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Assinale a alternativa em que a acentuação e a grafia das palavras estão de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
  • A: Pela fronteira, tem entrado no país muitos refugiados, e é imprecindível acolhê-los adequadamente.
  • B: Faltou ombridade aos dirigentes da empresa, pois eles omitiram dos sócios o récorde de vendas.
  • C: À excessão dos quibes, os salgados servidos na cerimônia de inauguração estavam saborosos.
  • D: A atendente da companhia aérea fez uma rúbrica na passagem para retificar o horário do voo.
  • E: Atualmente, é mister acabar com privilégios concedidos a clãs inescrupulosos.

Procuram-se especialistas em evitar fraudes
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas brasileiras a investir em uma área ainda pouco conhecida no mercado: o compliance.
O profissional que atua nesse setor é responsável por receber denúncias, combater fraudes, realizar  investigações internas e garantir que a companhia cumpra leis, acordos e regulamentos da sua área de atuação. Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger de eventuais
problemas de corrupção.
“Nos últimos anos, a área de compliance assumiu protagonismo nas empresas. É uma profissão com salários altos já que as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado”, diz o advogado Thiago Jabor Pinheiro, 35.
“Como não existem cursos de graduação específicos de compliance, o estudante que se interesse pela área pode direcionar seu curso para questões de auditoria, prevenção de fraude, direito administrativo e governança corporativa”, diz Pinheiro.
Apesar de sobrarem vagas nesse mercado, conseguir um emprego não é fácil. “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes, entenda como funciona uma organização e tenha fluência em inglês porque as  melhores práticas vêm de fora do país, sobretudo dos EUA e da Inglaterra”, diz o advogado.
Para Caroline Cadorin, diretora de uma consultoria, os candidatos precisam ter jogo de cintura para lidar com as mais diversas situações. “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética, honestidade e que buscam a promoção da transparência. Hoje as empresas estão cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. As companhias que mantêm departamentos de compliance são vistas como mais transparentes”, diz Cadorin. (Larissa Teixeira. Folha de S.Paulo, 8.09.2017. Adaptado)
No quinto parágrafo, em – Apesar de sobrarem vagas nesse mercado... –, o verbo sobrar tem a mesma predicação do verbo destacado em:
  • A: Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger...
  • B: ... as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado...
  • C: ... porque as melhores práticas vêm de fora do país...
  • D: ... garantir que a companhia cumpra leis, acordos...
  • E: As companhias que mantêm departamentos decompliance...

Procuram-se especialistas em evitar fraudes
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas brasileiras a investir em uma área ainda pouco conhecida no mercado: o compliance.
O profissional que atua nesse setor é responsável por receber denúncias, combater fraudes, realizar  investigações internas e garantir que a companhia cumpra leis, acordos e regulamentos da sua área de atuação. Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger de eventuais
problemas de corrupção.
“Nos últimos anos, a área de compliance assumiu protagonismo nas empresas. É uma profissão com salários altos já que as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado”, diz o advogado Thiago Jabor Pinheiro, 35.
“Como não existem cursos de graduação específicos de compliance, o estudante que se interesse pela área pode direcionar seu curso para questões de auditoria, prevenção de fraude, direito administrativo e governança corporativa”, diz Pinheiro.
Apesar de sobrarem vagas nesse mercado, conseguir um emprego não é fácil. “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes, entenda como funciona uma organização e tenha fluência em inglês porque as  melhores práticas vêm de fora do país, sobretudo dos EUA e da Inglaterra”, diz o advogado.
Para Caroline Cadorin, diretora de uma consultoria, os candidatos precisam ter jogo de cintura para lidar com as mais diversas situações. “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética, honestidade e que buscam a promoção da transparência. Hoje as empresas estão cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. As companhias que mantêm departamentos de compliance são vistas como mais transparentes”, diz Cadorin. (Larissa Teixeira. Folha de S.Paulo, 8.09.2017. Adaptado)
O trecho destacado em

– “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética…” (último parágrafo)
– está reescrito em conformidade com a norma-padrão na alternativa:
  • A: ... cuja conduta deve ser fortemente ética...
  • B: ... a quem a conduta deve ser fortemente ética...
  • C: ... onde a conduta deve ser fortemente ética...
  • D: ... cujo o comportamento deve ser fortemente ético...
  • E: ... com quem o comportamento deve ser fortementeético...

