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Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:
  • A: Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva (6o parágrafo).
  • B: Antes de professor, metera ombros a algumas empresas (2o parágrafo).
  • C: Rubião ficou sendo o único amigo do filósofo. (2o parágrafo).
  • D: certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba (2o parágrafo).
  • E: o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. (2o parágrafo).

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

Implícita à afirmação do médico de que filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra (8o parágrafo) está a oposição entre
  • A: teoria e prática.
  • B: razão e loucura.
  • C: brutalidade e delicadeza.
  • D: liberdade e submissão.
  • E: comprometimento e descaso.

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

No 1o parágrafo, o narrador destaca a seguinte característica de Maria da Piedade: sua
  • A: ingenuidade.
  • B: impulsividade.
  • C: melancolia.
  • D: timidez.
  • E: hipocrisia.

Atenção: Leia o trecho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, para responder às questões

1. Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias Póstumas de Brás Cubas , é aquele mesmo náufrago da
existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que
chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros do
namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-
-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.
2. Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho
de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não
se despegou do cérebro de Quincas Borba, − nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali
alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único
amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a
algumas empresas, que foram a pique.
3. Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo,
ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o
serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.
4. − Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.
5. − Grande façanha! Como se você fosse mau!
6. A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando
o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido;
mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?
7. − Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que
negócio de filosofia...
8. − Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)

A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar (6o parágrafo).

O termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido original, por:
  • A: manifesta
  • B: resignada
  • C: encoberta
  • D: sincera
  • E: pessimista

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder às questões

1. “Cobrador usa intimidação como estratégia. Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida.”
(Cotidiano, 10.09.2001)
2. Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres
atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadimplente.”
3. − Você não pode fazer isso comigo − protestou ela.
4. − Claro que posso − replicou ele. − Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas
vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
5. − Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
6. − Já sei − ironizou ele. − Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados.
Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
7. − Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
8. − Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada
tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este
cartaz, até você saldar sua dívida.
9. Neste momento começou a chuviscar.
10. − Você vai se molhar − advertiu ela. − Vai acabar ficando doente.
11. Ele riu, amargo:
12. − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
13. − Posso lhe dar um guarda-chuva...
14. − Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
15. Ela agora estava irritada:
16. − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
17. − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. Eu a avisei:
não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá
da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui
até você cumprir sua obrigação.
18. Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um
lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002)

Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida (1o parágrafo).

Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz. (18o parágrafo).

“Empresas de cobrança usam técnicas abusivas” (1o parágrafo).

Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
  • A: é usado.
  • B: foi usado.
  • C: são usados.
  • D: foram usadas.
  • E: são usadas.

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder às questões

1. “Cobrador usa intimidação como estratégia. Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida.”
(Cotidiano, 10.09.2001)
2. Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres
atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadimplente.”
3. − Você não pode fazer isso comigo − protestou ela.
4. − Claro que posso − replicou ele. − Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas
vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
5. − Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
6. − Já sei − ironizou ele. − Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados.
Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
7. − Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
8. − Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada
tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este
cartaz, até você saldar sua dívida.
9. Neste momento começou a chuviscar.
10. − Você vai se molhar − advertiu ela. − Vai acabar ficando doente.
11. Ele riu, amargo:
12. − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
13. − Posso lhe dar um guarda-chuva...
14. − Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
15. Ela agora estava irritada:
16. − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
17. − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. Eu a avisei:
não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá
da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui
até você cumprir sua obrigação.
18. Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um
lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002)

Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida (1o parágrafo).

Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz. (18o parágrafo).

Verifica-se o emprego de vírgula para assinalar a elipse (ou seja, a omissão) de um verbo em:
  • A: − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. (17o parágrafo).
  • B: A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz. (18o parágrafo).
  • C: − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve. (12o parágrafo).
  • D: − Você comprou, não pagou. (4o parágrafo).
  • E: − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui. (16o parágrafo).

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder às questões

1. “Cobrador usa intimidação como estratégia. Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida.”
(Cotidiano, 10.09.2001)
2. Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres
atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadimplente.”
3. − Você não pode fazer isso comigo − protestou ela.
4. − Claro que posso − replicou ele. − Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas
vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
5. − Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
6. − Já sei − ironizou ele. − Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados.
Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
7. − Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
8. − Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada
tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este
cartaz, até você saldar sua dívida.
9. Neste momento começou a chuviscar.
10. − Você vai se molhar − advertiu ela. − Vai acabar ficando doente.
11. Ele riu, amargo:
12. − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
13. − Posso lhe dar um guarda-chuva...
14. − Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
15. Ela agora estava irritada:
16. − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
17. − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. Eu a avisei:
não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá
da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui
até você cumprir sua obrigação.
18. Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um
lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002)

Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida (1o parágrafo).

Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz. (18o parágrafo).

No trecho acima, o narrador relata alguns fatos ocorridos no passado. Um fato anterior a esse tempo passado está indicado pela seguinte forma verbal:
  • A: carregando.
  • B: Chovia.
  • C: tornara.
  • D: importava.
  • E: continuava.

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder às questões

1. “Cobrador usa intimidação como estratégia. Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida.”
(Cotidiano, 10.09.2001)
2. Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres
atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadimplente.”
3. − Você não pode fazer isso comigo − protestou ela.
4. − Claro que posso − replicou ele. − Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas
vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
5. − Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
6. − Já sei − ironizou ele. − Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados.
Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
7. − Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
8. − Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada
tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este
cartaz, até você saldar sua dívida.
9. Neste momento começou a chuviscar.
10. − Você vai se molhar − advertiu ela. − Vai acabar ficando doente.
11. Ele riu, amargo:
12. − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
13. − Posso lhe dar um guarda-chuva...
14. − Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
15. Ela agora estava irritada:
16. − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
17. − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. Eu a avisei:
não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá
da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui
até você cumprir sua obrigação.
18. Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um
lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002)

Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida (1o parágrafo).

No trecho acima, o termo sublinhado introduz
  • A: uma condição.
  • B: uma justificativa.
  • C: um conselho.
  • D: uma comparação.
  • E: um exemplo.

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder às questões

1. “Cobrador usa intimidação como estratégia. Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida.”
(Cotidiano, 10.09.2001)
2. Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres
atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadimplente.”
3. − Você não pode fazer isso comigo − protestou ela.
4. − Claro que posso − replicou ele. − Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas
vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
5. − Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
6. − Já sei − ironizou ele. − Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados.
Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
7. − Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
8. − Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada
tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este
cartaz, até você saldar sua dívida.
9. Neste momento começou a chuviscar.
10. − Você vai se molhar − advertiu ela. − Vai acabar ficando doente.
11. Ele riu, amargo:
12. − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
13. − Posso lhe dar um guarda-chuva...
14. − Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
15. Ela agora estava irritada:
16. − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
17. − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. Eu a avisei:
não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá
da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui
até você cumprir sua obrigação.
18. Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um
lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002)

Em Aqui mora uma devedora inadimplente. (2o parágrafo), o termo sublinhado exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em:
  • A: Ela agora estava irritada: (15o parágrafo).
  • B: Chovia mais forte, agora. (18o parágrafo).
  • C: Você é uma devedora inadimplente. (4o parágrafo).
  • D: Neste momento começou a chuviscar. (9o parágrafo).
  • E: − Posso lhe dar um guarda-chuva... (13o parágrafo).

Atenção: Leia a crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar, para responder às questões

1. “Cobrador usa intimidação como estratégia. Empresas de cobrança usam técnicas abusivas, como tornar pública a dívida.”
(Cotidiano, 10.09.2001)
2. Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres
atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadimplente.”
3. − Você não pode fazer isso comigo − protestou ela.
4. − Claro que posso − replicou ele. − Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou cobrador. Por diversas
vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
5. − Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
6. − Já sei − ironizou ele. − Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados.
Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
7. − Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
8. − Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada
tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este
cartaz, até você saldar sua dívida.
9. Neste momento começou a chuviscar.
10. − Você vai se molhar − advertiu ela. − Vai acabar ficando doente.
11. Ele riu, amargo:
12. − E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
13. − Posso lhe dar um guarda-chuva...
14. − Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
15. Ela agora estava irritada:
16. − Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
17. − Sou seu marido − retrucou ele − e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você, devedora. Eu a avisei:
não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá
da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui
até você cumprir sua obrigação.
18. Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um
lado para outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
(Adaptado de: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002)

Em relação aos apelos da mulher, Aristides mostra-se
  • A: desconfiado.
  • B: envergonhado.
  • C: inflexível.
  • D: reticente.
  • E: compassivo.

Exibindo de 21 até 30 de 32 questões.