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Texto 1A1-I

Apenas dez anos atrás, ainda havia em Nova York (onde moro) muitos espaços públicos mantidos coletivamente nos quais cidadãos demonstravam respeito pela comunidade ao poupá-la das suas intimidades banais. Há dez anos, o mundo não havia sido totalmente conquistado por essas pessoas que não param de tagarelar no celular. Telefones móveis ainda eram usados como sinal de ostentação ou para macaquear gente afluente. Afinal, a Nova York do final dos anos 90 do século passado testemunhava a transição inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular. Num dia, o volume no bolso da camisa era o maço de cigarros; no dia seguinte, era um celular. Num dia, a garota bonitinha, vulnerável e desacompanhada ocupava as mãos, a boca e a atenção com um cigarro; no dia seguinte, ela as ocupava com uma conversa importante com uma pessoa que não era você. Num dia, viajantes acendiam o isqueiro assim que saíam do avião; no dia seguinte, eles logo acionavam o celular. O custo de um maço de cigarros por dia se transformou em contas mensais de centenas de dólares na operadora. A poluição atmosférica se transformou em poluição sonora. Embora o motivo da irritação tivesse mudado de uma hora para outra, o sofrimento da maioria contida, provocado por uma minoria compulsiva em restaurantes, aeroportos e outros espaços públicos, continuou estranhamente constante. Em 1998, não muito tempo depois que deixei de fumar, observava, sentado no metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares, mordiscando as anteninhas. Ou apenas os segurando como se fossem a mão de uma mãe, e eu quase sentia pena delas. Para mim, era difícil prever até onde chegaria essa tendência: Nova York queria verdadeiramente se tornar uma cidade de viciados em celulares deslizando pelas calçadas sob desagradáveis nuvenzinhas de vida privada, ou de alguma maneira iria prevalecer a noção de que deveria haver um pouco de autocontrole em público?

Jonathan Franzen. Como ficar sozinho. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 17-18 (com adaptações).

No trecho “Afinal, a Nova York do final dos anos 90 do século passado testemunhava a transição inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular”, do texto 1A1-I, a palavra “inconsútil” poderia ser substituída, mantendo-se a coerência do texto, por
  • A: irrefreável.
  • B: evidente.
  • C: inconveniente.
  • D: lenta.
  • E: desregulamentada.

Texto 1A1-I

Apenas dez anos atrás, ainda havia em Nova York (onde moro) muitos espaços públicos mantidos coletivamente nos quais cidadãos demonstravam respeito pela comunidade ao poupá-la das suas intimidades banais. Há dez anos, o mundo não havia sido totalmente conquistado por essas pessoas que não param de tagarelar no celular. Telefones móveis ainda eram usados como sinal de ostentação ou para macaquear gente afluente. Afinal, a Nova York do final dos anos 90 do século passado testemunhava a transição inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular. Num dia, o volume no bolso da camisa era o maço de cigarros; no dia seguinte, era um celular. Num dia, a garota bonitinha, vulnerável e desacompanhada ocupava as mãos, a boca e a atenção com um cigarro; no dia seguinte, ela as ocupava com uma conversa importante com uma pessoa que não era você. Num dia, viajantes acendiam o isqueiro assim que saíam do avião; no dia seguinte, eles logo acionavam o celular. O custo de um maço de cigarros por dia se transformou em contas mensais de centenas de dólares na operadora. A poluição atmosférica se transformou em poluição sonora. Embora o motivo da irritação tivesse mudado de uma hora para outra, o sofrimento da maioria contida, provocado por uma minoria compulsiva em restaurantes, aeroportos e outros espaços públicos, continuou estranhamente constante. Em 1998, não muito tempo depois que deixei de fumar, observava, sentado no metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares, mordiscando as anteninhas. Ou apenas os segurando como se fossem a mão de uma mãe, e eu quase sentia pena delas. Para mim, era difícil prever até onde chegaria essa tendência: Nova York queria verdadeiramente se tornar uma cidade de viciados em celulares deslizando pelas calçadas sob desagradáveis nuvenzinhas de vida privada, ou de alguma maneira iria prevalecer a noção de que deveria haver um pouco de autocontrole em público?

Jonathan Franzen. Como ficar sozinho. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 17-18 (com adaptações).

Depreende-se dos sentidos do texto 1A1-I que a expressão “suas intimidades banais”, presente no primeiro período, refere-se
  • A: ao conteúdo das conversas das pessoas ao celular.
  • B: à exposição das compulsões das pessoas em espaços públicos como restaurantes e aeroportos.
  • C: à vulnerabilidade das garotas que fumavam sozinhas pelas ruas de Nova York.
  • D: à demonstração de hábitos peculiares em público, como o de morder antenas de celulares.
  • E: ao descontrole das pessoas viciadas em celulares.


