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Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)


Segundo o texto, a mania de organização do Ministro









  • A: serviu de base para estruturar uma Pasta com várias novas e eficientes seções.
  • B: foi responsável pelo reconhecimento público da eficácia do trabalho da Pasta.
  • C: fez com que os atos dele priorizassem o bom funcionamento da Pasta.
  • D: resultou num organograma que não passou de peça decorativa em seu gabinete.
  • E: criou um clima de valorização estética no ambiente do Ministério.

Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)

No contexto das passagens – Dizem que em matéria de organização... (1°parágrafo) / Dizem que, quando tomou posse do cargo ... (4° parágrafo) –, o efeito de empregar o verbo na 3ª pessoa do plural é expressar a ideia de que











  • A: o narrador pretende criar efeito de suspense.
  • B: a informação prestada não é digna de crédito.
  • C: o agente da ação é incerto, não identificado.
  • D: a fonte da afirmação é o próprio narrador.
  • E: a ação verbal não foi efetivamente praticada.

Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)


A alternativa contendo palavras que afirmam o sentido contrário das destacadas em – Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada... / a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos ... – é:










  • A: abrandada e excelência.
  • B: acomodada e excesso.
  • C: ordinária e consideração.
  • D: amenizada e menosprezo.
  • E: indefinida e precedência.

Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)


É caracterizada pelo emprego de palavra(s) em sentido figurado a passagem:









  • A: ... a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma.
  • B: ... o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica...
  • C: ... todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.
  • D: ... essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que lhe cabiam.
  • E: Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério...

Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)


Assinale a alternativa em que os verbos destacados nas passagens – Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que lhe cabiam. / se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado... – estão em correlação adequada, segundo a norma-padrão.










  • A: condisse ... couberam ... formos nós ... desabará
  • B: condiz ... couberem ... eram vocês ... desaba
  • C: condiria ... cabem ... era eu ... desabava
  • D: condirá ... coubessem ... fôramos nós ... desabou
  • E: condissera ... caberiam ... seriam eles ... desabaria



Organograma
 


          Dizem que em matéria de organização aquele Ministério é de amargar. De vez em quando um processo cai no vazio e desaparece para nunca mais. Por quê? Porque o único Ministro que se lembrou de organizá-lo, segundo me contaram, tinha mania de organização.


          Mania oriunda de uma sensibilidade estética o seu tanto exacerbada, capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento burocrático. Aparentemente, essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.


          Mas só aparentemente: a primazia do fator estético, feito de equilíbrio, proporção e harmonia, passou a ser a determinante principal de todos os seus atos – tudo mais no Ministério que se danasse. Como no remédio para nascer cabelo: não nascia, mas dava brilho.


          Dizem que, quando tomou posse do cargo, a primeira coisa que fez foi encomendar a confecção de um artístico organograma. Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal, que por sua vez o encomendou a um desenhista particular, o Ministro não fez mais nada a não ser estudar a galharia daquela árvore geométrica, em função da qual as atividades de sua Pasta passariam a desenvolver-se.


          – Este organograma está uma droga. Não posso dependurar uma coisa destas na parede de meu gabinete.


          Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições, serviços disso e daquilo – tudo fictício, irreal, imaginário – para estabelecer o equilíbrio organogramático com departamento disso, departamento daquilo.


          O certo é que o novo organograma foi executado, e todo aquele que tivesse a ventura de penetrar em seu gabinete podia admirá-lo.


          – Tudo isso sob seu controle, Ministro?


          – Para você ver, meu filho: se não fosse eu, todo esse complexo administrativo já teria desabado para um lado, como uma árvore desgalhada.


          Dizem, mesmo, que até hoje o magnífico organograma figura no tal Ministério, como uma das mais importantes realizações de sua gestão.


                                                                                                                     (Fernando Sabino, A mulher do vizinho. Adaptado)

 



A passagem do texto em que, de acordo com a norma-padrão, o pronome destacado pode ser colocado antes ou depois do verbo a que se vincula é:










  • A: ... capaz de exteriorizar-se em requintes de planejamento...
  • B: ... essa marca de sua personalidade condizia com as altas funções que já lhe cabiam.
  • C: Quando lhe trouxeram o trabalho, encomendado no Departamento do Pessoal...
  • D: Pôs-se imediatamente a inventar novas repartições...
  • E: ... tudo mais no Ministério que se danasse...

Assinale a alternativa cujo enunciado se apresenta de acordo com a norma-padrão de pontuação e emprego do sinal de crase.
  • A: A cidade de São Bonifácio, incrustada nas encostas da Serra Geral de Santa Catarina, à 70 quilômetros de Florianópolis é um lugar de muitas curiosidades.
  • B: A imigração alemã que dá origem à São Bonifácio vincula-se as grandes migrações, do início do século XIX.
  • C: A origem do município de São Bonifácio, está ligada à criação da Colônia Teresópolis, unificada com à Colônia Santa Isabel.
  • D: A emigração de trabalhadores, tanto urbanos quanto rurais respondia à uma estratégia de Estado para diminuir às formas de pressão internas.
  • E: O professor pediu a Egon, seu filho, que limpasse os sapatos do governador, sujos de barro devido ao acesso difícil à nossa localidade na época.








Ao analisar a linguagem usada pela autora na construção do seu texto, verifica-se que
  • A: constata-se a presença somente do registro formal.
  • B: há o uso reiterado do registro informal.
  • C: predomina o uso da linguagem conotativa.
  • D: o uso reiterado da 1.ª pessoa confere impessoalidade ao discurso.








Segundo o gramático Cegalla (1997), o pleonasmo é o emprego de palavras redundantes, que, como figura de linguagem, visa a um efeito expressivo, com o fim de reforçar ou enfatizar uma ideia. Porém, alguns são considerados vícios de linguagem pela norma padrão da língua, por serem repetições desnecessárias, que são usadas fora do contexto da linguagem literária. No primeiro parágrafo do texto, a autora faz uso de um pleonasmo, conforme se verifica na alternativa
  • A: “[...] o mergulho pra dentro, na tão propagada busca de autenticidade [...]” (Linhas 4-5)
  • B: “Tenho a sensação que estamos complicando demais a vida.” (Linha 1)
  • C: “[...] a situação no Brasil não está bonita nem fácil [...]” (Linhas 1-2)
  • D: “Será que precisa ser assim, sofrido o tempo todo?” (Linhas 6-7)








Considere o trecho: “Os tempos modernos nos cutucam com inquietações das mais variadas mesmo, mas prefiro acreditar que há um jeito de abordar o cotidiano, as nossas circunstâncias, aquilo que a gente controla e também o imponderável que faz parte da jornada de cada um, de um modo mais prático – e mais singelo.” (Linhas 8-10)
A palavra “imponderável”, no trecho acima, significa aquilo que
  • A: não se pode pesar.
  • B: não se pode considerar.
  • C: não se pode medir.
  • D: não se pode controlar.

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