Procuram-se especialistas em evitar fraudes
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas brasileiras a investir em uma área ainda pouco conhecida no mercado: o compliance.
O profissional que atua nesse setor é responsável por receber denúncias, combater fraudes, realizar  investigações internas e garantir que a companhia cumpra leis, acordos e regulamentos da sua área de atuação. Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger de eventuais problemas de corrupção.
“Nos últimos anos, a área de compliance assumiu protagonismo nas empresas. É uma profissão com salários altos já que as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado”, diz o advogado Thiago Jabor Pinheiro, 35.
“Como não existem cursos de graduação específicos de compliance, o estudante que se interesse pela área pode direcionar seu curso para questões de auditoria, prevenção de fraude, direito administrativo e governança corporativa”, diz Pinheiro.
Apesar de sobrarem vagas nesse mercado, conseguir um emprego não é fácil. “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes, entenda como funciona uma organização e tenha fluência em inglês porque as  melhores práticas vêm de fora do país, sobretudo dos EUA e da Inglaterra”, diz o advogado.
Para Caroline Cadorin, diretora de uma consultoria, os candidatos precisam ter jogo de cintura para lidar com as mais diversas situações. “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética, honestidade e que buscam a promoção da transparência. Hoje as empresas estão cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. As companhias que mantêm departamentos de compliance são vistas como mais transparentes”, diz Cadorin. (Larissa Teixeira. Folha de S.Paulo, 8.09.2017. Adaptado)
Assinale a alternativa que completa corretamente o trecho a seguir.                                                                      A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas...
  • A: à alguns ajustes para a adaptação ao mercado atual.
  • B: à acertadamente buscar maior transparência nas relações comerciais.
  • C: à uma nova dinâmica de governança e gerenciamento de contratos.
  • D: à incorporação de área técnica de responsabilidade do compliance.
  • E: à projetos com órgãos públicos que envolvam combate a fraudes.

Procuram-se especialistas em evitar fraudes
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas brasileiras a investir em uma área ainda pouco conhecida no mercado: o compliance.
O profissional que atua nesse setor é responsável por receber denúncias, combater fraudes, realizar  investigações internas e garantir que a companhia cumpra leis, acordos e regulamentos da sua área de atuação. Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger de eventuais problemas de corrupção.
“Nos últimos anos, a área de compliance assumiu protagonismo nas empresas. É uma profissão com salários altos já que as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado”, diz o advogado Thiago Jabor Pinheiro, 35.
“Como não existem cursos de graduação específicos de compliance, o estudante que se interesse pela área pode direcionar seu curso para questões de auditoria, prevenção de fraude, direito administrativo e governança corporativa”, diz Pinheiro.
Apesar de sobrarem vagas nesse mercado, conseguir um emprego não é fácil. “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes, entenda como funciona uma organização e tenha fluência em inglês porque as  melhores práticas vêm de fora do país, sobretudo dos EUA e da Inglaterra”, diz o advogado.
Para Caroline Cadorin, diretora de uma consultoria, os candidatos precisam ter jogo de cintura para lidar com as mais diversas situações. “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética, honestidade e que buscam a promoção da transparência. Hoje as empresas estão cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. As companhias que mantêm departamentos de compliance são vistas como mais transparentes”, diz Cadorin. (Larissa Teixeira. Folha de S.Paulo, 8.09.2017. Adaptado)
 
Considere os trechos do texto.
• “... o estudante que  se interesse pela área  pode direcionar seu curso para questões de auditoria...” (4° parágrafo)
• “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes...” (5° parágrafo)
Atendendo à norma-padrão de regência, as expressões destacadas podem ser substituídas, respectivamente, por:
  • A: queira se comprometer de trabalhar nessa área; se ocupe minuciosamente aos detalhes
  • B: se sinta cativado por trabalhar nessa área; se aplique meticulosamente aos detalhes
  • C: pretenda se conduzir a essa área; se empenhe de analisar os detalhes
  • D: veja aptidão com essa área; passe em revista nos detalhes
  • E: deseja progredir a essa área; dê preponderância aos detalhes

Procuram-se especialistas em evitar fraudes 
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas brasileiras a investir em uma área ainda pouco conhecida no mercado: o compliance.
O profissional que atua nesse setor é responsável por receber denúncias, combater fraudes, realizar  investigações internas e garantir que a companhia cumpra leis, acordos e regulamentos da sua área de atuação. Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger de eventuais
problemas de corrupção.
“Nos últimos anos, a área de compliance assumiu protagonismo nas empresas. É uma profissão com salários altos já que as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado”, diz o advogado Thiago Jabor Pinheiro, 35.
“Como não existem cursos de graduação específicos de compliance, o estudante que se interesse pela área pode direcionar seu curso para questões de auditoria, prevenção de fraude, direito administrativo e governança corporativa”, diz Pinheiro.
Apesar de sobrarem vagas nesse mercado, conseguir um emprego não é fácil. “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes, entenda como funciona uma organização e tenha fluência em inglês porque as  melhores práticas vêm de fora do país, sobretudo dos EUA e da Inglaterra”, diz o advogado.
Para Caroline Cadorin, diretora de uma consultoria, os candidatos precisam ter jogo de cintura para lidar com as mais diversas situações. “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética, honestidade e que buscam a promoção da transparência. Hoje as empresas estão cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. As companhias que mantêm departamentos de compliance são vistas como mais transparentes”, diz Cadorin. (Larissa Teixeira. Folha de S.Paulo, 8.09.2017. Adaptado)
Analisando-se a organização do quinto parágrafo do texto, conclui-se que ele é:
  • A: Analisando-se a organização do quinto parágrafo do texto, conclui-se que ele é:
  • B: estritamente argumentativo.
  • C: descritivo-narrativo.
  • D: estritamente descritivo.
  • E: descritivo-argumentativo.

