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As cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes e ao alcance como agora.
A partir do barateamento dos recursos de reprodução de imagens em grande escala, ocorreu um fenômeno diferente, senão oposto, daquele proposto por Oswald de Andrade e pelo movimento antropofágico de 1928. Da antropofagia criativa, nós, consumidores, passamos para a “iconofagia”, a devoração indiscriminada de padrões de uma cultura universal de imagens pasteurizadas e homogeneizadas.
A transformação do corpo em corpo-imagem é alardeada pelos mais diversos aparatos midiáticos como um avanço da medicina estética. Existem inúmeros veículos destinados a mostrar que nosso corpo não corresponde ao modelo imagético vigente e que cada um deve investir tempo e dinheiro para ficar “em forma”.
O “corpo ideal” almejado por tantas mulheres (famosas ou não) faz parte de um ideal estético que Umberto Eco denominou “beleza da mídia”. Uma beleza “de e para o consumo” (de coisas ou imagens). Portar uma “beleza midiática” não significa ser saudável, mas ter uma imagem moldada para ser exposta.
As diversas possibilidades de tornar o formato dos corpos reais o mais próximo possível da “beleza midiática” são artifícios de uma era iconofágica, de uma era de imagens que valem mais do que os corpos.
Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente, ou encontram nas celebridades exemplos de formatos corporais a serem seguidos, essas imagens não fazem outra coisa senão devorá-las diariamente.
A “beleza midiática”, ou seja, tornar-se uma imagem poderosa, arrebata a mulher de forma avassaladora. Se há uma propriedade inerente às imagens, é sua capacidade de condensar e carregar sentidos, emoções e sentimentos, histórias, anseios, sonhos e projetos. Daí emerge seu enorme poder de captura.
(Adaptado de: SANCHES, Rodrigo Daniel e BAITELLO Jr, Norval. Folha de São Paulo.)
Identifica-se noção de causa e consequência, respectivamente, entre as seguintes ideias do texto:
  • A: a capacidade das imagens de condensar e carregar sentidos // a transformação do corpo em corpo-imagem
  • B: o fato de milhares de mulheres verem na mídia corpos esculpidos digitalmente // a transformação do corpo em corpoimagem
  • C: o “corpo ideal” almejado pelas mulheres // o ideal estético denominado por Umberto Eco de “beleza da mídia”
  • D: o barateamento dos recursos de reprodução de imagens // o surgimento da “iconofagia”
  • E: o surgimento da “iconofagia” // o ideal estético denominado por Umberto Eco de “beleza da mídia”



A correção gramatical e os sentidos do texto CB1A1AAA seriam preservados caso se isolasse por vírgulas
  • A: o trecho “avançar na elucidação desse fenômeno” (ℓ.25).
  • B: o trecho “que assumiu a discussão sobre direitos” (ℓ. 23 e 24).
  • C: a expressão “repetidas vezes” (ℓ.4).
  • D: a palavra “sustentada” (ℓ.16).

 



No texto CB1A1AAA, a palavra “sustentada” (linha 16) foi empregada com o sentido de
  • A: prudente, cautelosa
  • B: amparada, auxiliada.
  • C: sólida, duradoura.
  • D: financiada, custeada.



Sem prejuízo para a correção e os sentidos do texto CB1A1AAA, a expressão “e não” (linhas 28 e 29) poderia ser substituída por
  • A: não só.
  • B: e nem.
  • C: senão.
  • D: mas não.

Uma frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua é:
  • A: Do século XIX até hoje, houveram muitas mudanças, as mulheres conquistaram o direito de votar, conheceram a pílula e passaram a concorrer, com os homens por postos de trabalho.
  • B: A vida das mulheres no Brasil Colônia diferenciavam-se das de hoje, haja vista que viviam exclusivamente sobre a tutela dos pais e, depois, passavam a ser propriedade de seus maridos.
  • C: Referência nos estudos acerca das mulheres no Brasil, Mary Del Priore registra histórias da vida privada brasileira em uma linguagem clara e acessível no livro Histórias e conversas de mulher.
  • D: Com a vinda da família real portuguesa, o processo de independência, o crescimento da economia cafeeira e a ampliação das cidades, as mulheres adiquiriam maior vizibilidade.
  • E: Durante muitos séculos, não se permitiam que as mulheres aprendessem à ler, elas deveriam se dedicar ao aprendizado de bordado e costura afim de se cuidarem das prendas domésticas.

 



De acordo com o primeiro parágrafo do texto CB1A1BBB, o pai do narrador assumiu o cargo de juiz substituto porque
  • A: era ambicioso e pertencia a uma família de senhores de engenho.
  • B: não tinha escrúpulos e porque sentia-se apto a julgar.
  • C: o chefe político local o considerava confiável.
  • D: possuía conhecimentos gerais acerca da justiça.

