si uma ou outra palavra constrangida, quando qualquer inesperado acaso os reunia a contragosto. Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um profundo desprezo, que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação; a pobre criança, em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo isolador que se estabeleceu entre eles. Estela amava-a menos do que lhe pedia o instinto materno por supô-la filha do marido, e este a detestava porque tinha convicção de não ser seu pai. Uma bela noite, porém, o Miranda, que era homem de sangue esperto e orçava então pelos seus trinta e cinco anos, sentiu-se em insuportável estado de lubricidade. Era tarde já e não havia em casa alguma criada que lhe pudesse valer. Lembrou-se da mulher, mas repeliu logo esta ideia com escrupulosa repugnância. Continuava a odiá-la. Entretanto, este mesmo fato de obrigação em que ele se colocou de não servir-se dela, a responsabilidade de desprezá-la, como que ainda mais lhe assanhava o desejo da carne, fazendo da esposa infiel um fruto proibido. Afinal, coisa singular, posto que moralmente nada diminuísse a sua repugnância pela perjura, foi até o quarto dela. A mulher dormia a sono solto. Miranda entrou pé ante pé e aproximou-se da cama. “Devia voltar!...pensou. Não lhe ficava bem aquilo!...” Mas o sangue latejava-lhe, reclamando-a. Ainda hesitou um instante, imóvel, a contemplá-la no seu desejo. Estela, como se o olhar do marido lhe apalpasse o corpo, torceu-se sobre o quadril da esquerda, repuxando com as coxas o lençol para a frente e patenteando uma nesga de nudez estofada e branca. O Miranda não pôde resistir, atirou-se contra ela, que, num pequeno sobressalto, mais de surpresa que de revolta, desviou-se, tornando logo e enfrentando com o marido. E deixou-se empolgar pelos rins, de olhos fechados, fingindo que continuava a dormir, sem a menor consciência de tudo aquilo.
Fonte:
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf. Acessado 03/06/2022

Ao ler e interpretar atentamente o texto, acima reproduzido, não se pode concluir que:
  • A: O nascimento de Zulmira acentuou o sentimento de repugnância que Miranda e Estela nutriam um pelo outro.
  • B: Miranda e Estela formavam um casal que habitava na mesma residência em quartos separados.
  • C: Miranda repugnava Zulmira porque era apaixonado por Estela.
  • D: Estela fingiu continuar dormindo quando Miranda foi até seu quarto e atirou-se contra ela.

De acordo com a norma culta, assinale a alternativa que contém as expressões que preenchem corretamente as lacunas das frases abaixo:
I - O diretor já deu a ordem. Não vai __________?
II - A professora pediu a você. Vá __________!
III - Você ainda não pagou a dívida. Quando pretende __________?
IV - __________ que tudo por aqui corre como de costume.
  • A: obedecer-lhe – chamá-los – pagá-la – Informo-lhe.
  • B: obedecê-lo – chamá-lo – pagá-la – Informo-lhe.
  • C: obedecer-lhe – chamá-los – pagá-la – Informo-o.
  • D: obedecê-lo – chamá-lo – pagá-la – Informo-lhe.



Sem prejuízo dos sentidos do texto CG1A1, a expressão “à mercê”, no trecho “E já não estava mais à mercê de ninguém”, poderia ser substituída por
  • A: à disposição.
  • B: à espera.
  • C: ao encontro.
  • D: à vontade.
  • E: a fim.

No trecho “Foi conversar com a empregada, antiga sacerdotisa”, do texto CG1A1, a expressão “antiga sacerdotisa”
  • A: exerce a função de complemento indireto de “conversar”, introduzindo uma nova personagem que participa da conversa na cozinha.
  • B: exerce a função sintática de aposto e se refere à expressão “a empregada”.
  • C: constitui uma oração coordenada, embora não seja introduzida pela conjunção “e”.
  • D: funciona sintaticamente como predicativo, uma vez que se refere ao sujeito de “Foi”.
  • E: classifica-se como um vocativo, por se referir a uma possível leitora do texto.

No trecho “Quando tinha dez anos, relembrou, um menino que a amava jogara-lhe um rato morto. Porcaria! berrara branca com a ofensa. Fora uma experiência.”, do texto CG1A1, o termo “Fora” poderia ser substituído, sem prejuízo dos sentidos do texto, por
  • A: Teria sido.
  • B: Foi.
  • C: Havia sido.
  • D: Havia tido.
  • E: Haveria sido.

No trecho “Na casa vazia, sozinha com a empregada, já não andava como um soldado, já não precisava tomar cuidado. Mas sentia falta da batalha das ruas. Melancolia da liberdade, com o horizonte ainda tão longe. Dera-se ao horizonte. Mas a nostalgia do presente. O aprendizado da paciência, o juramento da espera. Do qual talvez não soubesse jamais se livrar.”, do texto CG1A1, a expressão o qual , contida em “Do qual”, refere-se a
  • A: “O aprendizado da paciência”.
  • B: “um soldado”.
  • C: “o juramento da espera”.
  • D: “presente”.
  • E: “o horizonte”.

No trecho “Foi conversar com a empregada, antiga sacerdotisa. Elas se reconheciam. As duas descalças, de pé na cozinha, a fumaça do fogão. Perdera a fé, mas, à beira da graça, procurava na empregada apenas o que esta já perdera, não o que ganhara.”, do texto CG1A1, o vocábulo “esta” se refere a
  • A: “empregada”.
  • B: “fé”.
  • C: “cozinha”.
  • D: “graça”.
  • E: “fumaça”.

No primeiro período do texto CG1A1, o termo “como” expressa a ideia de
  • A: explicação.
  • B: intensidade.
  • C: adição.
  • D: causa.
  • E: comparação.

No trecho “Suprindo com a quantidade, disse mais uma vez: sou vigorosa, dezesseis”, do texto CG1A1, o sinal de dois-pontos está empregado com a finalidade de introduzir
  • A: um pensamento.
  • B: uma síntese.
  • C: uma fala.
  • D: um esclarecimento.
  • E: uma exemplificação.

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