Procuram-se especialistas em evitar fraudes 
A recente onda de escândalos de corrupção levou as empresas brasileiras a investir em uma área ainda pouco conhecida no mercado: o compliance.
O profissional que atua nesse setor é responsável por receber denúncias, combater fraudes, realizar  investigações internas e garantir que a companhia cumpra leis, acordos e regulamentos da sua área de atuação. Ele tem o papel importante de auxiliar a empresa a se proteger de eventuais
problemas de corrupção.
“Nos últimos anos, a área de compliance assumiu protagonismo nas empresas. É uma profissão com salários altos já que as pessoas com experiência ainda são escassas no mercado”, diz o advogado Thiago Jabor Pinheiro, 35.
“Como não existem cursos de graduação específicos de compliance, o estudante que se interesse pela área pode direcionar seu curso para questões de auditoria, prevenção de fraude, direito administrativo e governança corporativa”, diz Pinheiro.
Apesar de sobrarem vagas nesse mercado, conseguir um emprego não é fácil. “É fundamental que a pessoa seja atenta aos detalhes, entenda como funciona uma organização e tenha fluência em inglês porque as  melhores práticas vêm de fora do país, sobretudo dos EUA e da Inglaterra”, diz o advogado.
Para Caroline Cadorin, diretora de uma consultoria, os candidatos precisam ter jogo de cintura para lidar com as mais diversas situações. “Estamos falando de profissionais com forte conduta ética, honestidade e que buscam a promoção da transparência. Hoje as empresas estão cientes de seus papéis ativos no combate à corrupção, especialmente aquelas envolvidas em projetos de órgãos públicos. As companhias que mantêm departamentos de compliance são vistas como mais transparentes”, diz Cadorin. (Larissa Teixeira. Folha de S.Paulo, 8.09.2017. Adaptado)
Assinale a alternativa que expõe corretamente as ideias presentes no texto.
  • A: Ainda há poucas pessoas experientes na área de compliance, por conseguinte os salários são elevados; todavia conseguir um emprego é difícil visto que o profissional precisa atender a muitos requisitos.
  • B: Ainda há poucas pessoas experientes na área de compliance, portanto os salários são elevados; entretanto conseguir um emprego é difícil caso o profissional precise atender a muitos requisitos.
  • C: Ainda há poucas pessoas experientes na área de compliance, porém os salários são elevados; assim sendo, conseguir um emprego é difícil embora o profissional precise atender a muitos requisitos.
  • D: Ainda há poucas pessoas experientes na área de compliance para que os salários sejam elevados; no entanto, conseguir um emprego é difícil ainda que o profissional precise atender a muitos requisitos.
  • E: Ainda há poucas pessoas experientes na área de compliance porque os salários são elevados; assim, conseguir um emprego é difícil, pois o profissional precisa atender a muitos requisitos.

Assassinos culturais
Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.
Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.
Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.
E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?
Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.
Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.
Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela.
Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)
* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.
Assinale a alternativa redigida em conformidade com a norma-padrão de concordância.
  • A: As empresas que, hoje, em lugar de coisas vende serviços, moldaram-se à economia digital.
  • B: Presenteado, em sua maioria, são os livros que hoje fazem parte da biblioteca do escritor.
  • C: Não faz tantos anos que redes de lojas como Tower Records e Virgin Megastore eram referência no mercado musical.
  • D: O autor tem registrada, em seu celular, capas de livros que lhe interessam, os quais prefere ler em formato e-book.
  • E: O livro de Tien Tzuo, além dos dados numéricos, expõem reflexões a respeito do comportamento das novas gerações.

Assassinos culturais
Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.
Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.
Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.
E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?
Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.
Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.
Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela.
Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)
* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.
De acordo com a norma-padrão, a expressão destacada no trecho do texto está corretamente substituída pela expressão entre parênteses na alternativa:
  • A: ... que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. (tem deixado-as)
  • B: É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. (a conquista)
  • C: E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios. (pago-os)
  • D: Mas depois,fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista... (lhes fotografo)
  • E: O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas... (vender-lhes)

Assassinos culturais
Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.
Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.
Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.
Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.
E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?
Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.
Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.
Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.
O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.
Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).
Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela.
Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.
Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)

* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.

Considere os trechos do texto.
• Culpado? Um pouco. (4o parágrafo)
• ... discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos. (6o parágrafo)
As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias adverbiais de:
  • A: Intensidade, como em: Provavelmente ele concordará com a proposta. Afirmação, como em: Disse que, de forma alguma, sairia daquela cidade.
  • B: Modo, como em: Saiu às pressas para ir ao banco. Intensidade: Percorreu a pé todo o calçadão da praia.
  • C: Modo, como em: Viu-se muito requisitado pelos colegas. Lugar, como em: Esperou por ele na entrada do restaurante.
  • D: Intensidade, como em: Ela se sentiu bastante envaidecida com o elogio. Modo, como em: Agiu com astúcia ao expor seus planos.
  • E: Afirmação, como em: Evidentemente o governo cederá. Lugar, como em: Derrubou todos os papéis no chão.

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