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                                                                                   A grama do vizinho

 


          Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.


          Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.


          As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.


          Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.


          As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.


                            (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)
Com relação à frase – ... a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. –, é correto afirmar que, de acordo com o contexto,






  • A: ostentar riqueza material pode nos proporcionar fama e sucesso.
  • B: adotar o modo de viver do vizinho pode levar à felicidade.
  • C: comparar-se com os famosos nos torna mais alegres e festivos.
  • D: reconhecer que os bens do vizinho são melhores revela bom senso.
  • E: medir a felicidade alheia pela aparência não conduz à verdade.



                                                                      A grama do vizinho

 


          Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.


          Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.


          As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.


          Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.


          As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.


                            (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)
O trecho em destaque, no quarto parágrafo, expressa a ideia de que






  • A: a vida se compõe de acontecimentos positivos e negativos.
  • B: as pessoas famosas têm os mesmos ideais das menos conhecidas.
  • C: todos, até as celebridades, têm preocupações existenciais.
  • D: os jovens e os adolescentes pretendem alcançar a felicidade.
  • E: os notáveis desperdiçam a vida com futilidades.



                                                                          A grama do vizinho

 


          Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.


          Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.


          As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.


          Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.


          As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.


                            (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)
Os adjetivos em destaque, na frase – Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. – significam, respectivamente, no contexto,






  • A: vazia e modesta.
  • B: corriqueira e edificante.
  • C: modelar e libertária.
  • D: exemplar e fútil.
  • E: irrelevante e superficial.



                                                                        A grama do vizinho

 


          Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.


          Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.


          As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.


          Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.


          As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.


                                 (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)

A expressão – estamos todos no mesmo barco – significa, no contexto, que







  • A: algumas pessoas passam por momentos de angústia ao longo da existência.
  • B: os amigos leais entendem nossas aflições e sofrem também por elas.
  • C: os vizinhos procuram demonstrar solidariedade uns com os outros.
  • D: os famosos nos ensinam como imitá-los, quanto à maneira de viver.
  • E: as pessoas estão sujeitas às alterações entre alegrias e tristezas.



                                                                                A grama do vizinho

 


          Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.


          Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.


          As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.


          Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.


          As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.


                            (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)
Segundo a autora, as mulheres de 40, 50 anos






  • A: incomodam-se com a necessidade de escolher uma profissão.
  • B: deixam transparecer que abrigam um desconforto interior.
  • C: lutam para conseguir viver bem com marido e filhos.
  • D: demonstram estar satisfeitas com a vida que levam.
  • E: mostram uma disposição para lutar por seus direitos.





                                                                                         A grama do vizinho

 


          Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.


          Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.


          As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.


          Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.


          As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.


                            (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado. Acessado em 09.08.2018)

Ao empregar a expressão “Ao amadurecermos”, no primeiro parágrafo, a autora dá a entender que as pessoas.










  • A: esperam aprender com as celebridades como alcançar fama e sucesso.
  • B: defendem uma vida sem preocupações, voltada para os divertimentos.
  • C: alteram a percepção quanto à maneira como vivem as pessoas próximas.
  • D: lamentam o fato de que, na vida adulta, temos de encarar desilusões.
  • E: isolam-se da agitação do convívio social para encontrar a felicidade.



                                                       Geovani Martins: como a favela me fez escritor

 


          Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.


          Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.


          A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.


                                                                                             (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)
Uma expressão empregada com sentido figurado está destacada em negrito na alternativa:




  • A: ... os filmes e as séries de sucesso mundial. (3° parágrafo)
  • B: ... cultura pop que faz a cabeça dos jovens... (3° parágrafo)
  • C: ... encontra seus públicos por becos e vielas. (3° parágrafo)
  • D: Destaco esses lugares... (1° parágrafo)
  • E: ... meu primeiro livro, publicado em março de 2018... (1° parágrafo)



                                                      Geovani Martins: como a favela me fez escritor

 


          Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.


          Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.


          A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.


                                                                                             (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)
Uma das características das favelas para a qual o autor chama a atenção é a




  • A: precariedade do saneamento.
  • B: desigualdade econômica.
  • C: ausência de segurança.
  • D: diversidade cultural.
  • E: falta de opções de lazer.



                                                                  Geovani Martins: como a favela me fez escritor

 


          Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.


          Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.


          A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.


                                                                                             (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)
Para o autor, consumir




  • A: é um benefício pouco acessível a moradores de favelas.
  • B: significa produzir itens que classifica como supérfluos.
  • C: restringe-se a adquirir produtos produzidos por multinacionais.
  • D: envolve comprar produtos industrializados e apreciar arte.
  • E: equivale a rejeitar a influência da cultura estrangeira.





                                                               Geovani Martins: como a favela me fez escritor

 


          Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.


          Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.


          A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.


                                                                                             (Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)



Geovani Martins conta que seu livro é resultado de




  • A: sua vivência pessoal em diferentes favelas.
  • B: uma imaginação sem paralelo com a realidade.
  • C: histórias que leu quando ainda era criança.
  • D: uma reescrita de livros de autores eruditos.
  • E: leituras de estudos realizados por intelectuais.

Exibindo de 18311 até 18320 de 24771 questões.