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Um escritor francês aborda, no texto argumentativo a seguir, a influência americana na França atual.

“Eu certamente admiro o povo americano; mas esse povo, por muitos aspectos de seu gênio, me é mais estrangeiro que qualquer outro. Eu nunca visitei os EUA. Mas eles fizeram muito mais do que nos visitar: eles nos transformaram. O ritmo de nossa vida cotidiana segue o modelo deles. Sua música aparece em milhões de discos. Milhares de filmes, sobre todas as telas de Paris e do interior, nos impõem seus modelos: a idolatria da técnica, de todas as técnicas criadas pelo homem, a loucura pela velocidade... “Não se compreende nada da civilização moderna, se não se admite antes que ela é uma conspiração universal contra toda vida interior...” escrevia Georges Bernanos, em 1945. Sim, contra tudo o que tinha valor para as pessoas de minha raça: uma vida recolhida numa mansão antiga onde viveram antes de nós aqueles de quem viemos e que nos amaram.”

Sobre esse texto argumentativo, assinale a afirmativa correta.
  • A: O texto protesta contra um colonialismo de um novo tipo: a influência crescente da cultura americana sobre a Europa, rejeitando-a parcialmente, sobretudo no terreno artístico.
  • B: Os argumentos apresentados para demonstrar a influência americana são dificilmente refutáveis, já que apelam para a evidência cotidiana.
  • C: A presença de termos como “idolatria” e “loucura” mostra, implicitamente, apreço pela cultura dos Estados Unidos, que o autor aparentemente rejeita.
  • D: Um contra-argumento que se poderia opor ao pensamento do autor do texto é o de que a influência americana só atinge os países culturalmente mais débeis.
  • E: A visão do autor do texto é bastante otimista, no sentido de que o mundo futuro será apoiado em brilhante tecnologia e vida exterior intensa, facilitando o enriquecimento mútuo das nações.

Um orador parlamentar terminou um de seus discursos com a seguinte frase de efeito:

“Quem é feliz não o sente e nunca sabe que o é!”

Sobre a estruturação sintático-semântica dessa frase, assinale a afirmativa correta.
  • A: O termo “Quem é feliz” pode ser substituído no contexto da frase por “O felizardo”.
  • B: O final da frase mostra uma elipse do termo “feliz”.
  • C: A frase pode ser reescrita, com a eliminação das negativas, por “Quem é feliz é insensível e ignora que o é”.
  • D: As duas ocorrências do pronome “o” substituem o adjetivo “feliz”.
  • E: A frase tem como equivalente a construção “Quem é feliz não só não o sente como também nunca sabe que o é”.

Leia o fragmento textual a seguir.

“É com alegria que eu me rendo aos apelos de meus concidadãos e venho saudar, no meio deles, as esperanças de emancipação, de ordem e de paz que vão germinar, misturadas às raízes desta árvore da liberdade. A árvore é um belo e verdadeiro símbolo da liberdade! A liberdade tem raízes no coração do povo, como a árvore no coração da terra; como a árvore, ela desenvolve seus ramos no céu; como a árvore, ela cresce sem cessar e cobre as gerações com sua sombra.”
(Discurso de Victor Hugo em 1848, no ato de plantar uma árvore).

Sobre a estruturação desse pequeno texto, assinale a afirmativa
correta.
  • A: O autor do discurso apela, inicialmente, para o patriotismo dos ouvintes a fim de que seu discurso seja bem recebido.
  • B: Todo o discurso se apoia na comparação entre as raízes de uma árvore e as raízes da liberdade.
  • C: O autor, na afirmação de que a liberdade desenvolve seus ramos no céu, quer referir-se à proteção divina dada àqueles que lutam pela liberdade.
  • D: As afirmações comparativas do autor se fundamentam em valores universalmente admitidos, ainda que em linguagem figurada.
  • E: A referência à sombra da árvore, além do papel de proteção, mostra os movimentos ocultos que lutam pela liberdade dos povos.