Texto 1A1-I

Apenas dez anos atrás, ainda havia em Nova York (onde moro) muitos espaços públicos mantidos coletivamente nos quais cidadãos demonstravam respeito pela comunidade ao poupá-la das suas intimidades banais. Há dez anos, o mundo não havia sido totalmente conquistado por essas pessoas que não param de tagarelar no celular. Telefones móveis ainda eram usados como sinal de ostentação ou para macaquear gente afluente. Afinal, a Nova York do final dos anos 90 do século passado testemunhava a transição inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular. Num dia, o volume no bolso da camisa era o maço de cigarros; no dia seguinte, era um celular. Num dia, a garota bonitinha, vulnerável e desacompanhada ocupava as mãos, a boca e a atenção com um cigarro; no dia seguinte, ela as ocupava com uma conversa importante com uma pessoa que não era você. Num dia, viajantes acendiam o isqueiro assim que saíam do avião; no dia seguinte, eles logo acionavam o celular. O custo de um maço de cigarros por dia se transformou em contas mensais de centenas de dólares na operadora. A poluição atmosférica se transformou em poluição sonora. Embora o motivo da irritação tivesse mudado de uma hora para outra, o sofrimento da maioria contida, provocado por uma minoria compulsiva em restaurantes, aeroportos e outros espaços públicos, continuou estranhamente constante. Em 1998, não muito tempo depois que deixei de fumar, observava, sentado no metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares, mordiscando as anteninhas. Ou apenas os segurando como se fossem a mão de uma mãe, e eu quase sentia pena delas. Para mim, era difícil prever até onde chegaria essa tendência: Nova York queria verdadeiramente se tornar uma cidade de viciados em celulares deslizando pelas calçadas sob desagradáveis nuvenzinhas de vida privada, ou de alguma maneira iria prevalecer a noção de que deveria haver um pouco de autocontrole em público?

Jonathan Franzen. Como ficar sozinho. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 17-18 (com adaptações).

Em relação ao tipo textual, o texto 1A1-I é predominantemente
  • A: expositivo
  • B: injuntivo.
  • C: argumentativo.
  • D: descritivo.
  • E: narrativo.

Um texto argumentativo apresenta sempre uma tese defendida por argumentos adequados ao convencimento do leitor.
Assinale a opção que indica a frase que mostra um argumento apoiado na intimidação pela vergonha.
  • A: Vacine-se! A ciência recomenda!
  • B: Toda a população do Reino Unido já se vacinou. Vacine-se também!
  • C: Vacine-se ou a Covid vai pegar você!
  • D: Todas as pessoas inteligentes se vacinaram. E você?
  • E: Vacine-se! É rápido e eficiente!

“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.” Henfil, cartunista.
O que essa frase nos ensina é que
  • A: a natureza nos ensina a viver melhor.
  • B: o otimismo deve guiar os nossos passos.
  • C: as atitudes positivas devem pautar nossos julgamentos.
  • D: a desistência diante da vida é algo inevitável.
  • E: as intenções das ações é que as justificam.

As frases a seguir estruturam-se a partir de uma comparação, à exceção de uma. Assinale-a.
  • A: Sonhos são como deuses: quando não se acredita neles, deixam de existir.
  • B: Um acontecimento vivido é finito. Um acontecimento lembrado é ilimitado.
  • C: O sonho é o domingo do pensamento.
  • D: Pense como homem de ação e aja como homem de pensamento.
  • E: Fantasia não é exatamente uma fuga da realidade. É um modo de entendê-la.

Leia a introdução de um pequeno conto de Carlos Drummond de Andrade:

“O índio, informado de que aquela era a Semana do Índio, esperava na oca a chegada de visitantes, que certamente iriam cumprimentá-lo e levar-lhe algumas utilidades como presente. Chegou foi um homem de papel na mão, convidando-o a mudarse com presteza, pois a terra fora adquirida por uma empresa de reflorestamento. ”
Nas narrativas, como essa, aparece sempre uma situação inicial de harmonia, que é perturbada por uma desarmonia, que é o miolo da narrativa.
A desarmonia neste caso é o fato de
  • A: a Semana do Índio não ser comemorada dignamente.
  • B: a chegada de um homem convidando o índio a mudar-se.
  • C: os visitantes não trazerem objetos de presente.
  • D: o índio não ter recebido cumprimentos dos visitantes.
  • E: terra do índio ter sido adquirida por uma empresa.

“Eu amarei a luz porque ela me mostra o caminho. Contudo, eu suportarei a escuridão, pois ela me mostra as estrelas.”
Assinale a opção que indica a mensagem contida nessa frase.
  • A: Todas as coisas criadas têm a finalidade de dar prazer ao homem.
  • B: A natureza ensina os homens a viver de forma positiva.
  • C: Os aspectos negativos da existência levam à depressão.
  • D: Cada momento de nossas vidas traz aspectos positivos e negativos.
  • E: O lado positivo das coisas deve ser procurado por todos.

Analise o seguinte texto humorístico:
“Larguei a bebida. O ruim é que não lembro onde.”
Nesse texto, o humor é provocado
  • A: pelo fato de a segunda frase dar um novo sentido ao verbo “largar”.
  • B: pela situação incômoda de procurar algo sem saber onde.
  • C: pela decisão anunciada na primeira frase não ter sido bemsucedida.
  • D: pelos erros gramaticais cometidos nas duas frases.
  • E: pela circunstância do esquecimento provocado pela bebida.

Todas as frases a seguir começam por uma metáfora. Assinale a opção que apresenta a frase em que essa metáfora inicial é explicada.
  • A: A loteria é um imposto para os que são ruins em Matemática.
  • B: A humanidade é a imortalidade dos mortais.
  • C: A modernidade é a tensão entre o efêmero e o eterno.
  • D: A vida é uma tragédia: o ato final é a morte.
  • E: Os homens tornaram-se ferramentas de suas ferramentas.

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