Durante o século XIX, as moças viviam reclusas sob o poder dos pais até o momento de passar, ainda adolescentes, às mãos do marido. Aos olhos dos estrangeiros, elas se interessavam prematuramente pelo sexo oposto: “antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May Frances em 1890. Não havia liberdade para escolher de acordo com o coração, e os arranjos promovidos pela família prevaleciam: “Minha filha, este é o teu futuro esposo”, sublinhava o missionário norte-americano Daniel Kidder, que, em 1837, via os pais entregarem as filhas aos amigos. Por muito tempo, o casamento foi um “negócio”, não só porque envolvia duas pessoas, mas porque se tratava de um mecanismo presidido pelos pais.
(Adaptado de: DEL PRIORE, Mary. Histórias e conversas de mulher. São Paulo, Planeta, 2013, p. 44-45)
“antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May Frances em 1890.

Essa passagem está corretamente reescrita com o emprego do discurso indireto em:
  • A: A inglesa May Frances em 1890 diria: − Antes de cumprir dez anos, uma menina conhecerá perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte.
  • B: A inglesa May Frances em 1890, diria que antes de cumprir dez anos, uma menina conheceu perfeitamente bem o valor dos homens e o que foi o flerte.
  • C: A inglesa May Frances, em 1890, diria que, antes de cumprir dez anos, uma menina conhecia perfeitamente bem o valor dos homens e o que era o flerte.
  • D: A inglesa May Frances, em 1890 diria: antes de cumprir dez anos uma menina conheceria perfeitamente bem o valor dos homens e o que seria o flerte.
  • E: A inglesa May Frances, em 1890, diria que antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte.


Assinale a opção que apresenta uma proposta de reescrita que preserva o sentido original e a correção gramatical do seguinte período do texto CB1A1BBB: “Era necessário absolver amigos, condenar inimigos, sem o que a máquina eleitoral emperraria.” (linhas 9 e 10).
  • A: Sem aquilo que a máquina eleitoral emperraria, faziam-se necessários: absolver amigos e condenar inimigos.
  • B: Emperraria-se a máquina eleitoral sem amigos absolvidos, nem inimigos condenados.
  • C: Eram necessários, com o objetivo de não atrapalhar o andamento da máquina eleitoral, a absolvição de amigos e a condenação de inimigos.
  • D: Para que a máquina eleitoral se mantivesse em funcionamento, era preciso absolver amigos bem como condenar inimigos.

Durante o século XIX, as moças viviam reclusas sob o poder dos pais até o momento de passar, ainda adolescentes, às mãos do marido. Aos olhos dos estrangeiros, elas se interessavam prematuramente pelo sexo oposto: “antes de cumprir dez anos, uma menina conhece perfeitamente bem o valor dos homens e o que é o flerte”, diria a inglesa May Frances em 1890. Não havia liberdade para escolher de acordo com o coração, e os arranjos promovidos pela família prevaleciam: “Minha filha, este é o teu futuro esposo”, sublinhava o missionário norte-americano Daniel Kidder, que, em 1837, via os pais entregarem as filhas aos amigos. Por muito tempo, o casamento foi um “negócio”, não só porque envolvia duas pessoas, mas porque se tratava de um mecanismo presidido pelos pais.
(Adaptado de: DEL PRIORE, Mary. Histórias e conversas de mulher. São Paulo, Planeta, 2013, p. 44-45)
A autora descreve o casamento no século XIX como um “negócio”, chamando a atenção para
  • A: os arranjos matrimoniais que privilegiavam os pretendentes estrangeiros.
  • B: o modo como os estrangeiros davam preferência às moças mais novas.
  • C: o fato de as moças se casarem antes mesmo de ter interesse pelo sexo oposto.
  • D: os conflitos que ocorriam quando a mulher se casava sem ter afeto pelo marido.
  • E: a falta de autonomia das moças quanto à escolha de seus maridos.



Conforme o texto CB1A1BBB, os “magistrados de anel e carta” (linha 11)
  • A: demonstravam má vontade em atuar na comarca, provocando conflitos armados entre os bacharéis e os chefes políticos locais.
  • B: eram intransigentes e condicionavam sua atuação ao recebimento de favores e presentes, sem os quais se recusavam a interferir em rixas políticas.
  • C: acomodavam-se na função, fingindo não perceber negócios ilícitos e assinando despachos indevidamente.
  • D: tentavam se adaptar ao jogo político local, mas, por vezes, contrariavam os poderes estabelecidos.

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