Leia o fragmento a seguir.
“Estou contente de me reunir hoje com vocês nesta que será conhecida como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.
Há dez décadas, um grande americano, sob cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse magnífico decreto surgiu como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que arderam nas chamas da árida injustiça. Ele surgiu como uma aurora de júbilo para pôr fim à longa noite de cativeiro. Mas cem anos depois, o negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do negro ainda está tristemente debilitada pelas algemas da segregação e pelos grilhões da discriminação.
Cem anos depois, o negro vive isolado numa ilha de pobreza em meio a um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o negro ainda vive abandonado nos recantos da sociedade na América, exilado em sua própria terra. Assim, hoje viemos aqui para representar a nossa vergonhosa condição.”
LUTHER KING, Martin. Eu tenho um sonho. Washington DC. 28 de agosto de 1963.

Assinale a opção que apresenta a afirmação adequada ao fragmento acima.
  • A: Os discursos políticos, como esse, abordam questões ideológicas relacionadas ao contexto em que estão se desenvolvendo.
  • B: O fragmento apresenta uma tese, apoiada em argumentos que citam fatos reais, retirados do cotidiano da população negra dos EUA.
  • C: O trecho inicial do discurso de Martin Luther King tem como objetivo de persuasão o adversário político das ideias defendidas.
  • D: Como a maioria dos discursos políticos, esse também se apoia numa linguagem bastante objetiva, como meio mais fácil de convencimento.
  • E: Nesse fragmento, o enunciador está em uma posição em que deve decidir e tomar uma posição em relação a eventos passados, mostrando sua responsabilidade de governante.

Em todas as frases a seguir, foi usada a conjunção porque.

Assinale a opção em que, retirando-se essa conjunção, a forma de reescrever a frase não mantém o sentido original.
  • A: O cantor repetiu o número porque o público exigiu / O cantor repetiu o número por exigência do público.
  • B: Consegui chegar ao sucesso porque me ajudaram muitas pessoas / Consegui chegar ao sucesso pela ajuda de muitas pessoas.
  • C: Abandonou o clube porque a torcida o hostilizava / Abandonou o clube pela hostilização da torcida.
  • D: Vamos levar comida porque talvez demoremos na volta / Vamos levar comida pela demora na volta.
  • E: A empresa o promoveu porque mostrou muita coragem / A empresa o promoveu por seu encorajamento.

Leia o texto injuntivo a seguir.

“Para proteger a natureza e o meio ambiente contra a poluição, é necessário:
* evitar atirar papéis no chão de locais abertos ou fechados.
* diminuir o tráfego de veículos movidos à gasolina.
* preferir o metrô e os ônibus como meios de transporte.
* plantar árvores para aumentar o oxigênio no ar.
* sensibilizar as pessoas contra o perigo da poluição.
* combater os incêndios nas florestas

Enfim, proteger o meio ambiente é preservar a biodiversidade. As plantas e os animais podem contribuir para nossa boa saúde.”

Assinale a opção que apresenta a marca de estruturação de um texto injuntivo que não está de acordo com o fragmento acima.
  • A: Neste caso, o texto injuntivo se apoia basicamente em conselhos dados aos leitores.
  • B: A construção das frases injuntivas, neste caso, utiliza basicamente infinitivos.
  • C: O texto é organizado de forma a descrever claramente os trabalhos a realizar, precisando todas as etapas.
  • D: As tarefas a serem realizadas são apresentadas sem qualquer parâmetro de ordem.
  • E: Os textos injuntivos, como este, podem justificar as tarefas a serem realizadas, o que é feito no parágrafo final.

Leia o fragmento a seguir.

Apurado, com impressionante agilidade e precisão, naquela tarde de 2009, o resultado da consulta à população acriana, verificouse que a esmagadora e ampla maioria da população daquele distante estado manifestou-se pela efusiva e indubitável rejeição da alteração realizada pela Lei nº 11.662/2008. Não satisfeita, inconformada e indignada, com a nova hora legal vinculada ao terceiro fuso, a maioria da população do Acre demonstrou que a ela seria melhor regressar ao quarto fuso, estando cinco horas a menos que em Greenwich.

O fragmento textual acima está incluído no Manual de Redação da Presidência da República como exemplo negativo de um texto que contraria qualidades recomendadas para os textos oficiais.
Assinale a opção que a(s) indica.
  • A: clareza e precisão.
  • B: objetividade.
  • C: concisão.
  • D: coesão e coerência.
  • E: impessoalidade.

Assinale o segmento que pertence à obra, de estilo muito particular, do escritor modernista João Guimarães Rosa.
  • A: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.”
  • B: “Esta imensa campina, que se dilata por horizontes infindos, é o sertão de minha terra natal. Aí campeia o destemido vaqueiro cearense, que à unha de cavalo acossa o touro indômito no cerrado mais espesso, e o derriba pela cauda com admirável destreza. Aí, ao morrer do dia, reboa entre os mugidos das reses, a voz saudosa e plangente do rapaz que abóia o gado para o recolher aos currais no tempo da ferra. Quando te tomarei a ver, sertão da minha terra, que atravessei há muitos anos na aurora serena e feliz da minha infância?”
  • C: “Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.”
  • D: “Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra.”
  • E: “— Chá... tchá... chá... tchá. Era um pássaro madrugador que anunciava a antemanhã, primeiro que o galo-de-campina, que toda a orquestração das matinas. Um xexéu desgracioso, cor das barreiras enferrujadas, a que os escravos davam caça, a bodoque , nos dias de folga, porque — regulador que não se atrasa — lhes marcava, pontualmente , o início das tarefas diárias. O feitor, como ainda chamam a esse arauto importuno, pegava no estribilho temporão, tirando do sono a cabroeira extenuada, como contratado pelo senhor rural: chá... tchá...”

Leia o texto a seguir.

“Certos alpinistas possuem um sentido de tato extraordinário. Eles quase acariciam a montanha. Seus dedos tocam as rochas, apalpam docemente as suas partes lisas. Dir-se-ia que eles têm medo de queimar as mãos. Quando tocam uma ‘tomada’, um ponto de apoio, eles esfregam um pouco o rochedo, o arranham para retirar a terra e encontrar uma parte mais dura, mais rugosa. Então, é o instante de uma última carícia para verificar que a ‘tomada’ é boa e os dedos apertam o apoio. O alpinista pode subir um pouco mais...”

Sobre esse segmento textual, assinale a afirmativa correta.
  • A: Trata-se de um texto argumentativo cuja tese é a de que os bons alpinistas conhecem profundamente as montanhas.
  • B: Exemplifica um texto injuntivo, pois, por meio de sua leitura, motiva os leitores para experiências semelhantes.
  • C: Mostra um texto narrativo cujas ações são apresentadas em ordem sucessiva, cronológica.
  • D: Trata-se de um texto dissertativo expositivo cujo tema é o valor do tato para os alpinistas, comunicando conhecimentos.
  • E: Classifica-se como um texto descritivo, pois sua preocupação básica é indicar detalhes das ações dos alpinistas.

Analise o trecho a seguir de um recurso apresentado ao Departamento de Trânsito de um estado brasileiro.

“Beatriz Ribeiro, id. 01664257-8, com domicílio no Rio de Janeiro, na Rua Barata Ribeiro 146, apto. 805, Copacabana
EXPÕE
Que na sexta-feira passada deixou seu carro estacionado, durante cinco minutos, no ponto de táxis que se acha diante do Hotel Miramar, no bairro de Copacabana (como consta na multa no 23.526 que o policial B-276 deixou presa em seu para-brisas), que teve que deixar seu carro estacionado nesse lugar para poder pegar seu pai idoso que estava deixando o hotel, devido ao fato de que o estacionamento do hotel estava em local um pouco afastado e problemático para a caminhada de seu pai.
Que tentou falar com o agente, mas este se negou a retirar a notificação de infração, pelo que
SOLICITA
Que lhe seja anulada a referida multa pelo fato de a infração ser devida a causas de força maior. Rio de Janeiro, 13 de março de 2022.”

Sobre a escritura desse texto, assinale a afirmativa correta.
  • A: O texto obedece a uma estrutura rígida, inclusive pelo uso exclusivo da norma culta da língua.
  • B: O texto cita o evento ocorrido, seguido dos motivos legais para a anulação da multa cometida.
  • C: Os motivos enumerados pelo autor da infração seguem um ponto de vista exclusivamente subjetivo.
  • D: Os argumentos apresentados pela motorista se apoiam nas leis de proteção a pessoas da terceira idade.
  • E: O texto segue uma estrutura que procura clareza na exposição, em função mesmo do objetivo pretendido.

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